Questõesde IF-GO 2012
Com relação ao sentido e às estruturas linguísticas
do texto, assinale a alternativa correta.
Polivalência: do mito... para a realidade
A modernidade, ao flexibilizar a divisão de tarefas no interior dos processos produtivos, estaria cumprindo com o papel de substituir o desqualificado e descomprometido “apertador de parafusos” por um funcionário que pensa e molda seu próprio emprego, à medida em que é chamado a experimentar novos métodos de trabalho capazes de garantir ao mesmo tempo a sua realização pessoal e o crescimento da empresa. Desta forma, graças à polivalência, o ser humano estaria deixando de ser um mero apêndice das máquinas para reencontrar no trabalho o caminho de sua própria humanização.
Mas será que é isso mesmo? Com a polivalência, o capital estaria mesmo abrindo mão da crescente submissão do homem à máquina que, aliás, é um dos elementos que lhe garantem a progressiva exploração da força de trabalho? A polivalência que tem sua origem na flexibilização e na automação dos processos produtivos estaria gerando uma maior qualificação do trabalhador coletivo?
O novo trabalhador, a ser moldado de acordo com as necessidades dos sistemas informatizados, teria que ser jovem, polivalente, sem tradição de luta, com estudos que lhe fornecessem conhecimentos gerais mais amplos (o segundo grau, por exemplo) ou, no limite, as noções técnicas básicas que podem ser assimiladas através dos cursos de SENAI.
Ou seja, o perfil da grande maioria dos trabalhadores, que do final da década de 80 até os nossos dias começam a compor o quadro de funcionários das grandes empresas, tem como traços fundamentais a ausência de uma militância política e de uma qualificação efetiva, ao lado de uma bagagem de conhecimentos que serve apenas para proporcionar-lhes uma leitura rápida e segura das informações que aparecem nos sistemas de controle dos equipamentos automatizados e para garantir uma rápida operacionalização das ordens recebidas.
Se tivermos que descrever em poucas palavras o perfil de um trabalhador polivalente, diríamos que ele não passa de um “pau pra toda obra” que, diante do aumento do desemprego e da ameaça constante que isso traz à manutenção de suas condições de vida, percebe uma sensação de alívio ao aderir, ora ativa ora passivamente, aos objetivos e aos limites impostos pela lógica das mudanças no interior do sistema capitalista. Lógica que tem na polivalência e na flexibilização dos processos de trabalho dois importantes instrumentos para ocultar a continuidade histórica da necessidade da classe dominante ir adequando a organização do trabalho às exigências da acumulação do capital e para apagar nas classes trabalhadoras a memória coletiva de sua tradição de lutas e, com ela, a necessidade de construir uma nova ordem social.
(GENNARI, Emílio. Automação, Terceirização e Programas de Qualidade Total: os fatos e a lógica das mudanças nos processos de trabalho. São Paulo: CPV, 1997. Adaptado)
O tema básico do texto, em torno do qual o autor
organiza seus argumentos, pode ser expresso pelas
seguintes proposições, exceto uma. Assinale-a.
Polivalência: do mito... para a realidade
A modernidade, ao flexibilizar a divisão de tarefas no interior dos processos produtivos, estaria cumprindo com o papel de substituir o desqualificado e descomprometido “apertador de parafusos” por um funcionário que pensa e molda seu próprio emprego, à medida em que é chamado a experimentar novos métodos de trabalho capazes de garantir ao mesmo tempo a sua realização pessoal e o crescimento da empresa. Desta forma, graças à polivalência, o ser humano estaria deixando de ser um mero apêndice das máquinas para reencontrar no trabalho o caminho de sua própria humanização.
Mas será que é isso mesmo? Com a polivalência, o capital estaria mesmo abrindo mão da crescente submissão do homem à máquina que, aliás, é um dos elementos que lhe garantem a progressiva exploração da força de trabalho? A polivalência que tem sua origem na flexibilização e na automação dos processos produtivos estaria gerando uma maior qualificação do trabalhador coletivo?
O novo trabalhador, a ser moldado de acordo com as necessidades dos sistemas informatizados, teria que ser jovem, polivalente, sem tradição de luta, com estudos que lhe fornecessem conhecimentos gerais mais amplos (o segundo grau, por exemplo) ou, no limite, as noções técnicas básicas que podem ser assimiladas através dos cursos de SENAI.
Ou seja, o perfil da grande maioria dos trabalhadores, que do final da década de 80 até os nossos dias começam a compor o quadro de funcionários das grandes empresas, tem como traços fundamentais a ausência de uma militância política e de uma qualificação efetiva, ao lado de uma bagagem de conhecimentos que serve apenas para proporcionar-lhes uma leitura rápida e segura das informações que aparecem nos sistemas de controle dos equipamentos automatizados e para garantir uma rápida operacionalização das ordens recebidas.
Se tivermos que descrever em poucas palavras o perfil de um trabalhador polivalente, diríamos que ele não passa de um “pau pra toda obra” que, diante do aumento do desemprego e da ameaça constante que isso traz à manutenção de suas condições de vida, percebe uma sensação de alívio ao aderir, ora ativa ora passivamente, aos objetivos e aos limites impostos pela lógica das mudanças no interior do sistema capitalista. Lógica que tem na polivalência e na flexibilização dos processos de trabalho dois importantes instrumentos para ocultar a continuidade histórica da necessidade da classe dominante ir adequando a organização do trabalho às exigências da acumulação do capital e para apagar nas classes trabalhadoras a memória coletiva de sua tradição de lutas e, com ela, a necessidade de construir uma nova ordem social.
(GENNARI, Emílio. Automação, Terceirização e Programas de Qualidade Total: os fatos e a lógica das mudanças nos processos de trabalho. São Paulo: CPV, 1997. Adaptado)
Tendo em vista os significados implícitos na tira,
assinale a afirmação incorreta.
Tendo em vista os significados implícitos na tira,
assinale a afirmação incorreta.
Leia atentamente a charge.
A charge faz referência a um período histórico que
marcou os rumos da sociedade moderna, trata-se da
bipolaridade geopolítica conhecida como Guerra Fria.
Sobre a geopolítica do pós-Segunda Guerra Mundial,
assinale a alternativa incorreta.
Leia atentamente a charge.
A charge faz referência a um período histórico que marcou os rumos da sociedade moderna, trata-se da bipolaridade geopolítica conhecida como Guerra Fria.
Sobre a geopolítica do pós-Segunda Guerra Mundial,
assinale a alternativa incorreta.
A chamada Nova Ordem Mundial estabeleceu-se com
o declínio do rígido sistema geopolítico caracterizado pela
bipolaridade URSS e EUA. Elementos característicos
deste novo período são: o estabelecimento do
Neoliberalismo como forma de Estado em oposição ao
antigo Estado de Bem-Estar-Social e a implantação do
Toyotismo como forma de organização dos processos de
trabalho dentro das empresas em oposição ao antigo
Fordismo.
Esta nova etapa do capitalismo implica em um
aumento mundial da miséria e isto gera focos de
resistência popular em todo o mundo, tanto nos
chamados países “desenvolvidos”, quanto nos
“subdesenvolvidos”.
As formas de resistência características deste novo
período são:
Entre sociedade e natureza há uma relação
inextrincável. Toda análise que queira compreender a
dimensão espacial da humanidade deve inevitavelmente
lidar com as complexas interações estabelecidas entres
os seres humanos e como estes lidam com a natureza a
fim de produzir sua existência. Com base nesta premissa
e considerando o processo de ocupação do território
brasileiro, é incorreto afirmar que:
Leia o texto 04, que define o conceito de “Domínios
Morfoclimáticos”, e o mapa abaixo para responder à questão.
Texto 04
“(...) entendemos por domínio morfoclimático e fitogeográfico um conjunto espacial de certa ordem de grandeza territorial – de centenas de milhares de milhões de quilômetros quadrados de área - onde haja um esquema coerente de feições de relevo, tipos de solos, formas de vegetação e condições climático-hidrológicas. Tais domínios espaciais, de feições paisagísticas e ecológicas integradas, ocorrem em uma espécie de área principal, de certa dimensão e arranjo, em que as condições fisiográficas e biogeográficas formam um complexo relativamente homogêneo e extensivo. A essa área mais típica e contínua (...), aplicamos o nome de área core.”
AB´SÁBER, Aziz. Domínios Morfoclimáticos do Brasil. São Paulo: Editora EDUSP, 2003.
A partir do texto e do mapa apresentados, analise as
afirmativas a seguir sobre os elementos constituintes de
cada um dos domínios morfoclimáticos brasileiros.
I. O Domínio dos Cerrados, em sua área core, está
situado basicamente em relevo planáltico. Possui
solos, em geral, bastante ácidos e apresenta uma
fitofisionomia complexa e variada (matas de galeria,
cerradão, cerrado strictu senso, cerrado rupestre etc.).
II. O Domínio Amazônico possui uma extensa área,
cerca de 5,5 milhões de Km². Possui altas taxas de
precipitações pluviométricas. Classificam-se os tipos
vegetacionais comumente em mata de igapó; mata de
várzea e mata de terra firme.
III. As Faixas de Transição são unicamente a
justaposição de dois domínios distintos convivendo
numa determinada zona com certa estabilidade
ecológica.
Está(ão) correta(s):
Leia o texto 04, que define o conceito de “Domínios
Morfoclimáticos”, e o mapa abaixo para responder à questão.
Texto 04
“(...) entendemos por domínio morfoclimático e fitogeográfico um conjunto espacial de certa ordem de grandeza territorial – de centenas de milhares de milhões de quilômetros quadrados de área - onde haja um esquema coerente de feições de relevo, tipos de solos, formas de vegetação e condições climático-hidrológicas. Tais domínios espaciais, de feições paisagísticas e ecológicas integradas, ocorrem em uma espécie de área principal, de certa dimensão e arranjo, em que as condições fisiográficas e biogeográficas formam um complexo relativamente homogêneo e extensivo. A essa área mais típica e contínua (...), aplicamos o nome de área core.”
AB´SÁBER, Aziz. Domínios Morfoclimáticos do Brasil. São Paulo: Editora EDUSP, 2003.
O termo tecton vem do grego e significa construção.
Tectônica de placas significa, portanto, a construção das
placas de que se compõem o planeta Terra. Esta teoria
permite explicar fenômenos que antes eram pouco
compreendidos, ou mesmo totalmente obscuros, tais
como atividades sísmicas, vulcanismos, orogenia,
distribuição e dinâmica dos continentes etc. Com base na
observação do mapa e nas contribuições que a teoria da
tectônica de placas nos fornece, considere as afirmativas
abaixo. I. As placas apresentam basicamente três tipos de
limites entre elas: divergentes, quando se afastam
umas das outras; convergentes, quando se dirigem
umas contra as outras; transformantes, quando
deslizam lateralmente umas em relação às outras.
II. Entre as placas de Nazca e Sul-Americana, há um
limite convergente de placas, no qual a placa de
Nazca submerge sob a placa Sul-Americana,
provocando o soerguimento da Cordilheira dos Andes.
III. Ao longo de toda a margem da placa do Pacífico, há
uma grande concentração de atividade vulcânica, fato
que lhe deu a alcunha de “círculo de fogo do pacífico”.
IV. Fenômenos geológicos como metamorfismo, orogenia
e vulcanismo são característicos de regiões marcadas
por limites convergentes de placas, tal como se pode
observar no encontro entre as placas do Pacífico e
Norte-Americana.
Estão corretas:
Observe o mapa abaixo e analise as afirmativas:
I. A relação entre latifúndio e produção camponesa no
Brasil é marcada por conflitos e interesses distintos e
contraditórios.
II. A maior concentração de assassinatos no Pará,
Tocantins e Maranhão explica-se também por ser ali
uma nova fronteira agrícola.
III. Denomina-se fronteira agrícola uma linha bem
delimitada que separa áreas onde há predominância
de terras improdutivas das áreas mais produtivas.
IV. O campo brasileiro é marcado por profundas disputas
territoriais. A prova mais clara disto é o número de
mortos em conflitos por terra.
Estão corretas:
Observe o mapa abaixo e analise as afirmativas:
I. A relação entre latifúndio e produção camponesa no Brasil é marcada por conflitos e interesses distintos e contraditórios.
II. A maior concentração de assassinatos no Pará, Tocantins e Maranhão explica-se também por ser ali uma nova fronteira agrícola.
III. Denomina-se fronteira agrícola uma linha bem delimitada que separa áreas onde há predominância de terras improdutivas das áreas mais produtivas.
IV. O campo brasileiro é marcado por profundas disputas territoriais. A prova mais clara disto é o número de mortos em conflitos por terra.
Estão corretas:
Leia os textos abaixo:
Texto 01
Eu odeio o sistema de transporte coletivo
“Num lugar tão pequeno
E um serviço tão precário
Depois de 1 hora e meia de espera
Sentado no meio fio
Aparece o ônibus lotado é certeza de que estou
atrasado.”
Compositor e intérprete: Morto Pela Escola.Texto 02
Fotografia 3x4
“Veloso, o sol não é tão bonito pra quem vem
do norte e vai viver na rua
A noite fria me ensinou a amar mais o meu dia
e pela dor eu descobri o poder da alegria
e a certeza de que tenho coisas novas,
coisas novas pra dizer
a minha história é ... talvez
é talvez igual a tua, jovem que desceu do norte
que no sul viveu na rua
e que ficou desnorteado, como é comum no seu
tempo
e que ficou desapontado, como é comum no seu
tempo
e que ficou apaixonado e violento como, como você”.
Compositor e intérprete: Belchior.Texto 03
Saudade da minha terra
“Por Nossa Senhora, meu sertão querido
Vivo arrependido por ter te deixado
Essa nova vida aqui na cidade
De tanta saudade eu tenho chorado
Que saudade imensa do campo e do mato
Do manso regato que corta as campinas
Aos domingos eu ia passear de canoa
Nas lindas lagoas de águas cristalinas
Que doce lembrança daquelas festanças
Onde tinha dança e lindas meninas
Eu vivo hoje em dia sem ter alegria
O mundo judia mas também me ensina
Eu tô contrariado, mas não derrotado
Eu sou bem guiado pelas mãos divinas”.
Compositores: Goiá/Belmonte. Intérpretes: Milionário e José Rico.
As três músicas têm como tema central a reflexão
sobre a migração. Cada uma enfoca um tipo específico
de fenômeno migratório. Analise a alternativa que
apresenta o tipo de migração representado por cada uma
das músicas, respectivamente.
A cidade é um fenômeno muito antigo na história da
humanidade. Existe há milhares de anos. Contudo, com a
emergência da sociedade capitalista, a cidade passa a ter
as características desta sociedade. Com base nisto,
considere o texto abaixo do filósofo Henri Lefebvre:
“Para apresentar e expor a problemática urbana,
impõe-se um ponto de partida: o processo de
industrialização. Sem possibilidade de contestação, esse
processo é, há um século e meio, o motor das
transformações na sociedade. Se distinguirmos o indutor
e o induzido, pode-se dizer que o processo de
industrialização é indutor e que se pode contar entre os
induzidos os problemas relativos ao crescimento e à
planificação, às questões referentes à cidade e ao
desenvolvimento da realidade urbana, sem omitir a
crescente importância dos fazeres e das questões
relativas à ´cultura`”
LEFEBVRE, Henri. A Revolução Urbana. Belo Horizonte: Editora
UFMG, 2001.
Considerando o texto sobre o fenômeno da
urbanização moderna, marque a alternativa correta.
Em 1964, três dias após o Golpe Militar, Carlos
Lacerda ouviu a seguinte declaração do embaixador
estadunidense Lincoln Gordon:
“Vocês fizeram uma coisa formidável! Essa revolução
sem sangue e tão rápida! E com isso pouparam uma
situação que seria profundamente triste, desagradável e
de consequências imprevisíveis no futuro de nossas
relações, vocês evitaram que tivéssemos que intervir no
conflito”.
COGGIOLA, Osvaldo. Governos Militares na América Latina. A Era
das Ditaduras, Chile, Argentina e Brasil. Luta armada e repressão. São
Paulo: Editora Contexto, 2001. p. 15.
Com base no documento acima, marque a alternativa
correta.
Leia com atenção o texto a seguir:
“O homem nasce livre, e por toda parte encontra-se a
ferros. O que se crer senhor dos demais, não deixa de
ser mais escravo do que eles (...). A ordem social é um
direito sagrado que serve de base a todos os outros. Tal
direito, no entanto, não se origina da natureza: funda-se,
portanto, em convenções.”
ROUSSEAU, Jean-Jacques. Do Contrato Social. São Paulo:
Editora Abril Cultural, 1978. p. 22.
Com base no texto de Rousseau, marque a alternativa
correta.
Leia a charge abaixo:
A charge faz crítica à política industrial do presidente
Leia a charge abaixo:
A charge faz crítica à política industrial do presidente