Na obra A formação das almas, o historiador José Murilo de Carvalho mostra que, após a queda
da monarquia, as diversas facções republicanas no Brasil evidenciaram suas diferenças nas
disputas em torno da escolha da nova bandeira nacional.
Dois símbolos propostos nessa ocasião evidenciam aspectos dessa disputa entre as diferentes
facções republicanas e estão reproduzidos a seguir.
AA escolha do lema que figura no pavilhão brasileiro deveu-se à influência do positivismo entre os militares partidários da República. BA adoção de elementos da bandeira norte-americana foi defendida pelos oficiais militares partidários do federalismo. CA adoção da bandeira semelhante à dos Estados Unidos reflete os ideais da corrente dos jacobinos, tendo à frente os grandes produtores de café. DA escolha do lema Ordem e Progresso, que figura no estandarte, evidencia o predomínio político do grupo democrático paulista.4adbbc3b-dfUFRN 2012 - História - História Geral, Expansão Comercial a Marítima: a busca de novos mundosO fragmento textual seguinte se refere a uma característica de sociedades africanas em épocas
anteriores à expansão marítima e comercial europeia.
A forma como uma sociedade organiza a distribuição dos bens que produz ou adquire
revela muito do caráter desta sociedade, de seus valores, usos e costumes. No caso das
sociedades de linhagens da África negra, todo o sistema social estava baseado nas esferas
da reciprocidade e da distribuição, como forma de garantir a coesão social do grupo. Os
velhos guardam a experiência e o conhecimento dos costumes. Assim, não era uma
sociedade dirigida pelos mais produtivos e dinâmicos (como na lógica capitalista) e, sim,
pelos que guardavam a tradição e o saber mágico.
SILVA, Francisco C. T. da. Conquista e colonização da América portuguesa. In: LINHARES, Maria Yedda (Org.).
História geral do Brasil. Rio de Janeiro: Elsevier, 1990. p. 48. [Adaptado]
Ao estabelecer uma comparação entre a organização social expressa no fragmento e as
sociedades africanas exploradas pelos europeus à época das Grandes Navegações, é correto
afirmar:
AA organização da sociedade de linhagens sofreu mudanças a partir da generalização do
comércio escravista promovida por interesses mercantilistas na África.BA existência prévia da escravidão na África possibilitou a manutenção da sociedade de linhagens, sem transformações sociais significativas.CO papel social desempenhado pelas lideranças nativas permaneceu inalterado apesar da ampla divulgação do cristianismo entre os povos africanos.DO conquistador europeu encarava a organização societária de linhagens como uma ameaça à sua dominação e, por isso, subjugou inicialmente os anciãos. 4ad7a485-dfUFRN 2012 - História - História Geral, Período Entre-Guerras: Revolução Russa de 1917Os diversos grupos envolvidos na Revolução Francesa interpretaram diferentemente os
princípios teóricos que a fundamentaram. Uma interpretação desses princípios pode ser
exemplificada no Manifesto dos Iguais, que se expressava nos seguintes termos:
Desde a própria existência da sociedade civil, o atributo mais belo do homem vem sendo
reconhecido sem oposição, mas nem uma só vez pôde ver-se convertido em realidade: a
igualdade nunca foi mais do que uma bela e estéril dicção da lei. E hoje, q uando essa
igualdade é exigida numa voz mais forte do que nunca, a resposta é esta: ―Calai-vos,
miseráveis! A igualdade não é realmente mais do que uma quimera; contentai-vos com a
igualdade relativa: todos sois iguais em face da lei. Que quereis mais, mis eráveis?‖ Que
mais queremos? Queremos igualdade efetiva ou a morte. De que mais precisamos além da
igualdade de direitos? Queremos vê-la entre nós, sob o teto das nossas casas.
BABEUF, Graco. Manifesto dos Iguais. Disponível em: <www.marxists.org/portugues /babeuf/1796/mes/manifesto.html>. Acesso em: 17 set. 2012. [Adaptado]
Elaborado na fase do Diretório, esse Manifesto inspirou a ˜Conspiração dos Iguais˜, que foi
sufocada, e seu líder, Graco Babeuf, preso e executado.
No contexto da Revolução Francesa, esses acontecimentos evidenciam que
Ao partido conservador, cujos membros eram conhecidos como realistas, uniu-se à alta
burguesia e lutava para restaurar a monarquia.Ba facção dos radicais, liderada por Robespierre, temia a ascensão das massas operárias .Cos ideais inspiradores do movimento revolucionário foram aplicados na medida em que atenderam os interesses da burguesia.Das ideias radicais orientaram a ação dos jacobinos, que assumiram a liderança do processo revolucionário. 4ad3771b-dfUFRN 2012 - História - História Geral, Renascimento Científico, Artístico e CulturalOs historiadores fazem distinção entre o período medieval e a modernidade na Europa Ocidental.
As imagens a seguir evidenciam essa nova concepção de mundo, característica da modernidade.

Essas imagens remetem a aspectos da mentalidade do mundo moderno, que era caracterizado
Apela reafirmação da visão aristotélica do universo e do homem, afirmando um padrão de círculos perfeitos no movimento dos astros. Bpela subordinação à visão clerical, que valorizava a iluminação divina para chegar à verdade sobre o homem, a mais perfeita realização de Deus. Cpor um esquema do universo baseado no modelo heliocêntrico e por uma exaltação das capacidades humanas para chegar à verdade. Dpor um ideal que partia da valorização do homem e, por consequência, via a Terra como centro do universo. 4acd5fb1-dfUFRN 2012 - História - Medievalidade Europeia, História GeralO historiador Jacques Le Goff, analisando o Ocidente europeu na Idade Média, comenta:
O conflito entre o tempo da Igreja e o tempo dos mercadores afirma-se pois em plena Idade
Média, como um dos acontecimentos maiores da história mental destes séculos, d urante os
quais se elabora a ideologia do mundo moderno, sob a pressão da alteração das estruturas e
das práticas econômicas.
LE GOFF, Jacques. Para um novo conceito de Idade Média: tempo, trabalho e cultura no Ocidente. Lisboa:
Estampa, 1979. p. 45.
Esse conflito referido pelo autor diz respeito
Aà tensão entre a moral burguesa, que defendia o ˜justo preço˜ e a moderação do lucro, e os
valores clericais, que enalteciam o ócio, como expressão da confiança na Providência.Bà contradição entre a exploração dos servos, a qual sustentava a produção nos domínios feudais, e a concepção de uma sociedade fraterna defendida pela Igreja.Càs dificuldades de conciliação entre os interesses religiosos das Cruzadas e as ambições das cidades italianas, que lucravam com as novas rotas comerciais abertas pelo movimento cruzadista.Dà incompatibilidade entre o ponto de vista defendido pela Igreja sobre a economia e as ideias capitalistas da burguesia, a qual gradativamente se consolidava. 4ad068c3-dfUFRN 2012 - História - História Geral, Revolução IndustrialSegundo o historiador David Landes, a Revolução Industrial
[...] começou na Inglaterra no século XVIII e expandiu-se de forma distinta nos países da
Europa continental e em algumas áreas do ultramar. Em um espaço de menos de duas
gerações, transformou a vida do homem ocidental, a natureza de sua sociedade e seu
relacionamento com outros povos do mundo.
LANDES, David S. Prometeu desacorrentado: transformação tecnológica e desenvolvimento industrial na Europa
ocidental, desde 1750 até os dias de hoje. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. p. 1.
A Revolução Industrial significou mudanças radicais, promovendo
Aavanços técnicos, oposição entre a burguesia e o proletariado, e revalorização mundial dos
princípios mercantilistas.Balteração no processo de produção, sujeição do proletariado ao capital e divisão internacional do trabalho.Caumento da produtividade, acelerada urbanização e equilíbrio geopolítico entre as nações europeias.Dexploração de nova fonte de energia, modificações de estilos de vida e rejeição às práticas políticas imperialistas. 4aca7998-dfUFRN 2012 - História - Medievalidade Europeia, História GeralEnfrentando grandes dificuldades desde o século III, o Império Romano do Ocidente fragmentou -
se após as invasões dos povos bárbaros e, nesse território, formaram -se novas sociedades. Os
historiadores consideram esse período como uma nova fase na história da chamada Europa
Ocidental: a Alta Idade Média, marcada principalmente
Apelo poder centralizado nas mãos dos reis, garantindo a estabilidade dos novos Estados que se formaram.Bpela religião cristã, que favoreceu a mescla dos elementos culturais romanos e germânicos.Cpela prosperidade das cidades, lugares preferidos pelos povos germânicos para se fixarem.Dpelo predomínio do regime escravocrata, o qual sustentava uma economia comercial dinâmica. 3420a33e-dcUFRN 2011 - História - República Oligárquica - 1889 a 1930, História do Brasilvárias mudanças políticas e socioeconômicas
tenham ocorrido no Brasil, uma parcela
significativa da população não se beneficiou
dessas transformações. Nesse contexto,
alguns movimentos rebeldes protestaram
contra a opressão e a miséria. Muitas vezes,
as aspirações dos rebeldes mesclavam-se
com uma profunda religiosidade.
Entre esses movimentos sociais rebeldes,
pode-se citar a
APolítica das Salvações, que provocou a
rejeição do padre Cícero Romão Batista às
oligarquias que dominavam as populações
rurais. B Revolta do Contestado, que estimulou a
reação de setores politicamente
progressistas às medidas adotadas por
lideranças messiânicas.CMarcha da Família com Deus pela
Liberdade, que promoveu a união dos
camponeses em defesa da proposta de
reforma agrária.DGuerra de Canudos, que mobilizou os
sertanejos contra medidas adotadas pelo
então recém implantado governo
republicano. 34255a56-dcUFRN 2011 - História - História do Brasil, Era Vargas – 1930-1954No Brasil, o conceito de “populismo” é
utilizado na historiografia para analisar a “Era
Vargas” e o período de 1945 a 1964.
Segundo um dos principais estudiosos desta
temática:
“O populismo foi, ao mesmo tempo, uma
forma de estruturação do poder e a principal
forma de expressão da emergência popular
no processo de desenvolvimento industrial e
urbano. Esse estilo de governo e de
comportamento político é essencialmente
ambíguo e, por certo, deve muito à
ambiguidade pessoal desses políticos,
divididos entre o atendimento às demandas
do povo e o fortalecimento de seu poder
pessoal.
WEFFORT, Francisco. O populismo na política
brasileira. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1980, p. 61-63.
[Adaptado].
No Rio Grande do Norte, uma manifestação
do fenômeno do populismo foi
Aa Insurreição Comunista de 1935, que
resultou na organização de um governo de
orientação socialista.Ba campanha política de 1960, que
consolidou a liderança de Aluízio Alves e
levou-o ao Governo do Estado.Co triunfo eleitoral de Alzira Soriano, que
permitiu a elevação da primeira mulher ao
cargo de Prefeita no Brasil.Da atuação de Café Filho, que unificou os
diversos sindicatos dos trabalhadores do
comércio e das indústrias de Natal. 342eae00-dcUFRN 2011 - História - República Oligárquica - 1889 a 1930, História do BrasilA charge abaixo faz referência a uma prática política frequente em todo o Brasil, no contexto da
República Velha.

Essa charge representa a prática política caracterizada pelo
Apredomínio dos interesses oligárquicos em prejuízo dos direitos do cidadão.Bcompromisso dos políticos com a soberania da justiça eleitoral.Ccontrole dos coronéis sobre os sindicatos de trabalhadores rurais.Dcomparecimento obrigatório do eleitor alfabetizado às urnas. 34135399-dcUFRN 2011 - História - Guerra Fria e seus desdobramentos, História Geral, Revolução ChinesaAs ideias de diversas correntes marxistas
deram as bases teóricas das grandes
revoluções políticas no século XX: a
Revolução Russa de 1917, a Revolução
Chinesa de 1949 e a Revolução Cubana de
1959.
Nos três exemplos citados, a inspiração
marxista pode ser identificada
Ano Anarquismo, que propunha a destruição
da propriedade privada e a abolição das
hierarquias dentro do Estado, e que serviu
de base norteadora para essas
revoluções.Bno combate ao Capitalismo, visando à
formação de um mundo novo, que aboliria
a desigualdade social e integraria o
proletariado no cenário da política.Cna forte vinculação existente entre as
propostas dos revolucionários e aquelas
defendidas pelo Liberalismo, sobretudo a
defesa dos interesses dos trabalhadores.Dna condução do processo revolucionário
por um conjunto de partidos políticos
defensores do Socialismo, sob lideranças
camponesas, mas com frágil repercussão
no proletariado. 3417c4a8-dcUFRN 2011 - História - Mercantilismo, Colonialismo e a ocupação portuguesa no Brasil, História do BrasilA partir dos primeiros contatos entre os europeus e os nativos da América Portuguesa, os povos
indígenas que habitavam o litoral mudaram as suas relações com o meio ambiente. Essas novas
relações estão representadas na gravura contida na obra de André Thevet, que esteve no Brasil
entre 1555 e 1556.

Analisando a gravura e o contexto histórico ao qual ela remete, pode-se corretamente afirmar
que a principal razão dessas mudanças foi
Aa utilização de instrumentos e utensílios de origem europeia, que permitiram o início da
exploração aurífera pelos índios.Ba imediata implantação do trabalho escravo, que exigiu a adequação dos nativos aos
propósitos mercantilistas, então em vigor.Ca estratégica utilização da força de trabalho indígena, para suprir as necessidades mercantis
dos conquistadores.Do desmatamento da vegetação nativa, para a implantação da policultura, destinada a
abastecer o mercado metropolitano. 34016338-dcUFRN 2011 - História - Medievalidade Europeia, História GeralNo Ocidente europeu medieval, a palavra
latina “servus” designava a maior parte dos
trabalhadores rurais, cuja condição se
diferenciava da condição dos escravos da
Antiguidade Romana. Na época feudal, esses
trabalhadores
Agozavam de uma melhor condição jurídica,
em razão das “cartas de franquia”, que
aboliram as “corveias” a que estavam
obrigados.Bestavam sujeitos aos caprichos dos
senhores feudais, que poderiam vendê-los
a outros proprietários agrícolas.Cforam beneficiados com a difusão dos
valores cristãos, os quais possibilitaram
sua mobilidade social, em toda a
Cristandade.Drecebiam dos grandes proprietários faixas
de terras para cultivar e, em contrapartida,
prestavam serviços gratuitos a esses
proprietários, além de ficar devendo-lhes
outras obrigações. 341c8f29-dcUFRN 2011 - História - Mercantilismo, Colonialismo e a ocupação portuguesa no Brasil, História do BrasilO quadro ao lado, pintado por Debret,
intitulado Um funcionário a passeio com
sua família, retrata traços de um modelo
familiar que se constituiu no Brasil desde a
época colonial.

Considerando o seu conteúdo e o
conhecimento histórico sobre a família
colonial brasileira, é correto afirmar que
Aas mulheres, vítimas da hierarquia da
família patriarcal, se mostraram dóceis,
submissas e viviam enclausuradas,
aceitando completamente os valores da
Igreja.Ba presença da família nuclear foi
inexpressiva na região que hoje
corresponde ao Nordeste, uma vez que
ela foi alvo da censura da Igreja
Católica.Cos senhores de Engenho impunham aos seus escravos a união legal segundo as norm as
defendidas pela Igreja, considerando isso essencial à reprodução da força de trabalho.Do modelo patriarcal, no qual o homem era o provedor e garantidor da honra da família e dos
seus agregados, predominou na zona produtora de açúcar. 340eb2b0-dcUFRN 2011 - História - História Geral, Imperialismo e Colonialismo do século XIXNa Copa do Mundo de Futebol de 2010,
realizada na África do Sul, muitos brasileiros
ficaram surpresos ao saberem que várias
nações do continente africano, como Costa
do Marfim, Nigéria, Gana e o próprio país
sede do evento, apresentavam influências
linguísticas europeias. Isso ficava evidente,
por exemplo, nos nomes dos jogadores
estampados nas camisetas e nos hinos
nacionais, cantados em inglês ou francês.
Essas influências da Inglaterra e da França
na África são resultantes
Ada expansão do Cristianismo, estimulado
pelos propósitos das Cruzadas.Bo neocolonialismo do século XIX, no
contexto da Segunda Revolução Industrial.Cda Globalização, que promoveu o
intercâmbio cultural mundial no século XX.Ddo tráfico negreiro, que implantou colônias
europeias no continente africano. 3404addf-dcUFRN 2011 - História - História Geral, Mundo Árabe : de Maomé ao ImpérioA Religião Islâmica, pregada por Maomé,
promoveu a unificação das populações da
Península Arábica. Os princípios religiosos
contidos no Alcorão, seu livro sagrado,
serviram de base para a estruturação da
sociedade árabe e influenciaram todas as
sociedades em que havia forte presença
muçulmana.
Alguns trechos do Alcorão fazem referência
às mulheres:
Em nome de Alá, o clemente, o
misericordioso.
Ó vós, homens, temei a vosso Senhor que
nos criou de um único ser; deste lhe criou a
companheira e de ambos deixou
multiplicarem-se muitos homens e mulheres.
Temei a Alá, em cujo nome vós pedis um ao
outro, e temei-o especialmente no cuidado
dos laços de parentesco. Em verdade, Alá
vela por vós. [...]
E se algumas de vossas mulheres cometerem
algo de inconveniente, então conclamai
quatro de vós como testemunhas contra elas;
se eles o testemunharem, então encerrai-as
nas casas até que a morte as alcance ou Alá
abra uma saída. [...]
Ó vós que sois crentes, não vos é permitido
herdar das mulheres contra a sua vontade.
Nem deveis segurá-las ilegalmente, para lhes
tirar parte daquilo que lhes destes, a não ser
que tenham cometido publicamente atos
vergonhosos; e tratai-as com bondade. Se
sentirdes aversão a elas, quem sabe se
sentireis aversão contra algo em que Alá,
porém, depositou muita coisa boa.”
FRISCHAUER, Paul. Está escrito: documentos que
assinalaram épocas. São Paulo: Melhoramentos, 1972.
p. 179-181.
Várias sociedades atuais se organizam sob a
influência da Religião Islâmica e têm o
Alcorão como seu livro sagrado. Quando se
analisa a situação atual das mulheres nas
sociedades em que o Islamismo é a religião
predominante, pode-se corretamente afirmar
que
Aos preceitos da Religião Islâmica serviram
de base para a luta das mulheres, que
conseguiram abolir as restrições do
fundamentalismo religioso nos países
muçulmanos.Bos princípios do Alcorão, embora tenham
libertado as mulheres das condições da
época pré-islâmica, criaram um modelo
político de hegemonia masculina presente
em todos os países em que a religião
oficial é o Islamismo.Cas determinações do Alcorão,
consideradas revelações divinas, deram a
base para que as regras referentes às
mulheres fossem idênticas em todos os
países islâmicos.Das interpretações dos princípios do
Alcorão são variadas, criando uma grande
diversidade no que diz respeito à condição
das mulheres, com regras que possibilitam
sua maior ou menor participação na vida
pública. 34098f3d-dcUFRN 2011 - História - Construção de Estados e o Absolutismo, História GeralEntre os teóricos que defenderam o Absolutismo monárquico estava Jacques Bossuet, que
declarou:
“O trono real não é o trono de um homem, mas o trono do próprio Deus. Os reis são deuses
e participam de alguma maneira da independência divina. O rei vê de mais longe e de mais
alto; deve acreditar-se que ele vê melhor, e deve obedecer-se-lhe sem murmurar, pois o
murmúrio é uma disposição para a sedição.”
Jacques Bossuet, Política tirada da Sagrada Escritura. FREITAS, Gustavo de. 900 textos e documentos de
história. Lisboa: Plátano, [1977]. v. 2, p. 201. [Adaptado]
Analisando os conflitos políticos da Inglaterra no século XVII, o historiador Christopher Hill
escreveu:
“A partir das vitórias militares sobre os Cavaleiros, [os Cabeças Redondas] conseguiram a
rendição do rei em 1646. Entretanto, Carlos I reorganizou seus soldados e recomeçou a
guerra, sendo derrotado definitivamente pelos Cabeças Redondas de Cromwell. Preso,
Carlos I foi julgado pela Alta Corte de Justiça, a mando do Parlamento, sendo condenado à
morte. Em janeiro de 1649, o rei foi decapitado em frente ao palácio de Whitehall, em
Londres.”
HILL, Christopher. O eleito de Deus. São Paulo: Companhia das Letras, 1988. p. 179.
Analisando a afirmação teórica de J. Bossuet e relacionando-a com os fatos narrados por C. Hill,
pode-se corretamente afirmar que a execução de Carlos I assinalou
Aum momento decisivo na história europeia, por ter posto em xeque um princípio político
central do Estado Moderno e lançado as bases políticas liberais contemporâneas.Buma etapa fundamental na evolução do Parlamento inglês, pois, a partir daí, os burgueses
tiveram acesso à Câmara dos Comuns.Ca reação da facção liberal no Parlamento, que, dominada pelos puritanos, defendia o direito
divino dos reis.Da implantação definitiva da monarquia parlamentar inglesa, pois, daí por diante, a sucessão
real seria decidida pelo Parlamento. 33fe5a38-dcUFRN 2011 - História - História Geral, Antiguidade Oriental (Egípcios, Mesopotâmicos, Persas, Indianos e Chineses)Na Antiguidade, as civilizações que se
desenvolveram no Crescente Fértil deram
grandes contribuições para a Civilização
Ocidental. Como exemplo dessas
contribuições, podemos mencionar a
invenção da Álgebra, incluindo a criação da
raiz quadrada e da raiz cúbica, a divisão do
círculo em 360 graus, o calendário com o ano
de doze meses, divididos em semanas de
sete dias e estes, em períodos de doze horas
duplas.
Essas contribuições referidas devem-se às
ACidades-Estado da Grécia Clássica.BCivilizações da Mesopotâmia.CCivilizações do Egito Antigo.DSociedades Hebraica e Fenícia. f6559476-49UFRN 2010 - História - História do Brasil, Era Vargas – 1930-1954A imagem em foco destaca uma cena do espetáculo Chuva de bala no país de Mossoró, que trata de um evento ocorrido nessa cidade, na primeira metade do século XX.

O espetáculo é uma representação de acontecimentos históricos que se relacionam a
Aum grupo de rebeldes do sertão nordestino, que reagiam à marginalidade social.Bum agrupamento de jagunços aliado à administração municipal , durante o governo Vargas.Cum bando urbano politizado, que praticava a justiça com as próprias mãos.Duma facção armada que combatia as oligarquias, reivindicando a reforma agrária. f3dad3e9-49UFRN 2010 - História - História do Brasil, Era Vargas – 1930-1954No Brasil, o conceito de “populismo” é utilizado na historiografia para analisar a “Era Vargas” e o período de 1945 a 1964. Segundo um dos principais estudiosos desta temática:

No Rio Grande do Norte, uma manifestação do fenômeno do populismo foi
Aa Insurreição Comunista de 1935, que resultou na organização de um governo de orientação socialista.Ba campanha política de 1960, que consolidou a liderança de Aluízio Alves e levou-o ao Governo do Estado.Co triunfo eleitoral de Alzira Soriano, que permitiu a elevação da primeira mulher ao cargo de Prefeita no Brasil.Da atuação de Café Filho, que unificou os diversos sindicatos dos trabalhadores do comércio e das indústrias de Natal.
O fragmento textual seguinte se refere a uma característica de sociedades africanas em épocas
anteriores à expansão marítima e comercial europeia.
A forma como uma sociedade organiza a distribuição dos bens que produz ou adquire
revela muito do caráter desta sociedade, de seus valores, usos e costumes. No caso das
sociedades de linhagens da África negra, todo o sistema social estava baseado nas esferas
da reciprocidade e da distribuição, como forma de garantir a coesão social do grupo. Os
velhos guardam a experiência e o conhecimento dos costumes. Assim, não era uma
sociedade dirigida pelos mais produtivos e dinâmicos (como na lógica capitalista) e, sim,
pelos que guardavam a tradição e o saber mágico.
SILVA, Francisco C. T. da. Conquista e colonização da América portuguesa. In: LINHARES, Maria Yedda (Org.).
História geral do Brasil. Rio de Janeiro: Elsevier, 1990. p. 48. [Adaptado]
Ao estabelecer uma comparação entre a organização social expressa no fragmento e as
sociedades africanas exploradas pelos europeus à época das Grandes Navegações, é correto
afirmar:
Os diversos grupos envolvidos na Revolução Francesa interpretaram diferentemente os
princípios teóricos que a fundamentaram. Uma interpretação desses princípios pode ser
exemplificada no Manifesto dos Iguais, que se expressava nos seguintes termos:
Desde a própria existência da sociedade civil, o atributo mais belo do homem vem sendo
reconhecido sem oposição, mas nem uma só vez pôde ver-se convertido em realidade: a
igualdade nunca foi mais do que uma bela e estéril dicção da lei. E hoje, q uando essa
igualdade é exigida numa voz mais forte do que nunca, a resposta é esta: ―Calai-vos,
miseráveis! A igualdade não é realmente mais do que uma quimera; contentai-vos com a
igualdade relativa: todos sois iguais em face da lei. Que quereis mais, mis eráveis?‖ Que
mais queremos? Queremos igualdade efetiva ou a morte. De que mais precisamos além da
igualdade de direitos? Queremos vê-la entre nós, sob o teto das nossas casas.
BABEUF, Graco. Manifesto dos Iguais. Disponível em: <www.marxists.org/portugues /babeuf/1796/mes/manifesto.html>. Acesso em: 17 set. 2012. [Adaptado]
Elaborado na fase do Diretório, esse Manifesto inspirou a ˜Conspiração dos Iguais˜, que foi
sufocada, e seu líder, Graco Babeuf, preso e executado.
No contexto da Revolução Francesa, esses acontecimentos evidenciam que
Os historiadores fazem distinção entre o período medieval e a modernidade na Europa Ocidental.
As imagens a seguir evidenciam essa nova concepção de mundo, característica da modernidade.

Essas imagens remetem a aspectos da mentalidade do mundo moderno, que era caracterizado

O historiador Jacques Le Goff, analisando o Ocidente europeu na Idade Média, comenta:
O conflito entre o tempo da Igreja e o tempo dos mercadores afirma-se pois em plena Idade
Média, como um dos acontecimentos maiores da história mental destes séculos, d urante os
quais se elabora a ideologia do mundo moderno, sob a pressão da alteração das estruturas e
das práticas econômicas.
LE GOFF, Jacques. Para um novo conceito de Idade Média: tempo, trabalho e cultura no Ocidente. Lisboa:
Estampa, 1979. p. 45.
Esse conflito referido pelo autor diz respeito
O historiador Jacques Le Goff, analisando o Ocidente europeu na Idade Média, comenta:
O conflito entre o tempo da Igreja e o tempo dos mercadores afirma-se pois em plena Idade Média, como um dos acontecimentos maiores da história mental destes séculos, d urante os quais se elabora a ideologia do mundo moderno, sob a pressão da alteração das estruturas e das práticas econômicas.
LE GOFF, Jacques. Para um novo conceito de Idade Média: tempo, trabalho e cultura no Ocidente. Lisboa: Estampa, 1979. p. 45.
Esse conflito referido pelo autor diz respeito
Segundo o historiador David Landes, a Revolução Industrial
[...] começou na Inglaterra no século XVIII e expandiu-se de forma distinta nos países da
Europa continental e em algumas áreas do ultramar. Em um espaço de menos de duas
gerações, transformou a vida do homem ocidental, a natureza de sua sociedade e seu
relacionamento com outros povos do mundo.
LANDES, David S. Prometeu desacorrentado: transformação tecnológica e desenvolvimento industrial na Europa
ocidental, desde 1750 até os dias de hoje. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. p. 1.
A Revolução Industrial significou mudanças radicais, promovendo
Segundo o historiador David Landes, a Revolução Industrial
[...] começou na Inglaterra no século XVIII e expandiu-se de forma distinta nos países da Europa continental e em algumas áreas do ultramar. Em um espaço de menos de duas gerações, transformou a vida do homem ocidental, a natureza de sua sociedade e seu relacionamento com outros povos do mundo.
LANDES, David S. Prometeu desacorrentado: transformação tecnológica e desenvolvimento industrial na Europa ocidental, desde 1750 até os dias de hoje. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. p. 1.
A Revolução Industrial significou mudanças radicais, promovendo
Enfrentando grandes dificuldades desde o século III, o Império Romano do Ocidente fragmentou -
se após as invasões dos povos bárbaros e, nesse território, formaram -se novas sociedades. Os
historiadores consideram esse período como uma nova fase na história da chamada Europa
Ocidental: a Alta Idade Média, marcada principalmente
várias mudanças políticas e socioeconômicas
tenham ocorrido no Brasil, uma parcela
significativa da população não se beneficiou
dessas transformações. Nesse contexto,
alguns movimentos rebeldes protestaram
contra a opressão e a miséria. Muitas vezes,
as aspirações dos rebeldes mesclavam-se
com uma profunda religiosidade.
Entre esses movimentos sociais rebeldes,
pode-se citar a
No Brasil, o conceito de “populismo” é
utilizado na historiografia para analisar a “Era
Vargas” e o período de 1945 a 1964.
Segundo um dos principais estudiosos desta
temática:
“O populismo foi, ao mesmo tempo, uma
forma de estruturação do poder e a principal
forma de expressão da emergência popular
no processo de desenvolvimento industrial e
urbano. Esse estilo de governo e de
comportamento político é essencialmente
ambíguo e, por certo, deve muito à
ambiguidade pessoal desses políticos,
divididos entre o atendimento às demandas
do povo e o fortalecimento de seu poder
pessoal.
WEFFORT, Francisco. O populismo na política
brasileira. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1980, p. 61-63.
[Adaptado].
No Rio Grande do Norte, uma manifestação
do fenômeno do populismo foi
A charge abaixo faz referência a uma prática política frequente em todo o Brasil, no contexto da
República Velha.

Essa charge representa a prática política caracterizada pelo

As ideias de diversas correntes marxistas
deram as bases teóricas das grandes
revoluções políticas no século XX: a
Revolução Russa de 1917, a Revolução
Chinesa de 1949 e a Revolução Cubana de
1959.
Nos três exemplos citados, a inspiração
marxista pode ser identificada
A partir dos primeiros contatos entre os europeus e os nativos da América Portuguesa, os povos
indígenas que habitavam o litoral mudaram as suas relações com o meio ambiente. Essas novas
relações estão representadas na gravura contida na obra de André Thevet, que esteve no Brasil
entre 1555 e 1556.

Analisando a gravura e o contexto histórico ao qual ela remete, pode-se corretamente afirmar
que a principal razão dessas mudanças foi

No Ocidente europeu medieval, a palavra
latina “servus” designava a maior parte dos
trabalhadores rurais, cuja condição se
diferenciava da condição dos escravos da
Antiguidade Romana. Na época feudal, esses
trabalhadores
O quadro ao lado, pintado por Debret,
intitulado Um funcionário a passeio com
sua família, retrata traços de um modelo
familiar que se constituiu no Brasil desde a
época colonial.

Considerando o seu conteúdo e o
conhecimento histórico sobre a família
colonial brasileira, é correto afirmar que

Na Copa do Mundo de Futebol de 2010,
realizada na África do Sul, muitos brasileiros
ficaram surpresos ao saberem que várias
nações do continente africano, como Costa
do Marfim, Nigéria, Gana e o próprio país
sede do evento, apresentavam influências
linguísticas europeias. Isso ficava evidente,
por exemplo, nos nomes dos jogadores
estampados nas camisetas e nos hinos
nacionais, cantados em inglês ou francês.
Essas influências da Inglaterra e da França
na África são resultantes
A Religião Islâmica, pregada por Maomé,
promoveu a unificação das populações da
Península Arábica. Os princípios religiosos
contidos no Alcorão, seu livro sagrado,
serviram de base para a estruturação da
sociedade árabe e influenciaram todas as
sociedades em que havia forte presença
muçulmana.
Alguns trechos do Alcorão fazem referência
às mulheres:
Em nome de Alá, o clemente, o
misericordioso.
Ó vós, homens, temei a vosso Senhor que
nos criou de um único ser; deste lhe criou a
companheira e de ambos deixou
multiplicarem-se muitos homens e mulheres.
Temei a Alá, em cujo nome vós pedis um ao
outro, e temei-o especialmente no cuidado
dos laços de parentesco. Em verdade, Alá
vela por vós. [...]
E se algumas de vossas mulheres cometerem
algo de inconveniente, então conclamai
quatro de vós como testemunhas contra elas;
se eles o testemunharem, então encerrai-as
nas casas até que a morte as alcance ou Alá
abra uma saída. [...]
Ó vós que sois crentes, não vos é permitido
herdar das mulheres contra a sua vontade.
Nem deveis segurá-las ilegalmente, para lhes
tirar parte daquilo que lhes destes, a não ser
que tenham cometido publicamente atos
vergonhosos; e tratai-as com bondade. Se
sentirdes aversão a elas, quem sabe se
sentireis aversão contra algo em que Alá,
porém, depositou muita coisa boa.”
FRISCHAUER, Paul. Está escrito: documentos que
assinalaram épocas. São Paulo: Melhoramentos, 1972.
p. 179-181.
Várias sociedades atuais se organizam sob a
influência da Religião Islâmica e têm o
Alcorão como seu livro sagrado. Quando se
analisa a situação atual das mulheres nas
sociedades em que o Islamismo é a religião
predominante, pode-se corretamente afirmar
que
Entre os teóricos que defenderam o Absolutismo monárquico estava Jacques Bossuet, que
declarou:
“O trono real não é o trono de um homem, mas o trono do próprio Deus. Os reis são deuses
e participam de alguma maneira da independência divina. O rei vê de mais longe e de mais
alto; deve acreditar-se que ele vê melhor, e deve obedecer-se-lhe sem murmurar, pois o
murmúrio é uma disposição para a sedição.”
Jacques Bossuet, Política tirada da Sagrada Escritura. FREITAS, Gustavo de. 900 textos e documentos de
história. Lisboa: Plátano, [1977]. v. 2, p. 201. [Adaptado]
Analisando os conflitos políticos da Inglaterra no século XVII, o historiador Christopher Hill
escreveu:
“A partir das vitórias militares sobre os Cavaleiros, [os Cabeças Redondas] conseguiram a
rendição do rei em 1646. Entretanto, Carlos I reorganizou seus soldados e recomeçou a
guerra, sendo derrotado definitivamente pelos Cabeças Redondas de Cromwell. Preso,
Carlos I foi julgado pela Alta Corte de Justiça, a mando do Parlamento, sendo condenado à
morte. Em janeiro de 1649, o rei foi decapitado em frente ao palácio de Whitehall, em
Londres.”
HILL, Christopher. O eleito de Deus. São Paulo: Companhia das Letras, 1988. p. 179.
Analisando a afirmação teórica de J. Bossuet e relacionando-a com os fatos narrados por C. Hill,
pode-se corretamente afirmar que a execução de Carlos I assinalou
Na Antiguidade, as civilizações que se
desenvolveram no Crescente Fértil deram
grandes contribuições para a Civilização
Ocidental. Como exemplo dessas
contribuições, podemos mencionar a
invenção da Álgebra, incluindo a criação da
raiz quadrada e da raiz cúbica, a divisão do
círculo em 360 graus, o calendário com o ano
de doze meses, divididos em semanas de
sete dias e estes, em períodos de doze horas
duplas.
Essas contribuições referidas devem-se às
A imagem em foco destaca uma cena do espetáculo Chuva de bala no país de Mossoró, que trata de um evento ocorrido nessa cidade, na primeira metade do século XX.

O espetáculo é uma representação de acontecimentos históricos que se relacionam a

O espetáculo é uma representação de acontecimentos históricos que se relacionam a
No Brasil, o conceito de “populismo” é utilizado na historiografia para analisar a “Era Vargas” e o período de 1945 a 1964. Segundo um dos principais estudiosos desta temática:

No Rio Grande do Norte, uma manifestação do fenômeno do populismo foi

No Rio Grande do Norte, uma manifestação do fenômeno do populismo foi