Questõessobre Era Vargas – 1930-1954

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ENEM 2017 - História - História do Brasil, Era Vargas – 1930-1954

Nos primeiros anos do governo Vargas, as organizações operárias sob controle das correntes de esquerda tentaram se opor ao seu enquadramento pelo Estado. Mas a tentativa fracassou. Além do governo, a própria base dessas organizações pressionou pela legalização. Vários benefícios, como as férias e a possibilidade de postular direitos perante as Juntas de Conciliação e Julgamento, dependiam da condição de ser membro de sindicato reconhecido pelo governo.

FAUSTO, B. História concisa do Brasil. São Paulo: Edusp; Imprensa Oficial do Estado, 2002 (adaptado).


No contexto histórico retratado pelo texto, a relação entre governo e movimento sindical foi caracterizada

A
pelas benesses sociais do getulismo.
B
por um diálogo democraticamente constituído.
C
por uma legislação construída consensualmente.
D
pelo reconhecimento de diferentes ideologias políticas.
E
pela vinculação de direitos trabalhistas à tutela do Estado.
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ENEM 2017 - História - História do Brasil, Era Vargas – 1930-1954

Estão aí, como se sabe, dois candidatos à presidência, os senhores Eduardo Gomes e Eurico Dutra, e um terceiro, o senhor Getúlio Vargas, que deve ser candidato de algum grupo político oculto, mas é também o candidato popular. Porque há dois “queremos”: o “queremos” dos que querem ver se continuam nas posições e o “queremos” popular... Afinal, o que é que o senhor Getúlio Vargas é? É fascista? É comunista? É ateu? É cristão? Quer sair? Quer ficar? O povo, entretanto, parece que gosta dele por isso mesmo, porque ele é “à moda da casa”.


A Democracia. 16 set. 1945, apud GOMES, A. C.; D’ARAÚJO, M. C. Getulismo e trabalhismo. São Paulo: Ática, 1989.


O movimento político mencionado no texto caracterizou-se por

A
reclamar a participação das agremiações partidárias.
B
apoiar a permanência da ditadura estadonovista.
C
demandar a confirmação dos direitos trabalhistas.
D
reivindicar a transição constitucional sob influência do governante.
E
resgatar a representatividade dos sindicatos sob controle social.
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ENEM 2017 - História - História do Brasil, Era Vargas – 1930-1954

Durante o Estado Novo, os encarregados da propaganda procuraram aperfeiçoar-se na arte da empolgação e envolvimento das “multidões” através das mensagens políticas. Nesse tipo de discurso, o significado das palavras importa pouco, pois, como declarou Goebbels, “não falamos para dizer alguma coisa, mas para obter determinado efeito”.

CAPELATO, M. H. Propaganda política e controle dos meios de comunicação. In: PANDOLFI, D. (Org.). Repensando o Estado Novo. Rio de Janeiro: FGV, 1999.


O controle sobre os meios de comunicação foi uma marca do Estado Novo, sendo fundamental à propaganda política, na medida em que visava

A
conquistar o apoio popular na legitimação do novo governo.
B
ampliar o envolvimento das multidões nas decisões políticas.
C
aumentar a oferta de informações públicas para a sociedade civil.
D
estender a participação democrática dos meios de comunicação no Brasil.
E
alargar o entendimento da população sobre as intenções do novo governo.
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UERJ 2017, UERJ 2017 - História - História do Brasil, Era Vargas – 1930-1954

                                     


O trabalhador brasileiro nunca me decepcionou. Diligente, apto a aprender e a executar com enorme facilidade, sabe ser, também, bom patriota. A essas disposições o Governo responde com uma política trabalhista que não divide, não discrimina, mas, ao contrário, congrega a todos, conciliando interesses no plano superior do engrandecimento nacional. À medida que impulsionamos as forças da produção para favorecer o progresso geral e unificar economicamente o país, organizamos o trabalho, disciplinamo-lo sem compressões inúteis, afastando a luta de classes e estabelecendo as verdadeiras bases da justiça social. A ampliação e o reforçamento das leis de previdência são, para nós, uma preocupação constante. Este sentido de aperfeiçoamento se patenteia nas seguintes leis recentemente elaboradas e sujeitas agora à revisão final para promulgação: “Consolidação das leis do trabalho”, “Lei orgânica de previdência social” e “Salário adicional para a indústria”.

                                                Discurso de Getúlio Vargas pronunciado no dia 1º de maio de 1943.

                                                                                          Adaptado de biblioteca.presidencia.gov.br.


O governo de Getúlio Vargas (1930-1945) realizou muitas vezes comemorações públicas e pronunciamentos no dia 1º de maio. A foto e o trecho do discurso proferido pelo então presidente, relativos a essas comemorações, possibilitam compreender alguns dos objetivos centrais da política trabalhista estabelecida.

Esses objetivos viabilizaram os seguintes resultados:

A
controle dos lucros empresariais e redistribuição de renda
B
garantia da regularidade da remuneração e erradicação da informalidade laboral
C
universalização da assistência hospitalar e promoção do acesso à educação pública
D
regulação estatal dos sindicatos e concessão de benefícios para o operariado urbano
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PUC - RS 2016 - História - História do Brasil, Era Vargas – 1930-1954

INSTRUÇÃO: Para responder à questão, leia o trecho abaixo do discurso de Getúlio Vargas, proferido em sua posse como chefe do Governo Provisório, em 3 de novembro de 1930, depois da Revolução de 1930.

“O movimento revolucionário, iniciado vitoriosamente a 3 de outubro no sul, centro e norte do país, e triunfante a 24 nesta capital, foi a afirmação mais positiva que até hoje tivemos da nossa existência como nacionalidade. Em toda a nossa história política, não há, sob esse aspecto, acontecimento semelhante. Ele é, efetivamente, a expressão viva e palpitante da vontade do povo brasileiro, afinal senhor de seus destinos e supremo árbitro de suas finalidades coletivas.”

Sobre o discurso de Vargas e a Revolução de 1930 referida no texto, afirma-se:

I. O “movimento revolucionário” mencionado é a Aliança Nacional Libertadora, que defendia o combate ao imperialismo, a reforma agrária e a instalação do socialismo no Brasil.

II. Por definir o “povo” como “senhor de seus destinos e supremo árbitro de suas finalidades coletivas”, Vargas pautou seu governo pela defesa das camadas populares e pelo respeito às liberdades democráticas.

III. Na campanha eleitoral à Presidência, em 1930, Vargas defendeu o voto secreto e a autonomia da justiça eleitoral, o que lhe possibilita associar o movimento revolucionário à “expressão viva e palpitante da vontade do povo brasileiro”.

Está/Estão correta(s) apenas a(s) afimativa(s)

A
I.
B
II.
C
III.
D
I e II.
E
II e III.
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PUC - PR 2015 - História - História do Brasil, Era Vargas – 1930-1954

Observe a primeira propaganda da Coca-Cola no Brasil, divulgada em 1943. Em seguida, analise os itens propostos.

Disponível em: <http://www.jipemania.com/coke/brasil/imgbrasil/1943-COCA-COLA-AD-SPRITE-PRIMEIRO-AD.jpg> . Acesso em: 22 ago. 2015.

I. A expressão “gostará imensamente do seu delicioso sabor” demonstra que o produto já era bem conhecido no Brasil.

II. Considerando que a empresa Coca Cola produzia também geladeiras, é possível afirmar que a campanha em favor da Coca-Cola “bem fria” divulgava ao mesmo tempo a venda dos refrigeradores, que possibilitariam o consumo do produto gelado.

III. A expressão “Unidos hoje, unidos sempre” representa uma aproximação da política brasileira e norte-americana no período, que implicará um aumento das importações dos produtos norte-americanos pelo Brasil.

IV. Apesar de a propaganda ser do ano 1943, não é possível estabelecer nenhuma relação entre a comercialização da Coca-Cola no Brasil na década de 1940 e a participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial.

Assinale a alternativa CORRETA.

A
Somente as afirmações II e IV estão corretas.
B
Somente as afirmações II e III estão corretas.
C
Somente as afirmações III e IV estão corretas.
D
Somente as afirmações I e III estão corretas.
E
Somente as afirmações I e II estão corretas.
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PUC - Campinas 2015 - História - História do Brasil, Era Vargas – 1930-1954

O termo populista é atribuído por parte da historiografia brasileira a líderes como Getúlio Vargas, uma vez que era parte de sua estratégia de governo, o

Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo.

      Com base numa ideia central de Lucien Goldmann, o crítico e historiador Alfredo Bosi propõe, para a moderna ficção brasileira, enquadramentos como estes:

I. romances de tensão mínima: as personagens não se destacam visceralmente da estrutura social e da paisagem que as condicionam. Exemplos, as histórias populistas de Jorge Amado.

II. romances de tensão crítica: o herói opõe-se e resiste agonicamente às pressões da natureza e da exploração social. Exemplos, os romances de Graciliano Ramos.

III. romances de tensão transfigurada: o herói procura ultrapassar o conflito que o constitui existencialmente pela transmutação mítica ou metafísica da realidade: Exemplos, Guimarães Rosa e Clarice Lispector.

                         (Apud História concisa da literatura brasileira. São Paulo: Cultrix, 1970) 

A
trabalhismo, que pressupunha a garantia de benefícios aos trabalhadores concomitante ao cerceamento da livre organização e intenso controle de sindicatos.
B
paternalismo, por meio de políticas assistencialistas para diminuir a pobreza e amplas reformas no campo, colocando em cheque o apoio da burguesia ao presidente.
C
nacionalismo, cujo resultado foi a plena identificação, pelo povo, de sua imagem à da nação e a inexistência de qualquer oposição.
D
queremismo, mediante o qual Vargas, por meio do culto à personalidade, estreitou laços com as camadas mais pobres da sociedade e instituiu o Estado Novo.
E
peleguismo, que consistia na criação de grandes centrais sindicais que atendiam a todos os interesses dos trabalhadores mas promoviam compra de votos e troca de favores.
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PUC - Campinas 2015 - História - História do Brasil, Era Vargas – 1930-1954

Sobre a dissolução do regime político brasileiro, a que o texto de Antonio Cândido se refere, é correto afirmar:

Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo.

      No fim de 1944 estávamos em regime de ditadura no Brasil, como todos sabem. Uma ditadura que já se ia dissolvendo, porque o ditador de então começara a acertar o passo com as chamadas Potências do Eixo; mas quando os Estados Unidos entraram na guerra e pressionaram no mesmo sentido os seus dependentes, ele não só passou para o outro lado, como teve de concordar que o país interviesse efetivamente na luta, como aliás pedia a opinião pública, às vezes em manifestações de massa que foram as primeiras a quebrar a rotina disciplinada de tranquilidade aparente nas grandes cidades.

            (CÂNDIDO, Antonio. Teresina etc. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1980, p. 107-108) 

A
A oposição da nascente burguesia industrial da região Sudeste às leis trabalhistas formuladas pelo Ministro do Trabalho e a agitação da Força Pública contribuíram para a desestabilização do regime autoritário no Estado Novo.
B
As repercussões da Segunda Guerra Mundial se entrelaçaram à crise política interna, formando uma complexa rede de contradições que resultou na criação de uma conjuntura favorável ao desmantelamento do Estado Novo.
C
A acirrada disputa entre a esquerda, representada pela Aliança Nacional Libertadora, e a direita radical e fascista da Ação Integralista Brasileira criou as condições necessárias para a derrocada da ditadura varguista.
D
A extrema instabilidade política, marcada por tentativas de golpes e contragolpes de caráter nacionalista, desestabilizou a estrutura do Estado e levou à decadência do governo totalitário implantado por Getúlio Vargas.
E
As contestações ao regime autoritário, expressas pelo descontentamento de parcelas significativas da sociedade brasileira, incentivaram rebeliões populares que levaram à queda do Estado Novo.
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UNESP 2017 - História - História do Brasil, Era Vargas – 1930-1954, República de 1954 a 1964

No presidencialismo, a instabilidade da coalisão pode atingir diretamente a presidência. É menor o grau de liberdade de recomposição de forças, através da reforma do gabinete, sem que se ameacem as bases de sustentação da coalisão governante. No Congresso, a polarização tende a transformar “coalisões secundárias” e facções partidárias em “coalisões de veto”, elevando perigosamente a probabilidade de paralisia decisória e consequente ruptura da ordem política.

(Sérgio Henrique H. de Abranches. “Presidencialismo de coalisão: o dilema institucional brasileiro”. Dados, 1988.)

Os impasses do chamado “presidencialismo de coalisão” podem ser identificados em pelo menos dois momentos da história brasileira:

A
nas sucessivas constituintes realizadas entre 1934 e 1946 e na instabilidade política da chamada Primeira República.
B
nas dificuldades políticas enfrentadas no período de 1946 a 1964 e nas crises governamentais da chamada Nova República.
C
na reforma partidária do final do regime militar e na pulverização dos votos populares nas eleições presidenciais de 1989 e 1998.
D
na crise final do Segundo Império e no fechamento político provocado pela implantação do Estado Novo de Getúlio Vargas.
E
nas críticas à política dos governadores implementada por Campos Sales e no golpe militar que encerrou o governo de João Goulart.
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CEDERJ 2016 - História - História do Brasil, Era Vargas – 1930-1954, República de 1954 a 1964

Apesar de uma intensa propaganda contra os movimentos sociais no país, o trecho permite uma leitura mais atenta sobre tais contestações. São exemplos de dois movimentos sociais ocorridos no contexto da Redemocratização do Brasil, entre 1945 e 1964:

Leia o trecho a seguir:

“Os movimentos sociais são os indicadores mais expressivos para a análise do funcionamento das sociedades. Traduzem o permanente movimento das forças sociais, permitindo identificar as tensões entre os diferentes grupos de interesses e expondo as veias abertas dos complexos mecanismos de desenvolvimento das sociedades. Em cada momento histórico, são os movimentos sociais que revelam, como um sismógrafo, as áreas de carência estrutural, os focos de insatisfação, os desejos coletivos, permitindo a realização de uma verdadeira topografia das relações sociais”. (Bem Arim Soares do. “A Centralidade dos movimentos sociais na articulação entre o Estado e a sociedade brasileira nos séculos XIX/XX”. http:/ /www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101- 73302006000400004.)

A
a Balaiada e a Sabinada.
B
a Revolta de Canudos e o Contestado.
C
a Praieira e o Abolicionismo.
D
as Ligas Camponesas e a Revolta de Trombas e Formoso.
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PUC - SP 2016 - História - História do Brasil, Era Vargas – 1930-1954

“O 'Manifesto Programa' de janeiro de 1936, [...] objetiva, de uma maneira imediata, de conformidade com seus Estatutos:

a) a formação de uma consciência nacional de grandeza da Pátria e dignidade do Homem e da sua Família;

b) o desenvolvimento do gosto pelos estudos na mocidade brasileira, objetivando a criação de uma cultura nacional própria [...];

c) a eugenia da Raça, pela prática metodizada do atletismo, da ginástica e dos esportes.”

A Razão, 18.11.1937. Fonte: http://memoria.bn.br

O documento, publicado num jornal brasileiro em 1937, representa o ideário da

A
Ação Libertadora Nacional, inspirada nas ideias socialistas.
B
Aliança Nacional Libertadora, inspirada nas ideias comunistas.
C
Ação Integralista Brasileira, inspirada nas ideias fascistas
D
Aliança Renovadora Nacional, inspirada nas ideias liberais.
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PUC - RS 2016 - História - República Autoritária : 1964- 1984, História do Brasil, Era Vargas – 1930-1954, República de 1954 a 1964

O período da História do Brasil conhecido como Repú- blica Democrática (1946-1964) apresentou um grande dinamismo econômico-social. Também caracterizou-se por uma forte efervescência cultural, que acompanhou o crescimento da economia e da urbanização. Sobre esse processo, é INCORRETO afirmar:

A
Como efeito da constituição de uma “cultura de massas” no país, tivemos o aumento da circulação dos jornais, o incremento do rádio e o surgimento da televisão, com a inauguração da TV Tupi, em São Paulo, em 1950.
B
Na literatura, a maior liberdade política do período permitiu o surgimento de um movimento de escritores conhecido como “terceira geração modernista”, que apostou na experimentação da linguagem, como Guimarães Rosa.
C
A produção cinematográfica brasileira conhecida como “chanchada”, comédia musical popular da Atlântida, iria atingir o seu auge durante os anos 50, momento de aceleração da industrialização no País.
D
Houve significativa diversificação da música nacional, com o surgimento de movimentos musicais que apresentavam novas formas de expressão e questionavam os valores tradicionais, como a Bossa Nova e a Jovem Guarda.
E
As artes plásticas foram renovadas por uma geração de artistas que iria abandonar a crítica social e a arte figurativa em favor de uma estética mais formal, como o neo-concretismo de Lygia Clark e de Hélio Oiticica.
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FGV 2016 - História - República Oligárquica - 1889 a 1930, História do Brasil, Era Vargas – 1930-1954

  A Revolução de 1930 põe fim à hegemonia da burguesia do café, desenlace inscrito na própria forma de inserção do Brasil no sistema capitalista internacional. Sem ser um produto mecânico da dependência externa, o episódio revolucionário expressa a necessidade de reajustar a estrutura do país, cujo funcionamento, voltado essencialmente para um único gênero de exportação, se torna cada vez mais precário.

FAUSTO, B. A Revolução de 1930. São Paulo: Brasiliense, 1987, p. 112.

A respeito da Revolução de 1930, é correto afirmar que ela 

A
ocorreu devido à divisão das oligarquias brasileiras num contexto de enfraquecimento da economia paulista.
B
foi liderada pelos antigos tenentes e por Luís Carlos Prestes em aliança com a oligarquia gaúcha.
C
foi desencadeada pelo movimento operário influenciado pelo sucesso da Revolução Russa de 1917.
D
aconteceu devido à desaceleração da indústria paulista e às contestações das oligarquias nordestinas.
E
foi provocada pelas desavenças entre as oligarquias de Minas Gerais e do Rio Grande do Sul.
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PUC - PR 2016 - História - República Oligárquica - 1889 a 1930, História do Brasil, Era Vargas – 1930-1954

“O ano de 1930 tem grande significado na vida de Prestes; é o momento em que, diante da pressão para que assumisse a liderança do movimento que ficaria conhecido como a “Revolução de 30”, ele rompe com seus antigos companheiros, os “tenentes”, e se posiciona publicamente a favor do programa do Partido Comunista.”

PRESTES, Anita Leocadia. Luiz Carlos Prestes: um comunista brasileiro. São Paulo: Boitempo, 2015.

Presente em diferentes momentos da história do Brasil, Luiz Carlos Prestes tornou-se personagem importante da República Velha até a Redemocratização. Primeiramente integrante do movimento tenentista, durante os anos de exílio, após o fim da Coluna Prestes (1925-27), estuda e se aproxima do comunismo, regressando clandestinamente ao país como líder da Intentona Comunista (1935). Uma tentativa de revolução que faz parte de um contexto histórico em que podemos afirmar que

A
composto por grupos diferentes como líderes sindicais, comunistas e intelectuais, o levante de 35 foi amplamente combatido pelos militares, cujos batalhões se levantaram contra os revoltosos a partir de Natal chegando até o Rio de Janeiro, antiga capital do país.
B
a ANL, agremiação política apoiada por Prestes, defendia principalmente a reforma agrária, a suspensão do pagamento da dívida externa e o combate ao fascismo. Com seu fechamento pelo governo Vargas, teve início a organização do levante armado conhecido sob o nome de Intentona Comunista com diversos de seus remanescentes.
C
os integralistas participaram ativamente do aparelhamento da Intentona Comunista, movimento articulado entre antigos membros da ANL e da AIB, ambos partidos políticos contrários ao governo Vargas.
D
o recém-criado PCB contava com amplo apoio popular, fato que ajudou no alastramento da revolta pelo país e gerou forte reação do governo, que respondeu com grande número de prisões e cassações políticas.
E
o presidente Vargas conseguiu contornar o levante comunista de 1935, contudo, dois anos depois, um novo movimento chamado Plano Cohen teve início, provocando o decreto de estado de sítio e o início de um governo ditatorial, o Estado Novo (1937-45).
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ENEM 2016 - História - História do Brasil, Era Vargas – 1930-1954

Muito usual no Estado Novo de Vargas, a composição de Ary Barroso é um exemplo típico de

                                Aquarela do Brasil

Brasil!

Meu Brasil brasileiro

Meu mulato inzoneiro

Vou cantar-te nos meus versos

O Brasil, samba que dá

Bamboleio que faz gingar

O Brasil do meu amor

Terra de Nosso Senhor

Brasil! Pra mim! Pra mim, pra mim!

Ah! Abre a cortina do passado

Tira a mãe preta do Cerrado

Bota o rei congo no congado

Brasil! Pra mim!

Deixa cantar de novo o trovador

A merencória luz da lua

Toda canção do meu amor

Quero ver a sá dona caminhando

Pelos salões arrastando

O seu vestido rendado

Brasil! Pra mim, pra mim, pra mim!

                                       ARY BARROSO. Aquarela do Brasil, 1939 (fragmento).

A
música de sátira.
B
samba exaltação.
C
hino revolucionário.
D
propaganda eleitoral.
E
marchinha de protesto.
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PUC - RJ 2016, PUC - RJ 2016 - História - História do Brasil, Era Vargas – 1930-1954

Eleito em 1945, após o fim do Estado Novo, o presidente Eurico Gaspar Dutra governou o país durante os primeiros anos da Guerra Fria. Sobre o seu governo, é incorreto afirmar que

A
a aliança política entre o Partido Social Democrático (PSD), a União Democrática Nacional (UDN) e o Partido Republicano (PR) garantiu maioria folgada para a aprovação das principais matérias no parlamento.
B
alinhou-se aos Estados Unidos, rompeu relações diplomáticas com a União Soviética e cassou o registro do Partido Comunista Brasileiro (PCB).
C
pautou-se por uma postura repressiva: proibiu greves, decretou intervenção em sindicatos e fechou a Confederação Geral dos Trabalhadores do Brasil.
D
pôs fim à época de ouro dos cassinos no país, ao proibir os jogos de azar em nome da moral e dos bons costumes, com o apoio dos principais jornais do Distrito Federal.
E
a nova Constituição, promulgada em 1946, favoreceu o poder arbitrário do Executivo e restringiu as atribuições do Congresso.
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PUC - RJ 2016, PUC - RJ 2016 - História - História do Brasil, Era Vargas – 1930-1954, República de 1954 a 1964

No Brasil, entre os anos de 1945 e 1964, vivenciou-se um momento de ampliação da participação popular na política e de renovação da possibilidade de livre associação e circulação de ideias. Ainda assim, os limites impostos pelo ambiente da Guerra Fria e pelas resistências de determinados setores da sociedade à experiência democrática brasileira de 1945-1964 não podem ser desconsiderados.

Sobre este período, é INCORRETO afirmar que:

A
embora todos os presidentes eleitos no período tenham tomado posse, ocorreram diversas tentativas de golpe e de anulação de eleições.
B
a despeito do contingente eleitoral ter aumentado significativamente, uma ampla parcela da população composta por analfabetos não tinha direito ao voto.
C
diversos jornais com distintas orientações políticas e partidárias mantinham expressiva circulação e buscavam aproximar-se do grande público.
D
a participação do Partido Comunista do Brasil (PCB) em todos os pleitos eleitorais evidencia a livre organização partidária então vigente.
E
instrumentos de combate às fraudes e coação eleitorais como a cédula única oficial, instituída em 1955, visavam a garantir o livre exercício do voto.
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PUC - RJ 2016, PUC - RJ 2016 - História - História do Brasil, Era Vargas – 1930-1954

O varguismo, no Brasil, e o peronismo, na Argentina, caracterizaram-se pela introdução de uma política de massas que resultou na configuração de uma nova cultura política na América Latina do século XX.

Assinale a alternativa que apresenta de modo correto as características comuns dessas experiências.

A
A configuração de um Estado liberal, tendo à frente um líder carismático.
B
A mobilização das massas por meio da propaganda política e da maior autonomia dos sindicatos.
C
A ascensão desses governos por meio de um golpe de Estado que pôs fim a uma ordem política de natureza corporativa e autoritária.
D
A introdução de uma política social que ampliou os direitos dos trabalhadores, mas restringiu sua participação política.
E
O desenvolvimento de políticas econômicas de cunho nacionalista e que visavam a garantir maior autonomia internacional.
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UFU-MG 2016 - História - História do Brasil, Era Vargas – 1930-1954

[Populismo] Foi uma construção dos liberais derrotados e, depois, das esquerdas revolucionárias. Para os liberais, eles só poderiam ter perdido porque alguém se deixou ludibriar. Para as esquerdas, que queriam primazia nos movimentos populares, os populistas eram todos os demais, inclusive outros ramos marxistas. Além da direita e da esquerda, juntaram-se nessa poderosa aliança a universidade, tentando dar uma consistência teórica à definição, e a imprensa, difundindo e popularizando a caracterização. O princípio, totalmente improvável, é da existência de uma multidão de tolos, um bando de idiotas, a seguir um líder malicioso e poderosíssimo. Um sujeito capaz de enganar milhões e milhões de pessoas durante décadas.
FERREIRA, Jorge. Todos populistas. Revista Época, 22.set. 2009. Disponível em: . (Adaptado).

O conceito de populismo é largamente utilizado tanto por intelectuais quanto por jornalistas, e mesmo no cotidiano. Recentemente, como se depreende da citação do historiador Jorge Ferreira, tal conceito vem ganhando novos significados em função 

A
da percepção de que, nas grandes políticas nacionais, tal como a legislação trabalhista de Vargas, há um ativo protagonismo das camadas populares em busca do atendimento de suas demandas históricas.
B
da reavaliação do alcance das políticas populistas, como a legislação trabalhista, as quais, para vários autores, só foram efetivamente implementadas entre as camadas rurais.
C
do distanciamento em relação à herança getulista que os governos Lula e Dilma fizeram questão de efetivar.
D
do questionamento da real capacidade da legislação trabalhista em produzir uma efetiva consciência de classe entre os trabalhadores brasileiros.
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FGV 2016 - História - República Oligárquica - 1889 a 1930, História do Brasil, Era Vargas – 1930-1954

Em 1934, um grupo de mulheres brasileiras, liderado por Bertha Lutz, elaborou um texto que ficou conhecido como Manifesto Feminista. Leia um trecho desse documento.

As mulheres, assim como os homens, nascem membros livres e independentes da espécie humana, dotados de faculdades equivalentes e igualmente chamados a exercer, sem peias, os seus direitos e deveres individuais, os sexos são interdependentes e devem, um ao outro, a sua cooperação. A supressão dos direitos de um acarretará, inevitavelmente, prejuízos para o outro, e, consequentemente, para a Nação. Em todos os países e tempos, as leis, preconceitos e costumes tendentes a restringir a mulher, a limitar a sua instrução, a entravar o desenvolvimento das suas aptidões naturais, a subordinar sua individualidade ao juízo de uma personalidade alheia, foram baseados em teorias falsas, produzindo, na vida moderna, intenso desequilíbrio social; a autonomia constitui o direito fundamental de todo indivíduo adulto; a recusa desse direito à mulher é uma injustiça social, legal e econômica que repercute desfavoravelmente na vida da coletividade, retardando o progresso geral...

Apud DUARTE, C. L. “Feminismo e literatura no Brasil.” Revista de Estudos Avançados, v. 17, n. 49, set/dez 2003. http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40142003000300010#back19 acesso em 6/7/2016.

Tendo em vista a situação das mulheres no Brasil, na década de 1930, é correto afirmar que o texto

A
busca estimular as mulheres a exercerem o seu direito de voto que havia sido garantido pela Constituição Brasileira de 1891.
B
defende a superioridade das mulheres e condena as decisões da Constituição Brasileira de 1934, que negaram o direito ao voto feminino.
C
diverge das ações feministas do Rio Grande do Norte, que culminaram no exercício do direito de voto pelas mulheres em 1928.
D
reflete o clima de radicalização política no Brasil no período e acabou por impedir o avanço nas conquistas políticas das mulheres.
E
sustenta a igualdade de gêneros em sintonia com campanhas que consagraram o direito de voto para as mulheres na Constituição de 1934.