Questõessobre Expansão Comercial a Marítima: a busca de novos mundos

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FATEC 2012 - História - História Geral, Expansão Comercial a Marítima: a busca de novos mundos, Mercantilismo e a economia de Estados

Documentos da época dos Grandes Descobrimentos deixam evidente o interesse das metrópoles ibéricas em colonizar as novas terras, nos moldes do mercantilismo.


No início da colonização na América, as duas principais atividades econômicas estimuladas por Portugal e Espanha foram, respectivamente, a

A
cultura da mandioca e a mineração de ouro e prata.
B
mineração de diamantes e a monocultura do tabaco.
C
produção de charque e a monocultura de cana-de-açúcar.
D
monocultura de cana-de-açúcar e a mineração de ouro e prata.
E
monocultura de café e a exploração de metais preciosos diversos.
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UNESP 2013 - História - História Geral, Expansão Comercial a Marítima: a busca de novos mundos


Entre outros aspectos da expansão marítima portuguesa a partir do século XV, o poema menciona

Ó mar salgado, quanto do teu sal .São lágrimas de Portugal!Por te cruzarmos, quantas mães choraram . Quantos filhos em vão rezaram! Quantas noivas ficaram por casar. Para que fosses nosso, ó mar!Valeu a pena? Tudo vale a pena.Se a alma não é pequena.Quem quer passar além do. Bojador. Tem que passar além da dor.Deus ao mar o perigo e o abismo deu,Mas nele é que espelhou o céu.
A
o sucesso da empreitada, que transformou Portugal na principal potência europeia por quatro séculos
B
o reconhecimento do papel determinante da Coroa no estímulo às navegações e no apoio financeiro aos familiares dos navegadores
C
a crença religiosa como principal motor das navegações, o que justifica o reconhecimento da grandeza da alma dos portugueses.
D
a percepção das perdas e dos ganhos individuais e coletivos provocados pelas navegações e pelos riscos que elas comportavam
E
a dificuldade dos navegadores de reconhecer as diferenças entre os oceanos, que os levou a confundir a América com as Índias.
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ENEM 2013 - História - História Geral, Expansão Comercial a Marítima: a busca de novos mundos, Ocupação de novos territórios: Colonialismo

      De ponta a ponta, é tudo praia-palma, muito chã e muito formosa. Pelo sertão nos pareceu, vista do mar, muito grande, porque, a estender olhos, não podíamos ver senão terra com arvoredos, que nos parecia muito longa. Nela, até agora, não pudemos saber que haja ouro, nem prata, nem coisa alguma de metal ou ferro; nem lho vimos. Porém a terra em si é de muito bons ares [...]. Porém o melhor fruto que dela se pode tirar me parece que será salvar esta gente.

Carta de Pero Vaz de Caminha.
In: MARQUES, A.; BERUTTI. F.; FARIA, R. História moderna através de textos. São Paulo: Contexto, 2001

A carta de Pero Vaz de Caminha permite entender o projeto colonizador para a nova terra. Nesse trecho, o relato enfatiza o seguinte objetivo:

A
Valorizar a catequese a ser realizada sobre os povos nativos.
B
Descrever a cultura local para enaltecer a prosperidade portuguesa.
C
Transmitir o conhecimento dos indígenas sobre o potencial econômico existente.
D
Realçar a pobreza dos habitantes nativos para demarcar a superioridade europeia.
E
Criticar o modo de vida dos povos autóctones para evidenciar a ausência de trabalho.
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UFMG 2006 - História - História Geral, Expansão Comercial a Marítima: a busca de novos mundos, Ocupação de novos territórios: Colonialismo, Mercantilismo e a economia de Estados

“O objetivo das colônias é o de fazer o comércio em melhores condições [para as metrópoles] do que quando é praticado com os povos vizinhos, com os quais todas as vantagens são recíprocas. Estabeleceu-se que apenas a metrópole poderia negociar na colônia; e isso com grande razão, porque a finalidade do estabelecimento foi a constituição do comércio, e não a fundação de uma cidade ou de um novo império ...”
MONTESQUIEU. Do espírito das leis (1748). São Paulo: Martin Claret, 2004. p. 387

.Considerando-se as informações desse trecho, é INCORRETO afirmar que as colônias européias, na Época Moderna,

A
deveriam levar ao estabelecimento e ao incremento do comércio, regulando-se em função dos interesses recíprocos entre as colônias.
B
deveriam oferecer às metrópoles melhores condições de comércio que as verificadas entre os países europeus e seus vizinhos.
C
estariam sujeitas ao exclusivo comercial das metrópoles, cujos negócios essas colônias deveriam incrementar.
D
foram estabelecidas com finalidades comerciais, pois, inicialmente, não era objetivo das metrópoles fundar um novo império.
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UNICAMP 2010 - História - História Geral, Expansão Comercial a Marítima: a busca de novos mundos

Referindo-se à expansão marítima dos séculos XV e XVI, o poeta português Fernando Pessoa escreveu, em 1922, no poema “Padrão”:

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Nestes versos identificamos uma comparação entre dois processos históricos. É válido afirmar que o poema compara

A
o sistema de colonização da Idade Moderna aos sistemas de colonização da Antiguidade Clássica: a navegação oceânica tornou possível aos portugueses o tráfico de escravos para suas colônias, enquanto gregos e romanos utilizavam servos presos à terra.
B
o alcance da expansão marítima portuguesa da Idade Moderna aos processos de colonização da Antiguidade Clássica: enquanto o domínio grego e romano se limitava ao mar Mediterrâneo, o domínio português expandiu-se pelos oceanos Atlântico e Índico.
C
a localização geográfica das possessões coloniais dos impérios antigos e modernos: as cidades-estado gregas e depois o Império Romano se limitaram a expandir seus domínios pela Europa, ao passo que Portugal fundou colônias na costa do norte da África.
D
a duração dos impérios antigos e modernos: enquanto o domínio de gregos e romanos sobre os mares teve um fim com as guerras do Peloponeso e Púnicas, respectivamente, Portugal figurou como a maior potência marítima até a independência de suas colônias.
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PUC - SP 2011 - História - História Geral, Expansão Comercial a Marítima: a busca de novos mundos

“Enquanto as caravelas cruzavam os mares obedecendo a cálculos precisos, multidões se deliciavam, na Corte, com os espetáculos de Gil Vicente, onde se abria espaço às práticas cotidianas do povo comum, eivadas de magismo e de maravilhoso. Os processos quinhentistas da Inquisição atestam como era corriqueiro o recurso a filtros e poções mágicas, e difundida a crença nos poderes extraordinários do Demônio.”

O texto caracteriza a época da expansão marítima europeia (séculos XV e XVI) e destaca.

A
a vitória definitiva do pensamento racional sobre os valores rel igiosos e obscurant istas que caracterizavama IdadeMédia.
B
uma cruzada religiosa contra os infiéis e a tentativa cristã de libertar Jerusalémdo domínio islâmico.
C
a convivência entre pensamento racionalista e diversas formas de crenças no carátermaravilhoso do mundo.
D
um esforço europeu para impor sua hegemonia militar, política e comercial sobre a América e o litoral atlântico da África.
E
a ampliação do poder da Igreja, que passava a controlar as manifestações artísticas populares e perseguia os hereges.
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USP 2011 - História - História Geral, Expansão Comercial a Marítima: a busca de novos mundos

Deve-se notar que a ênfase dada à faceta cruzadística da expansão portuguesa não implica, de modo algum, que os interesses comerciais estivessem dela ausentes – como tampouco o haviam estado das cruzadas do Levante, em boa parte manejadas e financiadas pela burguesia das repúblicas marítimas da Itália. Tão mesclados andavam os desejos de dilatar o território cristão com as aspirações por lucro mercantil que, na sua oração de obediência ao pontífice romano, D. João II não hesitava em mencionar entre os serviços prestados por Portugal à cristandade o trato do ouro da Mina, “comércio tão santo, tão seguro e tão ativo” que o nome do Salvador, “nunca antes nem de ouvir dizer conhecido”, ressoava agora nas plagas africanas…
Luiz Felipe Thomaz, “D. Manuel, a Índia e o Brasil”. Revista de História (USP), 161, 2º Semestre de 2009, p.16-17. Adaptado.

Com base na afirmação do autor, pode-se dizer que a expansão portuguesa dos séculos XV e XVI foi um empreendimento

A
puramente religioso, bem diferente das cruzadas dos séculos anteriores, já que essas eram, na realidade, grandes empresas comerciais financiadas pela burguesia italiana.
B
ao mesmo tempo religioso e comercial, já que era comum, à época, a concepção de que a expansão da cristandade servia à expansão econômica e vice- versa.
C
por meio do qual os desejos por expansão territorial portuguesa, dilatação da fé cristã e conquista de novos mercados para a economia europeia mostrar- se-iam incompatíveis.
D
militar, assim como as cruzadas dos séculos anteriores, e no qual objetivos econômicos e religiosos surgiriam como complemento apenas ocasional.
E
que visava, exclusivamente, lucrar com o comércio intercontinental, a despeito de, oficialmente, autoridades políticas e religiosas afirmarem que seu único objetivo era a expansão da fé cristã.
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USP 2010 - História - História Geral, Expansão Comercial a Marítima: a busca de novos mundos

Se o Ocidente procurava, através de suas invasões sucessivas, conter o impulso do Islã, o resultado foi exatamente o inverso.

Amin Maalouf, As Cruzadas vistas pelos árabes.
São Paulo: Brasiliense, p.241, 2007.

Um exemplo do “resultado inverso” das Cruzadas foi a

A
difusão do islamismo no interior dos Reinos Francos e a rápida derrocada do Império fundado por Carlos Magno.
B
maior organização militar dos muçulmanos e seu avanço, nos séculos XV e XVI, sobre o Império Romano do Oriente.
C
imediata reação terrorista islâmica, que colocou em risco o Império britânico na Ásia.
D
resistência ininterrupta que os cruzados enfrentaram nos territórios que passaram a controlar no Irã e Iraque.
E
forte influência árabe que o Ocidente sofreu desde então, expressa na gastronomia, na joalheria e no vestuário.
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USP 2010 - História - História Geral, Expansão Comercial a Marítima: a busca de novos mundos

Quando a expansão comercial europeia ganhou os oceanos, a partir do século XV, rapidamente o mundo conheceu um fenômeno até então inédito: populações que jamais tinham tido qualquer contato umas com as outras passaram a se aproximar, em diferentes graus. Uma das dimensões dramáticas desses novos contatos foi o choque entre ambientes bacteriológicos estranhos, do qual resultou a “mundialização” de doenças e, consequentemente, altas taxas de mortalidade em sociedades cujos indivíduos não possuíam anticorpos para enfrentar tais doenças. Isso ocorreu, primeiro, entre as populações

A
orientais do continente europeu.
B
nativas da Oceania.
C
africanas do Magreb.
D
indígenas da América Central.
E
asiáticas da Indonésia.
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UFRN 2012 - História - História Geral, Expansão Comercial a Marítima: a busca de novos mundos

O fragmento textual seguinte se refere a uma característica de sociedades africanas em épocas anteriores à expansão marítima e comercial europeia.


A forma como uma sociedade organiza a distribuição dos bens que produz ou adquire revela muito do caráter desta sociedade, de seus valores, usos e costumes. No caso das sociedades de linhagens da África negra, todo o sistema social estava baseado nas esferas da reciprocidade e da distribuição, como forma de garantir a coesão social do grupo. Os velhos guardam a experiência e o conhecimento dos costumes. Assim, não era uma sociedade dirigida pelos mais produtivos e dinâmicos (como na lógica capitalista) e, sim, pelos que guardavam a tradição e o saber mágico.

SILVA, Francisco C. T. da. Conquista e colonização da América portuguesa. In: LINHARES, Maria Yedda (Org.). História geral do Brasi l . Rio de Janeiro: Elsevier, 1990. p. 48. [Adaptado]


Ao estabelecer uma comparação entre a organização social expressa no fragmento e as sociedades africanas exploradas pelos europeus à época das Grandes Navegações, é correto afirmar:

A
A organização da sociedade de linhagens sofreu mudanças a partir da generalização do comércio escravista promovida por interesses mercantilistas na África.
B
A existência prévia da escravidão na África possibilitou a manutenção da sociedade de linhagens, sem transformações sociais significativas.
C
O papel social desempenhado pelas lideranças nativas permaneceu inalterado apesar da ampla divulgação do cristianismo entre os povos africanos.
D
O conquistador europeu encarava a organização societária de linhagens como uma ameaça à sua dominação e, por isso, subjugou inicialmente os anciãos.
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ENEM 2012 - História - História Geral, Expansão Comercial a Marítima: a busca de novos mundos

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A figura apresentada é de um mosaico, produzido por volta do ano 300 d.C., encontrado na cidade de Lod, atual Estado de Israel. Nela, encontram-se elementos que representam uma característica política dos romanos no período, indicada em:

A
Cruzadismo - conquista da terra santa.
B
Patriotismo - exaltação da cultura local.
C
Helenismo - apropriação da estética grega.
D
Imperialismo - selvageria dos povos dominados.
E
Expansionismo - diversidade dos territórios conquistados.
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UFRN 2008 - História - História Geral, Expansão Comercial a Marítima: a busca de novos mundos

Em 1095, atendendo ao apelo do papa Urbano II para que iniciassem uma guerra contra os muçulmanos, os nobres cristãos, motivados por ideais religiosos e econômicos, organizaram as Cruzadas.

Considerando-se o conjunto dessas expedições, que se prolongaram até 1270, pode-se destacar como uma de suas conseqüências:

A
o enfraquecimento do comércio italiano no Mar Mediterrâneo, em razão da insegurança e dos perigos gerados pelos conflitos militares.
B
o fortalecimento da autoridade dos senhores feudais, cujas finanças foram consolidadas com a exploração dos territórios do Oriente.
C
a difusão e a assimilação da cultura germânica pelo império bizantino, alterando significativamente o modo de viver dos povos orientais.
D
a ampliação do universo cultural dos povos europeus, possibilitada pelo contato com a rica cultura dos povos orientais.
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UFRN 2006 - História - História Geral, Expansão Comercial a Marítima: a busca de novos mundos, Mercantilismo e a economia de Estados

Nos séculos XV e XVI, com as chamadas Grandes Navegações, os europeus chegaram às Américas, onde iniciaram um processo de conquista e colonização. Esses empreendimentos aceleraram a acumulação do capital e garantiram o desenvolvimento do capitalismo europeu, pois a burguesia mercantil européia

A
utilizou a mão-de-obra assalariada colonial para baratear os custos dos produtos manufaturados na metrópole.
B
quebrou o protecionismo econômico metropolitano, abrindo o mercado nacional e favorecendo a eclosão da Revolução Industrial.
C
apropriou-se dos lucros advindos tanto do monopólio comercial que as metrópoles mantinham com as colônias quanto do tráfico de escravos.
D
apossou-se da maior parcela dos lucros do comércio colonial, de modo a substituir, na metrópole, a mão-de-obra escrava pela mão-de-obra servil.