Questõesde UEA sobre Filosofia

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UEA 2018 - Filosofia

Se a tragédia havia absorvido e assimilado todas as formas de arte antecedentes, o mesmo se pode dizer do diálogo platônico. Mistura de todos os estilos e de todas as formas precedentes, o diálogo oscila entre a narrativa, o lirismo e o drama, entre a prosa e a poesia. Platão conseguiu realmente legar à posteridade o modelo de uma obra de arte nova, o do “romance”. Neste gênero literário, a poesia existe gradualmente subordinada à filosofia e durante muitos séculos, mais tarde, a mesma filosofia esteve subordinada à teologia.

(Friedrich Wilhelm Nietzsche. A origem da tragédia, 2004. Adaptado.)

Pode-se exemplificar o argumento sobre a submissão da filosofia à teologia, com

A
o existencialismo sartriano.
B
o ceticismo iluminista.
C
o materialismo histórico.
D
a dialética positivista.
E
a escolástica medieval.
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UEA 2018 - Filosofia

Estando despertos ou dormindo, devemos nos persuadir somente pela evidência de nossa razão. Digo de nossa razão e não de nossa imaginação e de nossos sentidos. Mesmo que observemos o sol muito nitidamente, não devemos julgar por esse motivo que ele seja do tamanho que nós o vemos. A razão nos dita que todas as nossas ideias ou noções devem ter algum fundamento de verdade; pois seria impossível que Deus, que é inteiramente perfeito e verdadeiro, tenha colocado essas ideias em nós desprovidas desses fundamentos.

(Descartes. “Discurso do método”. In: Obras filosóficas, tomo I, 1988. Adaptado.)

A epistemologia cartesiana tem como fundamento

A
a validação metafísica do conhecimento racional.
B
o pressuposto de uma racionalidade intrínseca às coisas materiais.
C
o reconhecimento das verdades sustentadas pelas autoridades religiosas.
D
a certeza da infalibilidade do saber empírico.
E
a definição da imaginação como princípio ativo do conhecimento rigoroso.
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UEA 2019 - Filosofia - Filosofia e a Grécia Antiga

Qual é, perguntei, a origem do pensamento racional no Ocidente? Em primeiro lugar, constitui-se um domínio de pensamento exterior e estranho à religião. Os físicos das cidades gregas da Jônia na Ásia Menor explicam a origem do cosmos e dos fenômenos naturais de maneira positiva e profana.

(Jean-Pierre Vernant. Les origines de la pensée grecque, 1995. Adaptado.)

O autor refere-se ao início da filosofia grega, no século VI a.C., acentuando a sua

A
definição da filosofia como saber logicamente irrefutável.
B
oposição aos governos das cidades-estados.
C
irrelevância cultural nos regimes democráticos das cidades gregas.
D
concepção de uma causa produtora material para o mundo.
E
demonstração racional da inexistência dos deuses do Olimpo.
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UEA 2019 - Filosofia

[...] será que pode existir alguém mais feliz do que o sábio, que [...] nega o destino, apresentado por alguns como o senhor de tudo, já que as coisas acontecem ou por necessidade, ou por acaso, ou por vontade nossa; e que a necessidade é incoercível, o acaso, instável, enquanto nossa vontade é livre, razão pela qual nos acompanham a censura e o louvor?

(Epicuro. Carta sobre a felicidade, 2002.)

A passagem da carta do filósofo Epicuro (341 a.C. - 270 a.C.), endereçada a Meneceu, sintetiza a sua

A
visão metafísica, a existência dos homens determinada pelas forças da natureza.
B
proposição estética, o equilíbrio racional entre as faculdades do espírito.
C
noção de dialética, o caminho do saber por meio de diálogos.
D
concepção ética, a responsabilidade humana pelos seus atos deliberados.
E
argumentação ontológica, a racionalidade intrínseca ao
movimento do mundo.
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UEA 2019 - Filosofia - Filosofia e a Grécia Antiga, Sócrates e a Maiêutica

— Imagina o seguinte. Se um homem descesse de novo para o seu antigo posto, não teria os olhos cheios de trevas, ao regressar subitamente da luz do Sol? E se lhe fosse necessário julgar daquelas sombras em competição com os que tinham estado sempre prisioneiros acaso não causaria o riso, e não diriam dele que por ter subido ao mundo superior, estragara a vista, e que não valia a pena tentar a ascensão? E a quem tentasse soltá-los e conduzi-los até cima, se pudessem agarrá-lo e matá-lo, não o matariam?

(Platão. A república, 1993. Adaptado.)

O texto, uma passagem da “Alegoria da Caverna”, pode estar se referindo, implicitamente, ao julgamento e execução de Sócrates na cidade de Atenas. A passagem descreve o retorno à caverna do homem que, liberto, conheceu a verdadeira realidade. Esse homem representa, metaforicamente, o filósofo na pólis como um indivíduo

A
magnânimo, interessado na justa solução de rivalidades entre grupos políticos.
B
orgulhoso, voltado para a exposição pública de saberes elevados.
C
incômodo socialmente, orientado por conhecimentos arduamente adquiridos.
D
inativo economicamente, dedicado à contemplação religiosa da luz do Sol.
E
sábio, compenetrado na missão de preparar os futuros líderes da democracia.
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UEA 2018 - Filosofia - Filosofia e a Grécia Antiga

       [...] será que pode existir alguém mais feliz do que o sábio, que [...] nega o destino, apresentado por alguns como o senhor de tudo, já que as coisas acontecem ou por necessidade, ou por acaso, ou por vontade nossa; e que a necessidade é incoercível, o acaso, instável, enquanto nossa vontade é livre, razão pela qual nos acompanham a censura e o louvor?


(Epicuro. Carta sobre a felicidade, 2002.)



A passagem da carta do filósofo Epicuro (341 a.C. - 270 a.C.), endereçada a Meneceu, sintetiza a sua

A
visão metafísica, a existência dos homens determinada pelas forças da natureza.
B
proposição estética, o equilíbrio racional entre as faculdades do espírito.
C
noção de dialética, o caminho do saber por meio de diálogos.
D
concepção ética, a responsabilidade humana pelos seus atos deliberados.
E
argumentação ontológica, a racionalidade intrínseca ao movimento do mundo.
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UEA 2018 - Filosofia - A Política Grega (A República de Platão e a Política de Aristóteles), A Política

       — Imagina o seguinte. Se um homem descesse de novo para o seu antigo posto, não teria os olhos cheios de trevas, ao regressar subitamente da luz do Sol? E se lhe fosse necessário julgar daquelas sombras em competição com os que tinham estado sempre prisioneiros acaso não causaria o riso, e não diriam dele que por ter subido ao mundo superior, estragara a vista, e que não valia a pena tentar a ascensão? E a quem tentasse soltá-los e conduzi-los até cima, se pudessem agarrá-lo e matá-lo, não o matariam?

(Platão. A república, 1993. Adaptado.)


O texto, uma passagem da “Alegoria da Caverna”, pode estar se referindo, implicitamente, ao julgamento e execução de Sócrates na cidade de Atenas. A passagem descreve o retorno à caverna do homem que, liberto, conheceu a verdadeira realidade. Esse homem representa, metaforicamente, o filósofo na pólis como um indivíduo

A
magnânimo, interessado na justa solução de rivalidades entre grupos políticos.
B
orgulhoso, voltado para a exposição pública de saberes elevados.
C
incômodo socialmente, orientado por conhecimentos arduamente adquiridos.
D
inativo economicamente, dedicado à contemplação religiosa da luz do Sol.
E
sábio, compenetrado na missão de preparar os futuros líderes da democracia.
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UEA 2012 - Filosofia - Conceitos Filosóficos

O existencialismo foi um movimento filosófico do século XX. Martin Heidegger, Jean-Paul Sartre, Maurice Merleau-Ponty escreveram e publicaram livros sobre o existencialismo. Embora houvesse diferenças entre pensamentos e pensadores existencialistas, um princípio filosófico lhes era comum, segundo o qual

A
o homem está no topo da vida animada, depois de ter passado por um longo processo de transformação e de evolução.
B
o homem alcança a sabedoria quando adquire o conhecimento das leis que regem a sua existência.
C
o prazer é o bem mais soberano do homem; os prazeres naturais e necessários à existência devem ser favorecidos.
D
a existência precede a essência; o homem é o que ele faz de si mesmo por meio de seus atos.
E
o homem existe porque pensa; ele é, desde o início de sua existência, um ser caracterizado pela racionalidade.
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UEA 2012 - Filosofia - A Metafísica de Aristóteles, Filosofia e a Grécia Antiga

Se estes assuntos, assim como a virtude e também a amizade e o prazer, foram suficientemente discutidos em linhas gerais, devemos dar por terminado nosso programa? [...] No tocante à virtude, pois, não basta saber, devemos tentar possuí-la e usá-la ou experimentar qualquer outro meio que se nos antepare de nos tornarmos bons.
(Aristóteles. Ética a Nicômaco, 1973.)

Aristóteles argumenta que a ética

A
deve vincular conhecimento e atividade humana.
B
está, como disciplina filosófica, afastada do conhecimento.
C
é um setor de menor importância na reflexão filosófica.
D
prega o comportamento honesto aos indivíduos pobres.
E
orienta os cidadãos gregos na administração da pólis.
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UEA 2014 - Filosofia - Ética e Liberdade, Conceitos Filosóficos

A ética é um ramo da filosofia, que reflete sobre

A
aquilo que é.
B
as possibilidades do conhecimento.
C
a beleza artística.
D
as causas primeiras das coisas.
E
os princípios da conduta humana.
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UEA 2014 - Filosofia - Filosofia e a Grécia Antiga

A quarta espécie de Reconhecimento provém de um silogismo, como n'As Coéforas, pelo seguinte raciocínio: alguém chegou, que me é semelhante, mas ninguém se me assemelha senão Orestes, logo quem veio foi Orestes.

                                                                                                                (Aristóteles. Poética, 1992.)

As Coéforas é uma peça trágica grega, escrita por Ésquilo (525-456 a.C.), que representa a vingança dos filhos de Agamenon, Electra e Orestes, ao assassinato de seu pai. Aristóteles refere-se ao instante em que Electra reconhece, depois de longo tempo de separação, seu irmão Orestes. O “reconhecimento” foi possível por meio de um silogismo, que é

A
um axioma, proposição que dispensa a comprovação.
B
uma conexão de ideias, em que é possível deduzir uma conclusão.
C
uma intuição, cujo conhecimento aflora espontaneamente à mente.
D
um saber apriorístico, pois desvinculado do conhecimento experimental.
E
um método dialético, porque opera com a contraposição de teses e antíteses.