Questão 7192ea9e-33
Prova:
Disciplina:
Assunto:
A Semana de Arte Moderna trouxe para a sociedade experiências distintas em relação ao contato com a
leitura, através da literatura, e com a arte em geral. Dos excertos a seguir, assinale aquele que, com o
advento do Modernismo, nos proporcionou a experiência da narrativa por meio do fluxo de consciência.
A Semana de Arte Moderna trouxe para a sociedade experiências distintas em relação ao contato com a
leitura, através da literatura, e com a arte em geral. Dos excertos a seguir, assinale aquele que, com o
advento do Modernismo, nos proporcionou a experiência da narrativa por meio do fluxo de consciência.
A
“Como a nordestina, há milhares de moças espalhadas por cortiços, vagas de cama num quarto, atrás
de balcões trabalhando até a estafa. Não notam sequer que são facilmente substituíveis e que tanto
existiriam como não existiriam. Poucas se queixam e ao que eu saiba nenhuma reclama por não saber
a quem. Esse quem será que existe?” (Clarice Lispector, em A hora da estrela)
B
“Enfim, chegou a hora da encomendação e da partida. Sancha quis despedir-se do marido, e o
desespero daquele lance consternou a todos. Muitos homens choraram também, as mulheres todas. Só
Capitu, amparando a viúva, parecia vencer-se a si mesma. Consolava a outra, queria arrancá-la dali. A
confusão era geral.” (Machado de Assis, em Dom Casmurro)
C
“Mas tinham ainda outra influência, que é justamente a que falta aos de hoje: era a influência que
derivava de sua condições físicas. Os meirinhos de hoje são homens como quaisquer outros; nada têm
de imponentes, nem no seu semblante nem no seu trajar, confundem-se com qualquer procurador,
escrevente de cartório ou contínuo de repartição.” (Manuel Antônio de Almeida, em Memórias de um
sargento de milícias)
D
“Dir-se-ia que, vassalo e tributário desse rei das águas, o pequeno rio, altivo e sobranceiro contra os
rochedos, curva-se humildemente aos pés do suserano. Perde então a beleza selvática; suas ondas são
calmas e serenas como as de um lago, e não se revoltam contra os barcos e as canoas que resvalam
sobre elas: escravo submisso, sofre o látego senhor.” (José de Alencar, em O Guarani)
E
João Romão foi, dos treze aos vinte e cinco anos, empregado de um vendeiro que enriqueceu entre as
quatro paredes de uma suja e obscura taverna nos refolhos do bairro do Botafogo; e tanto economizou
do pouco que ganhara nessa dúzia de anos, que, ao retirar-se o patrão para a terra, lhe deixou, em
pagamento de ordenados vencidos, nem só a venda com o que estava dentro, como ainda um conto e
quinhentos em dinheiro.” (Aluísio de Azevedo, em O cortiço)