Questõessobre Escolas Literárias

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UNESP 2021 - Literatura - Barroco, Modernismo, Escolas Literárias, Arcadismo, Romantismo


A obra Prisão de Tiradentes (datada de 1914), do pintor brasileiro Antônio Parreiras (1860-1937), remete a evento histórico relacionado ao seguinte movimento literário brasileiro:

A
Barroco.
B
Arcadismo.
C
Romantismo.
D
Realismo.
E
Modernismo.
11524c38-03
UniREDENTOR 2020 - Literatura - Modernismo, Escolas Literárias

Drummond é um dos maiores representantes do movimento modernista brasileiro. Desenhou poeticamente as inquietudes e os dilemas humanos.
Tendo em vista os procedimentos de construção do texto literário e as concepções artísticas modernistas, conclui-se que o poema acima:

Texto 3:

Canção amiga
Eu preparo uma canção
Em que minha mãe se reconheça,
Todas as mães se reconheçam,
E que fale como dois olhos.
Caminho por uma rua
Que passa em muitos países.
Se não me veem, eu vejo
E saúdo velhos amigos.
Eu distribuo um segredo
Como quem ama ou sorri.
No jeito mais natural
Dois carinhos se procuram.
Minha vida, nossas vidas
Formam um só diamante.
Aprendi novas palavras
E tornei outras mais belas.
Eu preparo uma canção
Que faça acordar os homens
E adormecer as crianças.
(DRUMMOND, Carlos. In: Novos Poemas)
A
representa o modernismo, devido ao tom de ruptura e à utilização de usos linguísticos típicos da oralidade.
B
apresenta uma característica importante do gênero lírico, a apresentação objetiva de fatos.
C
expressa o ideal de construir uma poesia capaz de despertar a consciência dos adultos e servir de canção de ninar para as crianças.
D
critica a inutilidade do poeta e da poesia, sobretudo aquela que não possui tom pomposo.
E
apresenta influências românticas, por tratar da individualidade, da saudade da infância.
114f891a-03
UniREDENTOR 2020 - Literatura - Modernismo, Escolas Literárias

O Modernismo foi um movimento literário e artístico do início do séc. XX, cujo objetivo era o rompimento com o tradicionalismo, a libertação estética, a experimentação constante. O poema Nova Poética constitui exemplo das propostas modernistas.
Não se encontram características do movimento modernista em:

Vou lançar a poesia do poeta sórdido. Poeta sórdido: Aquele em cuja poesia há a marca suja da vida. Vai um sujeito, Sai um sujeito de casa com a roupa de brim branco [muito bem engomada, [e na primeira esquina passa um caminhão, [salpica-lhe o paletó de uma nódoa de lama: É a vida. O poema deve ser como a nódoa do brim: Fazer o leitor satisfeito de si dar o desespero. Sei que a poesia é também orvalho. Mas este fica para as menininhas, as estrelas alfas, [as virgens cem por cento [e as amadas que envelhecem sem maldade. (BANDEIRA, Manuel. Antologia poética. 1986)
A
Provisoriamente não cantaremos o amor/que se refugiou mais abaixo dos subterrâneos/Cantaremos o medo, que esteriliza os abraços/não cantaremos o ódio porque esse não existe.
B
O meu nome é Severino, como não tenho outro de pia/Como há muitos Severinos, que é santo de romaria/deram então de me chamar Severino de Maria.
C
Ora (direis) ouvir estrelas! Certo/Perdeste o senso!" E eu vos direi, no entanto/Que, para ouvi-las, muita vez desperto/E abro as janelas, pálido de espanto.
D
Vou-me embora pra Pasárgada/ Lá sou amigo do rei/Lá tenho a mulher que eu quero/Na cama que escolherei.
E
Só cabe no poema/o homem sem estômago/a mulher de nuvens/a fruta sem preço/O poema, senhores/não fede/nem cheira.
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UEL 2019 - Literatura - Escolas Literárias, Romantismo

Sobre as relações entre O demônio familiar e o Romantismo, considere as afirmativas a seguir.

I. O vínculo da peça com o Romantismo decorre do franco abolicionismo, apesar da negação da concessão de alforria a Pedro.
II. A comicidade da peça realça a tonalidade romântica, pois expõe a fragilidade da nobreza de caráter como marca central do estilo de época.
III. A defesa da família e o discurso moralista predominam como forma de exaltação de valores românticos.
IV. A relevância dos relacionamentos amorosos como tópicos centrais da peça contribui para acentuar as conexões com o Romantismo.

Assinale a alternativa correta.

Leia o texto extraído do segundo ato de O demônio familiar e responda à questão

EDUARDO (Rindo-se) -– Eis um corretor de casamentos, que seria um achado precioso para certos indivíduos do meu conhecimento! Vou tratar de vender-te a algum deles para que possas aproveitar teu gênio industrioso.
PEDRO -– Oh! Não! Pedro quer servir a meu senhor! Vosmecê perdoa; foi para ver senhor rico!
EDUARDO -– E o que lucras tu com isto?! Sou tão pobre que te falte com aquilo de que precisas? Não te trato mais como um amigo do que como um escravo?
PEDRO — Oh! Trata muito bem, mas Pedro queria que o senhor tivesse muito dinheiro e comprasse carro bem bonito para... EDUARDO -– Para... Dize!
PEDRO -– Para Pedro ser cocheiro de senhor!
EDUARDO -– Então a razão única de tudo isto é o desejo que tens de ser cocheiro?
PEDRO — Sim, senhor!
EDUARDO — (Rindo-se) -– Muito bem! Assim, pouco te importava que eu ficasse mal com a pessoa que estimava; que me casasse com uma velha ridícula, que vivesse maçado e aborrecido, contanto que governasses dois cavalos em um carro! Tens razão!... E eu ainda devo dar-me por muito feliz, que fosse esse motivo frívolo, mas inocente, que te obrigasse a trair a minha confiança. (Eduardo sai.)

ALENCAR, José de. O demônio familiar. 4. ed. São Paulo: Martin Claret, 2013. p. 54-55. 
A
Somente as afirmativas I e II são corretas.
B
Somente as afirmativas I e IV são corretas.
C
Somente as afirmativas III e IV são corretas.
D
Somente as afirmativas I, II e III são corretas.
E
Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.
211db66b-32
UEL 2019 - Literatura - Modernismo, Teoria Literária, Escolas Literárias

A fala de Eduardo a respeito de ser pobre em O demônio familiar levanta a questão da representação dos pobres em textos literários. Assinale a alternativa que contém a correta correlação entre a obra referida e a temática da pobreza.

Leia o texto extraído do segundo ato de O demônio familiar e responda à questão

EDUARDO (Rindo-se) -– Eis um corretor de casamentos, que seria um achado precioso para certos indivíduos do meu conhecimento! Vou tratar de vender-te a algum deles para que possas aproveitar teu gênio industrioso.
PEDRO -– Oh! Não! Pedro quer servir a meu senhor! Vosmecê perdoa; foi para ver senhor rico!
EDUARDO -– E o que lucras tu com isto?! Sou tão pobre que te falte com aquilo de que precisas? Não te trato mais como um amigo do que como um escravo?
PEDRO — Oh! Trata muito bem, mas Pedro queria que o senhor tivesse muito dinheiro e comprasse carro bem bonito para... EDUARDO -– Para... Dize!
PEDRO -– Para Pedro ser cocheiro de senhor!
EDUARDO -– Então a razão única de tudo isto é o desejo que tens de ser cocheiro?
PEDRO — Sim, senhor!
EDUARDO — (Rindo-se) -– Muito bem! Assim, pouco te importava que eu ficasse mal com a pessoa que estimava; que me casasse com uma velha ridícula, que vivesse maçado e aborrecido, contanto que governasses dois cavalos em um carro! Tens razão!... E eu ainda devo dar-me por muito feliz, que fosse esse motivo frívolo, mas inocente, que te obrigasse a trair a minha confiança. (Eduardo sai.)

ALENCAR, José de. O demônio familiar. 4. ed. São Paulo: Martin Claret, 2013. p. 54-55. 
A
Nos Poemas escolhidos, Gregório de Matos ressalta que os pobres são aqueles excluídos de negócios escusos, sem deixar de considerar seus envolvimentos pouco nobres com os mais ricos e poderosos.
B
Em Alguma poesia, Carlos Drummond de Andrade exclui os pobres de seu foco, pois o poeta está concentrado na movimentação das elites econômicas.
C
Em Amor de perdição, Camilo Castello Branco dirige sua atenção para o modo como os pobres se organizam, com a finalidade de trair os mais ricos e tirá-los do poder.
D
Em Clara dos Anjos, Lima Barreto constrói a representação dos pobres, transferindo-lhes seu espírito de militância, por meio de reivindicações políticas e coletivas.
E
Em Quarenta dias, Maria Valéria Rezende vê como imagens mais marcantes dos pobres a violência e o individualismo, o que leva a protagonista a apegar-se cada vez mais a uma vida materialmente confortável.
71967508-33
IF-PE 2019 - Literatura - Modernismo, Escolas Literárias

O Modernismo brasileiro costuma ser dividido em três fases: a Geração de 22, a de 30 e a de 45. Essas Gerações têm como um de seus representantes, respectivamente,

A
Mário de Andrade, Aluísio de Azevedo e Euclides da Cunha.
B
Clarice Lispector, Carlos Drummond de Andrade e Vinícius de Moraes.
C
José de Alencar, Machado de Assis e João Cabral de Melo Neto.
D
Oswald de Andrade, Cecília Meireles e Guimarães Rosa.
E
Vinícius de Moraes, Ariano Suassuna e Olavo Bilac.
7192ea9e-33
IF-PE 2019 - Literatura - Modernismo, Escolas Literárias

A Semana de Arte Moderna trouxe para a sociedade experiências distintas em relação ao contato com a leitura, através da literatura, e com a arte em geral. Dos excertos a seguir, assinale aquele que, com o advento do Modernismo, nos proporcionou a experiência da narrativa por meio do fluxo de consciência.

A
“Como a nordestina, há milhares de moças espalhadas por cortiços, vagas de cama num quarto, atrás de balcões trabalhando até a estafa. Não notam sequer que são facilmente substituíveis e que tanto existiriam como não existiriam. Poucas se queixam e ao que eu saiba nenhuma reclama por não saber a quem. Esse quem será que existe?” (Clarice Lispector, em A hora da estrela)
B
“Enfim, chegou a hora da encomendação e da partida. Sancha quis despedir-se do marido, e o desespero daquele lance consternou a todos. Muitos homens choraram também, as mulheres todas. Só Capitu, amparando a viúva, parecia vencer-se a si mesma. Consolava a outra, queria arrancá-la dali. A confusão era geral.” (Machado de Assis, em Dom Casmurro)
C
“Mas tinham ainda outra influência, que é justamente a que falta aos de hoje: era a influência que derivava de sua condições físicas. Os meirinhos de hoje são homens como quaisquer outros; nada têm de imponentes, nem no seu semblante nem no seu trajar, confundem-se com qualquer procurador, escrevente de cartório ou contínuo de repartição.” (Manuel Antônio de Almeida, em Memórias de um sargento de milícias)
D
“Dir-se-ia que, vassalo e tributário desse rei das águas, o pequeno rio, altivo e sobranceiro contra os rochedos, curva-se humildemente aos pés do suserano. Perde então a beleza selvática; suas ondas são calmas e serenas como as de um lago, e não se revoltam contra os barcos e as canoas que resvalam sobre elas: escravo submisso, sofre o látego senhor.” (José de Alencar, em O Guarani)
E
João Romão foi, dos treze aos vinte e cinco anos, empregado de um vendeiro que enriqueceu entre as quatro paredes de uma suja e obscura taverna nos refolhos do bairro do Botafogo; e tanto economizou do pouco que ganhara nessa dúzia de anos, que, ao retirar-se o patrão para a terra, lhe deixou, em pagamento de ordenados vencidos, nem só a venda com o que estava dentro, como ainda um conto e quinhentos em dinheiro.” (Aluísio de Azevedo, em O cortiço)
c95ab0ff-32
UEL 2019 - Literatura - Vanguardas Europeias, Escolas Literárias

Algumas vanguardas artísticas europeias criadas na primeira metade do século XX foram manifestações artístico-literárias que criticavam uma concepção tradicional de museu, introduzindo uma estética marcada pela experimentação e pela subjetividade, que influenciaria fortemente diversas manifestações culturais em todo o mundo.

Sobre as principais correntes vanguardistas e suas respectivas características, assinale a alternativa correta.

A
O Surrealismo apresentava a exaltação da tecnologia, das máquinas, da velocidade e do progresso.
B
O Expressionismo evidenciava a decomposição e a fragmentação das formas geométricas, afirmando que um mesmo objeto poderia ser visto de vários ângulos.
C
O Cubismo valorizava a subjetividade e buscava transmitir ao mundo a situação do homem, com seus vícios e horrores.
D
O Futurismo defendia a criação por meio das experiências nascidas no imaginário e na atmosfera onírica, sem interferências da razão.
E
O Dadaísmo surgiu como oposição à guerra e ressaltava a espontaneidade da arte pautada na liberdade de expressão, no absurdo e na irracionalidade.
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UNC 2011 - Literatura - Modernismo: Tendências contemporâneas, Escolas Literárias

[...] um romance histórico, que conta a saga de uma família libanesa, através da personagem Amina. Datado de final de século XIX, princípios do século XX, a história tem como pano de fundo a imigração libanesa. Relata, em primeira pessoa, a trajetória desta personagem que obrigada por seu pai a acompanhar seu tio a fugir, se dirige aos EUA e posteriormente ao Brasil onde passa por dias difíceis e situações complicadas expondo suas angústias e nos revelando o pensamento de uma oriental vivendo agora no ocidente.”

Em relação ao texto acima, assinale a alternativa correta.

A

Refere-se à obra Amrik, que foi escrita por Ana Miranda.

B
É um resumo do romance Cidade Ilhada, publicado em1989, por Milton Hatoun.
C
Trata-se de um comentário que resume a saga de um imigrante retratada pelo escritor Dias Gomes.
D
É uma obra vinculada ao regionalismo literário brasileiro, por meio da qual se reproduz a situação política, econômica e social do Brasil.
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UNC 2011 - Literatura - Modernismo, Escolas Literárias

Assinale a alternativa correta que preenche a lacuna no texto a seguir.


“_____________________ é a tragédia de um homem que não compreende os códigos e os poderes do mundo em que vive. É motivado por uma ética incompreensível e insondável para um mundo em que os atos valem pelas vantagens que trazem. Contundente crítica à opressão do homem – que se dá não apenas pela exploração financeira, mas também pela supressão da individualidade.”

A
Jorge, um brasileiro
B
O Pagador de Promessas
C
A Cidade Ilhada
D
AMRIK
c2e523c2-fd
UNC 2011 - Literatura - Modernismo, Escolas Literárias

Assinale a alternativa que corresponde ao romance “Jorge, um brasileiro”, de Oswaldo França Júnior.

A
A essa hora, um viajante, montado numa boa besta tordilho-queimada, gorda e marcha-deira, seguia aquela estrada. A sua fisionomia e maneiras de trajar denunciavam de pronto que não era homem de lida fadigosa e comum ou algum fazendeiro daquelas cercanias que voltasse para casa. Trazia na cabeça um chapéu-do-chile de abas amplas e cingido de larga fita preta, sobre os ombros um poncho-pala de variegadas cores e calçava botas de couro da Rússia bem feitas e em bom estado de conservação.”
B
“As sementes destes contos não poderiam ser mais diversas: a primeira visita a um bordel em ‘Varandas da Eva’; uma passagem de Euclides da Cunha em ‘Uma carta de Bancroft’; a vida de exilados em ‘Bárbara no inverno’ ou ‘Encontros na península’; o amor platônico por uma inglesinha em ‘Uma estrangeira da nossa rua’. Com mão discreta e madura, o autor trabalha esses fragmentos da memória até que adquiram, sem que se adivinhe como ou quando, outro caráter: frutos do acaso e da biografia pessoal, eles afinal se mostram como imagens exemplares do curso de nossos desejos e fracassos.”
C
“A narrativa retorna ao caso do Bananal, e descobre-se que o Fefeu havia sido preso por ter sido obrigado a roubar uma correia de ventilador para o seu caminhão, que havia quebrado. O zelador não concordou de maneira alguma em ceder uma para ele, ele tentou tirar e o zelador chamou um soldado e o prendeu.”
D
"Numa favela tem pedreiros, empregadas domésticas, cobradores. Nem todos são envolvidos com o crime. Eu mesmo nunca me envolvi. Era uma espécie de mauricinho, um espectador. Éramos pobres, esperando uma ajuda de Deus. Já o bandido se afasta da comunidade quando é mesmo bandido.”
c2e1ae4a-fd
UNC 2011 - Literatura - Escolas Literárias, Romantismo

Em relação a Cirino, personagem da obra Inocência, de Visconde de Taunay, é correto o que se afirma em:

A
"Homem já de alguma idade, o recém-chegado era gordo, de compleição sanguínea, rosto expressivo e franco. Trajava à mineira e parecia, como realmente era, morador daquela localidade.”
B
Depois de descobrir uma nova espécie de borboleta e denominá-la Papilio Innocentia, em homenagem à beleza de Inocência, continua a sua viagem.
C
Padrinho de Inocência, morava “para lá das Parnaíbas, já nos terrenos Gerais”.
D
Aprendeu a receitar e passou a fazer excursões pelo interior, medicando as pessoas, utilizando-se “de alguns conhecimentos de valor positivo, outros que a experiência lhe ia indicando ou que a voz do povo e a superstição ministravam”.
2a934907-ff
Unichristus 2018 - Literatura - Parnasianismo, Escolas Literárias


Torce, aprimora, alteia, lima
A frase, e enfim,
No verso de ouro engasta a rima
Como um rubim
Quero que a estrofe cristalina,
Dobrada ao jeito
Do ourives, sai da oficina
...........................................
Assim procedo. Minha pena
Segue esta norma,
Por te servir, Deusa serena,
Serena forma.

BOSI, Alfredo. História Concisa da Literatura Brasileira.
40a ed. Cultrix, São Paulo. p. 227.


Nesse fragmento, de Olavo Bilac, observa-se que o poeta parnasiano define a palavra como algo que não se identifica com a substância das coisas, mas veste-a de forma magnífica. Nesse fragmento, fica evidente uma das características da poesia parnasiana, no caso,

A
a idealização da natureza.
B
o erotismo latente.
C
o culto da forma.
D
a dessacralização da palavra.
E
o sentimentalismo exagerado.
c2d51dd9-ff
UNICENTRO 2019 - Literatura - Modernismo, Teoria Literária, Escolas Literárias

Legado

Que lembrança darei ao país que me deu

tudo que lembro e sei, tudo quanto senti?

Na noite do sem-fim, breve o tempo esqueceu

minha incerta medalha, e a meu nome se ri.

E mereço esperar mais do que os outros, eu?

Tu não me enganas, mundo, e não te engano a ti.

Esses monstros atuais, não os cativa Orfeu,

a vagar, taciturno, entre o talvez e o se.

Não deixarei de mim nenhum canto radioso,

uma voz matinal palpitando na bruma

e que arranque de alguém seu mais secreto espinho.

De tudo quanto foi meu passo caprichoso

na vida, restará, pois o resto se esfuma,

uma pedra que havia em meio do caminho.

Disponível em:<https://www.companhiadasletras.com.br/trechos/13225.pdf> . Acesso em: 20 ago. 2019.


Considerando-se a obra Claro Enigma, de Carlos Drummond de Andrade, no contexto histórico em que foi escrita, e o poema Legado, marque com V as afirmativas verdadeiras e com F, as demais.

( ) A obra Claro Enigma foi publicada durante o período da Guerra Fria, e alguns dos seus poemas fazem questionamentos sobre o futuro em tom pessimista.

( ) O poema Legado exemplifica uma fonte de inspiração comum aos poemas da obra Claro Enigma: foi inspirado pelas incertezas e angústias da época em que foram escritos.

( ) No poema Legado, pode-se constatar o tom melancólico do poeta.

( ) No poema Legado, fica claro que o sujeito poético passa de um estado contemplativo e melancólico para outro de renovação e de descoberta.

( ) No poema Legado, assim como na obra como um todo (Claro Enigma), o sujeito poético esboça um projeto de vida voltado para a superação da amargura e do sofrimento que o acompanharam durante toda a sua existência.


A alternativa que contém a sequência correta, de cima para baixo, é a

A
F V V F V
B
V F V V F
C
V V V F F
D
F V F V V
E
V V F F V
c2c2a402-ff
UNICENTRO 2019 - Literatura - Modernismo: Tendências contemporâneas, Teoria Literária, Escolas Literárias

TEXTO:
Nove anos procurou Blimunda. Começou por contar as estações, depois perdeu-lhes o sentido. Nos primeiros tempos calculava as léguas que andava por dia, quatro, cinco, às vezes seis, mas depois confundiram-se-lhes os números, não tardou que o espaço e o tempo deixassem de ter significado, tudo se media em manhã, tarde, noite, chuva, soalheira, granizo, névoa e nevoeiro, caminho bom, caminho mau [...] milhares de rostos, rostos sem número que o dissesse, quantas vezes mais os que em Mafra se tinham juntado, e de entre os rostos, os das mulheres para as perguntas, os dos homens para ver se neles estava a resposta...
SARAMAGO. José. Memorial do convento. 25. ed. Rio de Janeiro, Bertrand Brasil, 1982. p. 345.

Considerando que José Saramago apresenta uma escrita peculiar, com um estilo próprio e uma linguagem inovadora, marque com V ou F, conforme sejam verdadeiras ou falsas as afirmativas acerca do estilo, do enredo ou da linguagem presentes na obra, não só levando em conta o trecho, mas também a totalidade do livro.
( ) No trecho “Nove anos procurou Blimunda”, a personagem em foco sofre a ação verbal, portanto Blimunda funciona como complemento do verbo "procurar".
( ) A linguagem da obra, como atesta o fragmento, é documental e realista, sendo seu estilo chamado de neorrealismo.
( ) O narrador, no trecho acima, assim como em outros, apresenta ao leitor como a personagem sente, em sua subjetividade, os aspectos vividos na realidade concreta.
( ) Considerando que esse trecho é parte do epílogo da obra, a personagem procurada por Blimunda é Baltazar.
( ) A personagem em questão, Blimunda, tem poderes extraordinários, que podem ser entendidos literalmente ou metaforicamente.

A alternativa que contém a sequência correta, de cima para baixo, é a

A
F F V F F
B
F F V V V
C
V V V V V
D
V F V F V
E
V F V V V
bdf88629-ff
UNICENTRO 2017 - Literatura - Simbolismo, Escolas Literárias

Assinale a alternativa características do simbolismo.

A
A objetividade ocupou lugar do subjetivismo e a valorização da emoção foi abandonada.
B
O artista busca, no plano da linguagem, oferecer descrições aparentemente isentas, para que o leitor forme um juízo sobre as cenas apresentadas.
C
A sociedade é objeto de interesse imediato e sua análise e compreensão depende da capacidade de se ater a comportamentos observáveis.
D
Para explorar o mundo visível, racional e objetivo, exploram diferentes recursos da linguagem para evocar sensações, tais como maiúsculas alegorizantes, reticências e aliterações.
211deae6-00
UNICENTRO 2017 - Literatura - Modernismo, Escolas Literárias

Sobre o Modernismo no Brasil, é correto considerar que

A
Obras como “I – Juca-Pirama” de Gonçalves Dias que introduzem o herói índio, narrando seus feitos admiráveis, a fim de ilustrar a brasilidade.
B
Entende-se por Modernismo um conjunto de experiências de linguagem. Na literatura buscou-se uma crítica global às estruturas mentais das velhas gerações e um esforço para penetrar na realidade brasileira.
C
Na poesia, amadurece a tradição literária com extremo subjetivismo, à Byron e à Musset, com temáticas emotivas de amor e morte.
D
Busca ilustrar comportamento, espaços visando à construção de uma identidade nacional, por meio de estruturas simples e referências culturais sofisticadas (históricas, artísticas, mitológicas), tais como na obra “Cinco Minutos” de José de Alencar.
647f476c-fd
UFT 2019 - Literatura - Vanguardas Europeias, Modernismo, Escolas Literárias

Leia o fragmento para responder a QUESTÃO .


Horácio não gostava de ser contestado, mas compreendeu não era bom tema de conversa. Voltou à literatura, aconselhando os outros a lerem Drummond de Andrade, na sua opinião o melhor poeta de língua portuguesa de sempre. Qual Camões, qual Pessoa, Drummond é que era, tudo estava nele, até a situação de Angola se podia inferir na sua poesia. Por isso vos digo, os portugueses passam a vida a querer-nos impingir a sua poesia, temos de a estudar na escola, e escondem-nos os brasileiros, nossos irmãos, poetas e prosadores sublimes, relatando os nossos problemas e numa linguagem bem mais próxima da que falamos nas cidades. Quem não leu Drummond é um analfabeto. Os outros iam comendo, trocando de vez em quando olhares cúmplices. Até que Malongo e Vítor terminaram a refeição. Malongo despediu-se, levantando-se, um analfabeto vos saúda. Vítor e Furtado riram, Horácio fingiu que não ouviu. Agarrou no braço de Furtado e continuou a cultivá-lo com versos de Drummond e os seus próprios, dedicados ao grande brasileiro.

Fonte: PEPETELA. A geração da utopia. Rio de Janeiro: Nova Fronteira: 2000, p. 30-31 (fragmento).



No fragmento do romance do escritor angolano Pepetela, Horácio aconselha seus amigos Malongo, Vítor e Furtado a lerem o poeta Drummond de Andrade.

Analise as afirmativas a seguir.


I. A poesia de Drummond é melhor que a de Camões e de Pessoa.

II. Há uma aproximação entre a literatura de Drummond e a realidade angolana.

III. Nas escolas portuguesas se estuda a poesia de Drummond.

IV. A poesia de Drummond está sendo usada para alfabetizar nas escolas angolanas.

V. As obras dos literatos brasileiros possuem uma linguagem próxima a dos angolanos nas cidades.



Assinale a alternativa CORRETA.

A
Apenas as afirmativas II, IV e V estão corretas.
B
Apenas as afirmativas II, III e IV estão corretas.
C
Apenas as afirmativas I, II e V estão corretas.
D
Apenas as afirmativas I, III e V estão corretas.
9114ff7b-ff
UNICENTRO 2016 - Literatura - Simbolismo, Escolas Literárias

Nas duas últimas estrofes, há uma referência à sublimação através da morte que se comprova pela receptividade da lua e dos arcanjos à chegada da amada. Pelo amado, há a preocupação com o seu estado, já que ainda se encontra na terra.

Essa peculiaridade do Simbolismo dá-se porque, para os simbolistas, a morte

 

GUIMARAENS, Alphonsus. Hão de chorar por ela os cinamomos.

Disponível em: <http://brasilescola.uol.com.br/literatura/cinco-poemasalphonsus-guimaraens.htm>;. Acesso em: 22 set. 2016.

A
é a sublimação suprema, porque o ser se transforma em espiritualidade pura, condição inconcebível em vida.
B
é fuga e, e como ela já se livrou da vida, a situação dele é mais preocupante.
C
é uma evasão, o sujeito poético transcende de sua condição mortal para uma condição imortal, dessa forma, ela ainda precisa evoluir, enquanto ele já transcendeu.
D
não é real, apenas imaginada, tudo não passa de um sonho em que a amada ultrapassa os limites do mundo concreto e atinge a sublimação.
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UNICENTRO 2017 - Literatura - Realismo, Escolas Literárias

Leia o trecho a seguir retirado do conto “A Causa Secreta” e assinale a alternativa correta no que diz respeito ao referido conto e a estética de Machado de Assis.

Fortunato saiu, foi deitar-se no sofá da saleta contígua, e adormeceu logo. Vinte minutos depois acordou, quis dormir outra vez, cochilou alguns minutos, até que se pegue e voltou à sala. Caminhava nas pontas dos pés para não acordar a parenta, que dormia perto. Chegando à porta, estacou assombrado.
Garcia tinha-se chegado ao cadáver, levantara o lenço e contemplara por alguns instantes como feições defuntas. Depois, como se a morte espiritualizasse tudo, inclinou-se e beijou-a na testa. Foi nesse momento que Fortunato chegou à porta. Estacou assombrado; não podia ser o beijo da amizade, podia ser o epílogo de um livro adúltero. Não tinha ciúmes, note-se; a natureza compô-lo de maneira que lhe não deu ciúmes nem inveja, mas dera-lhe vaidade, que não é menos cativa ao ressentimento. Olhou assombrado, mordendo os beiços.
Entretanto, Garcia inclinou-se ainda para beijar outra vez o cadáver; mas então não pôde mais. O beijo rebentou em soluços, e os olhos não puderam conter como lágrimas, que predomina em borbotões, lágrimas de amor calado, e irremediável desespero. Fortunato, à porta, onde ficara, saboreou tranquilo essa explosão de dor moral que foi longa, muito longa, deliciosamente longa.
(Várias Histórias - Machado de Assis - WM Jackson Inc Editores - 1946.)


A
Em “A Causa Secreta”, assim como em diversas ficções machadianas, o autoconstrói toda a tensão de sua narrativa ao redor de um possível triângulo amoroso. A infidelidade conjugal, a deterioração da família e a vingança são os principais elementos constituintes desse texto, visto que o motor de toda a narrativa é o desejo de vingança que move Fortunato a tentar recuperar sua honra perdida.
B
Nenhum referido conto, só é possível compreender as motivações que levam Fortunato a agir de maneira sádica porque o texto é narrado em primeira pessoa, emergindo na narrativa elementos que denunciam a composição psicológica do personagem.
C
Fortunato saboreia o sofrimento de Garcia no final do conto, pois sabe que o amigo não pode ter uma mulher amada novamente, uma vez que ela está morta. Desse modo, um personagem não sente ciúmes ou raiva da traição, pois se sente vingado pelo destino trágico que teve uma mulher. E só é possível que o leitor acesse essas informações e compreenda o deleite de Fortunato completamente graças a um artificio narrativo amplamente utilizado por Machado de Assis denominado realismo fantástico.
D
É graças ao fino desenvolvimento do narrador onisciente em terceira pessoa que o leitor flagra as mais profundas motivações de Fortunato. A partir do desnudamento psicológico da personagem o leitor passa a compreender que Fortunato é movido pelo sadismo e que busca o ápice de seu prazer no sofrimento de outros seres.
E
O viés naturalista de Machado de Assis é evidente neste texto, uma vez que no decorrer da narrativa Fortunato é revelado como fruto de uma sociedade falida, corrompida e refém dos problemas gerados pela violência. O narrador escancara os pormenores psicológicos de Fortunato revelando que um personagem buscar devolver para uma sociedade o que sempre deve, dor e sofrimento.