Questõesde CESMAC 2019
Generally speaking
When it comes to storing, retrieving and forgetting
information
The research conducted showed that
In “Comprehensive lifestyle changes may be able to
bring about regression…” may expresses:
According to the text
Jane Michelle Smith has been instructed to
Read the text below and answer the following question based on it
Disponível em: < https://www.wikihow.com/Write-a-Prescription> Acessado em 11 de outubro de 2017
Analise os seguintes fragmentos do texto: “Mas isso é
uma ilusão”. “Apesar dessa obviedade.” Uma
propriedade sintático-semântica dos dois termos em
negrito é que eles:
Como uma onda
1. Toda língua muda com o tempo. Por mais que isso pareça óbvio, vale a pena repetir. Basta comparar um texto escrito em português na Idade Média, ou em 1600, ou mesmo há cem anos com qualquer coisa publicada nos dias de hoje.
2. As diferenças saltam aos olhos, e as dificuldades de compreensão vão crescendo quanto mais a gente recua no tempo.
3. Lendo as gramáticas, a gente tem a impressão de que a língua está pronta e acabada, que ela pode até ter sofrido transformações no passado, mas que, agora, as regras estão fixadas para sempre. Mas isso é uma ilusão. 4. Enquanto tiver gente falando uma língua, ela vai sofrer variação e mudança, incessantemente. Os mesmos processos que fizeram a língua mudar no passado continuam em ação, fazendo a língua mudar neste exato momento em que você me lê. 5. Apesar dessa obviedade, a mudança linguística sempre foi encarada como um problema, uma coisa negativa, um sinal de ruína, decadência e corrupção da língua. 6. No entanto, a mudança é inevitável: tudo no universo, na natureza, na sociedade passa incessantemente por processos de mudança, de obsolescência, de reinvenção, de evolução... Por que só a língua teria de ficar parada no tempo e no espaço?
7. Todas as demais instituições humanas sofrem mudança; por que a língua não sofreria? Na verdade, o melhor seria dizer: os falantes mudam a língua o tempo todo!
(Marcos Bagno. Nada na língua é por acaso. São Paulo: Parábola,
2007, p 163-164).
Leia um trecho de um poema de Olavo Bilac.
Profissão de fé
“Torce, aprimora, alteia, limaA frase; e enfim,No verso de ouro engasta a rima,Como um rubim.Quero que a estrofe cristalinaDobrada ao jeitoDo ourives, saia da oficinaSem um defeito”.
Olavo Bilac
Os versos de Olavo Bilac, transcritos acima,
representam o ideal literário do:
Analise o fragmento de um poema, transcrito abaixo.
Procura da poesia
Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
[...]
Chega mais perto e contempla as palavras.
Cada uma
Tem mil faces secretas sob a face neutra
E te pergunta, sem interesse pela resposta, pobre ou
terrível, que lhe deres:
Trouxeste a chave?
(Carlos Drummond de Andrade).
O ‘como fazer poesia’ constitui também um tema sobre
o qual se debruçaram e se debruçam os autores. Cada
poeta é cativo dos cânones de sua escola literária; uns
mais, outros menos. No poema mostrado acima,
Drummond:
Analise o fragmento de um poema, transcrito abaixo.
Procura da poesia
Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
[...]
Chega mais perto e contempla as palavras.
Cada uma
Tem mil faces secretas sob a face neutra
E te pergunta, sem interesse pela resposta, pobre ou
terrível, que lhe deres:
Trouxeste a chave?
(Carlos Drummond de Andrade).
O ‘como fazer poesia’ constitui também um tema sobre
o qual se debruçaram e se debruçam os autores. Cada
poeta é cativo dos cânones de sua escola literária; uns
mais, outros menos. No poema mostrado acima,
Drummond:
Jane has been told to
Read the text below and answer the following question based on it
Disponível em: < https://www.wikihow.com/Write-a-Prescription> Acessado em 11 de outubro de 2017
Segundo Afrânio Coutinho, o fragmento “Notas de
Teoria literária”:
“A ficção distingue-se de história e da biografia, por estas
serem narrativas de fatos reais. A ficção é produto da
imaginação criadora, embora, como toda arte, suas raízes
mergulhem na experiência humana. Mas o que a distingue
das outras formas de narrativa é que ela é uma
transfiguração ou transmutação da realidade, feita pelo
espírito do artista, este imprevisível e inesgotável
laboratório. A ficção não pretende fornecer um simples
retrato da realidade, mas antes criar uma imagem da
realidade, uma reinterpretação, uma revisão. É o
espetáculo da vida através do olhar interpretativo do artista,
a interpretação artística da realidade”.
(Afrânio Coutinho. Notas de Teoria Literária).
O fragmento apresentado acima confirma a concepção
de que a narrativa de ficção, embora tenha origem na
experiência real, seja uma transfiguração da realidade,
a exemplo das seguintes criações do Romance
brasileiro:
1) Machado de Assis, em Memórias póstumas de
Brás Cubas, que dá voz a um defunto, que narra,
logo no primeiro capítulo, os pormenores de sua
morte.
2) Graciliano Ramos, em Vidas Secas, que
pretendendo manter indícios do Simbolismo,
afastou-se dos princípios literários românticos.
3) Guimarães Rosa, em Grande Sertão Veredas,
que optou por transfigurar não apenas traços da
realidade, mas entrou pela área linguística e a
reinterpretou também.
4) Clarice Lispector, em A hora da Estrela, que, fiel
à ficção, questiona sua própria habilidade para
compor uma narração no gênero ‘romance’.
Estão corretas
Nova Poética
Estou farto do lirismo comedido
Do lirismo bem comportado
Do lirismo funcionário público com livro de ponto
expediente, protocolo e manifestações de apreço ao
Sr. Diretor [...]
Estou farto do lirismo namorador
Político,
Raquítico, Sifilítico.
(Manuel Bandeira)
Este poema de Manuel Bandeira pode ser entendido
como:
1) aversão declarada aos cânones aceitos por
escolas literárias que privilegiavam a perfeição da
‘forma poética’.
2) manifestação dos novos ideais literários
propostos pelas vanguardas do Modernismo
brasileiro.
3) expressão da reiterada aspiração de que
voltassem os modelos poéticos defendidos pela
produção da ‘Arte pela Arte’.
4) demarcação da função estética do fazer poético,
a qual se furta a se ajustar aos limites puristas
impostos pelas normas linguísticas.
5) anuência ao imaginário das escolas do
Romantismo que enalteciam as expressões do
lirismo e do envolvimento amoroso.
Estão corretas
Analise o trecho seguinte: “as dificuldades de
compreensão vão crescendo quanto mais a gente
recua no tempo”. Considerando a relação do segmento
destacado com o restante do texto, pode-se perceber
a declaração de uma ‘mudança’, de caráter:
Como uma onda
1. Toda língua muda com o tempo. Por mais que isso pareça óbvio, vale a pena repetir. Basta comparar um texto escrito em português na Idade Média, ou em 1600, ou mesmo há cem anos com qualquer coisa publicada nos dias de hoje.
2. As diferenças saltam aos olhos, e as dificuldades de compreensão vão crescendo quanto mais a gente recua no tempo.
3. Lendo as gramáticas, a gente tem a impressão de que a língua está pronta e acabada, que ela pode até ter sofrido transformações no passado, mas que, agora, as regras estão fixadas para sempre. Mas isso é uma ilusão. 4. Enquanto tiver gente falando uma língua, ela vai sofrer variação e mudança, incessantemente. Os mesmos processos que fizeram a língua mudar no passado continuam em ação, fazendo a língua mudar neste exato momento em que você me lê. 5. Apesar dessa obviedade, a mudança linguística sempre foi encarada como um problema, uma coisa negativa, um sinal de ruína, decadência e corrupção da língua. 6. No entanto, a mudança é inevitável: tudo no universo, na natureza, na sociedade passa incessantemente por processos de mudança, de obsolescência, de reinvenção, de evolução... Por que só a língua teria de ficar parada no tempo e no espaço?
7. Todas as demais instituições humanas sofrem mudança; por que a língua não sofreria? Na verdade, o melhor seria dizer: os falantes mudam a língua o tempo todo!
(Marcos Bagno. Nada na língua é por acaso. São Paulo: Parábola,
2007, p 163-164).
(O melhor de Calvin. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 10/2002,).
É absolutamente atual o recurso a outras formas de
linguagem, de suportes e de gêneros textuais,
disponibilizados pelo aparato tecnológico aplicado à
comunicação. No caso da tirinha de Calvin, mostrada
acima, a ideia do garoto:
1) contraria a dinâmica dos processos implicados na
interação verbal; daí, a sua complexidade e seus
limites visivelmente insuperáveis.
2) fere as expectativas aceitáveis, pois o próprio
intento regular para a interação verbal regula,
para as palavras, certa estabilidade de sentido.
3) não é pertinente, pois cada língua é produto da
intervenção de todos os falantes e subsiste,
exatamente, pelo uso coletivo do grupo.
4) acarretaria, por suposto, uma imensa desordem
na interlocução social, uma vez que se perderia a
razão de ser de uma forma de linguagem.
Estão corretas:
(O melhor de Calvin. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 10/2002,).
É absolutamente atual o recurso a outras formas de linguagem, de suportes e de gêneros textuais, disponibilizados pelo aparato tecnológico aplicado à comunicação. No caso da tirinha de Calvin, mostrada acima, a ideia do garoto:
1) contraria a dinâmica dos processos implicados na interação verbal; daí, a sua complexidade e seus limites visivelmente insuperáveis.
2) fere as expectativas aceitáveis, pois o próprio intento regular para a interação verbal regula, para as palavras, certa estabilidade de sentido.
3) não é pertinente, pois cada língua é produto da intervenção de todos os falantes e subsiste, exatamente, pelo uso coletivo do grupo.
4) acarretaria, por suposto, uma imensa desordem na interlocução social, uma vez que se perderia a razão de ser de uma forma de linguagem.
Estão corretas:
Em relação ao Texto, cabem, corretamente, algumas
observações:
1) a pretensão do autor é oferecer outra concepção
da língua, objeto que está em discussão.
2) o tema tratado carece de relevância, pois aborda
uma questão socialmente aceita e incontroversa.
3) a linguagem preferida pelo autor se afasta de
certezas e definições categóricas.
4) o título do texto tem um sentido claramente
metafórico.
Estão corretas:
Como uma onda
1. Toda língua muda com o tempo. Por mais que isso pareça óbvio, vale a pena repetir. Basta comparar um texto escrito em português na Idade Média, ou em 1600, ou mesmo há cem anos com qualquer coisa publicada nos dias de hoje.
2. As diferenças saltam aos olhos, e as dificuldades de compreensão vão crescendo quanto mais a gente recua no tempo.
3. Lendo as gramáticas, a gente tem a impressão de que a língua está pronta e acabada, que ela pode até ter sofrido transformações no passado, mas que, agora, as regras estão fixadas para sempre. Mas isso é uma ilusão. 4. Enquanto tiver gente falando uma língua, ela vai sofrer variação e mudança, incessantemente. Os mesmos processos que fizeram a língua mudar no passado continuam em ação, fazendo a língua mudar neste exato momento em que você me lê. 5. Apesar dessa obviedade, a mudança linguística sempre foi encarada como um problema, uma coisa negativa, um sinal de ruína, decadência e corrupção da língua. 6. No entanto, a mudança é inevitável: tudo no universo, na natureza, na sociedade passa incessantemente por processos de mudança, de obsolescência, de reinvenção, de evolução... Por que só a língua teria de ficar parada no tempo e no espaço?
7. Todas as demais instituições humanas sofrem mudança; por que a língua não sofreria? Na verdade, o melhor seria dizer: os falantes mudam a língua o tempo todo!
(Marcos Bagno. Nada na língua é por acaso. São Paulo: Parábola,
2007, p 163-164).
A observância às normas da concordância verbal, em
geral, é considerada indício de um saber gramatical
mais apurado. Goza, por isso, de certo prestígio social.
Sob esse prisma, identifique as alternativas em que
tais normas foram corretamente observadas.
Considerando o núcleo da temática desenvolvida no
Texto, foi decisiva para a coesão e a coerência do
texto:
O autor do Texto 2 tenta desmistificar um mito que
paira no cotidiano de algumas pessoas. A superação
desse mito leva a admitir como inaceitável a crença de
que
A compreensão do Texto requer que o vejamos
como um texto:
Se você parar para pensar...
1. Na correria do dia a dia, o urgente não vem deixando tempo para o importante. Essa constatação, carregada de estranha obviedade, obriga-nos quase a tratar como uma circunstância paralela e eventual aquela que deve ser considerada a marca humana por excelência: a capacidade de reflexão e consciência. Aliás, em alguns momentos, as pessoas usam até uma advertência (quando querem afirmar que algo não vai bem): “Se você parar para pensar...”
2. Por que parar para pensar? Será tão difícil pensar enquanto continua fazendo outras coisas ou, melhor ainda, seria possível fazer sem pensar e, num determinado momento, ter de parar? Ora, pensar é uma atitude contínua, e não um evento episódico! Não é preciso parar – nem se deve fazê-lo – sob pena de romper com nossa liberdade consciente.
3. O escritor francês Anatole França, um mestre da ironia e do ceticismo, dizia: “O pensamento é uma doença peculiar de certos indivíduos, que, ao propagar-se, em breve acabaria com a espécie”.
4. Talvez “pensar mais” não levasse necessariamente ao “término da espécie”, mas, com muita probabilidade, dificultaria a presença daqueles, no mundo dos negócios e da comunicação, que só entendem e tratam as pessoas como consumidores vorazes e insanos. Talvez, um “pensar mais” nos levasse a gritar que basta de tantos imperativos. Compre! Olhe! Veja! Faça! Leia! Sinta! E a vontade própria e o desejo sem contornos? E a liberdade de decidir, escolher, optar, aderir? Será um basta do corpo e da mente que já não mais aguentam tantas medicinas, tantas dietas compulsórias, tantas ordens da moda e admoestações da mídia; corpo e mente que carecem, cada dia mais, de horas de sono complementares, horas de lazer suplementares e horas de sossego regulamentares, quase esgotados na capacidade de persistir, combater e evitar o amortecimento dos sentidos e dos sonhos pessoais e sinceros. Essa demora em “pensar mais”, esse retardamento da reflexão como uma atitude continuada e deliberada, vem produzindo um fenômeno quase coletivo: mais e mais pessoas querendo desistir, com vontade imensa de mudar de vida, transformar-se, livrando-se das pequenas situações que as torturam, que as amarguram, que as esvaem. Vêm à tona impulsos de romper as amarras da civilização e partir, céleres, em direção ao incerto, ao sedutor repouso oferecido pela irracionalidade e pela inconsequência. Cansaço imenso de um grande sertão com diminutas veredas? (...)
5. Pouco importa, dado que ser humano é ser capaz de dizer “não” ao que parece não ter alternativa. Apesar dos constrangimentos e da tentativa de sequestro da nossa subjetividade, pensar não é, de fato, crime e, por isso, não se deve parar.
(CORTELLA, Mário Sérgio. Folha de S. Paulo, maio de 2001.
Adaptado)