Questõesde ENEM sobre Brasil Monárquico – Segundo Reinado 1831- 1889
Nas cidades, os agentes sociais que se rebelavam
contra o arbítrio do governo também eram proprietários de
escravos. Levavam seu protesto às autoridades policiais
pelo recrutamento sem permissão. Conseguimos levantar,
em ocorrências policiais de 1867, na Província do Rio de
Janeiro, 140 casos de escravos aprisionados e remetidos
à Corte para serem enviados aos campos de batalha.
SOUSA, J. P. Escravidão ou morte: os escravos brasileiros na Guerra do Paraguai.
Rio de Janeiro: Mauad; Adesa, 1996.
Desconstruindo o mito dos “voluntários da pátria”, o texto
destaca o descontentamento com a mobilização para a
Guerra do Paraguai expresso pelo grupo dos
Nas cidades, os agentes sociais que se rebelavam contra o arbítrio do governo também eram proprietários de escravos. Levavam seu protesto às autoridades policiais pelo recrutamento sem permissão. Conseguimos levantar, em ocorrências policiais de 1867, na Província do Rio de Janeiro, 140 casos de escravos aprisionados e remetidos à Corte para serem enviados aos campos de batalha.
SOUSA, J. P. Escravidão ou morte: os escravos brasileiros na Guerra do Paraguai.
Rio de Janeiro: Mauad; Adesa, 1996.
Desconstruindo o mito dos “voluntários da pátria”, o texto
destaca o descontentamento com a mobilização para a
Guerra do Paraguai expresso pelo grupo dos
Depois da Independência, em 1822, o país enfrentaria problemas que com frequência
emergiram durante a formação dos Estados nacionais da América Latina. Em muitas regiões
do Brasil, essas divergências foram acompanhadas de revoltas, inclusive contra o imperador
D. Pedro I. Com a abdicação deste, em 1831, o país atravessaria tempos ainda mais
turbulentos sob o regime regencial.
REIS, J. J. Rebelião escrava no Brasil: a história do Levante dos Malês em 1835.
São Paulo: Cia. das Letras, 2003 (adaptado).
A instabilidade política no país, ao longo dos períodos mencionados, foi decorrente da(s)
Depois da Independência, em 1822, o país enfrentaria problemas que com frequência emergiram durante a formação dos Estados nacionais da América Latina. Em muitas regiões do Brasil, essas divergências foram acompanhadas de revoltas, inclusive contra o imperador D. Pedro I. Com a abdicação deste, em 1831, o país atravessaria tempos ainda mais turbulentos sob o regime regencial.
REIS, J. J. Rebelião escrava no Brasil: a história do Levante dos Malês em 1835. São Paulo: Cia. das Letras, 2003 (adaptado).
A instabilidade política no país, ao longo dos períodos mencionados, foi decorrente da(s)
Lei n. 3 353, de 13 de maio de 1888
A Princesa Imperial Regente, em nome de Sua Majestade o Imperador, o Senhor D.
Pedro II, faz saber a todos os súditos do Império que a Assembleia-Geral decretou e ela
sancionou a lei seguinte:
Art. 1º: É declarada extinta desde a data desta lei a escravidão no Brasil.
Art. 2º: Revogam-se as disposições em contrário.
Manda, portanto, a todas as autoridades, a quem o conhecimento e execução da referida
lei pertencer, que a cumpram, e façam cumprir e guardar tão inteiramente como nela se
contém.
Dada no Palácio do Rio de Janeiro, em 13 de maio de 1888, 67º ano da Independência e
do Império.
Princesa Imperial Regente.
Disponível em: www.planalto.gov.br. Acesso em: 6 fev. 2015 (adaptado).
Um dos fatores que levou à promulgação da lei apresentada foi o(a)
Lei n. 3 353, de 13 de maio de 1888
A Princesa Imperial Regente, em nome de Sua Majestade o Imperador, o Senhor D. Pedro II, faz saber a todos os súditos do Império que a Assembleia-Geral decretou e ela sancionou a lei seguinte:
Art. 1º: É declarada extinta desde a data desta lei a escravidão no Brasil.
Art. 2º: Revogam-se as disposições em contrário.
Manda, portanto, a todas as autoridades, a quem o conhecimento e execução da referida lei pertencer, que a cumpram, e façam cumprir e guardar tão inteiramente como nela se contém.
Dada no Palácio do Rio de Janeiro, em 13 de maio de 1888, 67º ano da Independência e do Império.
Princesa Imperial Regente.
Disponível em: www.planalto.gov.br. Acesso em: 6 fev. 2015 (adaptado).
Um dos fatores que levou à promulgação da lei apresentada foi o(a)
A Regência iria enfrentar uma série de rebeliões
nas províncias, marcadas pela reação das elites locais
contra o centralismo monárquico levado a efeito pelos
interesses dos setores ligados ao café da Corte, como
a Cabanagem, no Pará, a Balaiada, no Maranhão, e a
Sabinada, na Bahia. Mas, de todas elas, a Revolução
Farroupilha era aquela que mais preocuparia, não só pela
sua longa duração como pela sua situação fronteiriça da
província do Rio Grande, tradicionalmente a garantidora
dos limites e dos interesses antes lusitanos e agora
nacionais do Prata.
PESAVENTO, S. J. Farrapos com a faca na bota. In: FIGUEIREDO, L.
História do Brasil para ocupados. Rio de Janeiro:
Casa da Palavra, 2013.
A característica regional que levou uma das revoltas
citadas a ser mais preocupante para o governo central
era a
O Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro
(IHGB) reuniu historiadores, romancistas, poetas,
administradores públicos e políticos em torno da
investigação a respeito do caráter brasileiro. Em certo
sentido, a estrutura dessa instituição, pelo menos como
projeto, reproduzia o modelo centralizador imperial.
Assim, enquanto na Corte localizava-se a sede, nas
províncias deveria haver os respectivos institutos
regionais. Estes, por sua vez, enviariam documentos e
relatos regionais para a capital.
DEL PRIORE, M.; VENÂNCIO, R. Uma breve história do Brasil.
São Paulo: Planeta do Brasil, 2010 (adaptado).
De acordo com o texto, durante o reinado de D. Pedro II,
o referido instituto objetivava
Nas décadas de 1860 e 1870, as escolas criadas ou
recriadas, em geral, previam a presença de meninas, mas
se atrapalhavam na hora de colocar a ideia em prática.
Na província do Rio de Janeiro, várias tentativas foram
feitas e todas malsucedidas: colocar rapazes e moças
em dias alternados e, em 1874, em prédios separados.
Para complicar, na Assembleia, um grupo de deputados
se manifestava contrário ao desperdício de verbas para
uma instituição “desnecessária”, e a sociedade reagia
contra a ideia de coeducação.
VILLELA, H. O. S. O mestre-escola e a professora. In: LOPES, E. M. T.; FARIA FILHO, L. M.;
VEIGA, C. G. (Org.). 500 anos de educação no Brasil. Belo Horizonte:
Autêntica, 2003 (adaptado).
As dificuldades retratadas estavam associadas ao
seguinte aspecto daquele contexto histórico:
Nas décadas de 1860 e 1870, as escolas criadas ou recriadas, em geral, previam a presença de meninas, mas se atrapalhavam na hora de colocar a ideia em prática. Na província do Rio de Janeiro, várias tentativas foram feitas e todas malsucedidas: colocar rapazes e moças em dias alternados e, em 1874, em prédios separados. Para complicar, na Assembleia, um grupo de deputados se manifestava contrário ao desperdício de verbas para uma instituição “desnecessária”, e a sociedade reagia contra a ideia de coeducação.
VILLELA, H. O. S. O mestre-escola e a professora. In: LOPES, E. M. T.; FARIA FILHO, L. M.; VEIGA, C. G. (Org.). 500 anos de educação no Brasil. Belo Horizonte: Autêntica, 2003 (adaptado).
As dificuldades retratadas estavam associadas ao seguinte aspecto daquele contexto histórico:
A expedição que alcançava a foz do Rio Mucuri
era liderada por Teófilo Benedito Ottoni (1807-1869),
empresário e político mineiro, que lá pretendia abrir um
porto para ligar Minas ao mar. A localidade de Filadélfia
era a materialização desse sonho. O nome escolhido era,
ao mesmo tempo, uma homenagem à cidade símbolo
da independência dos Estados Unidos e um manifesto
de adesão a ideais igualitários. Essa filosofia também
transparecia na relação com os índios, com os quais
o político mineiro procurou negociar a ocupação do
território em troca do respeito ao que hoje chamaríamos
de reserva.
ARAÚJO, V. L. Uma utopia republicana. Revista de História da Biblioteca Nacional, n. 67,
abr. 2011 (adaptado).
Um elemento que caracterizou, no âmbito da sociedade
monárquica, o projeto inovador abordado no texto foi
A expedição que alcançava a foz do Rio Mucuri era liderada por Teófilo Benedito Ottoni (1807-1869), empresário e político mineiro, que lá pretendia abrir um porto para ligar Minas ao mar. A localidade de Filadélfia era a materialização desse sonho. O nome escolhido era, ao mesmo tempo, uma homenagem à cidade símbolo da independência dos Estados Unidos e um manifesto de adesão a ideais igualitários. Essa filosofia também transparecia na relação com os índios, com os quais o político mineiro procurou negociar a ocupação do território em troca do respeito ao que hoje chamaríamos de reserva.
ARAÚJO, V. L. Uma utopia republicana. Revista de História da Biblioteca Nacional, n. 67, abr. 2011 (adaptado).
Um elemento que caracterizou, no âmbito da sociedade monárquica, o projeto inovador abordado no texto foi
A poetisa Emilia Freitas subiu a um palanque,
nervosa, pedindo desculpas por não possuir titulos nem
conhecimentos, mas orgulhosa ofereceu a sua pena
que “sem ser hábil, é, em compensação, guiada pelo
poder da vontade”. Maria Tomásia pronunciava orações
que levantavam os ouvintes. A escritora Francisca
Clotilde arrebatava, declamando seus poemas. Aquelas
“angélicas senhoras”, “heroinas da caridade”, levantavam
dinheiro para comprar liberdades e usavam de seu
entusiasmo a fim de convencer os donos de escravos a
fazerem alforrias gratuitamente.
MIRANDA, A. Disponível em: www.opovoonline.com.br. Acesso em: 10jun. 2015.
As práticas culturais narradas remetem, historicamente,
ao movimento
A poetisa Emilia Freitas subiu a um palanque, nervosa, pedindo desculpas por não possuir titulos nem conhecimentos, mas orgulhosa ofereceu a sua pena que “sem ser hábil, é, em compensação, guiada pelo poder da vontade”. Maria Tomásia pronunciava orações que levantavam os ouvintes. A escritora Francisca Clotilde arrebatava, declamando seus poemas. Aquelas “angélicas senhoras”, “heroinas da caridade”, levantavam dinheiro para comprar liberdades e usavam de seu entusiasmo a fim de convencer os donos de escravos a fazerem alforrias gratuitamente.
MIRANDA, A. Disponível em: www.opovoonline.com.br. Acesso em: 10jun. 2015.
As práticas culturais narradas remetem, historicamente, ao movimento
Para o Paraguai, portanto, essa foi uma guerra pela
sobrevivência. De todo modo, uma guerra contra dois
gigantes estava fadada a ser um teste debilitante e
severo para uma economia de base tão estreita. Lopez
precisava de uma vitória rápida e, se não conseguisse
vencer rapidamente, provavelmente não venceria nunca.
LYNCH, J. As Repúblicas do Prata: da Independência à Guerra do Paraguai. BETHELL, Leslie (Org).
História da América Latina: da Independência até 1870, v. III. São Paulo: EDUSP 2004.
A Guerra do Paraguai teve consequências políticas
importantes para o Brasil, pois

DEBRET, J. B.; SOUZA, L. M. (Org.). História da vida privada no Brasil:
cotidiano e vida privada na América Portuguesa, v. 1.
São Paulo: Companhia das Letras, 1997.
A imagem retrata uma cena da vida cotidiana dos escravos
urbanos no início do século XIX. Lembrando que as atividades desempenhadas por esses trabalhadores eram
diversas, os escravos de aluguel representados na pintura

Ó sublime pergaminho
Libertação geral
A princesa chorou ao receber
A rosa de ouro papal
Uma chuva de flores cobriu o salão
E o negro jornalista
De joelhos beijou a sua mão
Uma voz na varanda do paço ecoou:
"Meu Deus, meu Deus
Está extinta a escravidão"
MELODIA, Z.; RUSSO, N.; MADRUGADA, C. Sublime Pergaminho. Disponível em http://
www.letras.terra.com.br. Acesso em: 28 abr. 2010.
O samba-enredo de 1968 reflete e reforça uma
concepção acerca do fim da escravidão ainda viva em
nossa memória, mas que não encontra respaldo nos
estudos históricos mais recentes. Nessa concepção
ultrapassada, a abolição é apresentada como
A dependência regional maior ou menor da mão de
obra escrava teve reflexos políticos importantes no
encaminhamento da extinção da escravatura. Mas a
possibilidade e a habilidade de lograr uma solução
alternativa - caso típico de São Paulo - desempenharam,
ao mesmo tempo, papel relevante.
FAUSTO, B. História do Brasil. São Paulo: EDUSP, 2000.
A crise do escravismo expressava a difícil questão em
torno da substituição da mão de obra, que resultou
Enquanto as rebeliões agitavam o país, as tendências
políticas no centro dirigente iam se definindo. Apareciam
em germe os dois grandes partidos imperiais — o
Conservador e o Liberal. Os conservadores reuniam
magistrados, burocratas, uma parte dos proprietários
rurais, especialmente do Rio de Janeiro, Bahia e
Pernambuco, e os grandes comerciantes, entre os quais
muitos portugueses. Os liberais agrupavam a pequena
classe média urbana, alguns padres e proprietários rurais
de áreas menos tradicionais, sobretudo de São Paulo,
Minas e Rio Grande do Sul.
FAUSTO, B. História do Brasil. São Paulo: Edusp, 1998.
No texto, o autor compara a composição das forças
políticas que atuaram no Segundo Reinado (1840-1889).
Dois aspectos que caracterizam os partidos Conservador
e Liberal estão indicados, respectivamente, em:
Passada a festa da abolição, os ex-escravos
procuraram distanciar-se do passado de escravidão,
negando-se a se comportar como antigos cativos.
Em diversos engenhos do Nordeste, negaram-se a
receber a ração diária e a trabalhar sem remuneração.
Quando decidiram ficar, isso não significou que
concordassem em se submeter às mesmas condições
de trabalho do regime anterior.
FRAGA, W ; ALBUQUERQUE, W. R. Uma história da cultura afro-brasileira.
São Paulo: Moderna, 2009 (adaptado).
Segundo o texto, os primeiros anos após a abolição da
escravidão no Brasil tiveram como característica o(a)
Os escravos, obviamente, dispunham de poucos
recursos políticos, mas não desconheciam o que se
passava no mundo dos poderosos. Aproveitaram-se
das divisões entre estes, selecionaram temas que lhes
interessavam do ideário liberal e anticolonial, traduziram e
emprestaram significados próprios às reformas operadas
no escravismo brasileiro ao longo do século XIX.
REIS, J. J. Nos achamos em campo a tratar da liberdade: a resistência negra no Brasil
oitocentista. In: MOTA, C. G. (Org.). Viagem incompleta: a experiência brasileira
(1500-2000). São Paulo: Senac, 1999.
Ao longo do século XIX, os negros escravizados
construíram variadas formas para resistir à escravidão no
Brasil. A estratégia de luta citada no texto baseava-se no
aproveitamento das
A cessação do tráfico lançou sobre a escravidão
uma sentença definitiva. Mais cedo ou mais tarde estaria
extinta, tanto mais quanto os índices de natalidade entre os
escravos eram extremamente baixos e os de mortalidade,
elevados. Era necessário melhorar as condições de vida
da escravaria existente e, ao mesmo tempo, pensar numa
outra solução para o problema da mão de obra.
COSTA, E. V Da Monarquia à República: momentos decisivos. São Paulo: Unesp, 2010.
Em 1850, a Lei Eusébio de Queirós determinou a extinção
do tráfico transatlântico de cativos e colocou em evidência
o problema da falta de mão de obra para a lavoura. Para
os cafeicultores paulistas, a medida que representou uma
solução efetiva desse problema foi o (a)
A cessação do tráfico lançou sobre a escravidão uma sentença definitiva. Mais cedo ou mais tarde estaria extinta, tanto mais quanto os índices de natalidade entre os escravos eram extremamente baixos e os de mortalidade, elevados. Era necessário melhorar as condições de vida da escravaria existente e, ao mesmo tempo, pensar numa outra solução para o problema da mão de obra.
COSTA, E. V Da Monarquia à República: momentos decisivos. São Paulo: Unesp, 2010.
Em 1850, a Lei Eusébio de Queirós determinou a extinção do tráfico transatlântico de cativos e colocou em evidência o problema da falta de mão de obra para a lavoura. Para os cafeicultores paulistas, a medida que representou uma solução efetiva desse problema foi o (a)
Escrevendo em jornais, entrando para a política,
fugindo para quilombos, montando pecúlios para
comprar alforrias... Os negros brasileiros não esperaram
passivamente pela libertação. Em vez disso, lutaram
em diversas frentes contra a escravidão, a ponto de
conseguir que, à época em que a Lei Áurea foi assinada,
apenas uma pequena minoria continuasse formalmente
a ser propriedade.
Antes da Lei Áurea. Liberdade Conquistada. Revista Nossa História. Ano 2, n° 19.
São Paulo: Vera Cruz, 2005.
No que diz respeito à Abolição, o texto apresenta uma
análise historiográfica realizada nas últimas décadas
por historiadores, brasileiros e brasilianistas, que se
diferencia das análises mais tradicionais. Essa análise
recente apresenta a extinção do regime escravista, em
grande parte, como resultado
Escrevendo em jornais, entrando para a política, fugindo para quilombos, montando pecúlios para comprar alforrias... Os negros brasileiros não esperaram passivamente pela libertação. Em vez disso, lutaram em diversas frentes contra a escravidão, a ponto de conseguir que, à época em que a Lei Áurea foi assinada, apenas uma pequena minoria continuasse formalmente a ser propriedade.
Antes da Lei Áurea. Liberdade Conquistada. Revista Nossa História. Ano 2, n° 19. São Paulo: Vera Cruz, 2005.
No que diz respeito à Abolição, o texto apresenta uma análise historiográfica realizada nas últimas décadas por historiadores, brasileiros e brasilianistas, que se diferencia das análises mais tradicionais. Essa análise recente apresenta a extinção do regime escravista, em grande parte, como resultado
Eleições, no Império, eram um acontecimento
muito especial. Nesses dias o mais modesto cidadão
vestia sua melhor roupa, ou a menos surrada, e exibia
até sapatos, peças do vestuário tão valorizadas entre
aqueles que pouco tinham. Em contraste com essa
maioria, vestimentas de gala de autoridades civis,
militares e eclesiásticas — tudo do bom e do melhor
compunha a indumentária de quem era mais que um
cidadão qualquer e queria exibir em público essa sua
privilegiada condição.
CAVANI, S. Às urnas, cidadãos! In: Revista de História da Biblioteca Nacional.
Ano 3, n° 26, nov. 2007.
No Brasil do século XIX, a noção de cidadania estava
vinculada à participação nos processos eleitorais. As
eleições revelavam um tipo de cidadania carente da
igualdade jurídica defendida nesse mesmo período por
muitos movimentos europeus herdeiros do Iluminismo
devido à
Eleições, no Império, eram um acontecimento muito especial. Nesses dias o mais modesto cidadão vestia sua melhor roupa, ou a menos surrada, e exibia até sapatos, peças do vestuário tão valorizadas entre aqueles que pouco tinham. Em contraste com essa maioria, vestimentas de gala de autoridades civis, militares e eclesiásticas — tudo do bom e do melhor compunha a indumentária de quem era mais que um cidadão qualquer e queria exibir em público essa sua privilegiada condição.
CAVANI, S. Às urnas, cidadãos! In: Revista de História da Biblioteca Nacional. Ano 3, n° 26, nov. 2007.
No Brasil do século XIX, a noção de cidadania estava vinculada à participação nos processos eleitorais. As eleições revelavam um tipo de cidadania carente da igualdade jurídica defendida nesse mesmo período por muitos movimentos europeus herdeiros do Iluminismo devido à