Na história da Filosofia, autores, como Henri
Bergson, Wilhelm Dilthey e Edmund Husserl,
retomaram a discussão sobre o valor da intuição no
processo do conhecimento.
Para Aranha e Martins, o conhecimento é o “... esforço
psicológico pelo qual procuramos nos apropriar
intelectualmente dos objetos”. (ARANHA, M. L. de A.;
MARTINS, M. H. P. Filosofando: introdução à filosofia.
3. ed. São Paulo: Moderna, 2003, p. 52). Com base nessa
afirmação, assinale o que for correto.
Gabarito comentado
Resposta certa: C — Certo
Tema central: a afirmação trata do papel da intuição no processo do conhecimento. É importante entender que, na história da filosofia moderna e contemporânea, vários autores defendem que nem todo saber se reduz ao raciocínio abstrato — há formas de apreensão direta da realidade ou da essência que chamam de intuição.
Resumo teórico: a definição de conhecimento como esforço para apropriar intelectualmente os objetos (Aranha & Martins) abre espaço para métodos além do mero cálculo lógico. - Bergson: vê a intuição como método para captar a duração e a essência vivente que o intelecto analítico fragmenta (Matière et mémoire; L’Évolution créatrice). - Husserl: na fenomenologia, a intuição eidética e a redução fenomenológica permitem acessar as essências dos fenômenos (Ideas I; Investigações Lógicas). - Dilthey: realça a compreensão empática e histórica (Verstehen) como modo imediato de acesso ao sentido das experiências humanas — aproximando-se da ideia de intuição no entendimento das vidas individuais e culturais.
Justificativa da alternativa correta: a afirmação da questão diz que autores como Bergson, Dilthey e Husserl retomaram o valor da intuição no conhecimento — e isso é historicamente verdadeiro. Cada um, a seu modo, enfatizou formas de apreensão direta (intuição, compreensão empática, intuição eidética) que complementam ou criticam a primazia exclusiva do intelecto analítico. Por isso a alternativa C — Certo é a correta.
Estratégia para provas: ao ver termos como “intuição”, “fenomenologia”, “compreensão” ou nomes como Bergson/Husserl/Dilthey, associe-os imediatamente à crítica do racionalismo puramente analítico. Cuidado com pegadinhas que confundem “intuição” com mera sensação imediata ou superstição — aqui trata-se de intuição filosófica/metodológica.
Referências básicas: Aranha & Martins (Filosofando, 2003); H. Bergson (Matière et mémoire; L’Évolution créatrice); E. Husserl (Ideas; Logical Investigations); W. Dilthey (Einleitung in die Geisteswissenschaften).
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