A chamada Nova Ordem Mundial estabeleceu-se com o declínio do rígido sistema geopolítico caracterizado pela bipolaridade URSS e EUA. Elementos característicos deste novo período são: o estabelecimento do Neoliberalismo como forma de Estado em oposição ao antigo Estado de Bem-Estar-Social e a implantação do Toyotismo como forma de organização dos processos de trabalho dentro das empresas em oposição ao antigo Fordismo.

Esta nova etapa do capitalismo implica em um aumento mundial da miséria e isto gera focos de resistência popular em todo o mundo, tanto nos chamados países “desenvolvidos”, quanto nos “subdesenvolvidos”.

As formas de resistência características deste novo período são:

Resposta correta: E - Movimento Antiglobalização e Zapatismo

Tema central: trata-se da forma como a Nova Ordem Mundial (pós‑bipolaridade) cria novas dinâmicas do capitalismo — neoliberalismo e toyotismo — e como surgem modalidades contemporâneas de resistência.

Resumo teórico: o fim da Guerra Fria ampliou a integração financeira e comercial global e reforçou políticas neoliberais (desregulação, privatizações). O modelo fordista (produção em massa, estabilidade salarial) foi substituído por formas flexíveis de produção (toyotismo), gerando precarização. Isso impulsionou movimentos de resistência que são, frequentemente, transnacionais, em rede e contra instituições do capitalismo global (WTO, FMI, corporações).

Por que a alternativa E é correta: o Movimento Antiglobalização (ex.: protestos de Seattle, 1999) e o Zapatismo (EZLN, Chiapas, 1994) são expressões típicas desses novos conflitos: articulam críticas ao neoliberalismo, usam comunicação em rede e combinam lutas locais e globais. Ambos representam formas de resistência emergentes na era pós‑bipolar (ver: David Harvey, A Brief History of Neoliberalism, 2005; Manuel Castells, The Rise of the Network Society, 1996; Naomi Klein, No Logo, 2000).

Análise das alternativas incorretas:

A — Cartismo é movimento do século XIX na Grã‑Bretanha; anacrônico para o contexto pós‑Guerra Fria. “Lutas sociais” é genérico e não caracteriza as formas inovadoras de resistência.

B — Ludismo (início do século XIX) é reação à mecanização, não própria do final do século XX; Marxismo é uma corrente ideológica persistente, mas não define as formas específicas de resistência pós‑1990.

C — Sindicalismo e partidos políticos são instrumentos clássicos de luta, mas muitos deles perderam força relativa; as resistências mais marcantes no período são extra‑institucionais e em rede.

D — Greves e lutas camponesas existem, mas não capturam a especificidade do antiglobalismo transnacional nem do caráter identitário e comunicacional do zapatismo.

Dica de prova: identifique no enunciado palavras-chave temporais (pós‑bipolaridade, neoliberalismo, toyotismo). Busque alternativas que expressem resistências novas, transnacionais e em rede — isso indica a resposta correta.

Fontes sugeridas: David Harvey (2005), Manuel Castells (1996), Naomi Klein (2000).

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