Santo Agostinho acreditava que a verdadeira
felicidade consiste em se distanciar dos prazeres
mundanos para poder encontrar a beatitude na união
com Deus.
O tema felicidade aparece na história da Filosofia em
muitos momentos, sendo objeto de reflexão em sistemas
filosóficos, os quais lhe atribuem concepções diferentes.
Com relação à afirmação acima, assinale o que for
correto.
Gabarito comentado
Alternativa correta: C — Certo
Tema central: a noção agostiniana de felicidade (beatitudo) relaciona-se à orientação das paixões e prazeres humanos rumo a Deus. Para responder com segurança, lembre-se: na tradição cristã patrística, a felicidade plena não é um prazer sensorial, mas a união com o bem supremo — Deus.
Resumo teórico: Santo Agostinho (354–430) distingue entre felicitas mundana (prazeres e bens temporais) e beatitudo (bem-aventurança eterna). Em obras como Confissões e A Cidade de Deus, ele afirma que os prazeres mundanos desviam a vontade quando amados por si mesmos; a verdadeira felicidade exige a ordenação do amor (ordo amoris) — isto é, amar as criaturas em relação a Deus e, quando necessário, renunciar a prazeres que impedem a comunhão com o divino.
Justificativa da alternativa C: A afirmação condensa corretamente a posição agostiniana: a felicidade autêntica supõe distanciamento dos prazeres desordenados e orientação da vida para Deus, culminando na beatitude. Agostinho não nega todo prazer sensível, mas critica o apego que afasta do fim último. Assim, a alternativa que afirma que ele via a verdadeira felicidade como união com Deus, exigindo afastamento dos prazeres mundanos, está correta.
Fonte(s) recomendada(s): Santo Agostinho, Confissões (especialmente sobre a interioridade e os desejos); A Cidade de Deus; estudos introdutórios de história da filosofia patrística (por exemplo, Peter Brown).
Dica de prova: procure palavras-chave no enunciado como “união com Deus”, “beatitude” e “prazeres mundanos” — elas sinalizam alinhamento com o pensamento agostiniano e facilitam eliminar alternativas que apresentem felicidade como mera satisfação sensorial ou utilitarista.
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