Nos períodos abaixo, a ausência de crase está incorreta na alternativa:
Gabarito comentado
Tema central: A questão aborda o uso da crase, fenômeno que ocorre quando há fusão da preposição "a" com o artigo feminino "a" (ou "as"), sendo indicada pelo acento grave (`). O uso da crase está intimamente ligado à regência verbal e nominal, exigindo sempre atenção às regras normativas.
Alternativa correta: E) "Havia estilo a Machado de Assis em seus romances."
Justificativa:
Nessa frase, "a Machado de Assis" significa na prática "à maneira de Machado de Assis". Conforme a norma-padrão, usa-se crase toda vez que se subentende uma palavra feminina antes de nomes próprios ou de pessoas, como "à moda", "à maneira". Portanto, o correto é "Havia estilo à Machado de Assis em seus romances".
Segundo Bechara (Moderna Gramática Portuguesa, §148), “usa-se crase quando se pode subentender ‘à moda’, ‘à maneira’”. Outros exemplos comuns: "Salto à Luís XV" (à moda de Luís XV).
Análise das demais alternativas:
A) "Espero ir a Brasília este ano." – "Brasília" é cidade que não admite artigo feminino; logo, não há crase. Pela regra: "Vou a Paris".
B) "A Educação a Distância..." – Aqui, a palavra "Distância" não recebe artigo ("a"), apenas a preposição; logo, não cabe crase. (Exemplo: ensino a domicílio, sem crase.)
C) "Resistiu a tentações da paixão." – Apesar do verbo pedir preposição, a ausência de crase estaria incorreta se a frase estivesse "às tentações", mas, escrita no singular, sem artigo, não exige crase.
D) "Trabalhou de sol a sol." – Expressões com palavras repetidas (de ... a ...) não recebem crase. Ex.: "face a face", "gota a gota".
Dica para provas: Preste atenção a expressões iniciadas por "maneira", "moda", nomes de pessoas e topônimos. Uma boa estratégia é substituir por “à moda de”. Se fizer sentido, a crase é obrigatória.
Resumo: Só se usa crase quando houver fusão de preposição + artigo feminino ou palavra feminina subentendida!
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