“Em 1848, a Convenção dos Direitos Femininos,
realizada em Nova York, publicou a “Declaração de
Sentimentos”, na qual defendia o direito de voto para as
mulheres. [...] em 1920, as mulheres norte-americanas
conquistaram o direito de voto. (...) No Brasil, o
movimento organizado em defesa do voto feminino surgiu
em 1922, quando foi fundada a Federação Brasileira pelo
Progresso Feminino, no Rio de Janeiro. Em 1932, o
governo federal estabeleceu as novas regras eleitorais
permitindo as mulheres votar e candidatar-se”.
CAMPOS, Flávio. MIRANDA. Renan Garcia. A Escrita da História. São
Paulo: Editora Escala Educacional, 2005. p. 61. [Adaptado].
Sobre a situação das mulheres na Grécia Antiga,
marque a alternativa correta.
Gabarito comentado
Resposta correta: D
Tema central: direitos políticos e posição social das mulheres nas pólis gregas — sobretudo a diferença entre Atenas (democracia restrita) e Esparta (maior autonomia feminina). É preciso saber que "cidadania" grega era quase sempre masculina e local (varia por pólis).
Resumo teórico: Em Atenas clássica a democracia direta era exercida por homens cidadãos natos — excluíam-se mulheres, escravos e metecos. Já em Esparta as mulheres possuíam mais autonomia social e económica: educação física, gestão de propriedade e maior presença pública, embora não exercessem voto pleno nas instituições políticas atenienses. Leis e reformas citadas nos textos clássicos: as leis de Drácon (c. 621 a.C.) eram duras; Solon (c. 594 a.C.) promoveu reformas aliviando tensões — são marcos legislativos atenienses, não concessões de voto feminino.
Por que a alternativa D é correta: descreve com precisão o contraste conhecido entre as duas pólis. Atenas: democracia direta limitada a homens livres atenienses. Esparta: sociedade mais militarizada, mas com mulheres que gozavam de maior liberdade relativa (propriedade, educação física, autonomia familiar), o que justifica a afirmação de que as mulheres espartanas tinham mais liberdade que as atenienses.
Análise das alternativas incorretas:
A — Incorreta. Afirma que mulheres eram tratadas como cidadãs com direitos em boa parte das pólis. Isso não procede: a regra geral foi exclusão política das mulheres na maioria das cidades.
B — Incorreta e anacrônica. Mistura autores: o "Código de Drácon" é de Drácon (não de Solon) e jamais concedeu direito de voto às mulheres. Não existe antecedente democrático grego que ofereça voto feminino comparável às conquistas do século XIX/XX.
C — Incorreta. Além de repetir o erro de atribuir o código a Solon, afirma que tal código fundamentava o machismo em todas as pólis — injustificável: leis eram locais e a situação variava; porém, é verdade que mulheres não tinham direitos políticos equivalentes aos homens na maior parte das cidades.
E — Incorreta. Inverte a realidade: em Esparta as mulheres tinham maior liberdade relativa; em Atenas não houve antecipação dos direitos femininos modernos — mulheres atenienses eram excluídas da cidadania política.
Fontes clássicas e didáticas: obras de Aristóteles (Política) sobre cidadania ateniense; estudos sobre Drácon e Solon; manuais de História Antiga que tratam das instituições de Atenas e Esparta.
Gostou do comentário? Deixe sua avaliação aqui embaixo!





