O Parlamento Inglês, ao promulgar o chamado Ato de
Supremacia (Act of Supremacy), em 1534, subordinou
as leis da Igreja à soberania jurídica das leis civis, concedendo
ao Rei Henrique VIII o poder de “único chefe
supremo da Igreja”. O resultado do Ato de Supremacia
foi/foram:
Gabarito comentado
Resposta: Alternativa C
Tema central: A questão trata da Reforma Inglesa e do impacto jurídico-político do Act of Supremacy (1534), que declarou o rei chefe supremo da Igreja da Inglaterra. Para responder é preciso ligar causa (ruptura com Roma) e consequência (concentração de poder estatal sobre a Igreja).
Resumo teórico: O Ato de Supremacia foi aprovado pelo Parlamento em 1534, consolidando a ruptura de Henrique VIII com o papa. Motivações pessoais (o pedido de anulação do casamento) e políticas (controle de bens e nomeações eclesiásticas) levaram à subordinação das instituições religiosas à legislação civil. Consequências incluem centralização da autoridade religiosa e estatal, dissolução dos mosteiros e fortalecimento da monarquia como árbitro religioso. (Fontes: Act of Supremacy, 1534; Encyclopaedia Britannica — “English Reformation”)
Por que a alternativa C está correta: A centralização do poder explica diretamente o efeito do ato: as leis da Igreja passaram a depender da soberania civil, colocando a reforma anglicana numa base de autoridade real e legislativa. O Parlamento legitimou o aumento do poder do rei sobre a Igreja, caracterizando centralização administrativa e jurídica.
Análise das alternativas incorretas:
- A — A difusão do calvinismo na Escócia (movida por John Knox) ocorre mais tarde e por vias próprias; o Act of Supremacy refere-se à Igreja inglesa, não foi causa direta da adoção calvinista escocesa.
- B — O expansionismo colonial inglês desenvolveu‑se ao longo do século XVI e XVII por vários motivos (econômicos, náuticos, políticos); o Ato não foi sua causa imediata.
- D — Contrário ao fato: o Ato rompeu com o catolicismo romano e subordinou a Igreja a Henrique VIII; não houve "implantação do catolicismo".
- E — Embora tensões entre rei e parlamento ocorram mais tarde, o Ato foi aprovado pelo Parlamento e fortaleceu a posição real sobre a Igreja; não foi expressão direta da restauração de direitos feudais da Magna Carta.
Dica de interpretação: foque em quem ganhou autoridade e como a lei mudou a relação Igreja–Estado. Desconfie de alternativas que misturam fatos verdadeiros, mas não ligados causalmente ao enunciado.
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