Questõesde UECE sobre A Experiência do Sagrado
Leia com atenção a seguinte passagem:
“Diz-se livre a coisa que existe exclusivamente pela
necessidade de sua natureza e que por si só é
determinada a agir. E diz-se necessária, ou melhor,
coagida, aquela coisa que é determinada por outra a
existir e a operar de maneira definida e
determinada”.
SPINOZA, Benedictus de. Ética. Tradução e Notas de
Tomaz Tadeu. Belo Horizonte: Autêntica, 2007, parte I,
definição 7, p. 13. – Texto adaptado.
Sobre a questão da liberdade divina e humana em
Spinoza, considere as seguintes afirmações:
I. Somente Deus é livre.
II. A liberdade de Deus consiste em
determinar-se por si só a operar.
III. O homem é coagido, pois é determinado por
outra coisa a operar de maneira definida e
determinada.
É correto o que se afirma em
Em diálogo com Evódio, Santo Agostinho afirma: “parecia a ti, como dizias, que o livre-arbítrio da vontade não devia nos ter sido dado, visto que as pessoas servem-se dele para pecar. Eu opunha à tua opinião que não podemos agir com retidão a não ser pelo livre-arbítrio da vontade. E afirmava que Deus no-lo deu, sobretudo em vista desse bem. Tu me respondeste que a vontade livre devia nos ter sido dada do mesmo modo como nos foi dada a justiça, da qual ninguém pode se servir a não ser com retidão”.
AGOSTINHO. O livre-arbítrio, Introdução, III, 18, 47.
Com base nessa passagem acerca do livre-arbítrio da vontade, em Agostinho, é correto afirmar que
Em diálogo com Evódio, Santo Agostinho afirma: “parecia a ti, como dizias, que o livre-arbítrio da vontade não devia nos ter sido dado, visto que as pessoas servem-se dele para pecar. Eu opunha à tua opinião que não podemos agir com retidão a não ser pelo livre-arbítrio da vontade. E afirmava que Deus no-lo deu, sobretudo em vista desse bem. Tu me respondeste que a vontade livre devia nos ter sido dada do mesmo modo como nos foi dada a justiça, da qual ninguém pode se servir a não ser com retidão”.
AGOSTINHO. O livre-arbítrio, Introdução, III, 18, 47.
Com base nessa passagem acerca do livre-arbítrio da vontade, em Agostinho, é correto afirmar que
O maniqueísmo é uma filosofia religiosa sincrética e dualística fundada e propagada por Manesou Maniqueu, filósofo cristão do século III, que divide o mundo simplesmente entre Bom, ou Deus, e Mau, ou o Diabo. A matéria é intrinsecamente má e o espírito, intrinsecamente bom. Com a popularização do termo, maniqueísta passou a ser um adjetivo para toda doutrina fundada nos dois princípios opostos do Bem e do Mal.
”Wikipédia. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Manique%C3%ADsmo.
Contra o maniqueísmo, Agostinho de Hipona (Santo Agostinho) afirmava que
O maniqueísmo é uma filosofia religiosa sincrética e dualística fundada e propagada por Manesou Maniqueu, filósofo cristão do século III, que divide o mundo simplesmente entre Bom, ou Deus, e Mau, ou o Diabo. A matéria é intrinsecamente má e o espírito, intrinsecamente bom. Com a popularização do termo, maniqueísta passou a ser um adjetivo para toda doutrina fundada nos dois princípios opostos do Bem e do Mal.
”Wikipédia. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Manique%C3%ADsmo.
Contra o maniqueísmo, Agostinho de Hipona (Santo Agostinho) afirmava que
Atente para a seguinte passagem, em que
Santo Agostinho se questiona sobre a origem do
mal:
“Quem me criou? Não foi o meu Deus, que é
bom, e é também a mesma bondade? Donde me
veio, então, o querer, eu, o mal e não querer o
bem? Qual a sua origem, se Deus, que é bom, fez
todas as coisas? Sendo o supremo e sumo Bem,
criou bens menores do que Ele; mas, enfim, o
Criador e as criaturas, todos são bons. Donde, pois,
vem o mal?”
AGOSTINHO, Santo. Confissões; De
magistro. São Paulo: Nova Cultural, 1987. Coleção “Os
Pensadores”. Livro VII. Adaptado.
Sobre esse aspecto da filosofia do bispo de Hipona,
considere as seguintes afirmações:
I. Como os maniqueístas, de quem sofreu forte
influência, Agostinho afirmava a existência
do Bem e do Mal e que os homens não eram
culpados de ações classificadas como más.
O mal lhes era inato, portanto, não havia
culpa, mas poderiam obter a salvação da
alma por intermédio da graça divina.
II. Para Agostinho, não se deveria atribuir a
Deus a origem do Mal, visto que, como
Sumo Bem, ele não o poderia criar. São os
homens os responsáveis pela presença do
Mal e cabe a estes fazerem uso de sua
liberdade e escolherem entre a boa e a má
ação.
III. Dispondo do livre arbítrio, o ser humano
pode optar por bens inferiores. Mas o livre
arbítrio não pode ser visto como um mal em
si, pois foi Deus quem o criou. Ter recebido
de Deus uma vontade livre é para o ser
humano um grande bem. O mal é o mau uso
desse grande bem.
É correto o que se afirma em
Sobre a questão da liberdade em Spinoza, a
filósofa brasileira Marilena Chauí afirma o seguinte:
“[...] o poder teológico-político é duplamente violento.
Em primeiro lugar, porque pretende roubar dos
homens a origem de suas ações sociais e políticas,
colocando-as como cumprimento a mandamentos
transcendentes de uma vontade divina
incompreensível ou secreta, fundamento da ‘razão de
Estado’. Em segundo, porque as leis divinas
reveladas, postas como leis políticas ou civis,
impedem o exercício da liberdade, pois não regulam
apenas usos e costumes, mas também a linguagem e
o pensamento, procurando dominar não só os corpos,
mas também os espíritos”.
CHAUÍ, Marilena. Espinosa, uma subversão filosófica. Revista
CULT, 14 de março de 2010. Disponível em:
https://revistacult.uol.com.br/home/baruch-espinosa/.
O poder teológico-político é violento, porque
Sobre a questão da liberdade em Spinoza, a filósofa brasileira Marilena Chauí afirma o seguinte: “[...] o poder teológico-político é duplamente violento. Em primeiro lugar, porque pretende roubar dos homens a origem de suas ações sociais e políticas, colocando-as como cumprimento a mandamentos transcendentes de uma vontade divina incompreensível ou secreta, fundamento da ‘razão de Estado’. Em segundo, porque as leis divinas reveladas, postas como leis políticas ou civis, impedem o exercício da liberdade, pois não regulam apenas usos e costumes, mas também a linguagem e o pensamento, procurando dominar não só os corpos, mas também os espíritos”.
CHAUÍ, Marilena. Espinosa, uma subversão filosófica. Revista CULT, 14 de março de 2010. Disponível em: https://revistacult.uol.com.br/home/baruch-espinosa/.
O poder teológico-político é violento, porque