Questõesde UFCG sobre Geografia

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UFCG 2009 - Geografia - Categorias de Análise da Geografia, História da Geografia

“As histórias que ouvimos referem-se, do início ao fim, a velhos lugares, inseparáveis dos eventos neles ocorridos. A casa, o bairro, algumas ruas, em geral o trajeto para a escola e o centro da cidade são descritos de um modo dispersivo nas lembranças várias, mas com alguns focos: o Viaduto do Chá, a Catedral, a rua Direita, o Museu do Ipiranga (...), a Avenida Paulista... Esses lugares são descritos sob vários pontos de vista”.

“Em cada bairro se fazia um campeonato, juntavam dez ou vinte clubes... A gente dizia: Em que parque vamos jogar? Não tinham estádio, era campo livre, ninguém pagava para ver (...) Quando foi morrendo o jogo da várzea e o futebol de bairro, começou a se concentrar o público nos estádios”.

(BOSI, Eclea. Memória e sociedade: lembranças de velho. São Paulo: Companhia das Letras, 1995, p. 447 e 449)

O fragmento textual de Eclea Bosi integra um importante estudo sobre a velhice, baseando-se em depoimento de idosos acerca de suas trajetórias de vida e das transformações que eles viram ocorrer em São Paulo, cidade onde moravam.

Baseando-se no fragmento textual acima e nos seus conhecimentos sobre a temática, é INCORRETO afirmar que os testemunhos dos idosos:

A
Dimensionam a importância da memória dos mais velhos na reconstituição da história e da geografia dos lugares, a exemplo da cidade de São Paulo.
B
Celebram a emergência dos novos artefatos urbanos advindos com a globalização, tornando os antigos espaços de sociabilidade paulista objetos do passado.
C
Elaboram as formas de produção do espaço urbano, marcado pela arquitetura e pelos diversos lugares de sociabilidade.
D
Desenham um mapa afetivo da cidade de São Paulo, identificando lugares que fizeram parte de sua história, como o Viaduto do Chá e a Catedral.
E
Narram a transformação da fisionomia urbana, ao mostrar que as formas de jogar e de brincar dos tempos da juventude foram alteradas pela emergência de novos ícones da modernidade.
1a1e3246-e6
UFCG 2009 - Geografia - Categorias de Análise da Geografia, História da Geografia

Eixo Temático: espaço, cultura e poder


Existem, para a Biogeografia, espaços vitais, ilhas de vida etc., e segundo ela, o Estado dos homens é, ele também, uma forma de propagação da vida na superfície terrestre.


(Ratzel, apud . HAESBAERT, R. O mito da desterritorialização. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2004, p. 64).


Considerando o fragmento textual acima e os seus conhecimentos sobre o conceito clássico de território, é INCORRETO afirmar que para Ratzel:

A
As leis particulares de propagação da vida humana sobre a terra determinam igualmente a emergência de seus Estados.
B
Os “espaços vitais” da Biogeografia são transladados para a realidade territorial do Estado.
C
O elo indissociável entre uma dimensão natural, física, e uma dimensão política do espaço contribui para a definição do território.
D
A “ligação espiritual” com a terra faz do território estatal muito mais do que uma entidade material.
E
A natureza, embora não se expresse através dos homens, em sua criação artística, consegue ser representada mediante os “espaços vitais” da Biogeografia.
1a19ab24-e6
UFCG 2009 - Geografia - Regionalização Brasileira

Com a presente globalização do capitalismo, o território brasileiro se tornou um espaço nacional da economia internacional. Acompanhando o processo de internacionalização da sua economia, o seu espaço geográfico se transformou em meio técnicocientífico-informacional. Contudo, em um movimento desigual e combinado, o grau de inserção na globalização e a distribuição dos aportes da ciência, técnica e informação se fazem de maneira diferenciada entre as suas regiões – Centro-Sul, Amazônia e Nordeste, recriando as suas diferenciações sócio-espaciais.
Sobre esta dinâmica sócio-espacial desigual e combinada, marque V para as afirmações verdadeiras, F para as falsas e, em seguida, assinale a sequência correta das respostas.

( ) O Centro-Sul apresenta a esfera técnico-científica mais espalhada de todo o território brasileiro. Esta substituiu os escassos interstícios de um meio natural e as amplas manchas dos sucessivos meios técnicos presentes nessa região. A manifestação geográfica mais densa e extensa do meio técnico-científico-informacional é condição para que essa região seja a mais integrada às correntes da globalização.
( ) A Amazônia, em função da sua baixa densidade demográfica, da presença densa e extensa do meio natural ( a floresta equatorial), dos grupos sociais que resistem à imposição dos padrões homogeneizados e globalizados de comportamento e de gosto, configura-se como uma região que apresenta pouca importância geoeconômica e geopolítica para os atores sociais que comandam a globalização do capitalismo.
( ) O Nordeste, em função do fenômeno da globalização, apresenta manchas ou pontos do meio técnico-científico-informacional, a exemplo das áreas de agricultura irrigada (a fruticultura irrigada, no submédio do rio São Francisco) e de produção de grãos ( a soja, no oeste da Bahia).
( ) O Centro-Sul, dada a presença mais extensa e densa do meio técnico-científico-informacional, configura-se como a região brasileira de maior diversidade e especialização produtivas, de maior mercado de consumo, da presença de fluxos mais intensos e extensos etc. Assim, manteve, no atual momento de inserção do Brasil na globalização, a hegemonia econômica, política, financeira, cultural etc. sobre as demais regiões do país.
( ) A Amazônia e o Nordeste, mesmo apresentando apenas pontos ou manchas do meio técnico-científico-informacional, tornaramse as regiões mais contempladas com o deslocamento da indústria automobilística da região metropolitana de São Paulo. Deslocamento este provocado pela rearrumação das atividades produtivas pelo território nacional em face da inserção do país nas correntes da globalização.

A sequência correta é:

A
V F V V V.
B
V F F V V.
C
F V F V F.
D
F F V V F.
E
V F V V F.
1a2c00df-e6
UFCG 2009 - Geografia - Agropecuária, Questão Fundiária

Observe as figuras e leia o fragmento do texto abaixo.



O território é uma porção do espaço definida e delimitada por e a partir de relações de poder (político-econômico) e/ou apropriada simbolicamente (representações e identificações sociais) por um grupo social.


(Adaptado de HAESBAERT, R.; PORTO-GONÇALVES, C. W. A nova des-ordem mundial. São Paulo: Editora da UNESP, 2006).


As imagens dos sem-teto, catadores de lixo e sem-terra, atores sociais tão presentes na configuração geográfica brasileira, expressam formas de domínio, controle e apropriação do espaço as quais se pode denominar de:

A
Territorializações fechadas, quase “uniterritoriais”, ligadas ao fenômeno de territorialismo, pois os sem-teto, os catadores de lixo e os sem-terra não admitem pluralidade de poderes e identidades nos territórios que constroem.
B
Territórios-redes, que se configuram pelo controle exercido pelos sem teto, catadores de lixo e sem terra sobre as redes materiais e imateriais (pólos e fluxos), que lhes possibilitam articular seus diversos territórios-zonas, distribuídos por todo o espaço geográfico brasileiro.
C
Aglomerados humanos de exclusão, que correspondem a espaços de insegurança e precariedade social. Nestes espaços, estes grupos sociais estão impossibilitados de construir territórios sobre os quais detenham domínio (político-econômico) e a apropriação (simbólico-cultural), dado o grau de exclusão ou de inclusão precária a que estão relegados.
D
Multiterritorialidades, frutos da apropriação de múltiplos territórios por sem-teto, catadores de lixo e sem-terra, apropriação baseada nos códigos simbólicos relacionados à sexualidade, ao gênero, à geração e à diversidade religiosa.
E
Reterritorialização definitiva dos sem-teto, dos catadores de lixo e dos sem-terra, que, desterritorializados pelo processo de modernização da economia e do território brasileiros, conseguiram reconstruir suas territorialidades.
1a21e735-e6
UFCG 2009 - Geografia - Globalização

No seio da perspectiva da globalização, um dos elementos mais destacados para explicar a desterritorialização política relaciona-se com a difusão de novas tecnologias de informação e com o chamado ciberespaço.
Sobre a relação entre ciberespaço e desterritorialização, é INCORRETO afirmar que:

A
o impacto da globalização econômica e do ciberespaço da informação é visto como um dos principais fatores a produzir a desterritorialização do Estado e a correspondente remoção das fronteiras.
B
o ciberespaço é central tanto para a compreensão da fluidez financeira e da fragilização das fronteiras quanto da aceleração dos processos de hibridização cultural.
C
o ciberespaço é um local territorializado singular, porque é homogêneo e contínuo na distribuição física de seus objetos geográficos sobre a superfície terrestre.
D
as telecoms (companhias de telecomunicações) e as acirradas disputas pelo controle de mercado mundial são evidências da des-re-territorialização.
E
a emergência do ciberespaço e da globalização econômica não só abriu e expandiu fronteiras, como criou outras, facilitando os contatos entre membros de diversas comunidades.
1a160a8c-e6
UFCG 2009 - Geografia - Regionalização Brasileira

Utilizada com fins geopolíticos, estatísticos e didáticos, a regionalização do Brasil, de acordo com o IBGE, baseia-se em critérios naturais e socioeconômicos, sendo, portanto, a mais conhecida. Há, porém, outra regionalização brasileira que apresenta como critério o cenário no qual são ambientadas as histórias de importantes obras da literatura nacional, conforme apresenta o mapa abaixo. Os espaços regionais são: Sertão do Cariri, Sertão de Goiás, Gerais, Sertão dos Confins, Zona do Cacau e Campanha Gaúcha.


Com base nessas informação, enumere a coluna da direita de acordo com a da esquerda:

(1) O Romance da Pedra do Reino, de Ariano Suassuna.
(2) Terras do Sem Fim e São Jorge dos Ilhéus, de Jorge Amado.
(3) Grande Sertão Veredas, de João Guimarães Rosa.
(4) O Tronco e A Enxada, de Bernardo Elis.
(5) Vila dos Confins e Chapadão do Bugre, de Mário Palmério.
(6) Trilogia O Tempo e o Vento, de Érico Veríssimo.

( ) Campanha Gaúcha.
( ) Sertão de Goiás.
( ) Sertão dos Confins.
( ) Sertão do Cariri.
( ) Zona do Cacau.
( ) Gerais.

A associação correta é:

A
5, 2, 4, 3, 1, 6.
B
1, 2, 4, 5, 6, 3.
C
6, 4, 1, 2, 5, 3.
D
6, 4, 5, 1, 2, 3.
E
6, 4, 5, 2, 1, 3
1a073b38-e6
UFCG 2009 - Geografia - Desenvolvimento

Eixo Temático: Região e Regionalização: a heterogeneidade do espaço geográfico e as (re) significações da espacidalidade

Na atual regionalização do espaço geográfico mundial – Norte desenvolvido e Sul subdesenvolvido – alguns países do Sul passaram a ser classificados, por alguns autores, como “potências emergentes” ou “potências intermediárias”. Nesse conjunto de países estão incluídos: China, Índia, Brasil, África do Sul, Indonésia etc.
Sobre esses países e suas posições na nova ordem geopolítica e na economia globais é INCORRETO afirmar que

A
figuram entre os países pioneiros, berço ou vanguardas da revolução técnico-científica em curso, baseada na microeletrônica – informática, eletrônica, robótica, biotecnologia, química fina, novos materiais etc. Por isso, superaram suas condições históricas de subdesenvolvimento (dependência econômica e financeira em relação aos países centrais do capitalismo).
B
exercem hegemonia geopolítica e geoeconômica nas regiões onde se localizam. A China e a Índia já são atores importantes nos campos militar, industrial e tecnológico. A Indonésia é o país muçulmano mais populoso do mundo. A África do Sul atua como potência regional no continente africano. O Brasil se revela como potência regional na América Latina.
C
correspondem a um conjunto de situações econômicas, sociais, políticas, culturais, espaciais etc. muito diverso. Dentre eles, a China se destaca pelo grande e contínuo crescimento da sua economia e como um ator decisivo da economia mundial, capaz de condicionar os mercados globais de matérias-primas, o comércio mundial em geral etc.
D
jogam suas “cartas” para consolidar suas influências geopolíticas na nova ordem mundial, seja por meio da reivindicação de cargos decisivos nos organismos internacionais (a exemplo da ONU), seja pela capacidade de dissuasão nuclear ou de persuasão ideológica.
E
enfrentam o grande desafio geopolítico de dar respostas urgentes aos direitos e às aspirações de partes majoritárias de suas populações. Nestes países, os desequilíbrios socioeconômico e espacial são profundos e dilacerantes. Nesse sentido, o subdesenvolvimento representa a principal questão em relação ao futuro do crescimento, da democracia e da justiça
1a0b5def-e6
UFCG 2009 - Geografia - Globalização

O impacto da globalização econômica e da montagem do meio técnico-científico-informacional é visto por muitos autores como o principal fator a produzir a polêmica “desterritorialização” do Estado e a correspondente (e ilusória) remoção de suas fronteiras. Na verdade, mais que desaparecendo, as fronteiras político-administrativas estão, muitas vezes, mudando de escala, especialmente no caso de grandes blocos econômicos como a União Europeia.

(Adaptado de HAESBAERT, R.; PORTO-GONÇALVES, C. W. A nova desordem mundial. São Paulo: Editora da UNESP, 2006, p. 57).

Sobre a formação dos blocos econômicos regionais, analise as proposições abaixo e, em seguida, assinale a alternativa que contém só as corretas.

I) A ideia de formação de grandes blocos econômicos regionais começa após as Grandes Guerras Mundiais, justamente em uma tentativa de retirar poder de Estados, especialmente os de maior vocação beligerante, e garantir a paz e o crescimento em um período de grave crise econômica.
II) A criação dos blocos econômicos regionais se constitui numa resistência organizada de Estados-nações ao processo de globalização econômica e à implantação das políticas neoliberais de ajuste estrutural que o acompanhou e aprofundou.
III) No caso da união Européia, sua criação teve, também, como objetivo, fazer frente ao crescimento do poderio norteamericano e soviético (depois japonês) no cenário internacional, dentro das disputas intercapitalistas por hegemonia.
IV) Os blocos econômicos regionais, ao substituírem os Estados-nações como entidades territoriais responsáveis pelo exercício da política, transformaram-se na escala geográfica exposta às pressões das sociedades por políticas de segurança, saúde, educação, habitação, emprego, geração de renda etc.
V) A criação dos blocos econômicos regionais visa, sobretudo, garantir o controle sobre mercados privilegiados e tidos como parceiros “naturais” na geopolítica do comércio mundial.

Estão corretas:

A
I, II e III.
B
I, II e IV.
C
I, III e V.
D
II, IV e V.
E
I, IV e V.
a3061aab-e4
UFCG 2009 - Geografia - População, Migrações

A imagem ao lado aborda cenas da geografia e da história do Brasil, marcadas pelos constantes fluxos migratórios e pela luta dos cidadãos em busca da sobrevivência. Além da iconografia, a poesia, uma importante fonte para o estudo da geografia, também expressou essa realidade brasileira.



O poema abaixo que melhor representa o quadro Os Retirantes, de Cândido Portinari, é:

A

Da raiz à luta,

Da flor ao fruto,

Do chão ao pão

No caminho da utopia,

Da noite ao novo dia!

(Anônimo – Poema aos Sem-Terra)

B

E esse povo de lá de riba

de Pernambuco, da Paraíba,

que vem buscar no Recife

poder morrer de velhice,

encontra só, aqui chegando

Cemitério esperando. (João Cabral de Melo Neto – Morte e Vida Severina)

C

“Todo dia

O sol da manhã vem e lhes desafia

Traz do sonho pro mundo quem já não queria

Palafitas, trapiches, farrapos

Filhos da mesma agonia (...)”

(Herbert Viana – Alagados)

D

"Acostumado a viver sem cha-

ves, eu passo o ano novo.

De que mais ainda preciso me

desapegar?

Esta rua se chama a rua dos

filhos infiéis.

Eu não tenho pais nem filho.

O homem não vive somente de

pão

mas eu passo meu dia com o

pão distribuído..."

(Sem Teto - Anônimo – Sob uma noite estrelada)

E

Carrego o Brasil em meu cora-

ção

Levo para o americano ver que

sou verde e amarelo

Desafio os coiotes, salto mura-

lhas, atravesso rios

Mas chego lá em cima do conti-

nente americano

Falo uma língua que eles não

entendem

Escuto vozes que não compre-

endo Mas estou pronto para ganhar

em dólares.

(Gideão Oliveira – Amistad Brasileiro)

a30cc33d-e4
UFCG 2009 - Geografia - Industrialização, Histórico

Acerca da Revolução Industrial e dos impactos na produção do espaço geográfico, é INCORRETO afirmar que as imagens ao lado representam:


(MAGNOLI, Demétrio; ARAÚJO, Regina. Geografia. A construção do mundo. São Paulo: Moderna, 2005, p. 14) 

A
A sedução do novo e a ideia de progresso permeando o pensamento europeu, contribuindo, assim, para a mudança no espaço urbano com a chegada das fábricas.
B
As novas invenções que se impõem no cotidiano das pessoas com um ritmo cada vez mais rápido, alterando a relação campo-cidade.
C
O espaço e o tempo controlados pela natureza e pelas estações climáticas, contribuindo para que as indústrias se localizassem cada vez mais próximas dos rios.
D
A emergência de novos bairros residenciais, a exemplo dos bairros operários, que congregavam os trabalhadores perto das fábricas.
E
O rompimento com as antigas formas de uso do espaço para viver e morar, em que os limites eram traçados, muitas vezes, pela própria natureza.
a309bffb-e4
UFCG 2009 - Geografia - Industrialização, Indústria mundial contemporânea

Eixo Temático: A revolução técnico-científica e a reconfiguração dos espaços


Sobre revolução técnico-científica e a reconfiguração dos espaços, as imagens da cidade de Essen, na Renânia, Alemanha, identificam:


I – o conjunto de transformações econômicas e sociais, equilibrando o desenvolvimento sustentável da sociedade, ao reintroduzir as áreas verdes na cidade, conforme mostra a imagem C.

II – a paisagem transformada pelo saber técnico-científico, conforme mostra a imagem C, onde a marcha urbana expande-se vertical e horizontalmente.

III – o descompasso entre o ritmo de funcionalidade do capitalismo, identificado nas imagens pela expansão industrial, e os ritmos da natureza. A integração entre campo e cidade cede lugar, em muitas metrópoles, à conurbação.

IV - o desenvolvimento das tecnologias a partir da Revolução Industrial, alterando a relação entre campo e cidade. Os vínculos do núcleo urbano com o entorno rural, conforme mostram as figuras A e B, entram em declínio.

V – a periurbanização, mostrando o espaço das metrópoles cada vez mais dividido em subespaços, diferenciados tanto pela idade das construções quanto pelas atividades industriais que nele se localizam.


Estão corretas:


(MAGNOLI, Demétrio; ARAÚJO, Regina. Geografia. A construção do mundo. São Paulo: Moderna, 2005, p. 14) 

A
I, II e III.
B
II, III e IV.
C
III e IV.
D
I, IV e V.
E
III e V.
a301a949-e4
UFCG 2009 - Geografia - Urbanização, Urbanização brasileira

“No bonde, no teatro, na rua, na igreja, falava-se mais o idioma de Dante que o da língua de Camões (...) Coisa realmente assustadora. A impressão de que íamos perder a nacionalidade, ser absorvidos, nos alterava”.

(CARELLI, Mário. Apud CAMPOS, Flávio. Oficina de História. São Paulo: Moderna, 2005, p.417)


Com base no fragmento textual acima e nos seus conhecimentos sobre a produção da cidade como um território de múltiplas identidades, é correto afirmar que o texto:


I – identifica os movimentos migratórios nas cidades brasileiras no início do século XX, quando vários alemães, falando o “idioma de Dante”, desembarcaram nos portos do país.

II – aborda a forte presença dos imigrantes italianos no Brasil, entre o final do século XIX e o início do século XX, principalmente nos Estados de São Paulo e do Rio Grande do Sul.

III – representa a emergência dos hábitos culturais lusófonos e italianos, que contribuíam para produzir o espaço urbano, no início do século XX, como cada vez mais “estrangeiro”.

IV – narra o sentimento de preocupação dos brasileiros diante da crescente onda de imigrantes italianos, que desenhavam novas cenas para o cotidiano urbano local no início do século XX.


Estão corretas: a

A
I e II.
B
II e III.
C
I e III.
D
II e IV.
E
III e IV.
a2fcbb4e-e4
UFCG 2009 - Geografia - Globalização

Eixo Temático: Redes e escalas: entre pontos e movimentos


A globalização, que implica necessariamente uma relação dialética entre o local e o global, passando por uma ampla gama de estados intermediários (o regional, o nacional etc.), põe em destaque a importância do conceito de escala na Geografia.


(Adaptado de FONT, J. N.; RUFFÍ, J. V. Geopolítica, identidade e globalização. São Paulo: Annablume, 2006, p. 41).


O fragmento do texto acima faz referência ao conceito de escala

A
cartográfica, entendida como a relação numérica e de proporcionalidade entre a realidade e a sua representação nos mapas.
B
geográfica, mais ampla e global que a escala cartográfica, é entendida como uma hierarquia de níveis e âmbitos em cada um dos quais se manifestam fenômenos específicos e dinâmicas territoriais próprias, que interagem entre si em todos os níveis espaciais inferiores e superiores.
C
econômica, entendida como economias externas de escala ou economias de aglomeração (efeitos econômicos sobre as empresas que derivam de fatores que lhes são externos e que têm relação com a concentração urbana).
D
temporal, entendida como organização cronológica e linear da sucessão de acontecimentos e conjunturas, que considera o tempo como contínuo e desconsidera as relações entre os acontecimentos e as conjunturas com o espaço geográfico.
E
geológica, que, através do estudo das rochas e dos fósseis, possibilita estabelecer uma divisão cronológica da evolução do planeta Terra (as eras geológicas).
a2f81c43-e4
UFCG 2009 - Geografia - Modernização Agrícola, Agropecuária

As figuras abaixo representam o espaço agrário brasileiro em sua unidade contraditória. Esta unidade contraditória é dada pela produção/reprodução da grande agricultura moderna (figura 01) e da pequena agricultura (figura 02).


Com base nos seus conhecimentos sobre os dois modelos de organização do espaço agrário brasileiro, representados nas duas figuras, marque V para as afirmações verdadeiras, F para as falsas.

( ) A forte presença de tecnologias avançadas na intermediação da produção na grande agricultura moderna constitui as suas paisagens como típicas do meio geográfico técnico-científico-informacional. Por outro lado, na pequena agricultura, as forças humana e animal são intensamente utilizadas para realizar o trabalho e para produzir o espaço geográfico.
( ) Na grande agricultura moderna prevalece a utilização da mão-de-obra ciência, a presença do trabalho assalariado permanente e a ausência do trabalhador temporário (volantes ou boias-frias). Na pequena agricultura, predomina a força de trabalho representada pelo trabalhador temporário (volantes ou bóias-frias), sem nenhuma garantia trabalhista.
( ) Na grande agricultura moderna, a produção está voltada para o mercado externo, portanto,vincula-se profundamente com as redes globais de produção, circulação, distribuição e consumo. Na pequena agricultura, a produção visa à própria subsistência das famílias que a pratica e à comercialização no mercado interno.
( ) A soja, a cana-de-açúcar, a laranja etc. são culturas bastantes praticadas no modelo agrícola moderno e de elevada escala de produção. Por outro lado, produtos tradicionais da mesa brasileira, como a mandioca, o milho, o feijão, as hortaliças etc., provêm da pequena agricultura.
( ) Na grande agricultura, as intensas mecanização e quimificação causam grandes impactos ambientais, a exemplo da degradação dos solos, das águas, da destruição da biodiversidade etc. Já na pequena agricultura, os impactos ambientais inexistem, uma vez que suas técnicas e seus métodos de produção não são destrutivos dos dois principais fatores de produção na agricultura (o solo e a água).

A sequência correta é:

A
V V V F F.
B
V F V V F.
C
V V V F V.
D
V V F F F.
E
V V V V V.

a2e6ba3e-e4
UFCG 2009 - Geografia - Urbanização, Urbanização brasileira

Eixo Temático: O espaço geográfico, o lugar e a paisagem: relações entre o visível e o invisível


As imagens abaixo são representações de paisagens da cidade do Rio de Janeiro.



Sobre as paisagens acima, é INCORRETO afirmar que elas representam:

A
Uma combinação entre o tempo da natureza e o tempo da história, em que o primeiro regula os processos bioquímicos e físicos que produzem os elementos naturais, enquanto o segundo regula a produção de artefatos sociais.
B
As tensões entre as diversas paisagens do Rio de Janeiro contemporâneo, resultantes das ações artificializadoras do homem sobre os ambientes naturais.
C
Uma relação aparentemente harmônica entre objetos naturais e artefatos sociais construídos pela permanente atividade humana.
D
O testemunho visível da ação combinada entre a ciência e a técnica que, através da intervenção do sujeito social sobre a superfície terrestre, transforma continuamente o espaço urbano.
E
A estrutura e a dinâmica do espaço urbano brasileiro que, de forma harmônica e permanente, consegue integrar em grandes metrópoles, como o Rio de Janeiro, a paisagem natural com a produzida historicamente.
a2eae50c-e4
UFCG 2009 - Geografia - Geografia Física, Vegetação

No mapa abaixo se encontram destacadas e numeradas com 1, 2 e 3, as áreas de domínio de três das formações vegetais que compõem o mosaico das paisagens fitogeográficas brasileiras.


Sobre estas áreas, as formações vegetais que as identificam e a classificação fisionômico-estrutural dessas formações vegetais (florestais ou arbóreas, arbustivas e herbáceas, e complexas e litorâneas) analise as proposições abaixo e, em seguida, assinale a alternativa que contém APENAS as corretas.




I) As áreas 1, 2 e 3 correspondem aos domínios da Floresta Equatorial, da Caatinga e da Mata de Araucária ou dos Pinhais.

II) Nas áreas 1 e 3, predominam formações florestais ou arbóreas (Floresta Equatorial e Mata de Araucária ou dos Pinhais, respectivamente) e, na área 2, as formações arbustivas e herbáceas (Caatinga).

III) As áreas 1, 2 e 3 representam os domínios da Floresta Equatorial, da Mata dos Cocais e dos Campos do Brasil Meridional, respectivamente.

IV) Na área 1, predominam as formações vegetais complexas (Vegetação do Pantanal), na 2, as formações florestais ou arbóreas (Mata Tropical) e, na área 3, as formações arbustivas e herbáceas (Campos).

V) Nas áreas 1 e 2, predominam as formações florestais ou arbóreas (Floresta Amazônica e Mata dos Cocais, respectivamente) e na área 3, as formações arbustivas e herbáceas (Campos).


Está(ão) correta(s):

A
I e II.
B
I.
C
III.
D
III e IV.
E
V.
a2eeb8be-e4
UFCG 2009 - Geografia - Geografia Física, Hidrografia

Riacho do Navio corre pro Pajeú
O rio Pajeú vai despejar no São Francisco
O rio São Francisco vai bater no meio do mar
O rio São Francisco vai bater no meio do mar

(Riacho do Navio – Luis Gonzaga e Zé Dantas)


Considere as proposições sobre o sistema hidrográfico descrito na estrofe da canção e, em seguida, assinale as corretas.

I) A estrofe da canção descreve a hierarquia entre alguns cursos fluviais que formam a bacia hidrográfica do rio São Francisco. Nessa hierarquia, o São Francisco é o rio principal, o Pajeú é o rio afluente e o riacho do Navio, o subafluente.
II) A rede hidrográfica descrita na estrofe da canção apresenta um padrão de drenagem exorreico. Dessa forma, a água captada pelo curso principal (o rio São Francisco) é lançada para fora do território brasileiro, no Oceano Atlântico.
III) O riacho do Navio e os rios Pajeú e São Francisco são cursos fluviais que, por cortarem uma área nordestina de domínio do clima semi-árido, apresentam regime de cheias intermitente ou temporário.
IV) A rede hidrográfica descrita na letra da canção apresenta um padrão de drenagem endorreico. Assim, toda a água capturada pelo seu curso principal (o rio São Francisco) circula para o interior do território brasileiro e é despejada no rio Tocantins.
V) O riacho do Navio e os rios Pajeú e São Francisco são cursos fluviais permanentes que formam uma das bacias hidrográficas agrupadas do Nordeste brasileiro.

Estão corretas:

A
I, II e III.
B
I, III e IV.
C
III e IV.
D
I, IV e V.
E
I e II.
a2f3e1d7-e4
UFCG 2009 - Geografia - Urbanização

No espaço urbano, embora predominem as formas geográficas elaboradas no tempo presente, encontram-se objetos geográficos de outros momentos da sua constituição – as heranças socioespaciais.


O tempo passado materializado no presente do espaço urbano representado nas fotografias acima pode ser identificado nos versos:

A

Jovem senhora com mais de 400 anos

Ostenta com orgulho sua bandeira

A terceira capital mais antiga brasileira

Onde o sol nasce primeiro

(adaptado de: Jamaveira)

B

Repousemos na pedra de Ouro Preto,

Repousemos no centro de Ouro Preto:

São Francisco de Assis! igreja ilustre, acolhe,

À tua sombra irmã, meus membros lassos.

(MENDES, Murilo. Poesia completa e prosa. Org. Luciana Stegagno Picchio. Rio de Janeiro:

Nova Aguilar, 1994. p. 460.)

C

... é chegar logo ao Recife,

derradeira ave-maria

do rosário, derradeira

invocação da ladainha,

Recife, onde o rio some

e esta minha viagem se finda.

(João Cabral de Melo Neto – Morte e vida Severina)

D

Minha São Paulo calma e serena,

Era pequena, mas grande demais.

Agora cresceu mas tudo morreu,

O lampião de gás que saudade me traz.

(Zica Bérgami – Lampião de Gás)

E

Em tuas ruas caminharei minha vida

em tuas praias contarei estrelas com meus amores

Porque tu és minha maravilhosa estadia

minha maior companhia

Cidade Maravilhosa em teu âmago encenarei

a fábula dos meus dias.

(Andrew Clímaco – Cidade Maravilhosa Revisitada)

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UFCG 2009 - Geografia - Agricultura brasileira, Agropecuária

Com base nos seus conhecimentos sobre os dois modelos de organização do espaço agrário brasileiro, representados nas duas figuras, marque V para as afirmações verdadeiras, F para as falsas.

( ) A forte presença de tecnologias avançadas na intermediação da produção na grande agricultura moderna constitui as suas paisagens como típicas do meio geográfico técnico-científico-informacional. Por outro lado, na pequena agricultura, as forças humana e animal são intensamente utilizadas para realizar o trabalho e para produzir o espaço geográfico.

( ) Na grande agricultura moderna prevalece a utilização da mão-de-obra ciência, a presença do trabalho assalariado permanente e a ausência do trabalhador temporário (volantes ou boias-frias). Na pequena agricultura, predomina a força de trabalho representada pelo trabalhador temporário (volantes ou bóias-frias), sem nenhuma garantia trabalhista.

( ) Na grande agricultura moderna, a produção está voltada para o mercado externo, portanto,vincula-se profundamente com as redes globais de produção, circulação, distribuição e consumo. Na pequena agricultura, a produção visa à própria subsistência das famílias que a pratica e à comercialização no mercado interno.

( ) A soja, a cana-de-açúcar, a laranja etc. são culturas bastantes praticadas no modelo agrícola moderno e de elevada escala de produção. Por outro lado, produtos tradicionais da mesa brasileira, como a mandioca, o milho, o feijão, as hortaliças etc., provêm da pequena agricultura.

( ) Na grande agricultura, as intensas mecanização e quimificação causam grandes impactos ambientais, a exemplo da degradação dos solos, das águas, da destruição da biodiversidade etc. Já na pequena agricultura, os impactos ambientais inexistem, uma vez que suas técnicas e seus métodos de produção não são destrutivos dos dois principais fatores de produção na agricultura (o solo e a água).

A sequência correta é:

As figuras abaixo representam o espaço agrário brasileiro em sua unidade contraditória. Esta unidade contraditória é dada pela produção/reprodução da grande agricultura moderna (figura 01) e da pequena agricultura (figura 02).

imagem-020.jpg
A
V V V F F.
B
V F V V F.
C
V V V F V.
D
V V F F F.
E
V V V V V.
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UFCG 2009 - Geografia - Industrialização, Indústria brasileira

Acerca da Revolução Industrial e dos impactos na produção do espaço geográfico, é INCORRETO afirmar que as imagens ao lado representam:

As imagens abaixo serão utilizadas nas questões 29 e 30.

imagem-022.jpg
A
A sedução do novo e a ideia de progresso permeando o pensamento europeu, contribuindo, assim, para a mudança no espaço urbano com a chegada das fábricas.
B
As novas invenções que se impõem no cotidiano das pessoas com um ritmo cada vez mais rápido, alterando a relação campocidade.
C
O espaço e o tempo controlados pela natureza e pelas estações climáticas, contribuindo para que as indústrias se localizassem cada vez mais próximas dos rios.
D
A emergência de novos bairros residenciais, a exemplo dos bairros operários, que congregavam os trabalhadores perto das fábricas.
E
O rompimento com as antigas formas de uso do espaço para viver e morar, em que os limites eram traçados, muitas vezes, pela própria natureza.