Questõessobre Crase
Assinale a alternativa que preenche
corretamente as lacunas nas linhas 17, 32 e
54, nesta ordem.
Às vezes, nas ruas, há passeios
em certas partes e outras não. No termo em destaque temos um caso da utilização
do acento grave. A alternativa em que o acento indicativo de crase não procede
é:
Às vezes, nas ruas, há passeios em certas partes e outras não. No termo em destaque temos um caso da utilização do acento grave. A alternativa em que o acento indicativo de crase não procede é:
ESPINHOS E FLORES
Os subúrbios do Rio de Janeiro são a mais curiosa cousa em matéria de edificação de cidade. A topografia do local, caprichosamente montuosa, influiu decerto para tal aspecto, mais influíram, porém, os azares das construções. Nada mais irregular, mais caprichoso, mais sem plano qualquer, pode ser imaginado. As casas surgiam como se fossem semeadas ao vento e, conforme as casas, as ruas se fizeram. Há algumas delas que começam largas como boulevards e acabam estreitas que nem vielas; dão voltas, circuitos inúteis e parecem fugir ao alinhamento reto com um ódio tenaz e sagrado. Às vezes se sucedem na mesma direção com uma frequência irritante, outras se afastam, e deixam de permeio um longo intervalo coeso e fechado de casas. Num trecho, há casas amontoadas umas sobre outras numa angústia de espaço desoladora, logo adiante um vasto campo abre ao nosso olhar uma ampla perspectiva.
Marcham assim ao acaso as edificações e conseguintemente o arruamento. Há casas de todos os gostos e construídas de todas as formas. Vai-se por uma rua a ver um correr de chalets, de porta e janela, parede de frontal, humildes e acanhados, de repente se nos depara uma casa burguesa, dessas de compoteiras na cimalha rendilhada, a se erguer sobre um porão alto com mezaninos gradeados. Passada essa surpresa, olha-se acolá e dá-se com uma choupana de pau-a-pique, coberta de zinco ou mesmo palha, em torno da qual formiga uma população; adiante, é uma velha casa de roça, com varanda e colunas de estilo pouco classificável, que parece vexada a querer ocultar-se, diante daquela onda de edifícios disparatados e novos. Não há nos nossos subúrbios cousa alguma que nos lembre os famosos das grandes cidades européias, com as suas vilas de ar repousado e satisfeito, as suas estradas e ruas macadamizadas e cuidadas, nem mesmo se encontram aqueles jardins, cuidadinhos, aparadinhos, penteados, porque os nossos, se os há, são em geral pobres, feios e desleixados.
Os cuidados municipais também são variáveis e caprichosos. Às vezes, nas ruas, há passeios em certas partes e outras não; algumas vias de comunicação são calçadas e outras da mesma importância estão ainda em estado de natureza. Encontra-se aqui um pontilhão bem cuidado sobre um rio seco e passos além temos que atravessar um ribeirão sobre uma pinguela de trilhos mal juntos. Há pelas ruas damas elegantes, com sedas e brocados, evitando a custo que a lama ou o pó lhes empane o brilho do vestido; há operário de tamancos; há peralvilhos à última moda; há mulheres de chita; e assim pela tarde, quando essa gente volta do trabalho ou do passeio, a mescla se faz numa mesma rua, num quarteirão, e quase sempre o mais bem posto não é que entra na melhor casa. Além disto, os subúrbios têm mais aspectos interessantes, sem falar no namoro epidêmico e no espiritismo endêmico; as casas de cômodos (quem as suporia lá!) constituem um deles bem inédito. Casas que mal dariam para uma pequena família, são divididas, subdivididas, e os minúsculos aposentos assim obtidos, alugados à população miserável da cidade. Aí, nesses caixotins humanos, é que se encontra a fauna menos observada da nossa vida, sobre a qual a miséria paira com um rigor londrino. Não se podem imaginar profissões mais tristes e mais inopinadas da gente que habita tais caixinhas. Além dos serventes de repartições, contínuos de escritórios, podemos deparar velhas fabricantes de rendas de bilros, compradores de garrafas vazias, castradores de gatos, cães e galos, mandingueiros, catadores de ervas medicinais, enfim, uma variedade de profissões miseráveis que as nossas pequena e grande burguesias não podem adivinhar. Às vezes, num cubículo desses se amontoa uma família, e há ocasiões em que os seus chefes vão a pé para a cidade por falta do níquel do trem. Ricardo Coração dos Outros morava em uma pobre casa de cômodos de um dos subúrbios. Não era das sórdidas, mas era uma casa de cômodos dos subúrbios. Desde anos que ele a habitava e gostava da casa que ficava trepada sobre uma colina, olhando da janela do seu quarto para uma ampla extensão edificada que ia da Piedade a Todos os Santos.
Vistos assim do alto, os subúrbios têm a sua graça. As casas pequeninas, pintadas de azul, de branco, de oca, engastadas nas comas verde-negras das mangueiras, tendo de permeio, aqui e ali, um coqueiro ou uma palmeira, alta e soberba, fazem a vista boa e a falta de percepção do desenho das ruas põe no programa um sabor de confusão democrática, de solidariedade perfeita entre as gentes que as habitavam; e o trem minúsculo, rápido, atravessa tudo aquilo, dobrando à esquerda, inclinando-se para a direita, muito flexível nas suas grandes vértebras de carros, como uma cobra entre pedrouços. Era daquela janela que Ricardo espraiava as suas alegrias, as suas satisfações, os seus triunfos e também os seus sofrimentos e mágoas. Ainda agora estava ele lá, debruçado no peitoril, com a mão em concha no queixo, colhendo com a vista uma grande parte daquela bela, grande e original cidade, capital de um grande país, de que ele a modos que era e se sentia ser, a alma, consubstanciado os seus tênues sonhos e desejos em versos discutíveis, mas que a plangência do violão, se não lhes dava sentido, dava um quê de balbucio, de queixume dorido da pátria criança ainda, ainda na sua formação... Em que pensava ele? Não pensava só, sofria também. Aquele tal preto continuava na sua mania de querer fazer a modinha dizer alguma cousa, e tinha adeptos. Alguns já o citavam como rival dele, Ricardo; outros já afirmavam que o tal rapaz deixava longe o Coração dos Outros, e alguns mais – ingratos! – já esqueciam os trabalhos, o tenaz trabalhar de Ricardo Coração dos Outros em prol do levantamento da modinha e do violão, e nem nomeavam o abnegado obreiro.
(Triste Fim de Policarpo Quaresma, pp.160-165)
Assinale a alternativa que preenche
corretamente as lacunas das linhas 33, 44 e 45,
nessa ordem.
Assinale a alternativa que preenche
corretamente as lacunas das linhas 19, 29, 51
e 64, nessa ordem.
Tinha na cabeça um chapéu de couro, ________ se prendiam,
na aba, duas plumas matizadas.
Assinale a alternativa que completa, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, a lacuna do texto.
Nos textos literários, os aspectos formais podem ser analisados como elementos que colaboram
para a expressividade. Acerca de aspectos formais dos Textos 15, 16 e 17, analise as proposições
abaixo.
1) No que se refere ao nível de formalidade, podemos dizer que o Texto 17 tende para a
informalidade. Apesar disso, sua autora segue as normas de regência nominal, o que se observa,
por exemplo, no trecho ―Estou consciente de que tudo o que sei não posso dizer‖. A regência
estaria igualmente atendida se a autora tivesse escrito: "Não faço alusão a tudo o que sei".
2) Observe a concordância feita no seguinte trecho do Texto 15: "e nem o rubro galo do sol / nem a
andorinha azul da lua / podem levar qualquer recado [...]". O plural empregado na primeira forma
verbal (podem) indica que a ação expressa por ―podem levar‖ é praticada, concomitantemente,
pelo "rubro galo do sol" e pela "andorinha azul da lua".
3) O sinal indicativo de crase presente no trecho "podem levar qualquer recado / à prisão por onde as
mulheres / se convertem em sal e muro" (Texto 15) deveria manter-se se o termo "prisão" fosse
substituído pelo termo "cárcere".
4) Para indicar que o Texto 16 tematiza o cotidiano do século passado, nele está preservada a
norma ortográfica que era vigente nesse século, a exemplo de "Adélia", "dói" e "pôr", formas que,
após o último Acordo Ortográfico, devem ser grafadas sem acento.
Estão CORRETAS:
Adélia Prado
"Estou consciente de que tudo o que sei não posso dizer, só sei pintando ou pronunciando, sílabas cegas de sentido. [...] Então escrever é o modo de quem tem a palavra como isca: a palavra pescando o que não é palavra. Quando essa não palavra – a entrelinha – morde a isca, alguma coisa se escreveu."
Analisando a aplicação de algumas regularidades sintáticas da norma padrão aos
Textos 7, 8 e 10, é correto afirmar:
Texto 7
XVII – DO TRAPÉZIO E OUTRAS COISAS
[...]
"... Marcela amou-me durante quinze meses e onze contos de réis; nada menos. Meu pai, logo que teve aragem dos onze contos, sobressaltou-se deveras; achou que o caso excedia as raias de um capricho juvenil. [...]"
ASSIS, Machado de. Memórias Póstumas de Brás Cubas. São Paulo: Ática, 1997. p. 44. Excertos.
Texto 8
XXVII – VIRGÍLIA?
Assinale a alternativa na qual o emprego da crase no termo em destaque está incorreto.
Assinale a única alternativa em que o acento indicativo de crase deve ser obrigatório. Atenção: os acentos foram
omitidos propositadamente.
Nos períodos abaixo, a ausência de crase está incorreta na alternativa:
Para atender à norma culta, as lacunas do texto devem ser preenchidas, respectivamente,
com
Disponível em:<http://istoe.com.br/o-acesso-educacao-e-o-ponto-de-partida/>
Quanto à utilização de indicativos de crase, analise as
afirmativas.
I. Em: “[...] à maneira que a filosofia opera há séculos” (1º
parágrafo), a crase é de uso facultativo, pois “a maneira”
indica locução verbal.
II. Em: “[...] argumentos favoráveis e contrários à existência
de Deus” (1º parágrafo), a crase é facultativa, pois há
contração da preposição “a” com o artigo feminino “a”.
III. Em: “O direito à crença” (2º parágrafo), a crase é
obrigatória, devido à contração da preposição “a” com o
artigo feminino “a”.
Assinale a alternativa CORRETA.
No que diz respeito aos recursos linguísticos presentes no
texto, está correto o que se afirma em
I. O termo preposicionado “da natureza” (l. 3) exerce a
mesma função sintática que “de comunicação” (l. 7),
ambos tendo valor passivo, pois completam o sentido de
um nome.
II. O vocábulo “países” (l. 6) é acentuado, porque o -i- do hiato
não aparece antecedido de ditongo, forma sílaba sozinho,
e não vem seguido de -nh, enquanto a acentuação do
ditongo aberto -oi- de “heróis” (l. 6) e de “mói” (l. 18)
deve-se, respectivamente, ao fato de se tratar de palavra
oxítona e de um monossílabo tônico.
III. A presença do sinal de crase em “à magnificação” (l. 8)
revela a fusão de duas vogais idênticas, embora
pertencentes a classes gramaticais diferentes, sendo uma
decorrente de regência verbal, e outra determinante de um
nome feminino.
IV. Os verbos em negrito no fragmento “superar ou controlar
a violência” (l. 14-15) classificam-se como transitivos,
fazem parte da mesma conjugação e compõem orações
subjetivas que se alternam entre si.
V. As palavras “desigualdades” (l. 41) e “injustiças” (l. 41) são
derivadas pelo mesmo processo, não obstante os prefixos
que as formam expressarem diferentes ideias.
A alternativa em que todas as afirmativas indicadas estão
corretas é a
BOFF, Leonardo. Cultura da paz. Disponível em:
Analise as afirmações a seguir.
I - O pronome “lo”, no segundo parágrafo, substitui a expressão “prazer de ler”, do mesmo parágrafo;
o pronome “los”, no terceiro parágrafo, retoma a palavra “livros”, do mesmo parágrafo.
II - Os vocábulos “compartilhá-los” e “perdê-los” recebem acento gráfico com base na mesma regra
ortográfica; o mesmo ocorre com “empréstimo” e” vítima”.
III - Se o vocábulo “leitura”, no segundo parágrafo, fosse substituído por “arte”, as condições para a
ocorrência de crase seriam mantidas.
Quais são corretas?
O prazer e o risco de emprestar um livro
“Empresto até dinheiro, mas não me peça meus livros.” Perdi a conta de quantas vezes ouvi amigos repetirem essa frase e muitas de suas variações. Alguns diziam o mesmo sobre os CDs, quando o CD ainda existia. O mundo mudou. As coleções de CDs acumulam poeira e, hoje em dia, é difícil achar alguém que queira pegar um deles emprestado. Para os leitores, a vida mudou pouco. Nunca vi alguém pedir um Kindle emprestado. Mas enquanto tivermos livros impressos - e os temos aos montes -, nos veremos frequentemente diante dessa questão: emprestar ou não emprestar? A decisão de emprestar um livro é em sua natureza um gesto de amor à leitura. O prazer de ler é tão grande que precisamos compartilhá-lo. Nada mais frustrante do que terminar uma história incrível e não ter com quem conversar sobre ela. Emprestar um livro é buscar companhia num mundo em que os leitores infelizmente ainda são minoria.
Quem é contra o empréstimo de livros costuma ter um argumento forte para justificar sua postura: por mais que confiemos em quem pediu o livro emprestado, há uma enorme chance de que o livro não seja devolvido. O mundo fora da estante é perigoso. Mesmo ambientes aparentemente seguros escondem armadilhas. Já fui vítima de uma delas. Pouco depois do lançamento de A visita cruel do tempo, de Jennifer Egan, deixei meu exemplar com um colega de trabalho. Ele gostou tanto do romance quanto eu. Animados com a nossa conversa, outros colegas se interessaram pela obra. O livro passou de mão em mãos e o perdi de vista. Não posso dizer que o revés foi inesperado. Outros livros tiveram um destino parecido. Continuo a emprestar livros, mesmo correndo o risco de perdê-los. Gosto de saber que meu exemplar de A visita cruel dotempo foi parar nas mãos de um leitor misterioso, em vez de acumular poeira em minha estante. [...] (adaptado).
VENTICINQUE, Danilo. Disponível em: <http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/danilo-venticinque/noticia/2014/04/o-prazer-e-o-risco-debemprestar-um-livrob.html>.
Acesso em: 5 abr. 2014
Em “...quando a vida nos permite encontros com “anjos” que trouxeram brilho a nossa
existência e que se tornaram nosso alicerce, nosso porto seguro, nosso refúgio, nossa
inspiração”, pode-se afirmar sobre a ausência do acento grave no termo em destaque:
Assinale a alternativa em que o acento de crase está empregado pela mesma razão sintática que em
“respeito à cidadania” (texto 1, linha 21).
Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas, observando as normas de regência e
concordância.
Já _____ duas semanas que as funcionárias _______ concluíram o relatório, que foi enviado à diretoria. As
faturas referentes ___ consultas seguiram _____ ao relatório. Consideramos, _______, encerrados os trabalhos
dessa fase.
Ainda no âmbito da sintaxe – propriamente uma
questão de regência –, podemos analisar a ocorrência
do acento indicativo da crase nos enunciados
seguintes.
1) Diariamente, é possível constatar como à
degradação ambiental podem ser atribuídos
muitos problemas quanto à saúde e às condições
de vida do homem.
2) A conclusão à que pudemos chegar é que a
maioria dos fumantes começam à apresentar
elevação da pressão arterial à partir de muito
cedo.
3) Qualquer dano causado à saúde do meio
ambiente se estende à diferentes áreas da vida
humana.
4) A história mostra que o homem, a serviço do
desenvolvimento da tecnologia e da economia,
sempre utilizou, uma a uma, todas as riquezas
naturais.
5) Um debate sobre A relação entre meio ambiente
e saúde será realizado na CESMAC, de 12 à 15
deste mês, de 8h00 às 12h30.
Está correto o uso do acento indicativo da crase,
apenas, em:
1) Diariamente, é possível constatar como à degradação ambiental podem ser atribuídos muitos problemas quanto à saúde e às condições de vida do homem.
2) A conclusão à que pudemos chegar é que a maioria dos fumantes começam à apresentar elevação da pressão arterial à partir de muito cedo.
3) Qualquer dano causado à saúde do meio ambiente se estende à diferentes áreas da vida humana.
4) A história mostra que o homem, a serviço do desenvolvimento da tecnologia e da economia, sempre utilizou, uma a uma, todas as riquezas naturais.
5) Um debate sobre A relação entre meio ambiente e saúde será realizado na CESMAC, de 12 à 15 deste mês, de 8h00 às 12h30.