Questõesde FGV 2016

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FGV 2016, FGV 2016 - História - História da América Latina, Primeira metade do século XX: Revolução Mexicana, peronismo e cardenismo

No mesmo ano em que o Nafta [1994] entrou em vigor, o Exército Zapatista de Libertação Nacional (EZLN), liderado pelo subcomandante Marcos, deu a conhecer ao mundo sua objeção ao tratado. (...) os zapatistas reclamaram uma nova atitude do Estado mexicano perante grupos sociais indígenas condenados a séculos de pobreza, exploração e abandono.

(Maria Ligia Prado e Gabriela Pellegrino. História da América Latina, 2014)

Referência do movimento citado, Emiliano Zapata foi um

A
líder camponês, comandante do Exército Libertador do Sul, que ofereceu importante contribuição para a vitória da Revolução Mexicana de 1910 e defendia a continuidade das terras do pueblo nas mãos das comunidades camponesas.
B
líder guerrilheiro que, depois de 1911, integrou o governo revolucionário mexicano, representando os interesses dos trabalhadores urbanos, assim como dos operários das minas de prata e da construção de ferrovias.
C
nacionalista mexicano que elegeu como o maior inimigo do povo do seu país os Estados Unidos, interessados especialmente na exploração do petróleo e da construção e administração das ferrovias no México.
D
presidente revolucionário mexicano, que assumiu o governo após a queda de Porfírio Dias, e, em 1913, foi emboscado e morto a mando de Venustiano Carranza, outra importante liderança popular da Revolução Mexicana.
E
partidário do ditador Porfírio Dias, que rompeu com o antigo aliado e, ao associar-se ao revolucionário Francisco Madero, organizou e liderou milícias populares com o objetivo de derrubar o regime autoritário mexicano.
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FGV 2016, FGV 2016 - História - Construção do Estado Liberal: Revolução Francesa, História Geral

A Comuna é, assim, um órgão executivo e legislativo ao mesmo tempo, onde os poderes não estão “divididos”, mas sim “descentralizados”. (...) nasce como prefeitura e age como tal. Mas acima dela nada existe. (...) A Comuna toma funções próprias do Estado centralizador e, ao projetá-lo em uma dimensão municipal, converte-se, de fato, em uma reformulação fundamental da relação entre o poder e a sociedade. (...) seria o “governo dos produtores”, a “república do trabalho”.

(Horácio González. A Comuna de Paris, 1982)

A partir do excerto e do que se sabe sobre a Comuna, é correto afirmar que

A
a Comuna de Paris foi um órgão político centralizador, nascido em meio à Primeira Guerra, em 1914, e visava manter as relações típicas entre o poder e a sociedade da hierarquia liberal burguesa, isto é, baseadas no capital e na propriedade; foi derrotada.
B
foi uma forma de autogestão, nascida da luta liberal em Paris, cidade abandonada pelo governo de Thiers, em meio à Guerra Franco-Prussiana, em 1914, para proteção das relações entre o poder centralizado e a sociedade da ordem liberal burguesa; foi vencedora.
C
a Comuna de Paris nasceu como uma municipalidade, em 1871; visou transformar as funções do Estado em um pacto comunal que destruiu as forças políticas contra o trabalhador baseadas nas relações de solidariedade; foi derrotada.
D
os trabalhadores de Paris tomaram o poder, em 1871, para impedir o avanço alemão sobre a cidade; eles tinham o objetivo de alterar as relações democráticas existentes, baseadas na cooperação e na descentralização; foram vencedores.
E
a Comuna nasceu em Versalhes, em meio à Guerra Franco-Prussiana, em 1866, para proteger o governo antidemocrático que havia abandonado Paris e cuja ação privilegiava os interesses dos trabalhadores urbanos e do campo; foi derrotada.
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FGV 2016, FGV 2016 - História - República Oligárquica - 1889 a 1930, História do Brasil

Sobre a regência do paulista Diogo Antônio Feijó, entre 1835 e 1837, é correto afirmar que

A
o regente conseguiu vencer a eleição devido ao apoio recebido dos produtores de algodão do Nordeste, classe emergente nos anos 1830, o que possibilitou o combate às rebeliões regenciais e o início do processo de centralização político-administrativa.
B
o apoio inicial que Feijó recebeu de todas as forças políticas do Império foi, progressivamente, sendo corroído porque o regente eleito mostrou simpatia pelo projeto político da Balaiada, que defendia uma Monarquia baseada no voto universal.
C
a opção de Feijó em negociar com os farroupilhas e com a liderança popular da Cabanagem provocou forte reação dos grupos mais conservadores, especialmente do Partido Conservador, que organizaram a queda de Feijó por meio de um golpe de Estado.
D
o isolamento político do regente Feijó, que provocou a sua renúncia do mandato, relacionou-se com a sua incapacidade de conter as rebeliões que se espalhavam por várias províncias do Império e com a vitória eleitoral do grupo regressista.
E
as condições econômicas brasileiras foram se deteriorando durante a década de 1830 e provocaram um forte desgaste da regência de Feijó, que renunciou ao cargo depois de um acordo para uma reforma constitucional.
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FGV 2016, FGV 2016 - História - Mercantilismo, Colonialismo e a ocupação portuguesa no Brasil, História do Brasil

O que queremos destacar com isso é que o tráfico atlântico tendia a reforçar a natureza mercantil da sociedade colonial: apesar das intenções aristocráticas da nobreza da terra, as fortunas senhoriais podiam ser feitas e desfeitas facilmente. Ao mesmo tempo, observa-se a ascensão dos grandes negociantes coloniais, fornecedores de créditos e escravos à agricultura de exportação e às demais atividades econômicas. Na Bahia, desde o final do século XVII, e no Rio de Janeiro, desde pelo menos o início do século XVIII, o tráfico atlântico de escravos passou a ser controlado pelas comunidades mercantis locais (...).
(João Fragoso et alli. A economia colonial brasileira (séculos XVI-XIX), 1998)

O texto permite inferir que

A
o tráfico atlântico de escravos prejudicou a economia colonial brasileira porque uma enorme quantidade de capitais, oriunda da produção agroindustrial, era remetida para a África e para Portugal.
B
as transações comercias envolvendo a África e a América portuguesa deveriam, necessariamente, passar pelas instâncias governamentais da Metrópole, condição típica do sistema colonial.
C
a monopolização do tráfico negreiro nas mãos de comerciantes encareceu essa mão de obra e atrasou o desenvolvimento das atividades manufatureiras nas regiões mais ricas da América portuguesa.
D
as rivalidades econômicas e políticas entre fidalgos e burgueses, no espaço colonial, impediram o crescimento mais acelerado da produção de outras mercadorias além do açúcar e do tabaco.
E
nem todos os fluxos econômicos, durante o processo de colonização portuguesa na América, eram controlados pela Coroa portuguesa, revelando uma certa autonomia das elites coloniais em relação à burguesia metropolitana.
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FGV 2016, FGV 2016 - História - Mercantilismo, Colonialismo e a ocupação portuguesa no Brasil, História do Brasil

Leia o excerto de uma peça teatral, de 1973.

Nassau

Como Governador-Geral do Pernambuco, a minha maior preocupação é fazer felizes os seus moradores. Mesmo porque eles são mais da metade da população do Brasil, e esta região, com a concentração dos seus quase 350 engenhos de açúcar, domina a produção mundial de açúcar. Além do mais, nessa disputa entre a Holanda, Portugal e Espanha, quero provar que a colonização holandesa é a mais benéfica. Minha intenção é fazê-los felizes… sejam portugueses, holandeses ou os da terra, ricos ou pobres, protestantes ou católicos romanos e até mesmo judeus.
Senhores, a Companhia das Índias Ocidentais, que financiou a campanha das Américas, fecha agora o balanço dos últimos quinze anos com um saldo devedor aos seus acionistas da ordem de dezoito milhões de florins.

Moradores
Viva! Já ganhou! (...) Viva ele! Viva!

(Chico Buarque de Holanda e Ruy Guerra. Calabar: o elogio da traição, 1976. Adaptado)

Sobre o fato histórico ao qual a obra teatral faz referência, é correto afirmar que

A
as bases religiosas da colonização holandesa no nordeste brasileiro produziram uma organização administrativa que privilegiava a elite luso-brasileira, ao oferecer financiamento com juros subsidiados e parcelas importantes do poder político aos grandes proprietários católicos.
B
a grande distância entre as promessas de tolerância religiosa e a realidade presente no cotidiano dos moradores da capitania de Pernambuco deu-se porque os dirigentes da companhia holandesa impuseram o calvinismo como religião oficial e perseguiram as demais religiões.
C
a presença da Companhia das Índias Ocidentais no nordeste da América portuguesa trouxe benefícios aos proprietários luso-brasileiros, como o financiamento da produção, mas reproduziu a lógica do colonialismo, ao concentrar a riqueza no setor mercantil e não no produtivo.
D
a felicidade prometida pelos invasores holandeses não pôde ser efetivada em função da lógica diplomática presente na relação entre Portugal e Holanda, pois se tratava de nações inimigas desde o século XV, em virtude da disputa pelo comércio oriental.
E
as promessas dos invasores holandeses se confirmaram, e a elite ligada à produção açucareira e ao comércio colonial foi amplamente beneficiada, principalmente pelo livre comércio, o que explica a resistência desses setores sociais ao interesse português em retomar a região invadida pela Holanda.
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FGV 2016, FGV 2016 - História - História Geral

Leia trechos do Manifesto dos camponeses, documento de 1525.

(...) nos sejam dados poder e autoridade, para que cada comunidade possa eleger o seu pastor e, da mesma forma, possa demiti-lo, caso se porte indevidamente.
(...) somos prejudicados ainda pelos nossos senhores, que se apoderaram de todas as florestas. Se o pobre precisa de lenha ou madeira tem que pagar o dobro por ela.
(...) preocupam-nos os serviços que somos obrigados a prestar e que aumentam dia a dia (...)

(In Antologia humanística alemã, apud Marques e outros. História moderna através de textos, 2010)

A partir do documento, é correto afirmar que, no território da atual Alemanha,

A
os movimentos camponeses foram liderados por Lutero contra a exploração feita pelos nobres que, de forma ilegal, apropriavam-se das florestas e reprimiam violentamente os movimentos trabalhistas.
B
os movimentos dos trabalhadores em favor das mudanças propostas por Lutero baseavam-se na solidariedade entre os homens e em contraposição ao individualismo tão característico da Idade Média.
C
a liderança dos movimentos camponeses defendeu a exploração dos trabalhadores, na Alemanha, apoiada por Lutero, e, juntos, receberam proteção dos nobres locais contra a perseguição feita pela Igreja Católica.
D
as revoltas camponesas irromperam exigindo reformas sociais e religiosas que prejudicariam parte da nobreza apoiada por Lutero, o qual se colocou abertamente contra os movimentos.
E
as experiências dos camponeses contra os nobres, apoiados por Lutero, restringiram-se aos aspectos religiosos, isto é, de domínio da Igreja Católica, pois a cooperação entre os trabalhadores e os proprietários marcava a sociedade alemã.
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FGV 2016, FGV 2016 - História - Mercantilismo, Colonialismo e a ocupação portuguesa no Brasil, História do Brasil

A colonização do Novo Mundo na época moderna apresenta-se como peça de um sistema, instrumento da acumulação primitiva, da época do capitalismo mercantil. Na realidade, nem toda colonização se desenrola dentro das travas do sistema colonial, pois a colonização inglesa na América do Norte, colônias de povoamento, deu-se fora dos mecanismos definidores do sistema colonial mercantilista.

(Fernando Novais. Portugal e Brasil na crise do antigo sistema colonial, 1989. Adaptado)

A partir do texto, é correto afirmar que

A
coexistem, no processo de colonização na Idade Moderna, dois tipos de colônias: as de exploração e as de povoamento, sendo estas as mais encontradas, uma vez que se baseiam em pequena propriedade, trabalho livre e mercado interno; além disso, o Antigo Sistema Colonial garantia superlucros às respectivas metrópoles.
B
dois tipos de colonização significam a coexistência de dois processos históricos diferentes, um ligado à Idade Média e outro ligado à Idade Moderna, com características semelhantes, como o comércio triangular, a grande e a pequena propriedades, o autogoverno e o exclusivo metropolitano.
C
a colonização de povoamento, típica do Sistema Colonial Mercantilista, baseia-se em grande propriedade, trabalho escravo e produção voltada para o mercado externo, o que implica o exclusivo metropolitano como base das relações entre Metrópole e Colônia.
D
os dois tipos de colonização, de exploração e de povoamento, explicam-se por processos diferentes: a de exploração está ligada à acumulação de riqueza para a Metrópole moderna, com grande propriedade e trabalho escravo, enquanto a colonização de povoamento liga-se à Metrópole industrializada.
E
o sentido profundo da colonização moderna é comercial e capitalista, pois as colônias de exploração, típicas do Antigo Sistema Colonial, nasceram para as Metrópoles acumularem riqueza; e é dentro desse processo de análise de conjunto que se torna inteligível a existência do outro tipo, a colonização de povoamento.
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FGV 2016, FGV 2016 - Biologia - Fungos, Identidade dos seres vivos

Em uma confraternização entre amigos, foram servidos pão e vinho. Durante o brinde, um convidado bem humorado agradeceu profundamente a existência dos fungos para a realização dos eventos gastronômicos.

O agradecimento aos fungos, com relação ao pão e ao vinho, respectivamente, refere-se à produção de

A
glicose e oxigênio, em função da respiração nas hifas.
B
aminoácidos e monossacarídeos, em função da digestão enzimática nos esporos.
C
glúten e ácido pirúvico, em função do metabolismo aeróbico nos corpos de frutificação.
D
gás carbônico e etanol, em função do metabolismo anaeróbico nas leveduras.
E
ácido lático e ácido acético, em função da hidrólise de açúcares no micélio.
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FGV 2016, FGV 2016 - História - História Geral

(...) a partir do século V a.C., a guerra tornou-se endêmica no Mediterrâneo. Foram séculos de guerra contínua, com maior ou menor intensidade, ao redor de toda a bacia. O trabalho acumulado nos séculos anteriores tornara possível um adensamento dos contatos, um compartilhamento de informações e estruturas sociais, uma organização dos territórios rurais que propiciava a extensão de redes de poder. Foram os pontos centrais dessas redes de poder que animaram o conflito nos séculos seguintes.

(Norberto Luiz Guarinello. História Antiga, 2013)

Sobre esses “séculos de guerra contínua”, é correto afirmar que

A
as Guerras Púnicas, entre Atenas e Cartago, foram uma disputa pelo controle comercial sobre o mar Mediterrâneo, terminando após três grandes enfrentamentos, com a vitória de Cartago e a hegemonia cartaginesa em todo o Mundo Antigo ocidental.
B
as Guerras Macedônicas foram um longo conflito entre o Reino da Macedônia, em aliança com os persas, e o Império Romano, que venceu com muitas dificuldades porque ainda estava em guerra com outros povos.
C
as Guerras Médicas, entre persas e gregos, resultaram na vitória dos últimos e, em meio a esses confrontos, permitiram que Atenas liderasse a Liga de Delos, aliança de cidades-Estados gregas com o intuito de combater a presença persa no Mediterrâneo.
D
as Campanhas de Alexandre, o Grande, aliado a Esparta e Corinto, combateram e venceram as poderosas forças persas e ampliaram os domínios gregos até a Ásia Menor, propagando os princípios da democracia ateniense pelo Mediterrâneo.
E
a Guerra do Peloponeso, o mais importante conflito bélico da Antiguidade, envolveu as principais cidades-Estados gregas que, aliadas a Roma, enfrentaram e derrotaram as forças militares cartaginesas.
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FGV 2016, FGV 2016 - História - História Geral

[Desde o início do século XIV], no reino do Congo (...) moravam povos agricultores que, quando convocados pelo mani Congo, partiam em sua defesa contra inimigos de fora ou para controlar rebeliões de aldeias que queriam se desligar do reino. Aldeias (lubatas) e cidades (banzas) pagavam tributos ao mani Congo, geralmente com o que produziam: alimentos, tecidos de ráfia vindos do nordeste, sal vindo da costa, cobre vindo do sudeste e zimbos (pequenos búzios afunilados colhidos na região de Luanda que serviam de moeda).
(...) o mani Congo, cercado de seus conselheiros, controlava o comércio, o trânsito de pessoas, recebia os impostos, exercia a justiça, buscava garantir a harmonia da vida do reino e das pessoas que viviam nele. Os limites do reino eram traçados pelo conjunto de aldeias que pagavam tributos ao poder central, devendo fidelidade a ele e recebendo proteção, tanto para os assuntos deste mundo como para os assuntos do além, pois o mani Congo também era responsável pelas boas relações com os espíritos e os ancestrais. (...) O mani Congo vivia em construções que se destacavam das outras pelo tamanho, pelos muros que a cercavam, pelo labirinto de passagens que levavam de um edifício a outro e pelos aposentos reais que ficavam no centro desse conjunto e eram decorados de tapetes e tecidos de ráfia. Ali o mani vivia com suas mulheres, filhos, parentes, conselheiros, escravos, e só recebia os que tivessem nobreza suficiente para gozar desse privilégio.

(Marina de Mello e Souza. África e Brasil africano, 2006)

A partir da descrição do reino do Congo, é correto afirmar que, nesse reino,

A
toda a organização administrativa estava voltada para a acumulação de riquezas nas mãos do soberano, que as redistribuía entre as aldeias mais leais e com maior potencialidade econômica.
B
o político e o sobrenatural estavam intimamente relacionados, além das semelhanças entre uma corte europeia e uma de um reino na África, porque ambas eram caracterizadas por hierarquias rígidas.
C
a ordem política derivava de uma economia voltada para a produção baseada no uso da mão de obra compulsória, por isso o soberano era o maior beneficiado com a captura de homens para serem escravizados.
D
a fragmentação do poder entre os chefes das aldeias e os conselheiros do soberano permitiu a consolidação de uma prática política pouco usual na África, na qual as decisões eram tomadas pelos moradores do reino.
E
a prevalência da condição tribal favoreceu sua dominação por outros povos africanos, mas especialmente pelos comerciantes europeus, interessados na exploração de metais amoedáveis.
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FGV 2016, FGV 2016 - História - Medievalidade Europeia, História Geral

Perante esta sociedade, a burguesia está longe de assumir uma atitude revolucionária. Não protesta nem contra a autoridade dos príncipes territoriais, nem contra os privilégios da nobreza, nem, principalmente, contra a Igreja. (...) A única coisa de que trata é a conquista do seu lugar. As suas reivindicações não excedem os limites das necessidades mais indispensáveis.

(Henri Pirenne. História econômica e social da Idade Média, 1978)

Segundo o texto, é correto afirmar que

A
a burguesia, nascida da própria sociedade medieval, nela não tem lugar; para conquistá-lo, suas reivindicações são a liberdade de ir e vir, elaborar contratos, dispor de seus bens, fazer comércio, liberdade administrativa das cidades, ou seja, não tem o objetivo de destruir a nobreza e o clero.
B
os burgueses, enriquecidos pelo comércio, reivindicam privilégios semelhantes aos da nobreza e do clero na sociedade moderna; acentuadamente revolucionários, os seus interesses significam título, terras e servos para garantirem um lugar compatível com sua riqueza.
C
o território da burguesia é o solo urbano, a cidade como sinônimo de liberdade, protegida da exploração da nobreza e do clero; para isso, cria o direito urbano, isto é, leis para o comércio, a justiça e a administração que, de forma revolucionária, asseguram-lhe um lugar na sociedade moderna.
D
a sociedade medieval tem um lugar específico para os burgueses, pois as liberdades, as leis, a justiça e a administração estão em suas mãos; tal situação tem o objetivo de brecar o poder político e econômico dos nobres e da Igreja, fortalecidos pela expansão da servidão e pelo declínio do comércio.
E
com exigências revolucionárias, como liberdade comercial, jurídica e territorial, a burguesia, cada vez mais rica, visa destruir a sociedade medieval; esta, por sua vez, barra a ascensão econômica e política da burguesia, ao fortalecer a servidão no campo e impedir as transações comerciais na cidade.
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FGV 2016, FGV 2016 - Biologia - Drogas, Qualidade de vida das populações humanas

A ação fisiológica de drogas como o crack e a cocaína, resumidamente, é explicada pelo bloqueio de canais de recaptura de neurotransmissores, como a dopamina, por exemplo. A presença de dopamina na sinapse neural por um tempo prolongado confere as alterações nas sensações e no comportamento do usuário.

Tendo em vista a propagação do impulso nervoso nos neurônios cerebrais humanos, é correto afirmar que a ação do crack e da cocaína ocorre

A
nos receptores de membrana localizados nos axônios.
B
nos receptores de membrana localizados nos dendritos.
C
nas vesículas secretadas pelo corpo celular na sinapse.
D
nas vesículas secretadas pelos axônios na sinapse.
E
nas vesículas secretadas pelos dendritos na sinapse.