Questõessobre Medievalidade Europeia
Compreender o homem medieval é algo complexo, pois conhecimento empírico, crenças e fervor religiosos, código dos nobres cavaleiros e
exploração do trabalho camponês conviviam gerando contradições e conflitos. O historiador Robert Bartlett diz que “... os homens medievais
eram parecidos conosco, em termos de sentimentos e ambições, mesmo acreditando que os mortos perambulavam entre os vivos”.
Analise as proposições abaixo:
I - Os medievais preferiam ver o eclipse como um sinal de Deus, mesmo conscientes de que este se dá quando um corpo celeste passa em
frente a outro. Na “Crônica da cruzada” (1220) escreve-se que “... houve um eclipse da lua, dado por causas naturais. Mas, como o
Senhor diz que há sinais no sol e na lua, o interpretamos como algo ruim para o inimigo”.
II - A consciência em torno da desigualdade social era apurada no medievo. A diferenciação entre as classes não era aceita por parte “dos
que trabalhavam” e “dos que lutavam” como algo da ordem natural das coisas. Apenas “os que rezavam” viam a desigualdade como
um desígnio de Deus, portanto, imutável.
III - O mapa-múndi da catedral de Hereford, na Inglaterra de 1290, mistura especulação e conhecimento empírico. Exibe um planeta Terra
redondo e três continentes (Europa, Ásia e África) com precisão. E nas regiões periféricas, criaturas fantásticas como unicórnios e
pessoas com cabeça de cachorro.
IV - Os adultos não se interessavam pela infância nem a tinham como uma fase com características próprias. Por isso mesmo o historiador
Philippe Áries afirmou que a ideia de infância não existia na sociedade medieval.
Assinale a alternativa correta:
Analise as proposições a seguir:
I - Na sociedade feudal, a camponesa casada participava, ao lado do marido, de quase todas as atividades realizadas na tenência. Ela
plantava ervilha e feijão, pescava, colhia e batia o trigo, ordenhava as vacas e tosquiava os carneiros.
II - Nas grandes propriedades da Alta Idade Média, uma parte considerável do trabalho artesanal estava reservada às mulheres. Ali se
fabricavam cosméticos, sabão, pentes e os artigos de luxo a serem consumidos nas cortes.
III - As mulheres na sociedade feudal viviam exclusivamente para o trabalho doméstico, cuidando do marido e dos filhos.
Está(ão) correta(s) a(s) proposição(ões)
“As cortes bárbaras atraem oficinas de luxo, construções em pedra, tecidos, joalheria sobretudo, embora a maior parte dos tesouros reais e
episcopais sejam constituídos em geral por objetos importados, em primeiro lugar bizantinos.” (Le Goff. A civilização do ocidente medieval.
SP. EDUSC. 2005. p.114)
Sobre a civilização do ocidente medieval é correto afirmar:
A Idade Média que ocorreu na
Europa Ocidental onde vigorou o sistema feudal,
tinha como fundamentos
Se a nobreza de coragem elegeu ocavaleiro sobre os homens que lhe estão embaixo emservidão, nobreza de costumes e de bonsensinamentos convém ao cavaleiro, pois nobreza decoragem não poderia subir na cavalaria sem eleiçãode virtudes e de bons costumes.
FIDORA, A. e HIGUERA, J. G. (eds.) Ramon Llull caballero de la
fe. Cuadernos de Anuário Filosófico -Série de Pensamiento
Español. Pamplona: Universidad de Navarra, 2001, p. 13-40.
O texto acima fala sobre alguns dos princípios
que constituem o código ético da cavalaria feudal que
são:
A Idade Média teve início na Europa com as invasões germânicas (bárbaras), no século V,
sobre o Império Romano do Ocidente. Essa época estende-se até o século XV, com a
retomada comercial e o renascimento urbano. A Idade Média caracteriza-se pela economia
ruralizada, enfraquecimento comercial, supremacia da Igreja Católica, sistema de produção
feudal e sociedade hierarquizada.
Disponível em: <http://www.suapesquisa.com/idademedia>. Acesso em: 22 jul. 2016.
Na Idade Média, o trabalho gratuito que os servos prestavam aos senhores feudais, durante o
período de 3 ou 4 dias, é conhecido como
“A Igreja Ortodoxa resultou da ruptura com a Igreja de Roma, em 1054. Até ocorrer o Cisma,
duas grandes tradições conviviam no interior do cristianismo: a latina, no Império Romano do
Ocidente, com sede em Roma, e a bizantina, no Império Romano do Oriente, sediada em
Constantinopla (antiga Bizâncio e atual Istambul, na Turquia).
A Igreja Ortodoxa adota os mesmos sacramentos da Igreja Católica. No entanto, os rituais
ortodoxos são cantados sem o acompanhamento de instrumentos musicais e as imagens
esculpidas de santos são proibidas, exceto o crucifixo e os ícones sagrados.
Os ortodoxos não admitem o conceito de infalibilidade do papa e do purgatório, lugar
intermediário entre o Céu, reservado aos crentes, e o Inferno, destinado aos pagãos.
Também rejeitam a doutrina católica da Imaculada Conceição segundo a qual Maria teria
nascido sem pecado e concebido seu filho virgem. De acordo com os ortodoxos, esse dogma
não faz parte da narrativa bíblica e contraria a doutrina tradicional do pecado original.”
(BRAICK, Patrícia e Ramos. MATA, Myriam Becho. História: das cavernas ao terceiro milênio. 2ª ed. -
São Paulo, Moderna, 2010. p. 175.)
O Cisma do Oriente, referido no texto acima resultou
A Europa Ocidental durante a Idade Média viveu
“um sistema de organização econômica, social e
política, no qual uma camada de guerreiros
especializados, os senhores, subordinados uns aos
outros por uma hierarquia de vínculos de
dependência, domina uma massa campesina que
trabalha na terra e lhes fornece com que viver” (LE
GOFF, Jaques. A Civilização do Ocidente Medieval.
Lisboa, Estampa, 1983,V. II. p.296).
O sistema descrito no texto foi o
As imagens e o fragmento textual a seguir
abordam elementos essenciais do
feudalismo medieval.
Figura 1 – Camponês arando a terra
Figura 2 – Relações de suserania e de vassalagem
“O feudalismo foi constituído pela
articulação entre dois eixos de relações: as
relações feudo-vassálicas e as relações
servis de produção. As relações feudovassálicas estabeleciam-se entre membros
da aristocracia militar e territorial e
baseavam-se no feudo, na fidelidade e na
reciprocidade. As relações servis de
produção estabeleciam-se entre o senhor
da terra e o trabalhador e estavam
baseadas na desigualdade de condições e
na exploração do trabalho.”
PEDRO, Antonio; LIMA, Lizânias de Souza; CARVALHO,
Yvone de. História do mundo ocidental: ensino médio.
São Paulo: FTD, 2005. p. 97.
A partir da análise das imagens e do
fragmento textual, sobre a sociedade
medieval na Europa Ocidental é correto
afirmar:
As muralhas construídas em torno das cidades
medievais deram-lhes feição física semelhante
à dos castelos fortificados dos senhores
feudais. No entanto, a organização dessas
cidades era distinta das estruturas feudais, pelo
fato de, no espaço urbano,
As Cruzadas foram expedições militares estimuladas pelos papas, a partir do ano de 1095, com o
proprósito de combater os reinos muçulmanos, então considerados inimigos dos cristãos. Essas expedições se dirigiram em especial ao Oriente Médio
para a conquista da Palestina, mas também para a
luta contra os reinos muçulmanos na Península Ibérica.
Fonte: ARRUDA, José J; PILETTI, Nelson. Toda a História
São Paulo: Ática, 2007. p. 127.(Adaptado)
A partir das informações fornecidas no texto e no
mapa, analise as afirmativas.
I → As Cruzadas mobilizaram o excedente populacional da Europa, com destaque para os nobres sem
terras, que, dessa forma, puderam amealhar alguma riqueza, seja por meio de saques, seja pelo domínio de territórios.
II → Como as Cruzadas eram guerras religiosas, santificadas pelo Papa, os guerreiros cristãos que
delas participavam tinham seus pecados perdoados.
III → As Cruzadas dinamizaram o comércio no Mar Mediterrâneo e possibilitaram o enriquecimento de
cidades italianas, como Veneza, Gênova e Pisa, que
já tinham tradição de comércio marítimo.
IV → Encerradas as expedições militares, as consequências foram imediatas quanto ao encerramento do intercâmbio entre o Ocidente e o Oriente,
em especial nas áreas comercial e cultural.
Está(ão) correta(s)
Observe as imagens.
“Virgem em majestade com
o Menino e dois anjos”
(1275), de Maestro
del Bigallo.
Fonte: DUPRAT, Carolina. MASP,
São Paulo. Rio de Janeiro:
Mediafashions, 2009
“A Virgem com o
Menino de pé,
abraçando a Mãe"
(1480-1490),
de Giovanni Bellini.
Fonte: DUPRAT,
Carolina. MASP,
São Paulo.
Rio de Janeiro:
Mediafashions, 2009
Nas obras acima, de dois artistas italianos – um
representando a arte medieval; outro, a arte do início dos tempos modernos –, pode-se inferir as mudanças que ocorreram na Itália, no final do medievo
e início da Idade Moderna. Nesse período, aconteceu:
I → uma ruptura em relação ao predomínio dos temas religiosos na arte, em decorrência do crescimento do comércio e das manufaturas nas cidades
italianas.
II → uma mudança no tratamento dos temas religiosos, no sentido de uma representação das figuras sagradas mais próximas a modelos humanos
naturalizados.
III → uma nova orientação cultural, que modificou os valores do mundo medieval e priorizou o racionalismo, o naturalismo e o hedonismo.
Está(ão) correta(s)
Eixo temático: Além da fé, o pão: permanências,
continuidades e o projeto de felicidade na Modernidade
“Os mitos dos soberanos da Idade Média e do Renascimento
fundavam-se consideravelmente numa visão de mundo ou
mentalidade tradicional. Se um soberano desta época era
representado como (digamos) Hércules, isso era muito mais
que uma metáfora para dizer que ele era forte, ou mesmo que
resolveria os problemas de seu reino com a mesma facilidade
com que Hércules realizara seus vários trabalhos”
(Peter Burke – A fabricação do Rei: a construção da Imagem pública de Luís XIV; RJ; Jorge
Zahar Editor; 1994 – p.139).
Com base no fragmento textual acima é correto afirmar que,
durante o Antigo Regime, os soberanos:
Eixo temático: os significados atribuídos à felicidade no
medievo: poder, tensão e promessas cristãs
“Desde a época romântica, continuada pela literatura e pelo
cinema fantásticos até a história em quadrinhos
contemporânea, os fantasmas fazem parte do cenário
obrigatório da Idade Média tal como gostamos de imaginá-la.
Uma Idade Média de castelos mal-assombrados, de dragões,
de fantasmas ou mesmo de vampiros. Nem tudo é falso nessa
imagem não obstante fácil demais: em uma cultura
eminentemente religiosa (no sentido em que cada um admitia
a existência e o poder de seres sobrenaturais, geralmente
invisíveis, mas muito próximos) e familiar à morte e aos
mortos, a ‘crença nos fantasmas’ era admitida por todos.”
(SCHMITT, Jean-Claude. Os vivos e os mortos na sociedade medieval. São Paulo:
Companhia das Letras, 1999, p. 16.)
Sobre as atribuições dos vivos em relação aos mortos
na Europa Medieval, é correto afirmar que:
I) A força da mística cristã conseguiu apagar as marcas de
tradições pagãs greco-romanas e “bárbaras” referentes a
modos singulares de culto aos mortos, apaziguando a
crença nos castelos mal-assombrados e nos vampiros.
II) A crença no mundo sobrenatural era experimentada pelos
medievais, favorecendo o crescimento de relatos sobre
fantasmas que, após o ano 1000, passaram a ser difundidos
pelo clero católico, interessado em preservar a memória dos
mortos.
III) A lembrança acerca dos mortos era uma forma de
administrar a dor da perda, na medida em que aplacava as
consciências e reforçava a separação entre o mundo dos
vivos e o dos mortos.
IV) A criação do purgatório pela Igreja Católica, no século XII,
implicou no enfraquecimento das práticas de culto aos
mortos, o que só seria retomado a partir das Reformas
religiosas.
Estão corretas:
Eixo temático: os significados atribuídos à felicidade no medievo: poder, tensão e promessas cristãs
“Desde a época romântica, continuada pela literatura e pelo cinema fantásticos até a história em quadrinhos contemporânea, os fantasmas fazem parte do cenário obrigatório da Idade Média tal como gostamos de imaginá-la. Uma Idade Média de castelos mal-assombrados, de dragões, de fantasmas ou mesmo de vampiros. Nem tudo é falso nessa imagem não obstante fácil demais: em uma cultura eminentemente religiosa (no sentido em que cada um admitia a existência e o poder de seres sobrenaturais, geralmente invisíveis, mas muito próximos) e familiar à morte e aos mortos, a ‘crença nos fantasmas’ era admitida por todos.”
(SCHMITT, Jean-Claude. Os vivos e os mortos na sociedade medieval. São Paulo: Companhia das Letras, 1999, p. 16.)
Sobre as atribuições dos vivos em relação aos mortos na Europa Medieval, é correto afirmar que:
I) A força da mística cristã conseguiu apagar as marcas de tradições pagãs greco-romanas e “bárbaras” referentes a modos singulares de culto aos mortos, apaziguando a crença nos castelos mal-assombrados e nos vampiros.
II) A crença no mundo sobrenatural era experimentada pelos medievais, favorecendo o crescimento de relatos sobre fantasmas que, após o ano 1000, passaram a ser difundidos pelo clero católico, interessado em preservar a memória dos mortos.
III) A lembrança acerca dos mortos era uma forma de administrar a dor da perda, na medida em que aplacava as consciências e reforçava a separação entre o mundo dos vivos e o dos mortos.
IV) A criação do purgatório pela Igreja Católica, no século XII, implicou no enfraquecimento das práticas de culto aos mortos, o que só seria retomado a partir das Reformas religiosas.
Estão corretas:
No modo de produção feudal, que predominou na Europa nos
séculos anteriores ao período focalizado no texto I, a
“sobrevivência da maioria das pessoas” dependia
I.
Dentre essas Revoluções Atlânticas, denominação adotada por vários historiadores, destaca-se a Revolução Industrial, que, promovida pela burguesia triunfante, representou o momento decisivo da vitória do capitalismo como forma de produção econômica predominante e única em várias sociedades da Europa Ocidental. Isso é o mesmo que dizer que, a partir desse momento, a sobrevivência da maioria das pessoas teria por base um trabalho assalariado. (AQUINO et al., 1993, p. 114).
II.
A própria integração da economia global acentuou-se a partir dos anos 1990, por intermédio da revolução tecnológica, especialmente no setor de telecomunicações. A internet, rede mundial de computadores, revelou-se a mais inovadora tecnologia de comunicação e informação do planeta. A troca de informações (dados, voz e imagens) tornou-ser quase instantânea, o que acelerou muito o fechamento de negócios. [...]
Com a expansão do comércio e as facilidades da
rede mundial de computadores, ocorreu a
intensificação do fluxo de capitais entre os países.
A busca de maior lucratividade levou as empresas
a investir cada vez mais no mercado financeiro,
que se tornou o epicentro da economia
globalizada. (A HEGEMONIA..., 2008, p. 152-153).
Nas áreas indicadas por 3, no século VIII, concretizou-se e fortaleceu-se a dominação árabe, com a organização
Relacione essas questões com as áreas indicadas no mapa com 1, 2, 3, 4 e 5.
Em 2, organizou-se, a partir do século V d.C., o Reino dos Francos, como resultado
Relacione essas questões com as áreas indicadas no mapa com 1, 2, 3, 4 e 5.