O que nós chamamos Europa, é uma ideia, uma representação construída, cujas características dependem
do respectivo recorte, do respectivo ponto de vista, das respectivas intenções, dos respectivos objetivos e
fins ideológicos daquele que usa essa palavra. [...] A ideia da Europa representa somente uma construção
intelectual ou um conceito, que varia de século a século, servindo como instrumento de argumentação, seja
contra, seja a favor de algo.
MAINKA, Peter Johann. Os fundamentos da identidade europeia na antiguidade, na idade média e nos
tempos modernos. Acta Scientiarum. Education. Maringá, v. 33, n. 1, p.67, 2011.
Tomando-se por base a citação acima, assinale a alternativa INCORRETA.
O que nós chamamos Europa, é uma ideia, uma representação construída, cujas características dependem do respectivo recorte, do respectivo ponto de vista, das respectivas intenções, dos respectivos objetivos e fins ideológicos daquele que usa essa palavra. [...] A ideia da Europa representa somente uma construção intelectual ou um conceito, que varia de século a século, servindo como instrumento de argumentação, seja contra, seja a favor de algo.
MAINKA, Peter Johann. Os fundamentos da identidade europeia na antiguidade, na idade média e nos tempos modernos. Acta Scientiarum. Education. Maringá, v. 33, n. 1, p.67, 2011.
Tomando-se por base a citação acima, assinale a alternativa INCORRETA.
Gabarito comentado
Alternativa correta: B
Tema: Construção da identidade europeia ao longo dos períodos históricos — como ideias, símbolos e conflitos (culturais, religiosos e políticos) moldaram a noção de “Europa”. É preciso conhecer: Antiguidade clássica, transição para a Idade Média, papel da língua latina, Reforma Protestante e a expansão islâmica.
Resumo teórico curto: Na Antiguidade os gregos se definiram culturalmente em contraste com “o outro” (Ásia/Orientais). Com o declínio do Império Romano, o latim e as instituições eclesiásticas preservaram saberes clássicos na Idade Média. A chegada do Islã no século VII transformou fronteiras e conflitos mediterrâneos. A partir do Renascimento e da Modernidade houve processos de secularização e antropocentrismo, enquanto a Reforma no século XVI fragmentou a unidade religiosa da cristandade (ver Mainka; para síntese: Norman Davies, Europe: A History).
Por que B é a INCORRETA: A alternativa afirma que a Reforma Protestante fortaleceu a cristandade ocidental e referendou Papado e Império. Na realidade a Reforma desafiou a autoridade papal e dividiu a cristandade em várias confissões; muitos príncipes e Estados usaram-na para afirmar autonomia face ao Papado (ex.: Henrique VIII, principados alemães; Paz de Augsburgo 1555: cuius regio, eius religio). Logo, não fortaleceu nem reafirmou a dupla hegemonia Papado–Império; ao contrário, contribuiu para a fragmentação política-religiosa da Europa.
Por que as demais alternativas são corretas:
A — Verdadeira: a modernidade acentua a responsabilidade humana pela história (secularização, racionalismo, humanismo).
C — Verdadeira: o latim funcionou como língua erudita e institucional (Igreja, universidades), preservando e transmitindo elementos greco-romanos.
D — Verdadeira: autores gregos representam, em muitos discursos antigos, uma oposição cultural entre "Europa" (politeia, liberdade) e "Ásia" (monarquia/tirania).
E — Verdadeira: a expansão islâmica (século VII em diante) confrontou e transformou as fronteiras europeias e contribuiu para redefinições identitárias.
Dica de prova: Busque anacronismos e generalizações absolutas; perguntas sobre “identidade” pedem interpretar processos históricos, não leituras estáticas.
Fonte sugerida: Peter J. Mainka (citação base) e sínteses históricas como Norman Davies — para revisar cronologias e efeitos da Reforma e da expansão islâmica.
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