Questõesde Unimontes - MG 2019
Analisando os personagens centrais dos romances “Dom Casmurro”, de Machado de Assis, e “São Bernardo”, de
Graciliano Ramos, é CORRETO afirmar que:
INSTRUÇÃO: Observe a pintura “Arrufos”, de Belmiro de Almeida, e depois leia o excerto do romance “Dom Casmurro”, de Machado de Assis, para responder à questão 12.
Disponível em:<https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/0/09/Belmiro_de_Almeida_-_Arrufos%2C_188> . Acesso em: 11 nov. 2019.
“– Confiei a Deus todas as minhas amarguras, disse-me Capitu ao voltar da igreja; ouvi dentro de mim que a nossa separação é indispensável, e estou às suas ordens. Os olhos com que me disse isto eram embuçados, como espreitando um gesto de recusa ou de espera. Contava com a minha debilidade ou com a própria incerteza em que eu podia estar da paternidade do outro, mas falhou tudo. Acaso haveria em mim um homem novo, um que aparecia agora, desde que impressões novas e fortes o descobriam? Nesse caso era um homem apenas encoberto. Respondi-lhe que ia pensar, e faríamos o que eu pensasse. Em verdade vos digo que tudo estava pensado e feito.”
Fonte: ASSIS, Machado de. Dom Casmurro, p. 100.
Após comparar a pintura de Belmiro de Almeida e a passagem do livro “Dom Casmurro”, de Machado de Assis, é
correto afirmar, EXCETO:
Fonte: ASSIS, Machado de. Dom Casmurro, p. 100.
Leia os fragmentos abaixo para responder à questão.
“Foi então que os bustos pintados nas paredes entraram a falar-me e a dizer-me que, uma vez
que eles não alcançavam reconstituir-me os tempos idos, pegasse da pena e contasse alguns.
Talvez a narração me desse a ilusão, e as sombras viessem perpassar ligeiras, como ao
poeta, não o do trem, mas o do Fausto: Aí vindes outra vez, inquietas sombras?... Fiquei tão
alegre com esta idéia, que ainda agora me treme a pena na mão. Sim, Nero, Augusto,
Massinissa, e tu, grande César, que me incitas a fazer os meus comentários, agradeço-vos o
conselho, e vou deitar ao papel as reminiscências que me vierem vindo.”
Fonte: ASSIS, Machado de. Dom Casmurro, p. 2.
“Tenciono contar a minha história. Difícil. [...] As pessoas que me lerem terão, pois, a bondade
de traduzir isto em linguagem literária, se quiserem. Se não quiserem, pouco se perde. Não
pretendo bancar o escritor. [...] – Então para que escreve? – Sei lá! O pior é que já estraguei
diversas folhas e ainda não principiei.”
Fonte: RAMOS, Graciliano. São Bernardo, p. 11-13.
Analise as afirmativas abaixo.
I - A escrita literária surge, nos dois romances, como tentativa de acerto de contas com o passado.
II - Os protagonistas masculinos das duas narrativas optam por lançar ao papel suas reminiscências. Ambos os
narradores buscam montar um conjunto de evidências que comprovaria o adultério de suas respectivas
esposas.
III - Apesar de se propor a escrever um livro, Paulo Honório não sabe bem a motivação. Entretanto, com o
desenrolar da narrativa, é possível depreender que o personagem busca uma explicação para o
desmoronamento de sua vida e do seu casamento.
Estão INCORRETAS as afirmativas:
Leia os fragmentos abaixo para responder à questão.
“Foi então que os bustos pintados nas paredes entraram a falar-me e a dizer-me que, uma vez
que eles não alcançavam reconstituir-me os tempos idos, pegasse da pena e contasse alguns.
Talvez a narração me desse a ilusão, e as sombras viessem perpassar ligeiras, como ao
poeta, não o do trem, mas o do Fausto: Aí vindes outra vez, inquietas sombras?... Fiquei tão
alegre com esta idéia, que ainda agora me treme a pena na mão. Sim, Nero, Augusto,
Massinissa, e tu, grande César, que me incitas a fazer os meus comentários, agradeço-vos o
conselho, e vou deitar ao papel as reminiscências que me vierem vindo.”
Fonte: ASSIS, Machado de. Dom Casmurro, p. 2.
“Tenciono contar a minha história. Difícil. [...] As pessoas que me lerem terão, pois, a bondade de traduzir isto em linguagem literária, se quiserem. Se não quiserem, pouco se perde. Não pretendo bancar o escritor. [...] – Então para que escreve? – Sei lá! O pior é que já estraguei diversas folhas e ainda não principiei.” Fonte: RAMOS, Graciliano. São Bernardo, p. 11-13.
Analise as afirmativas abaixo.
I - A escrita literária surge, nos dois romances, como tentativa de acerto de contas com o passado.
II - Os protagonistas masculinos das duas narrativas optam por lançar ao papel suas reminiscências. Ambos os
narradores buscam montar um conjunto de evidências que comprovaria o adultério de suas respectivas
esposas.
III - Apesar de se propor a escrever um livro, Paulo Honório não sabe bem a motivação. Entretanto, com o
desenrolar da narrativa, é possível depreender que o personagem busca uma explicação para o
desmoronamento de sua vida e do seu casamento.
Estão INCORRETAS as afirmativas:
Analise as afirmativas abaixo.
I - Encontramos, nesse fragmento, uma vertente satírica da poética de Álvares de Azevedo, em que o eu lírico
critica os exageros do sentimentalismo romântico.
II - O poema em questão não pode ser enquadrado dentro da estética romântica, devido à abordagem irônica ao
sentimentalismo daquela escola literária.
III - Apesar do aspecto sarcástico do poema, há a representação de um amor não realizado, platônico,
característica recorrente na obra de Álvares de Azevedo.
Estão CORRETAS as afirmativas:
II - O poema em questão não pode ser enquadrado dentro da estética romântica, devido à abordagem irônica ao sentimentalismo daquela escola literária.
III - Apesar do aspecto sarcástico do poema, há a representação de um amor não realizado, platônico, característica recorrente na obra de Álvares de Azevedo.
Que rege minha vida maldada,
Pôs lá no fim da rua do Catete
A minha Dulcinéia namorada.
Um cavalo de trote (que esparrela!)
Só para erguer meus olhos suspirando
A minha namorada na janela...
[...]
O cavalo ignorante de namoro,
Entre dentes tomou a bofetada,
Arrepia-se, pula e dá-me um tombo
Com pernas para o ar, sobre a calçada...
Meu chapéu que sofrera no pagode...
Dei de pernas corrido e cabisbaixo
E berrando de raiva como um bode.
Rasgou-se no cair de meio a meio,
O sangue pelas ventas me corria
Em paga do amoroso devaneio!...
Esse texto retrata as fases e as alterações da noção de cultura ao longo da história. Também as palavras passam
por mudanças, e itens lexicais outrora produtivos deixaram de sê-lo no português brasileiro atual. Sobre isso, tem-se
que
Sabemos que, nas normas do português padrão, há critérios sintáticos, mais especificamente, para a escolha da
pontuação. Entretanto, observamos, na atualidade, uma “pressa” que tem banido, sem perda da manutenção do
sentido, as vírgulas de alguns enunciados em que elas eram bastante usadas.
Pensando nisso, leia os trechos a seguir, retirados do texto, e aponte a alternativa em que o novo trecho, à direita,
altera, pelo uso da vírgula, as características semânticas e/ou sintáticas do enunciado, se avaliamos o contexto em
que este se insere.
Apresenta alteração sintático-semântica o trecho que se encontra à direita, na alternativa:
Considerando o trecho “Ao longo da história, a noção de cultura teve distintos significados e matizes.” (linha 1), esse
operador verbal em destaque
Leia este trecho: “Em todas as épocas históricas e até a nossa, em qualquer sociedade concreta havia pessoas
cultas e incultas e, entre esses dois extremos, pessoas mais ou menos cultas ou mais ou menos incultas. Ao mesmo
tempo, essa classificação estava bastante clara para todo o mundo [...]” (Linhas 12-15)
Nesse trecho, para que haja uma produção de sentido efetiva, é necessário acionar recursos linguístico-cognitivos
Nesse trecho, para que haja uma produção de sentido efetiva, é necessário acionar recursos linguístico-cognitivos
O texto aborda a classificação de pessoas como cultas ou incultas. Essa classificação foi possível, segundo o texto,
porque
INSTRUÇÃO: Leia o texto que segue para responder às questões propostas.
Fonte: LLOSA, Mário Vargas. Breve discurso sobre a cultura. In: MACHADO, Cassiano Elek (org.). Pensar a cultura. Porto Alegre: Arquipélago,
2013. p. 12-13.
A progressão textual contribui na construção da coerência textual. Nesse texto, essa progressão se constrói,
basicamente, pela(s)
INSTRUÇÃO: Leia o texto que segue para responder às questões propostas.
Fonte: LLOSA, Mário Vargas. Breve discurso sobre a cultura. In: MACHADO, Cassiano Elek (org.). Pensar a cultura. Porto Alegre: Arquipélago,
2013. p. 12-13.
É CORRETO afirmar que, em nossos tempos,
INSTRUÇÃO: Leia o texto que segue para responder às questões propostas.
Fonte: LLOSA, Mário Vargas. Breve discurso sobre a cultura. In: MACHADO, Cassiano Elek (org.). Pensar a cultura. Porto Alegre: Arquipélago,
2013. p. 12-13.
A cultura tem relação com todas essas formas de conhecimento, EXCETO
INSTRUÇÃO: Leia o texto que segue para responder às questões propostas.
Fonte: LLOSA, Mário Vargas. Breve discurso sobre a cultura. In: MACHADO, Cassiano Elek (org.). Pensar a cultura. Porto Alegre: Arquipélago,
2013. p. 12-13.
É CORRETO afirmar que a palavra “cultura” é marcada pelo(a)
INSTRUÇÃO: Leia o texto que segue para responder às questões propostas.
Fonte: LLOSA, Mário Vargas. Breve discurso sobre a cultura. In: MACHADO, Cassiano Elek (org.). Pensar a cultura. Porto Alegre: Arquipélago,
2013. p. 12-13.
Segundo o pensador alemão Karl Marx, a compreensão da história da humanidade deve partir da análise da sua
infraestrutura, ou da forma como se apresenta a estrutura econômica da sociedade, o que significa estudar os
elementos:
As origens gregas da filosofia revelam historicamente um processo de ruptura com a mitologia e, consequentemente,
com os deuses e as crenças até então predominantes culturalmente. Essa cultura mitológica fundamentava-se em
dogmas que, por sua vez, sustentavam a força de divindades sobre os homens, colocando-os em um lugar comum e
lhes fazendo acreditar nas mesmas coisas de maneira comum. Nesse contexto, a primeira necessidade dos
primeiros pensadores, conhecidos como pré-socráticos, foi conhecer a natureza a partir da sua origem. Desse modo,
entre os séculos VII e VI a.C, defendiam a existência de um princípio universal de que todas as coisas nasceram.
Qual é esse princípio (arkhé) para o primeiro filósofo Tales de Mileto?
Sócrates é considerado um dos filósofos mais importantes de todos os tempos. Na Grécia Antiga, por volta do século
V, ele mudou o foco da filosofia, que se ocupava com o estudo da natureza para o conhecimento do homem. Ele
adotou para a sua prática filosófica a inscrição do portal do Oráculo de Delfos, templo dedicado ao deus Apolo:
“Conheça-te a ti mesmo e conhecerás o mundo e os deuses”. Desse modo, considerou o conhecimento de si pelo
homem uma perspectiva fundamental para o desenvolvimento do pensamento científico, pois, no seu entendimento,
o sujeito que busca conhecer a natureza precisa antes conhecer a sua própria natureza. Nesse sentido, uma das
perguntas mais importantes e também mais complexas passou a ser: Quem sou eu? A formação da nossa
identidade é um ato filosófico, porquanto a filosofia nos assegura o pensamento rigoroso e reflexivo.
Seguindo essa linha de entendimento, encontramos definições sobre o que o homem é. Para Aristóteles, por
exemplo, o ser humano é
Sócrates é considerado um dos filósofos mais importantes de todos os tempos. Na Grécia Antiga, por volta do século V, ele mudou o foco da filosofia, que se ocupava com o estudo da natureza para o conhecimento do homem. Ele adotou para a sua prática filosófica a inscrição do portal do Oráculo de Delfos, templo dedicado ao deus Apolo: “Conheça-te a ti mesmo e conhecerás o mundo e os deuses”. Desse modo, considerou o conhecimento de si pelo homem uma perspectiva fundamental para o desenvolvimento do pensamento científico, pois, no seu entendimento, o sujeito que busca conhecer a natureza precisa antes conhecer a sua própria natureza. Nesse sentido, uma das perguntas mais importantes e também mais complexas passou a ser: Quem sou eu? A formação da nossa identidade é um ato filosófico, porquanto a filosofia nos assegura o pensamento rigoroso e reflexivo.
Seguindo essa linha de entendimento, encontramos definições sobre o que o homem é. Para Aristóteles, por exemplo, o ser humano é
Leia o trecho a seguir:
“Quando se analisa a importância da divisão do trabalho na sociedade, percebe-se que serviço econômico é o
mínimo em comparação ao efeito moral que ela produz: sua verdadeira função é criar entre duas ou várias pessoas
um sentimento de solidariedade. Essa solidariedade é mecânica na sociedade simples, pois os indivíduos pouco se
diferenciam uns dos outros. Já a divisão do trabalho na sociedade complexa promove a especialização das funções
e a ampla diferenciação entre as pessoas, gerando a solidariedade orgânica.”
A passagem acima se refere à seguinte obra e autor:
Leia o trecho a seguir:
“Quando se analisa a importância da divisão do trabalho na sociedade, percebe-se que serviço econômico é o mínimo em comparação ao efeito moral que ela produz: sua verdadeira função é criar entre duas ou várias pessoas um sentimento de solidariedade. Essa solidariedade é mecânica na sociedade simples, pois os indivíduos pouco se diferenciam uns dos outros. Já a divisão do trabalho na sociedade complexa promove a especialização das funções e a ampla diferenciação entre as pessoas, gerando a solidariedade orgânica.”
A passagem acima se refere à seguinte obra e autor:
As células cancerígenas podem ser destruídas quando expostas à radiação. O cobalto 60 é um radioisótopo aplicado
em tratamento de radioterapia. A equação abaixo mostra o decaimento radioativo.
6027Co → X + 6028Ni
Pode-se afirmar que a radiação representada por X é
As células cancerígenas podem ser destruídas quando expostas à radiação. O cobalto 60 é um radioisótopo aplicado em tratamento de radioterapia. A equação abaixo mostra o decaimento radioativo.
6027Co → X + 6028Ni
Pode-se afirmar que a radiação representada por X é