Questõessobre Teorias do Sujeito na Filosofia Moderna

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ENEM 2020 - Filosofia - Teorias do Sujeito na Filosofia Moderna, O Sujeito Moderno

Em A morte de Ivan Hitch, Tolstoi descreve com detalhes repulsivos o terror de encarar a morte iminente. llitch adoece depois de um pequeno acidente e logo compreende que se encaminha para o fim de modo impossível de parar. “Nas profundezas de seu coração, ele sabia estar morrendo, mas em vez de se acostumar com a ideia, simplesmente não o fazia e não conseguia compreendê-la".

KAZEZ. J. O peso das coisas: filosofia para o bem-viver.  Rio de Janeiro. Tinta Negra 2004

O texto descreve a experiência do personagem de Tolstoi diante de um aspecto incontornável de nossas vidas. Esse aspecto foi um tema central na tradição filosófica

A
marxista, no contexto do materialismo histórico.
B
logicista, no propósito de entendimento dos fatos.
C
utilitarista, no sentido da racionalidade das ações.
D
pós-modemista, na discussão da fiuidez das relações.
E
existencialista, na questão do reconhecimento de si.
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UPE 2017 - Filosofia - Teorias do Sujeito na Filosofia Moderna, O Sujeito Moderno

Considere o texto a seguir sobre o paradigma da Modernidade.



Não nos esqueçamos de outra não menos importante verdade histórica: a Revolução Científica foi profetizada por Bacon, realizada por Galileu, tematizada por Descartes, mas só concluída e sistematizada por Newton.

(JAPIASSU, HIlton. Como Nasceu a Ciência Moderna. Rio de Janeiro: Imago, 2007, p. 112. Adaptado.)


O autor acima retrata, com singularidade, alguns dos expoentes do pensamento moderno. Sobre esse assunto, assinale a alternativa CORRETA.

A
Com a revolução galileana, a teologia ganha sua autonomia, libertando-se da ciência.
B
O pensamento cartesiano adota uma atitude de dúvida metódica para bem conduzir a razão e procurar a verdade nas ciências.
C
Galileu Galilei foi o verdadeiro fundador do método indutivo na ciência da matemática.
D
A ciência para Francis Bacon é teórica e contemplativa, tendo o filósofo profetizado o papel da religiosidade no marco da cientificidade.
E
O pensamento newtoniano, com direcionamento na física e na matemática, não foi um marco essencial para a história e para a filosofia da ciência.
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IF-TM 2011 - Filosofia - Teorias do Sujeito na Filosofia Moderna, O Sujeito Moderno

Se com efeito, a existência precede a essência, não será nunca possível referir uma explicação a uma natureza humana dada e imutável, por outras palavras, não há um determinismo, o homem é livre, o homem é liberdade, o homem está condenado a ser livre. Condenado, não porque não se criou a si próprio, mas uma vez lançado no mundo é responsável por tudo quanto fizer. A liberdade, dentro da visão existencial, caracteriza-se pela possibilidade do ser Para-Si, um ser de consciência capaz de planejar suas realizações, sem que haja conteúdos dados, ou inatos que o impulsionariam para esta ou aquela realização.

CHAUI, MARILENA. Convite à Filosofia. 12. ed. São Paulo: Ática, 2002.


Sartre, em um de seus mais conhecidos aforismos, dizia “Eu estou condenado a ser livre”, já que, nesta ausência de essência da consciência, esta se vê obrigada a projetar, a construir-se, já que a única escolha que não se pode fazer é a de não ser livre. O ser livre só pode existir porque:

A

O homem é também um ser-em-si, é aquele que se projeta, se lança para o futuro e faz de suas escolhas, suas responsabilidades.

B
O agir é sempre fortuito, depende das circunstâncias externas e das escolhas que as outras pessoas fazem para ser concretizado.
C
A liberdade é escolha tipicamente humana, embora nascemos com uma natureza acabada, ou seja, possuímos conteúdos a priori que determinam nossas escolhas.
D
Se o homem primeiro nasce e no decurso da vida constrói sua essência, então é de responsabilidade deste o que faz de si, e, ao fazer suas escolhas, opta não apenas por si, mas por toda a humanidade, pois escolhe um modelo de homem
E
A liberdade é capacidade do Ser de eleger suas metas, embora exista uma predeterminação, uma natureza pronta. Ainda, que ao escolher o indivíduo não o faz de forma aleatória, como se cada escolha pudesse ser outra qualquer, e sim, de acordo com uma coerência do sujeito.
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UEL 2018 - Filosofia - Teorias do Sujeito na Filosofia Moderna, O Sujeito Moderno

Leia o texto a seguir.


E se escrevo em francês, que é a língua de meu país, e não em latim, que é a de meus preceptores, é porque espero que aqueles que se servem apenas de sua razão natural inteiramente pura julgarão melhor minhas opiniões do que aqueles que não acreditam senão nos livros dos antigos. E quanto aos que unem o bom senso ao estudo, os únicos que desejo para meus juízes, não serão de modo algum, tenho certeza, tão parciais a favor do latim que recusem ouvir minhas razões, porque as explico em língua vulgar.

DESCARTES, R. Discurso do Método. Trad. J. Guinsburg e Bento Prado Jr. São Paulo: Abril Cultural, 1973. Coleção “Os pensadores”. p. 79.


Com base nos conhecimentos sobre Descartes e o surgimento da filosofia moderna, assinale a alternativa correta.

A
A língua vulgar, o francês, expressa de modo mais adequado o espírito da modernidade por estar livre dos preconceitos da língua dos doutos, o latim.
B
Redigir o Discurso do Método em francês teve propósito similar à tradução da bíblia para o alemão feita por Lutero: facilitar o acesso à sacralidade do texto em língua vulgar.
C
O desencantamento do mundo, resultante da radical crítica cartesiana à tradição, teve como consequência o abandono da referência à divindade.
D
As ideias expressas por Descartes em seu Discurso do Método refletem a postura tipicamente moderna de ruptura total com o passado.
E
A razão natural inteiramente pura é um atributo inerente à natureza humana, independentemente da tradição ou da cultura à qual o humano se vincula.
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UNESPAR 2016 - Filosofia - Teorias do Sujeito na Filosofia Moderna, O Sujeito Moderno

A filosofia moderna é marcada pela necessidade de afirmar a importância de um método para a investigação, fato que não afeta apenas as preocupações dos filósofos, mas também dos cientistas que começavam a esboçar, de forma mais metódica, produção de conhecimento. O método mais celebrado entre os filósofos da época foi aquele desenvolvido por René Descartes, conhecido como o pai do Racionalismo moderno. Contudo, o filósofo Francis Bacon colocou importantes críticas a respeito da validade do método de Descartes. Assinale a alternativa que melhor represente a contribuição de Descartes e a de Bacon, respectivamente.

A
O método cartesiano consistia em criticar sistematicamente a lógica e acreditar na evidência da verdade na mente subjetiva. Já o de Bacon tratava de ignorar o mundo empírico em busca de verdades racionais;
B
O método cartesiano propõe colocar em dúvida tudo aquilo que pode conter erros, até atingir verdades fundamentais que possuam absoluta evidência racional. O de Bacon, parte do reconhecimento de que a ciência da época não progredia em função de uma lógica que não era adequada ao conhecimento do mundo empírico, e apenas este conhecimento deveria importar em detrimento de raciocínios metafísicos;
C
Descartes propunha que se desconfiasse das verdades estabelecidas, uma vez que nenhuma verdade é possível para o intelecto humano, e Bacon propunha buscar a verdade apenas no mundo empírico, sem considerar argumentos racionais;
D
Uma frase emblemática de Descartes é “não há nada no intelecto que não tenha passado antes pelos sentidos”, e seu método consiste numa arqueologia das sensações que dão origem a um conceito. Já Bacon é conhecido por ser o pai do método científico, que preconiza que a investigação deve ser realizada através da experimentação;
E
Descartes divide seu método em fases e diz que precisamos conhecer primeiro as diferentes lógicas para depois aplicá-las ao conhecimento da verdade. Bacon critica justamente a preponderância da lógica aristotélica no conhecimento elaborado pela ciência, até então.
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UFBA 2013 - Filosofia - Teorias do Sujeito na Filosofia Moderna, O Sujeito Moderno

 A análise do texto e os conhecimentos sobre o pensamento de René Descartes permitem afirmar:


Para evitar o erro, não se deve estender a capacidade de afirmar ou de negar para além do que o entendimento concebe com clareza e distinção. 

O bom senso é o que existe de mais bem distribuído no mundo. Porque cada um se julga tão bem-dotado dele que mesmo aqueles que são mais difíceis de se contentar com qualquer outra coisa não costumam desejar possuí-lo mais do que já têm. E não é verossímil que todos se enganem a esse respeito. Pelo contrário, isso testemunha que o poder de bem julgar e de distinguir o verdadeiro do falso, que é propriamente o que se denomina bom senso ou razão, é naturalmente igual em todos os homens; e que, por isso, a diversidade de nossas opiniões não provém do fato de uns serem mais racionais do que os outros, mas somente do fato de conduzirmos nossos pensamentos por vias diversas e de não considerarmos as mesmas coisas. (DESCARTES. In: REZENDE, 2005, p. 104).
C
Certo
E
Errado
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UNB 2012 - Filosofia - Teorias do Sujeito na Filosofia Moderna, O Sujeito Moderno

Com relação às diversas formas de conhecimento, é correto afirmar que

       A dúvida pode significar o fim de uma fé, ou pode significar o começo de outra. Em dose moderada, estimula o pensamento. Em excesso, paralisa-o. A dúvida, como exercício intelectual, proporciona um dos poucos prazeres puros, mas, como experiência moral, ela é uma tortura. Aliada à curiosidade, é o berço da pesquisa e assim de todo conhecimento sistemático. Em estado destilado, mata toda curiosidade e é o fim de todo conhecimento.
       O ponto de partida da dúvida é sempre uma fé, uma certeza.A fé é, pois, o estado primordial do espírito. O espírito “ingênuo” e “inocente” crê. Essa ingenuidade e inocência se dissolvem no ácido corrosivo da dúvida, e o clima de autenticidade se perde irrevogavelmente. As tentativas dos espíritos corroídos pela dúvida de reconquistar a autenticidade, a fé original, não passam de nostalgias frustradas em busca da reconquista do paraíso perdido. As certezas originais postas em dúvida nunca mais serão certezas autênticas. Tal dúvida, metodicamente aplicada, produzirá novas certezas, mais refinadas e sofisticadas, mas essas certezas novas não serão autênticas. Conservarão sempre a marca da dúvida que lhes serviu de parteira.
       A dúvida, portanto, é absurda, pois substitui a certeza autêntica pela certeza inautêntica. Surge, portanto, a pergunta: “por que duvido?” Essa pergunta é mais fundamental do que a outra: “de que duvido?” Trata-se, portanto, do último passo do método cartesiano: duvidar da dúvida — duvidar da autenticidade da dúvida. A pergunta “por que duvido?” engendra outra: “duvido mesmo?”
       Descartes, e com ele todo o pensamento moderno, parece não dar esse último passo. Aceita a dúvida como indubitável
Vilém Flusser. A dúvida. São Paulo: Editora Annablume, 2011, p. 21-2 (com adaptações).

Tendo o texto acima como referência inicial, julgue os itens de 110 a 118, assinale a opção correta no item 119, que é do tipo C, e faça o que se pede no item 120, que é do tipo D.
A
as formações sociais produzem três tipos de conhecimento: o mítico ou místico, o senso comum e o científico.
B
a ausência da dúvida, do questionamento e da crítica no conhecimento estabelecido pelo senso comum e pelas ideologias laicas e(ou) religiosas propicia o desenvolvimento da tolerância às diferenças.
C
a escola passou a ser, a partir da civilização helênica, o espaço institucional de difusão do saber racional e especializado, fruto do conhecimento científico.
D
o desenvolvimento da ciência moderna foi impulsionado a partir da organização do método científico, sendo a dúvida o pilar da investigação e da produção do conhecimento científico.
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ENEM 2010 - Filosofia - Ética e Liberdade, Conceitos Filosóficos, Teorias do Sujeito na Filosofia Moderna, O Sujeito Moderno

O  príncipe,  portanto,  não  deve  se  incomodar  com  a reputação  de  cruel,  se  seu  propósito  é  manter  o  povo unido  e  leal.  De  fato,  com  uns  poucos  exemplos  duros poderá ser mais  clemente do que outros que,  por muita piedade, permitem os distúrbios que levem ao assassínio e ao  roubo.
MAQUIAVEL, N. O Príncipe. São Paulo: Martin Claret, 2009.

No  século  XVI,  Maquiavel  escreveu  O  Príncipe, reflexão  sobre  a  Monarquia  e  a  função  do  governante. A  manutenção  da  ordem  social,  segundo  esse  autor, baseava-se na

A
inércia do julgamento de crimes polêmicos.
B
bondade em relação ao comportamento dos mercenários.
C
compaixão quanto à condenação de transgressões religiosas.
D
neutralidade diante da condenação dos servos.
E
conveniência entre o poder tirânico e a moral do príncipe.