Questõesde IF-BA sobre História do Brasil

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IF-BA 2014 - História - História do Brasil, Reconstrução Democrática : Governo Sarney

Dentre as medidas que integraram o Plano Cruzado, lançado em 1986 pelo governo José Sarney, constavam

A
a declaração de moratória e o rompimento com o FMI.
B
o confisco das cadernetas de poupança e o “congelamento” salarial.
C
o “congelamento” de preços e o estabelecimento do “gatilho salarial”.
D
a lei de remessa de lucros e a nacionalização de empresas estrangeiras.
E
a equiparação da moeda nacional ao dólar e a substituição de importações.
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IF-BA 2014 - História - República Oligárquica - 1889 a 1930, História do Brasil

“Em meio às secas do Nordeste, houve um beato, originário do Ceará, que encetou uma peregrinação de quase um quarto de século, no decorrer da qual foi granjeando um séquito cada vez mais numeroso. As primeiras notícias de sua passagem datam de 1874. O beato se dedicava à pregação, à penitência e às boas obras, comandando mutirões de construção e reconstrução de igrejas, cemitérios, calçadas e açudes.

Mas, à medida que o séquito de Antônio Conselheiro se avolumava, as autoridades começaram a manifestar seu desagrado e decidiram acossar o bando.

Prevendo a escalada da perseguição, os peregrinos bateram em retirada até o arraial de Canudos, no fundo do sertão e no alto de serranias, onde se entrincheiraram em 1893 e se fortificaram. Quatro expedições seriam necessárias para erradicar o perigo, destruir o arraial e exterminar seus habitantes.”

GALVÃO, Walnice Nogueira. Uma tragédia brasileira. In. FIGUEIREDO, Luciano (org.). Guerras e batalhas brasileiras. RJ: Sabins, 2009. p. 54


Com base no texto acima e em seus conhecimentos sobre a Guerra de Canudos (1896-1897), analise as sentenças a seguir:


I - O arraial de Belo Monte, ou Canudos como foi denominado, foi fundado no sertão da Bahia (região do rio Vaza-Barris) pelo beato Antônio Conselheiro seguindo preceitos profundamente católicos.

II - Os moradores de Canudos eram oriundos de várias partes do Nordeste e em sua maioria muito pobre, fugindo da seca ou das condições precárias de vida.

III - Antônio Conselheiro foi considerado monarquista, pois lutou pelo fim da República e pregava ideias comunistas e de igualdade entre seus seguidores.

IV - Foram necessárias quatro expedições e a mobilização do Exército para massacrar Canudos, e garantir a existência da República brasileira.


A alternativa que indica a(s) sentenças(s) verdadeira(s) é

A
I.
B
II.
C
I e II.
D
III e IV.
E
I, II e IV.
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IF-BA 2014 - História - Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, História do Brasil

“A conquista do Brasil pressupunha também o domínio ideológico dos povos das regiões colonizadas pela Coroa lusitana. Havia que provar pelo convencimento e pela força – a superioridade do modo oficial português de ser. Era necessário convencer as populações nativas e os recém-chegados da inferioridade e do 'bestialismo' dos hábitos americanos. Aopção de europeus pela cultura material e social tupinambá causava tensões insustentáveis na férrea camisa-de-força vivencial em que as elites civis e religiosas ibéricas enquadravam as classes subalternas – metropolitanas e coloniais.”

MAESTRI, Mário. Os senhores do litoral. Conquista portuguesa e agonia tupinambá no litoral brasileiro. (século 16). POA: Editora da Universidade/UFRGS, 1994. p. 61.


O texto acima e seus conhecimentos sobre as relações de dominação entre europeus e as populações indígenas na América Portuguesa permitem afirmar que

A
os missionários analisavam o sistema cultural indígena, seus costumes, seu cotidiano, etc., segundo a moralidade cristã.
B
a adaptação dos europeus aos Trópicos e a assimilação de certos costumes indígenas foi estimulada pela Coroa e pela Igreja Católica.
C
os colonizadores, os missionários e os agentes portugueses compreendiam os costumes indígenas de forma idealizada, tolerante e idílica.
D
os primeiros anos de colonização do território brasileiro foram marcados pela miscigenação e tolerância acerca do sistema cultural tupinambá.
E
embora na colônia os europeus tenham adotado práticas de intolerância, na metrópole possuíam postura com maior respeito à diversidade cultural e religiosa.
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IF-BA 2014 - História - Brasil Monárquico – Primeiro Reinado 1822- 1831, História do Brasil

“Durante a época das regências e mesmo depois dela, várias revoltas contestaram o poder central e ameaçaram a unidade nacional.”

CASTELLI JUNIOR, Roberto. História:texto e contexto. São Paulo: Scipione, 2006. p. 426.

Nesse contexto, pode-se afirmar sobre as rebeliões do Período Regencial que

A
a balaiada no Maranhão foi símbolo da luta aristocrática contra a falta de legitimidade da regência que se mantém mesmo depois da proclamação da maioridade do Imperador Pedro II.
B
os farroupilhas conseguiram impor a separação do Rio Grande do Sul, obrigando o governo central a negociar com os estancieiros rebeldes, aumentando a taxação sobre o charque estrangeiro.
C
a sabinada causou grandes danos econômicos ao Estado Imperial, obrigando os regentes a contratar soldados ingleses que lutaram durante muitos anos para garantir o domínio regencial sobre a Bahia.
D
a cabanagem identificou os interesses da aristocracia nordestina à antiga luta republicana, associando o projeto de separação da região ao interesse dos comerciantes portugueses em recuperar o monopólio comercial.
E
os escravos malês na Bahia aliaramse aos proprietários rurais para lutar contra o centralismo regencial e pela proclamação de uma república democrática, nos moldes do antigo projeto dos conjurados baianos.
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IF-BA 2014 - História - História do Brasil, Processo de Independência: dos movimentos nativistas à libertação de Portugal

A separação do Brasil de Portugal, tal como a das colônias norte-americanas da Inglaterra, e da América espanhola da Espanha, pode ser explicada, até certo ponto, em termos de uma crise geral – econômica, política e ideológica – do velho sistema colonial em todo o mundo atlântico, no final do século XVIII e no início do século XIX.

BETHELL, Leslie (Org.). História da América Latina: da Independência a 1870. São Paulo: Ed. da Universidade de São Paulo/Imprensa Oficial do Estado; Brasília, DF: Fundação Alexandre de Gusmão, 2001. V. 3, p. 228-30.


De acordo com a ideia apresentada no texto, a independência do Brasil se relaciona com a

A
luta na América e na Europa contra as restrições impostas pelo pacto colonial e pela liberdade de comércio.
B
vontade pessoal do Príncipe Regente, D. Pedro, que abdicou ao trono brasileiro para assumir a monarquia portuguesa.
C
invasão militar napoleônica às Américas portuguesa e hispânica, impondo a formação de um império francês no Continente.
D
radicalização da política colonial portuguesa e do monopólio comercial, durante a permanência da corte portuguesa na Colônia.
E
vinda da corte portuguesa para a Colônia, responsável pela antecipação e pelo pioneirismo brasileiro na luta por independência na América.
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IF-BA 2014 - História - Reconstrução Democrática: Governo Collor e o Impeachment, História do Brasil, Reconstrução Democrática: Governos FHC, Reconstrução Democrática : Governo Sarney



No contexto da Nova República no Brasil, a charge acima apresenta uma crítica

A
ao governo Collor de Melo, responsável pela consolidação da política monopolista no país.
B
à política neoliberal encampada pelos governos Lula e Dilma, cuja consequência foi o aumento da pobreza no país.
C
ao período das privatizações brasileiras, como consequência da ação das classes trabalhadoras na defesa da autonomia do mercado.
D
à ampliação da participação do Estado no processo industrial do país, a partir do aumento da intervenção econômica durante o governo do PSDB.
E
ao neoliberalismo que caracterizou a chamada Era FHC e foi responsável pelo desmanche do Estado nacional e maior concentração de renda.
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IF-BA 2014 - História - República Autoritária : 1964- 1984, História do Brasil

A Segurança Nacional compreende, essencialmente, medidas destinadas à preservação da segurança externa e interna, inclusive a prevenção e repressão da guerra psicológica adversa e da guerra revolucionária ou subversiva.”

Artigo 3º da Lei de Segurança Nacional – 1969. In: CASTELLI JUNIOR, Roberto. História:texto e contexto. São Paulo: Scipione, 2006, p.632.



A Lei Segurança Nacional serviu ao Regime Militar como

A
justificativa para o golpe que destituiu o governo de João Goulart e instalou a Ditadura Militar no Brasil.
B
justificativa para a criação do bipartidarismo como forma de impedir a ação de partidos subversivos.
C
instrumento legal para legitimar prisões e condenações de brasileiros considerados subversivos.
D
dispositivo ideológico dos grupos que lutavam pela manutenção da Ditadura Militar através da guerra revolucionária.
E
instrumento de controle sobre as produções artísticas e culturais consideradas nocivas aos ideais revolucionários do Regime.
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IF-BA 2012 - História - História do Brasil, Era Vargas – 1930-1954

“A década de 1930 começa e termina por dois momentos trágicos, que são a crise de 1929 e a II Guerra Mundial. Os extremos cronológicos afetam não só a economia mundial, mas ajudam a abalar as condições sociais em geral. As consequências são mudanças nas estruturas dominantes e o aparecimento de novas relações de classe.”

CARONE, Edgard. O Estado Novo (1937-1945). São Paulo: DIFEL, 1976, p. 107.


No Brasil, a década de 1930 também foi marcada por grandes transformações estruturais que podem ser associadas à

A
construção das primeiras bases da industrialização brasileira e inserção de novos atores sociais no cenário político do país.
B
planificação da economia sob a influência do modelo econômico socialista, que garantiu rápido desenvolvimento industrial.
C
criação de uma política de desenvolvimento baseada na aliança com o capital estrangeiro, em particular norteamericano.
D
criação da Petrobrás e desenvolvimento de uma política de exploração que tornou o Brasil um grande exportador de petróleo na América.
E
construção de um plano de estabilização econômica na agricultura, de modo a tornar a produção agrária brasileira mais competitiva no mercado externo.
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IF-BA 2012 - História - Brasil Monárquico – Primeiro Reinado 1822- 1831, História do Brasil


O contraste existente entre a ideia passada pela imagem, que apresenta um momento de grande comoção e apoio popular ao heroi da independência, aclamado Imperador em 1822, e a euforia demonstrada pela noticia da abdicação de D. Pedro I, em 1831, se explica por que ao longo dos nove anos de governo, o imperador

A
estabeleceu o sufrágio universal e o direito dos trabalhadores se rebelarem contra a exploração, desfavorecendo a elite brasileira que empenhará grandes esforços para destituir seu poder.
B
afastou-se do povo, aliando-se cada vez mais a uma elite comercial brasileira, que passou a ser a grande base de sustentação do Império, impedindo o acesso de outras categorias ao poder.
C
contrariou as elites brasileiras ao dissolver a Assembléia Constituinte, outorgar uma constituição e estabelecer uma Monarquia absolutista no país, aliando-se a portugueses residentes no Brasil.
D
incentivou a indústria brasileira, que comprometeu a economia agrário-exportadora e colocou em crise a produção açucareira no país, prejudicando os grandes senhores de engenho do Nordeste do país.
E
extinguiu o tráfico negreiro, cumprindo o compromisso assumido com o governo britânico, mas contrariando os interesses dos grandes proprietários brasileiros e de uma sociedade que não se concebia sem a mãode-obra escrava.
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IF-BA 2012 - História - Brasil Monárquico – Primeiro Reinado 1822- 1831, Mercantilismo, Colonialismo e a ocupação portuguesa no Brasil, História do Brasil

(...)
Artigo 2º - É permitido unicamente navios de construção portuguesa fazer o comércio de porto a porto em todas as possessões portuguesas. Todos os navios de construção estrangeira que forem de propriedade portuguesa (...) são considerados como de construção portuguesa.”

Decreto Português de 1821. Citado por AZEVEDO. J. S. Revolução Portuguesa em 1820. Lisboa: 1944, p. 152.


De 1821 a 1822, as Cortes de Lisboa adotaram medidas recolonizadoras como esta apresentada no Artigo 2º do Decreto Português, que representou a

A
aprovação das leis comerciais e marítimas adotadas por D. João VI no Brasil, desde que fossem controladas por uma junta governativa formada pelas Cortes.
B
liberação do comércio brasileiro com Portugal, rompido desde a Abertura dos Portos, quando a concorrência da Inglaterra inviabilizou as relações comerciais do Brasil com portugueses. 
C
liberdade comercial com outros países, desde que realizado por navios portugueses, sendo compreendidas como embarcações portuguesas todas aquelas construídas em Portugal.
D
extinção da autonomia administrativa do Brasil, que garantia o comércio do Brasil com Portugal, o que representava a anulação do decreto que elevou o Brasil a Reino Unido de Portugal.
E
garantia do mercado brasileiro para os comerciantes portugueses, com a retomada do monopólio comercial sobre o Brasil, nos moldes existentes no período anterior à chegada da corte à colônia.
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IF-BA 2012 - História - Mercantilismo, Colonialismo e a ocupação portuguesa no Brasil, História do Brasil

“De uma perspectiva geral, podemos dizer que a conspiração baiana como que atou as pontas das duas vertentes subversivas do Brasil Colônia.”

RISÉRIO, Antonio. Em torno da Conspiração dos Búzio. In: DOMINGUES, Carlos Vasconcelos; LEMOS, Cícero Bathomarco; YGLESIAS, Edyala. (Orgs). Animai-vos, Povo Bahiense! A Conspiração dos Alfaiates. Salvador: Omar G. Editora, 1999, p. 53.


A ideia apresentada por Antonio Risério se sustenta historicamente no fato de que a Conjuração Baiana foi o movimento anticolonial brasileiro que

A
aliou à luta emancipacionista reivindicações sociais, como a questão escravista.
B
inseriu o ideal de unidade territorial à luta pela independência da América Portuguesa.
C
reduziu a luta libertária à defesa do livre comércio e da autonomia administrativa.
D
defendeu a independência do Brasil e a proclamação de uma república de base oligárquica.
E
apresentou caráter de luta nacionalista à medida que representou o ideal de liberdade de todos os brasileiros.
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IF-BA 2012 - História - Mercantilismo, Colonialismo e a ocupação portuguesa no Brasil, História do Brasil

O Brasil constituía então uma base essencial da economia portuguesa. A nossa exportação era quase toda (excetuando o vinho do Porto) canalizada para os portos brasileiros; a nossa importação vinha quase toda do Brasil; as matériasprimas tropicais faziam escala em Lisboa e daqui eram exportadas para o exterior. (...)
A emancipação econômica do Brasil (em 1808) teve, portanto, consequências graves na economia portuguesa. A antiga colônia passara, em poucos anos, de fonte de rendimento à fonte de despesa.

SARAIVA, J. H. História de Portugal. Lisboa: Europa-América, 1996. p. 274.


No contexto das medidas liberais decretadas por D. João VI no Brasil, a “emancipação econômica do Brasil” que o historiador português apresenta como danosa à economia portuguesa, é resultado da

A
autonomia administrativa advinda da elevação do Brasil a Reino Unido de Portugal e Algarves.
B
autonomia financeira garantida com a criação do Banco do Brasil, que passou a emitir papel moeda.
C
liberação manufatureira estabelecida pelo Alvará de 1º de abril, que permitiu as instalações de indústrias no Brasil.
D
incrementação do comércio brasileiro a partir da assinatura do Tratado de Comércio e Navegação com a Inglaterra.
E
liberdade de comércio estabelecida pelo decreto de Abertura dos Portos Brasileiros às Nações Amigas de Portugal
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IF-BA 2012 - História - República Autoritária : 1964- 1984, História do Brasil



A imagem é representativa da Ditadura Militar no Brasil (1964- 1985) e permite caracterizá-la como um período marcado pela

A
perseguição aos opositores do regime, que sofreram todo tipo de repressão, legitimados pela Doutrina de Segurança Nacional.
B
estabilidade política marcada pela ausência de oposição e pela adesão imediata e apoio da maior parte dos brasileiros ao regime militar.
C
ação de diferentes grupos de resistência ao regime militar, que conseguiram impor alguns limites à repressão no país, através da guerilha.
D
liberdade de expressão garantida pelo próprio regime, embora a constituição estabelecesse limites à imprensa através da censura prévia.
E
manutenção dos principais direitos do cidadão, como o voto direto para os cargos do executivo, embora houvesse forte perseguição à oposição.
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IF-BA 2012 - História - História do Brasil, Processo de Independência: dos movimentos nativistas à libertação de Portugal

Tabelas sobre o tráfico de escravos




Tomando como referência a lei inglesa do Bill Aberdeen em 1845 e a Lei Eusébio de Queirós, em 1850, as tabelas acima sugerem que

A
com a lei Eusébio de Queirós, que rompeu todo tipo de tráfico de escravos no Brasil, a escravidão foi gradativamente desaparecendo.
B
grande parte dos escravos brasileiros no século XIX era de negros nascidos no Brasil, o que tornou indiferente à escravidão o fim do tráfico africano.
C
as pressões inglesas e o fim do tráfico foram responsáveis pelo crescimento do comércio interregional que sustentou a escravidão nas áreas de expansão cafeeira.
D
ocorreu uma redução da chegada de africanos no Brasil quando a Inglaterra passou a aprisionar navios negreiros, tornando desnecessária a lei brasileira extinguindo o tráfico.
E
para o Brasil, a intromissão inglesa significava um golpe à sua soberania.Por isto, o governo imperial fechou os olhos ao tráfico de africanos mesmo depois da Lei Eusébio de Queirós.
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IF-BA 2012 - História - República Oligárquica - 1889 a 1930, História do Brasil

O encontro de Rodolfo
Cavalcante com Lampião
(Trecho de Cordel)


Foi Virgulino Ferreira
Pobre homem injustiçado
E por isto vingativo
Se tornou um acelerado,
Se a justiça fosse reta
Nem jornalista ou poeta,
O teria decantado.
(...)
Embora seja criança
Com meus 15 anos de idade
Pude ver em Lampião
Vítima da sociedade.
Talvez ele em outro meio
(Posso dizer sem receio)
Era útil à humanidade ! (...)

CAVALCANTE, Rodolfo Coelho. O encontro de Rodolfo Cavalcante com Lampião Virgulino. Salvador: [s.n.], 1973. In: CATELLI Jr, Roberto. História: texto e contexto. São Paulo:Scipione, 2006. p. 499.

Para o autor do Cordel Lampião é uma “vítima da sociedade”. Dentro desta perspectiva histórica, o cangaço é um fenômeno social resultante

A
das alianças firmadas entre jagunços e coronéis no sentido de perpetuar o poder oligárquico no sertão brasileiro.
B
das brigas entre os grandes coronéis, que incentivavam a formação de grupos de cangaceiros para se fortalecerem.
C
dos conflitos entre famílias poderosas, que levavam alguns de seus membros a entrarem no cangaço para eliminar os inimigos.
D
das poucas oportunidades oferecidas aos sertanejos em um contexto social marcado pela exploração oligárquica, pela miséria e pela fome.
E
das disputas políticas entre grupos de jovens sertanejos, que se armavam e lutavam entre si para garantir o domínio de algumas cidades ou região.
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IF-BA 2012 - História - Brasil Monárquico – Primeiro Reinado 1822- 1831, História do Brasil

“Havendo esta assembleia perjurado ao tão solene juramento, que prestou à Nação, de defender a integridade do Império, sua independência e a minha dinastia: hei por bem, como imperador e defensor perpétuo do Brasil, dissolver a mesma Assembleia e convocar já uma outra (...) a qual deverá trabalhar sobre o projeto de constituição que eu hei de em breve apresentar.”

Decreto de D. Pedro I, de 12 de novembro de 1823 apud BENEVIDES, P. & VIEIRA, R. A. A. Textos Políticos da História do Brasil. Fortaleza: UF do Ceará, s/d. p. 124.


A constituição outorgada por D. Pedro I, em 1824, foi criticada pelos brasileiros, principalmente, porque

A
garantiu a indissolubilidade ao Poder Legislativo e o direito de vetar projetos imperiais.
B
estabeleceu o sufrágio universal e a periodicidade dos Poderes Legislativo e Judiciário.
C
conferiu ao Imperador grandes poderes, estabelecendo uma Monarquia de caráter absolutista.
D
estabeleceu uma Monarquia Parlamentar, seguindo o modelo clássico do parlamentarismo inglês.
E
criou o Poder Moderador que funcionava como um agente fiscalizador da harmonia e independência dos demais poderes.
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IF-BA 2012 - História - História do Brasil, Processo de Independência: dos movimentos nativistas à libertação de Portugal

“Obrigado pelas imperiosas circunstâncias (...) a transportar a sede do império temporariamente para outra parte dos meus domínios, (...) foi necessário procurar elevar a prosperidade daquelas partes do império (...) para que elas pudessem concorrer às despesas necessárias para sustentar a honra e o esplendor do trono e para segurar sua defesa contra a invasão de um poderoso inimigo. Para este fim (...) fui servido a adotar os princípios (...) da liberdade e franquia do comércio e diminuição dos direitos de alfândegas (...).”

Príncipe regente, D. João VI, Rio de Janeiro, 7/3/1810. In: INÁCIO, I. C. & LUCA, T. R. de. Documentos de Brasil Colonial. São Paulo : Ática, 1983. p. 173.


A diminuição dos direitos de alfândega de que trata o texto, consequências dos Tratados de 1810, resultou no

A
aumento das exportações brasileiras na medida em que se legalizou o comércio com outros países da Europa.
B
incremento e consolidação do domínio inglês sobre o Brasil em função dos privilégios comerciais garantidos à Inglaterra.
C
estabelecimento no Brasil, das primeiras estradas de ferro interligando áreas produtoras aos portos, agilizando as exportações.
D
desenvolvimento da indústria manufatureira do Brasil incentivada pela entrada de capitais estrangeiros, em particular ingleses.
E
crescimento da produção agrária da colônia para atender a demanda dos vários países que passaram a comprar matéria prima brasileira.
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IF-BA 2012 - História - Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, História do Brasil

“Marginalizado legalmente, o escravo nem sempre o é materialmente, na medida em que pode desempenhar certas funções na dinâmica econômica urbana. Estas funções o colocam numa posição de certa independência material, imposta pelas próprias modalidades de seu exercício.”

MATTOSO, Kátia de Queirós. A cidade de Salvador e seu mercado no século XIX. São Paulo: Hucitec, 1978.


Das várias modalidades de escravo existentes no Brasil do século XIX, aquela que se ajusta à analise da historiadora é:

A
o escravo da lavoura, pois sua importância na economia exportadora o tornava imprescindível e insubstituível.
B
o escravo de aluguel, pois representava um lucro extra ao seu dono, passando a ser bem tratado e respeitado.
C
o escravo doméstico, porque podia cair nas boas graças do senhor e passar a exercer certo poder sobre os demais escravos.
D
o escravo de ganho, pois sua atividade permitia-lhe certa autonomia e juntar algum dinheiro que serviria para a compra da alforria.
E
o escravo público, porque não tinha um dono específico o que lhe permitia uma certa liberdade de escolha da função que desempenharia.
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IF-BA 2019 - História - República Oligárquica - 1889 a 1930, História do Brasil

O relato do revolucionário Gregório Bezerra, nascido em 13 de março de 1900, expõe muito do drama social brasileiro: da seguinte forma:


“Gregório Bezerra só foi comer um “prato de arroz com farofa e carne de porco” aos 7 anos, quando já trabalhava como pequeno lavrador na fazenda de um velho latifundiário. Costumava fazer uma única refeição: farinha com migalhas de charque ou “pirão de água fria com um naco de bacalhau.”


PRIORE, Mary Del. Histórias da Gente Brasileira, volume 3, República – Memórias. Rio de Janeiro: LeYa, 2017. p. 286. 


Na Primeira República ou República Velha (1889-1930) no Brasil, a estrutura da economia brasileira de natureza agrário exportadora e latifundiária era a simbiose de um regime político que tinha como característica:


I – O poder oligárquico coronelista excludente da participação da maioria.

II – Os potentados locais controlavam o sistema eleitoral, fraudando o voto que era aberto e não secreto.

III – A Comissão Verificadora dos Poderes foi estabelecida pela “Política dos Governadores” fortalecendo o “jogo oligárquico”.

IV – Os latifundiários tinham o controle social dos trabalhadores rurais fortalecendo o seu mando político.


Marque a alternativa que apresenta as proposições verdadeiras:

A
Se somente as proposições II e III forem verdadeiras.
B
Se somente as proposições I, II e IV forem verdadeiras.
C
Se somente as proposições I e III forem verdadeiras.
D
Se todas as proposições forem verdadeiras.
E
Se somente as proposições I, III e IV forem verdadeiras.
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IF-BA 2019 - História - República Autoritária : 1964- 1984, História do Brasil

No relato da professora Lúcia Guedes Mello, nos “anos de chumbo” da ditadura militar no Brasil, a agressão ao direito de manifestação era uma constante:

“Os meus universitários não poderiam estar longe do burburinho. Conta Cristina que numa passeata, na Avenida Sete, Rua Chile, Praça da Sé, ao passar pela Praça Municipal chega a polícia para dispersá-los. Ela corre para uma das ruas transversais e, de repente, um policial a intimida com um fuzil em riste. Noutra ocasião, sempre movimento de rua, na Avenida Sete, exatamente na Ladeira de São Bento, chega a polícia montada. Não sei como souberam. A turminha joga milhares de bolinhas de gude nas patas dos cavalos que começam a escorregar e sem estabilidade, os policiais caem. Os estudantes aproveitam e correm para o Mosteiro de São Bento que os abriga.”

MELLO, Lúcia Guedes. Sobradão. Salvador, Omar G, 2002. p. 287.

A ditadura militar no Brasil teve o seu início:

A
com o pacote de abril do Presidente Ernesto Geisel.
B
com o suicídio de Getúlio Vargas.
C
com a eleição indireta de Tancredo Neves.
D
com o golpe ao governo constitucional de João Goulart.
E
com o Ato Institucional nº 5 de 13 de dezembro de 1968.