Aristóteles afirmava que “se algum corpo está em movimento, é porque está sendo movido por alguma coisa”. Essa concepção predominou até a Revolução Científica dos séculos XVI e XVII, quando a questão do movimento foi o tema principal dos cientistas.

A concepção que contestou e substituiu a que era defendida por Aristóteles foi a de

Resposta correta: Alternativa B — Inércia

Tema central: a controvérsia sobre a explicação do movimento entre a física aristotélica e a física moderna. A frase-chave é “se algum corpo está em movimento, é porque está sendo movido por alguma coisa” — formulação típica de Aristóteles — e o aluno deve reconhecer qual concepção científica substituiu essa ideia.

Resumo teórico progressivo: Aristóteles afirmava que todo movimento exige ação contínua de um motor; sem esse motor, o corpo volta ao repouso. A Revolução Científica (séculos XVI–XVII) trouxe experimentos e reflexões (Galileu) que culminaram na formulação da lei da inércia por Isaac Newton (Primeira Lei): um corpo permanece em estado de repouso ou movimento retilíneo uniforme, salvo ação de forças externas. Exemplos práticos: um livro sobre a mesa só fica em repouso porque forças (atrito, gravidade) agem; num espaço sem atrito, um objeto em movimento manteria sua velocidade.

Fontes relevantes: Aristóteles, Física; Galileu Galilei, Discorsi; Isaac Newton, Philosophiae Naturalis Principia Mathematica (1ª Lei — inércia).

Por que a alternativa B é a correta: A inércia rebate diretamente a tese aristotélica ao mostrar que o movimento não exige um agente contínuo que “puxe” o corpo. Em vez disso, o movimento pode persistir por si mesmo na ausência de forças resistivas — exatamente o núcleo da mudança teórica ocorrida na Revolução Científica.

Análise das alternativas incorretas:

A — Atomismo: doutrina sobre a composição da matéria (átomos) — não substitui a explicação aristotélica do movimento em termos dinâmicos.

C — Heliocentrismo: mudança de modelo cosmológico (Copérnico) sobre a posição da Terra no universo, não uma teoria geral do movimento.

D — Preformismo: teoria biológica sobre desenvolvimento embrionário — fora do tema físico do movimento.

E — Ímpeto: teoria medieval (Buridan, dentre outros) que tentou explicar movimentos projetados atribuindo um “ímpeto” ao corpo; foi etapa intermediária, mas não a concepção que definitivamente substituiu Aristóteles — a inércia (Newton) veio depois e estabeleceu a nova base.

Estratégia de prova: ao ler enunciados sobre “ser movido por alguma coisa”, associe imediatamente à física aristotélica; procure na lista a alternativa que expressa o princípio oposto (manutenção do movimento na ausência de agente) — essa é a pista para escolher “inércia”. Cuidado com alternativas históricas plausíveis (ímpeto) — verifique se são soluções transitórias ou a teoria consagrada.

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