Questõessobre Movimentos de Reforma Religiosa: protestantes e católicos
Na Alemanha do século XVI, teve início, em meio a uma série de transformações econômicas, políticas, sociais e
culturais que assinalaram o período de transição entre a sociedade feudal e a moderna, a Reforma Religiosa.
Dentre as principais causas da Reforma Religiosa, NÃO é possível assinalar:
Sobre o movimento da Reforma Protestante é
correto afirmar.
Criado no século XIII, o Santo Ofício foi a instituição
responsável pela Inquisição, utilizada para reprimir os
movimentos religiosos que questionavam a autoridade
da Igreja Católica e dos reis.
Em relação ao período conhecido como Reforma e Contra Reforma, pode-se afirmar que
Apesar de existir desde a Idade Média, a Instituição a que o
poema faz referência, adquiriu maior importância no início da
Idade Moderna, principalmente na Península Ibérica. Neste
período:
I. O tribunal, além de combater protestantes, judeus e
outros em nome da ortodoxia, se constituía em grande
fonte de renda, e para os reis portugueses e espanhóis,
instrumento para perseguir seus inimigos políticos.
II. Os reis portugueses usavam a Inquisição para cobrar
das comunidades judaicas altas taxas de proteção
contra perseguições do próprio tribunal religioso ou
para se apropriar dos bens e propriedades dessas
comunidades, no país.
III. Era um tribunal voltado a punir crimes contra o celibato,
cometidos pelos membros do clero, perseguir e penalizar as pessoas que se colocavam contra o direito de
culto protestante e de práticas religiosas judaicas, consideradas heréticas.
IV. Os cardeais e monges se utilizavam da Inquisição para
reformar a Igreja de dentro para fora sob a autoridade
do papa e punir as pessoas que defendiam a reorganização moral, econômica e política da Igreja Católica
com base em princípios protestantes.
É correto o que se afirma SOMENTE em
Para responder à questão, considere o poema abaixo.
Espanha da liberdade,
Não a Espanha da opressão.
Espanha republicana:
A Espanha de Franco, não.
(...)
Espanha da livre crença,
Jamais a da Inquisição.
(...)
Espanha que se batia
Contra o corso Napoleão!
(Manuel Bandeira. 50 poemas escolhidos pelo autor. S. Paulo: Cosac Naify, 2006. p. 60)
O que nós chamamos Europa, é uma ideia, uma representação construída, cujas características dependem
do respectivo recorte, do respectivo ponto de vista, das respectivas intenções, dos respectivos objetivos e
fins ideológicos daquele que usa essa palavra. [...] A ideia da Europa representa somente uma construção
intelectual ou um conceito, que varia de século a século, servindo como instrumento de argumentação, seja
contra, seja a favor de algo.
MAINKA, Peter Johann. Os fundamentos da identidade europeia na antiguidade, na idade média e nos
tempos modernos. Acta Scientiarum. Education. Maringá, v. 33, n. 1, p.67, 2011.
Tomando-se por base a citação acima, assinale a alternativa INCORRETA.
O que nós chamamos Europa, é uma ideia, uma representação construída, cujas características dependem do respectivo recorte, do respectivo ponto de vista, das respectivas intenções, dos respectivos objetivos e fins ideológicos daquele que usa essa palavra. [...] A ideia da Europa representa somente uma construção intelectual ou um conceito, que varia de século a século, servindo como instrumento de argumentação, seja contra, seja a favor de algo.
MAINKA, Peter Johann. Os fundamentos da identidade europeia na antiguidade, na idade média e nos tempos modernos. Acta Scientiarum. Education. Maringá, v. 33, n. 1, p.67, 2011.
Tomando-se por base a citação acima, assinale a alternativa INCORRETA.
O cristianismo incorporou antigas práticas relativas
ao fogo para criar uma festa sincrética. A igreja retomou
a distância de seis meses entre os nascimentos de Jesus
Cristo e João Batista e instituiu a data de comemoração
a este último de tal maneira que as festas do solstício de
verão europeu com suas tradicionais fogueiras se tornaram
“fogueiras de São João”. A festa do fogo e da luz no entanto
não foi imediatamente associada a São João Batista.
Na Baixa Idade Média, algumas práticas tradicionais da
festa (como banhos, danças e cantos) foram perseguidas
por monges e bispos. A partir do Concílio de Trento
(1545-1563), a Igreja resolveu adotar celebrações em
torno do fogo e associá-las à doutrina cristã.
CHIANCA, L. Devoção e diversão: expressões contemporâneas de
festas e santos católicos. Revista Anthropológicas,
n. 18, 2007 (adaptado).
Com o objetivo de se fortalecer, a instituição mencionada
no texto adotou as práticas descritas, que consistem em
O cristianismo incorporou antigas práticas relativas ao fogo para criar uma festa sincrética. A igreja retomou a distância de seis meses entre os nascimentos de Jesus Cristo e João Batista e instituiu a data de comemoração a este último de tal maneira que as festas do solstício de verão europeu com suas tradicionais fogueiras se tornaram “fogueiras de São João”. A festa do fogo e da luz no entanto não foi imediatamente associada a São João Batista. Na Baixa Idade Média, algumas práticas tradicionais da festa (como banhos, danças e cantos) foram perseguidas por monges e bispos. A partir do Concílio de Trento (1545-1563), a Igreja resolveu adotar celebrações em torno do fogo e associá-las à doutrina cristã.
CHIANCA, L. Devoção e diversão: expressões contemporâneas de festas e santos católicos. Revista Anthropológicas, n. 18, 2007 (adaptado).
Com o objetivo de se fortalecer, a instituição mencionada no texto adotou as práticas descritas, que consistem em
A Reforma Religiosa do século XVI teve como
desdobramento:
Assentado, portanto, que a Escritura, em muitas
passagens, não apenas admite, mas necessita de
exposições diferentes do significado aparente das
palavras, parece-me que, nas discussões naturais,
deveria ser deixada em último lugar.
GALILEI, G. Carta a Dom Benedetto Castelli. In: Ciência e fé: cartas de Galileu sobre o
acordo do sistema copernicano com a Bíblia. São Paulo: Unesp, 2009 (adaptado).
O texto, extraído da carta escrita por Galileu (1564-1642)
cerca de trinta anos antes de sua condenação pelo
Tribunal do Santo Ofício, discute a relação entre ciência
e fé, problemática cara no século XVII. A declaração de
Galileu defende que
Assentado, portanto, que a Escritura, em muitas passagens, não apenas admite, mas necessita de exposições diferentes do significado aparente das palavras, parece-me que, nas discussões naturais, deveria ser deixada em último lugar.
GALILEI, G. Carta a Dom Benedetto Castelli. In: Ciência e fé: cartas de Galileu sobre o acordo do sistema copernicano com a Bíblia. São Paulo: Unesp, 2009 (adaptado).
O texto, extraído da carta escrita por Galileu (1564-1642) cerca de trinta anos antes de sua condenação pelo Tribunal do Santo Ofício, discute a relação entre ciência e fé, problemática cara no século XVII. A declaração de Galileu defende que
O documento citado é um manifesto de uma revolta de camponeses alemães ocorrida em 1525. Percebe-se no documento a influência ideológica
O documento citado é um manifesto de uma revolta de camponeses alemães ocorrida em 1525. Percebe-se no documento a influência ideológica
No século XVI, o teólogo alemão Martinho Lutero iniciou a Reforma Protestante, que culminou com a cisão da cristandade ocidental e com o surgimento de diversas denominações cristãs que não se submetiam à autoridade papal. Uma das razões que motivaram Lutero a se indispor contra a ortodoxia católica foi a prática da venda de indulgências pela Igreja.
A partir das informações do texto, julgue o item a seguir.
Sobre os elementos que caracterizaram a Reforma
Católica, também conhecida como contrarreforma,
ocorrida no século XVI, é CORRETO afirmar que:
Thomas Müntzer (1489-1525), um dos
primeiros teólogos alemães na era da
Reforma, se tornou lider rebelde na
época da Guerra dos camponeses.
A Guerra Camponesa, liderada por Thomas
Müntzer, em 1524, tinha como principal objetivo a
Thomas Müntzer (1489-1525), um dos primeiros teólogos alemães na era da Reforma, se tornou lider rebelde na época da Guerra dos camponeses.
A Guerra Camponesa, liderada por Thomas
Müntzer, em 1524, tinha como principal objetivo a
O Parlamento Inglês, ao promulgar o chamado Ato de
Supremacia (Act of Supremacy), em 1534, subordinou
as leis da Igreja à soberania jurídica das leis civis, concedendo
ao Rei Henrique VIII o poder de “único chefe
supremo da Igreja”. O resultado do Ato de Supremacia
foi/foram:
Cresce entre muitos o erro perniciosíssimo de que o valor da Escritura decorre da
vontade da Igreja, como se dependesse do arbítrio humano a eternal e inviolável
verdade de Deus, pois, com grande desprezo pelo Espírito Santo, perguntam: quem
nos fará crer que provém de Deus? Como nos certificamos de que chegou salva e
intacta aos nossos dias? Quem pode nos persuadir de que este livro deve ser recebido
com reverência e outro expurgado? Exceto que, acerca disso, a regra seja prescrita
pela Igreja?
CALVINO, J. A instituição da religião cristã. Trad.: Editora Unesp, São Paulo:2007, tomo I, p. 71.
O texto acima refere-se
Cresce entre muitos o erro perniciosíssimo de que o valor da Escritura decorre da vontade da Igreja, como se dependesse do arbítrio humano a eternal e inviolável verdade de Deus, pois, com grande desprezo pelo Espírito Santo, perguntam: quem nos fará crer que provém de Deus? Como nos certificamos de que chegou salva e intacta aos nossos dias? Quem pode nos persuadir de que este livro deve ser recebido com reverência e outro expurgado? Exceto que, acerca disso, a regra seja prescrita pela Igreja?
CALVINO, J. A instituição da religião cristã. Trad.: Editora Unesp, São Paulo:2007, tomo I, p. 71.
O texto acima refere-se
Em um dos diálogos da peça intitulada Henrique VIII, de
William Shakespeare, encenada em 1613, a rainha
católica Catarina, primeira esposa do rei, desabafava:
Mesmo aqui poderemos falar, pois, em consciência, até
hoje nada fiz que não pudesse revelar francamente em
qualquer parte. Prouvera ao céu que todas as mulheres
pudessem declarar a mesma coisa com igual liberdade. Meus
senhores, uma felicidade sempre tive: isso de não ligar nunca
importância ao fato de meus gestos comentados serem por
toda a gente, de ficarem sob a vista de todos, e como alvo dos
ataques da inveja e da calúnia, tão certa me acho de ter vida
limpa. Se vindes para examinar a minha conduta como esposa,
sede francos. Sempre a verdade ama linguagem rude.
http://www.ebooksbrasil.org/eLibris/oitavo.html
O monarca Henrique VIII governou a Inglaterra entre
1509 e 1547. Durante esse turbulento período,
Em um dos diálogos da peça intitulada Henrique VIII, de William Shakespeare, encenada em 1613, a rainha católica Catarina, primeira esposa do rei, desabafava:
Mesmo aqui poderemos falar, pois, em consciência, até hoje nada fiz que não pudesse revelar francamente em qualquer parte. Prouvera ao céu que todas as mulheres pudessem declarar a mesma coisa com igual liberdade. Meus senhores, uma felicidade sempre tive: isso de não ligar nunca importância ao fato de meus gestos comentados serem por toda a gente, de ficarem sob a vista de todos, e como alvo dos ataques da inveja e da calúnia, tão certa me acho de ter vida limpa. Se vindes para examinar a minha conduta como esposa, sede francos. Sempre a verdade ama linguagem rude.
http://www.ebooksbrasil.org/eLibris/oitavo.html
O monarca Henrique VIII governou a Inglaterra entre
1509 e 1547. Durante esse turbulento período,
As reformas protestantes do princípio do século XVI, entre
outros fatores, reagiam contra
“O ódio contra o clero, muito extenso, desempenhou o
seu papel (...). A cobiça, o endividamento e os cálculos
políticos, também devem ser levados em conta. Mas a
mensagem dos reformadores, respondeu – isto é indubitável
– a uma intensa sede espiritual que a igreja oficial
foi incapaz de satisfazer (...) os pregadores da reforma
não necessitaram de nenhum apoio político para
atrair seus partidários, ainda que esse apoio se fizesse
necessário para consolidar os resultados alcançados
pelo ataque inicial dos profetas. Não se pode esquecer
que, em seus inícios, a Reforma foi um movimento espiritual
com uma mensagem religiosa.”Lucien Febvre apud MARQUES, Adhemar Martins; BERUTTI,
Flavio Costa, FARIA, Ricardo de Souza. História Moderna Através de Textos. São Paulo: Contexto,
2005 - coleção textos e documentos - 3.
Em relação aos movimentos religiosos que atingiram a
Europa no século XVI, é INCORRETO afirmar que:
“O ódio contra o clero, muito extenso, desempenhou o
seu papel (...). A cobiça, o endividamento e os cálculos
políticos, também devem ser levados em conta. Mas a
mensagem dos reformadores, respondeu – isto é indubitável
– a uma intensa sede espiritual que a igreja oficial
foi incapaz de satisfazer (...) os pregadores da reforma
não necessitaram de nenhum apoio político para
atrair seus partidários, ainda que esse apoio se fizesse
necessário para consolidar os resultados alcançados
pelo ataque inicial dos profetas. Não se pode esquecer
que, em seus inícios, a Reforma foi um movimento espiritual
com uma mensagem religiosa."
Lucien Febvre apud MARQUES, Adhemar Martins; BERUTTI,
Flavio Costa, FARIA, Ricardo de Souza. História Moderna Através de Textos. São Paulo: Contexto,
2005 - coleção textos e documentos - 3.
Em relação aos movimentos religiosos que atingiram a
Europa no século XVI, é INCORRETO afirmar que:
Lucien Febvre apud MARQUES, Adhemar Martins; BERUTTI, Flavio Costa, FARIA, Ricardo de Souza. História Moderna Através de Textos. São Paulo: Contexto, 2005 - coleção textos e documentos - 3.
Em relação aos movimentos religiosos que atingiram a Europa no século XVI, é INCORRETO afirmar que:
(...) a mudança do agir no campo da atividade ética levou à necessidade de racionalizar a ação até o máximo, para obter um
sucesso terreno que era avaliado, antes de tudo, em termos éticos-religiosos. O mecanismo que daí nasceu e que estimulou
não ao consumo, mas à poupança para poder reinvestir em novas atividades econômicas, teria dado lugar à acumulação
primária, demonstrando assim a importância do Puritanismo como elemento propulsor do capitalismo.
(Norberto Bobbio et al. Dicionário de Política. Trad. Brasília, UnB, 1983)
A alternativa, cuja afirmação relaciona-se corretamente com as ideias do texto, é:
(Norberto Bobbio et al. Dicionário de Política. Trad. Brasília, UnB, 1983)
A alternativa, cuja afirmação relaciona-se corretamente com as ideias do texto, é: