Questão 206c5c27-b7
Prova:UNICAMP 2024
Disciplina:História
Assunto:História da América Latina

Em 2004, Néstor Kirchner – presidente argentino à época – cedeu à sociedade civil a Escola de Mecânica da Marinha (ESMA), um antigo centro clandestino de detenção e tortura durante a ditadura (1976 e 1983). O motivo era a construção de uma espécie de museu nacional da memória das atrocidades cometidas pelo regime. Entre as imagens das mães e avós da Plaza de Mayo, entre organizações de luta que celebravam o reconhecimento de um trabalho sustentado por décadas, emergia ao lado do palco uma imagem disruptiva: um poncho vermelho. Destacava-se um rosto indígena. Era um dos líderes do Movimento Indígena Argentino; o líder pedia a inclusão dos povos originários no futuro museu: “A questão não é – como os antropólogos fazem – simplesmente sermos incluídos em um museu, como se estivéssemos apenas sendo adicionados. Queremos fazer parte da história nacional."

(Adaptado de RUFER, M. Nación y condición pos-colonial. In: BIDASECA, K. (Org.) Genealogías críticas de la colonialidad en América Latina, África, Oriente. Buenos Aires: CLACSO, 2016.)

Tendo em vista seus conhecimentos sobre memória política na Argentina e considerando as informações do texto, é correto afirmar que

A
os indígenas se posicionam – nas disputas pela memória nacional da Ditadura – abertamente contra o movimento das Mães e Avós da Plaza de Mayo.
B
os indígenas – ao incorporarem perspectivas marginalizadas, como as dos povos originários – querem fazer parte da construção do museu para a expansão da história nacional.
C
as lideranças indígenas – para dar visibilidade às suas identidades étnicas – propõem que a memória da nação seja apagada no antigo edifício da ESMA.
D
nos protestos contrários à ocupação – para transformação em espaço de memória – do antigo edifício da ESMA, os ativistas indígenas defendem a redução temática do museu. 

Estatísticas

Aulas sobre o assunto

Questões para exercitar

Artigos relacionados

Dicas de estudo