Questão dd3457bc-d8
Prova:
Disciplina:
Assunto:
O texto é um fragmento do livro
“Quarto de despejo: diário de uma favelada”, de
Carolina Maria de Jesus (1914 – 1977). A autora
registra em um diário o cotidiano cruel de que é
testemunha. São histórias reais vividas por essa
mulher negra, moradora da favela do Canindé, na
cidade de São Paulo, de origem humilde, que
estudou apenas até o segundo ano do Ensino
Fundamental, mas fez da escrita um instrumento
para refletir sobre a sua condição. Os editores do
livro respeitaram fielmente a linguagem da autora,
que, muitas vezes, contraria a gramática, mas que,
por isso mesmo, traduz com realismo a forma do
povo enxergar e expressar seu mundo. Das
alternativas abaixo, marque aquela em que todas as
palavras extraídas do texto contrariam as regras
ortográficas:
O texto é um fragmento do livro
“Quarto de despejo: diário de uma favelada”, de
Carolina Maria de Jesus (1914 – 1977). A autora
registra em um diário o cotidiano cruel de que é
testemunha. São histórias reais vividas por essa
mulher negra, moradora da favela do Canindé, na
cidade de São Paulo, de origem humilde, que
estudou apenas até o segundo ano do Ensino
Fundamental, mas fez da escrita um instrumento
para refletir sobre a sua condição. Os editores do
livro respeitaram fielmente a linguagem da autora,
que, muitas vezes, contraria a gramática, mas que,
por isso mesmo, traduz com realismo a forma do
povo enxergar e expressar seu mundo. Das
alternativas abaixo, marque aquela em que todas as
palavras extraídas do texto contrariam as regras
ortográficas:
Texto para as questão
21 de maio
Passei uma noite horrivel. Sonhei que eu residia
numa casa residivel, tinha banheiro, cozinha, copa e
até quarto e criada. Eu ia festejar o aniversário de
minha filha Vera Eunice. Eu ia comprar-lhe umas
panelinhas que há muito ela vive pedindo. Porque eu
estava em condições de comprar. Sentei na mesa para
comer. A toalha era alva ao lirio. Eu comia bife, pão
com manteiga, batata frita e salada. Quando fui pegar
outro bife despertei. Que realidade amarga! Eu não
residia na cidade. Estava na favela. Na lama, as
margens do Tietê. E com 9 cruzeiros apenas. Não
tenho açucar porque ontem eu saí e os meninos
comeram o pouco que eu tinha.[...] Quem deve dirigir é quem tem capacidade.
Quem tem dó e amisade ao povo. Quem governa o
nosso país é quem tem dinheiro. Quem não sabe o
que é fome, a dor, e a aflição do pobre. Se a maioria
revoltar-se, o que pode fazer a minoria? Eu estou ao
lado do pobre, que é o braço. Braço desnutrido.
Precisamos livrar o paiz dos politicos
açambarcadores.
Disponível em: JESUS, Carolina Maria de. Quarto de despejo:
diário de uma favelada. 10. ed. São Paulo, Ática, 2014.
(fragmento).
Texto para as questão
21 de maio
Passei uma noite horrivel. Sonhei que eu residia
numa casa residivel, tinha banheiro, cozinha, copa e
até quarto e criada. Eu ia festejar o aniversário de
minha filha Vera Eunice. Eu ia comprar-lhe umas
panelinhas que há muito ela vive pedindo. Porque eu
estava em condições de comprar. Sentei na mesa para
comer. A toalha era alva ao lirio. Eu comia bife, pão
com manteiga, batata frita e salada. Quando fui pegar
outro bife despertei. Que realidade amarga! Eu não
residia na cidade. Estava na favela. Na lama, as
margens do Tietê. E com 9 cruzeiros apenas. Não
tenho açucar porque ontem eu saí e os meninos
comeram o pouco que eu tinha.
[...] Quem deve dirigir é quem tem capacidade.
Quem tem dó e amisade ao povo. Quem governa o
nosso país é quem tem dinheiro. Quem não sabe o
que é fome, a dor, e a aflição do pobre. Se a maioria
revoltar-se, o que pode fazer a minoria? Eu estou ao
lado do pobre, que é o braço. Braço desnutrido.
Precisamos livrar o paiz dos politicos
açambarcadores.
Disponível em: JESUS, Carolina Maria de. Quarto de despejo:
diário de uma favelada. 10. ed. São Paulo, Ática, 2014.
(fragmento).
A
Amisade, politicos, açambarcadores, Tietê,
cruzeiros.
B
Amisade, horrivel, residivel, paiz,
açambarcadores.
C
Desnutrido, país, manteiga, panelinhas,
açambarcadores.
D
Amisade, horrivel, residivel, paiz, lirio.
E
Amisade, politicos, açucar, horrivel, alva.