Considere os dois excertos que seguem.
I
E disse: “Ó gente ousada, mais que quantas
No mundo cometeram grandes cousas,
Tu, que por guerras cruas, tais e tantas,
E por trabalhos vãos nunca repousas (...)”
(Os Lusíadas, Luís de Camões, canto V)
II
Aqui ao leme sou mais do que eu:
Sou um povo que quer o mar que é teu;
E mais que o mostrengo, que me a alma teme
E roda nas trevas do fim do mundo,
Manda a vontade, que me ata ao leme,
De El-Rei D. João Segundo!
(Mensagem, de Fernando Pessoa, 2.ª parte)
Em I, o Gigante Adamastor fala aos navegantes portugueses que queriam, pioneiramente, atravessar o Cabo das Tormentas a
caminho das Índias; em II, o timoneiro fala
ao mostrengo o porquê de a embarcação lusitana estar enfrentando os perigos do mar.
A partir dos excertos e dos comentários, assinale a afirmação que esteja incorreta.
Considere os dois excertos que seguem.
I
E disse: “Ó gente ousada, mais que quantas
No mundo cometeram grandes cousas,
Tu, que por guerras cruas, tais e tantas,
E por trabalhos vãos nunca repousas (...)”
(Os Lusíadas, Luís de Camões, canto V)
II
Aqui ao leme sou mais do que eu:
Sou um povo que quer o mar que é teu;
E mais que o mostrengo, que me a alma teme
E roda nas trevas do fim do mundo,
Manda a vontade, que me ata ao leme,
De El-Rei D. João Segundo!
(Mensagem, de Fernando Pessoa, 2.ª parte)
Em I, o Gigante Adamastor fala aos navegantes portugueses que queriam, pioneiramente, atravessar o Cabo das Tormentas a
caminho das Índias; em II, o timoneiro fala
ao mostrengo o porquê de a embarcação lusitana estar enfrentando os perigos do mar.
A partir dos excertos e dos comentários, assinale a afirmação que esteja incorreta.
A
Ambos os fragmentos trazem em suas falas o sentido de coletividade do povo português.
B
Os dois excertos fazem menção ao fundamento histórico da expansão ultramarina
promovida por Portugal.
C
A fala do Gigante, em I, acusa os portugueses de guerreiros cruéis; a do timoneiro, em II, é mais branda, tem um tom
de pedido.
D
Camões, poeta clássico renascentista,
usou a medida nova dos versos decassílabos; Fernando Pessoa, modernista, fez
métrica irregular.
E
Metaforicamente, os fragmentos demonstram que a expansão lusitana passou por
obstáculos caros ao ser humano.