Karl Marx considera que a alienação acontece numa
forma de divisão social do trabalho em que o produto
do trabalho deixa de pertencer a quem o produziu.
“Etimologicamente a palavra alienação vem do latim
alienare, alienus, ‘que pertence a um outro’. Alius é o
outro. Portanto, sob determinado aspecto, alienar é tornar
alheio, transferir para outrem o que é seu”. (ARANHA,
M. L. de A.; MARTINS, M. H. P. Filosofando:
introdução à filosofia. 3. ed. São Paulo: Moderna, 2003,
p. 45). Em relação à citação, assinale o que for correto.
Gabarito comentado
Resposta: C – Certo
Por que está certo
Karl Marx formula a noção de alienação sobretudo nos Manuscritos Econômico‑Filosóficos (1844). Para ele, sob a divisão social do trabalho no modo de produção capitalista, o trabalhador não controla nem apropria‑se do fruto de seu trabalho: o produto torna‑se algo estranho a ele, pertence a outrem (ao capitalista que detém os meios de produção). Esse deslocamento é precisamente o núcleo da definição marxiana de alienação.
Resumo teórico essencial
- Alienação em Marx tem quatro formas interligadas: (1) do produto do trabalho, (2) do processo de trabalho, (3) da própria essência humana (espécie‑ser) e (4) dos outros seres humanos.
- A alternativa citada refere‑se diretamente à primeira forma: o produto do trabalho deixa de pertencer a quem o produziu — afirmação compatível com a análise marxiana da exploração e da propriedade privada dos meios de produção.
Fonte recomendada
Karl Marx, Manuscritos Econômico‑Filosóficos (1844). Para aprofundar: também consultar capítulos de O Capital (sobre fetichismo da mercadoria) e introduções em manuais de filosofia política que tratam do marxismo.
Dica de prova
Ao ler enunciados, destaque termos-chave (aqui: “produto”, “deixa de pertencer”, “quem o produziu”) e relacione-os rapidamente com conceitos clássicos (aqui: alienação de Marx). Isso evita confundir com outros sentidos de “alienação” (jurídico ou psicológico).
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