Questõesde UNESP 2013

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Foram encontradas 179 questões
91a27779-af
UNESP 2013 - Português - Interpretação de Textos, Coesão e coerência, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Mas esse a morte o sabe e o não revela.


Nas duas orações que constituem este verso, os termos em destaque apresentam o mesmo referente, a saber:

Instrução: A questão toma por base um fragmento de Glória moribunda, do poeta romântico brasileiro Álvares de Azevedo (1831-1852).



É uma visão medonha uma caveira?

Não tremas de pavor, ergue-a do lodo.

Foi a cabeça ardente de um poeta,

Outrora à sombra dos cabelos loiros.

Quando o reflexo do viver fogoso

Ali dentro animava o pensamento,

Esta fronte era bela. Aqui nas faces

Formosa palidez cobria o rosto;

Nessas órbitas — ocas, denegridas! —

Como era puro seu olhar sombrio!



Agora tudo é cinza. Resta apenas

A caveira que a alma em si guardava,

Como a concha no mar encerra a pérola,

Como a caçoula a mirra incandescente.



Tu outrora talvez desses-lhe um beijo;

Por que repugnas levantá-la agora?

Olha-a comigo! Que espaçosa fronte!

Quanta vida ali dentro fermentava,

Como a seiva nos ramos do arvoredo!

E a sede em fogo das ideias vivas

Onde está? onde foi? Essa alma errante

Que um dia no viver passou cantando,

Como canta na treva um vagabundo,

Perdeu-se acaso no sombrio vento,

Como noturna lâmpada apagou-se?

E a centelha da vida, o eletrismo

Que as fibras tremulantes agitava

Morreu para animar futuras vidas?



Sorris? eu sou um louco. As utopias,

Os sonhos da ciência nada valem.

A vida é um escárnio sem sentido,

Comédia infame que ensanguenta o lodo.

Há talvez um segredo que ela esconde;

Mas esse a morte o sabe e o não revela.

Os túmulos são mudos como o vácuo.

Desde a primeira dor sobre um cadáver,

Quando a primeira mãe entre soluços

Do filho morto os membros apertava

Ao ofegante seio, o peito humano

Caiu tremendo interrogando o túmulo...

E a terra sepulcral não respondia.



                    (Poesias completas, 1962.)

A
vácuo
B
escárnio.
C
lodo.
D
cadáver.
E
segredo.
919a4153-af
UNESP 2013 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Morreu para animar futuras vidas?


No verso em destaque, sob forma interrogativa, o eu lírico sugere com o termo animar que

Instrução: A questão toma por base um fragmento de Glória moribunda, do poeta romântico brasileiro Álvares de Azevedo (1831-1852).



É uma visão medonha uma caveira?

Não tremas de pavor, ergue-a do lodo.

Foi a cabeça ardente de um poeta,

Outrora à sombra dos cabelos loiros.

Quando o reflexo do viver fogoso

Ali dentro animava o pensamento,

Esta fronte era bela. Aqui nas faces

Formosa palidez cobria o rosto;

Nessas órbitas — ocas, denegridas! —

Como era puro seu olhar sombrio!



Agora tudo é cinza. Resta apenas

A caveira que a alma em si guardava,

Como a concha no mar encerra a pérola,

Como a caçoula a mirra incandescente.



Tu outrora talvez desses-lhe um beijo;

Por que repugnas levantá-la agora?

Olha-a comigo! Que espaçosa fronte!

Quanta vida ali dentro fermentava,

Como a seiva nos ramos do arvoredo!

E a sede em fogo das ideias vivas

Onde está? onde foi? Essa alma errante

Que um dia no viver passou cantando,

Como canta na treva um vagabundo,

Perdeu-se acaso no sombrio vento,

Como noturna lâmpada apagou-se?

E a centelha da vida, o eletrismo

Que as fibras tremulantes agitava

Morreu para animar futuras vidas?



Sorris? eu sou um louco. As utopias,

Os sonhos da ciência nada valem.

A vida é um escárnio sem sentido,

Comédia infame que ensanguenta o lodo.

Há talvez um segredo que ela esconde;

Mas esse a morte o sabe e o não revela.

Os túmulos são mudos como o vácuo.

Desde a primeira dor sobre um cadáver,

Quando a primeira mãe entre soluços

Do filho morto os membros apertava

Ao ofegante seio, o peito humano

Caiu tremendo interrogando o túmulo...

E a terra sepulcral não respondia.



                    (Poesias completas, 1962.)

A
a morte de uma pessoa deve ser festejada pelos que ficam.
B
o verdadeiro objetivo da morte é demonstrar o desvalor da vida.
C
a vida do poeta é mais consistente e animada que todas as outras.
D
a alma que habitou o corpo talvez possa reencarnar em novo corpo.
E
outras pessoas passam a viver melhor quando um homem morre.
91803d17-af
UNESP 2013 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Com ironia e fingida concordância, o cronista afirma que o resultado final do projeto encomendado à ciência aplicada será

Instrução: A questão a seguir toma por base uma passagem da crônica O pai, hoje e amanhã, de Carlos Drummond de Andrade (1902-1987).

      A civilização industrial, entidade abstrata, nem por isso menos poderosa, encomendou à ciência aplicada a execução de um projeto extremamente concreto: a fabricação do ser humano sem pais.
       A ciência aplicada faz o possível para aviar a encomenda a médio prazo. Já venceu a primeira etapa, com a inseminação artificial, que, de um lado, acelera a produtividade dos rebanhos (resultado econômico) e, de outro, anestesia o sentimento filial (resultado moral).
     O ser humano concebido por esse processo tanto pode considerar-se filho de dois pais como de nenhum. Em fase mais evoluída, o chamado bebê de proveta dispensará a incubação em ventre materno, desenvolvendo-se sob condições artificiais plenamente satisfatórias. Nenhum vínculo de memória, gratidão, amor, interesse, costume – direi mesmo: de ressentimento ou ódio – o ligará a qualquer pessoa responsável por seu aparecimento. O sêmen, anônimo, obtido por masturbação profissional e recolhido ao banco especializado, por sua vez cederá lugar ao gerador sintético, extraído de recursos da natureza vegetal e mineral. Estará abolida, assim, qualquer participação consciente do homem e da mulher no preparo e formação de uma unidade humana. Esta será produzida sob critérios políticos e econômicos tecnicamente estabelecidos, que excluem a inútil e mesmo perturbadora intromissão do casal. Pai? Mito do passado.
       Aparentemente, tal projeto parece coincidir com a tendência, acentuada nos últimos anos, de se contestar a figura tradicional do pai. Eliminando-se a presença incômoda, ter-se-ia realizado o ideal de inúmeros jovens que se revoltam contra ela – o pai de família e o pai social, o governo, a lei – e aspiram à vida isenta de compromissos com valores do passado.
      Julgo ilusória esta interpretação. O projeto tecnológico de eliminação do pai vai longe demais no caminho da quebra de padrões. A meu ver, a insubmissão dos filhos aos pais é fenômeno que envolve novo conceito de relações, e não ruptura de relações.

(De notícias e não notícias faz-se a crônica, 1975.)
A
a prova de que a ciência é mais poderosa que qualquer divindade.
B
o monopólio genético, com um só país produzindo a população.
C
a eliminação das diferenças culturais no planeta.
D
a exclusão dos pais na geração de bebês.
E
a criação de androides, que substituirão os seres humanos.
9196ec7f-af
UNESP 2013 - Português - Interpretação de Textos, Coesão e coerência

Como a concha no mar encerra a pérola,
Como a caçoula a mirra incandescente.


Nos versos em destaque, após a palavra caçoula, está subentendida, por elipse, a forma verbal

Instrução: A questão toma por base um fragmento de Glória moribunda, do poeta romântico brasileiro Álvares de Azevedo (1831-1852).



É uma visão medonha uma caveira?

Não tremas de pavor, ergue-a do lodo.

Foi a cabeça ardente de um poeta,

Outrora à sombra dos cabelos loiros.

Quando o reflexo do viver fogoso

Ali dentro animava o pensamento,

Esta fronte era bela. Aqui nas faces

Formosa palidez cobria o rosto;

Nessas órbitas — ocas, denegridas! —

Como era puro seu olhar sombrio!



Agora tudo é cinza. Resta apenas

A caveira que a alma em si guardava,

Como a concha no mar encerra a pérola,

Como a caçoula a mirra incandescente.



Tu outrora talvez desses-lhe um beijo;

Por que repugnas levantá-la agora?

Olha-a comigo! Que espaçosa fronte!

Quanta vida ali dentro fermentava,

Como a seiva nos ramos do arvoredo!

E a sede em fogo das ideias vivas

Onde está? onde foi? Essa alma errante

Que um dia no viver passou cantando,

Como canta na treva um vagabundo,

Perdeu-se acaso no sombrio vento,

Como noturna lâmpada apagou-se?

E a centelha da vida, o eletrismo

Que as fibras tremulantes agitava

Morreu para animar futuras vidas?



Sorris? eu sou um louco. As utopias,

Os sonhos da ciência nada valem.

A vida é um escárnio sem sentido,

Comédia infame que ensanguenta o lodo.

Há talvez um segredo que ela esconde;

Mas esse a morte o sabe e o não revela.

Os túmulos são mudos como o vácuo.

Desde a primeira dor sobre um cadáver,

Quando a primeira mãe entre soluços

Do filho morto os membros apertava

Ao ofegante seio, o peito humano

Caiu tremendo interrogando o túmulo...

E a terra sepulcral não respondia.



                    (Poesias completas, 1962.)

A
teme.
B
seca.
C
brilha.
D
queima.
E
encerra.
9193d7e0-af
UNESP 2013 - Literatura - Escolas Literárias, Romantismo

Do segundo ao último verso da primeira estrofe do poema, revelam-se características marcantes do Romantismo:

Instrução: A questão toma por base um fragmento de Glória moribunda, do poeta romântico brasileiro Álvares de Azevedo (1831-1852).



É uma visão medonha uma caveira?

Não tremas de pavor, ergue-a do lodo.

Foi a cabeça ardente de um poeta,

Outrora à sombra dos cabelos loiros.

Quando o reflexo do viver fogoso

Ali dentro animava o pensamento,

Esta fronte era bela. Aqui nas faces

Formosa palidez cobria o rosto;

Nessas órbitas — ocas, denegridas! —

Como era puro seu olhar sombrio!



Agora tudo é cinza. Resta apenas

A caveira que a alma em si guardava,

Como a concha no mar encerra a pérola,

Como a caçoula a mirra incandescente.



Tu outrora talvez desses-lhe um beijo;

Por que repugnas levantá-la agora?

Olha-a comigo! Que espaçosa fronte!

Quanta vida ali dentro fermentava,

Como a seiva nos ramos do arvoredo!

E a sede em fogo das ideias vivas

Onde está? onde foi? Essa alma errante

Que um dia no viver passou cantando,

Como canta na treva um vagabundo,

Perdeu-se acaso no sombrio vento,

Como noturna lâmpada apagou-se?

E a centelha da vida, o eletrismo

Que as fibras tremulantes agitava

Morreu para animar futuras vidas?



Sorris? eu sou um louco. As utopias,

Os sonhos da ciência nada valem.

A vida é um escárnio sem sentido,

Comédia infame que ensanguenta o lodo.

Há talvez um segredo que ela esconde;

Mas esse a morte o sabe e o não revela.

Os túmulos são mudos como o vácuo.

Desde a primeira dor sobre um cadáver,

Quando a primeira mãe entre soluços

Do filho morto os membros apertava

Ao ofegante seio, o peito humano

Caiu tremendo interrogando o túmulo...

E a terra sepulcral não respondia.



                    (Poesias completas, 1962.)

A
conteúdos e desenvolvimentos bucólicos.
B
subjetivismo e imaginação criadora.
C
submissão do discurso poético à musicalidade pura.
D
observação e descrição meticulosa da realidade.
E
concepção determinista e mecanicista da natureza.
918ccb94-af
UNESP 2013 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Pai? Mito do passado.


Esta pergunta e sua resposta, de acordo com o conteúdo da crônica, sintetizam um dos argumentos que, aparentemente, fundamentaram o projeto:

Instrução: A questão a seguir toma por base uma passagem da crônica O pai, hoje e amanhã, de Carlos Drummond de Andrade (1902-1987).

      A civilização industrial, entidade abstrata, nem por isso menos poderosa, encomendou à ciência aplicada a execução de um projeto extremamente concreto: a fabricação do ser humano sem pais.
       A ciência aplicada faz o possível para aviar a encomenda a médio prazo. Já venceu a primeira etapa, com a inseminação artificial, que, de um lado, acelera a produtividade dos rebanhos (resultado econômico) e, de outro, anestesia o sentimento filial (resultado moral).
     O ser humano concebido por esse processo tanto pode considerar-se filho de dois pais como de nenhum. Em fase mais evoluída, o chamado bebê de proveta dispensará a incubação em ventre materno, desenvolvendo-se sob condições artificiais plenamente satisfatórias. Nenhum vínculo de memória, gratidão, amor, interesse, costume – direi mesmo: de ressentimento ou ódio – o ligará a qualquer pessoa responsável por seu aparecimento. O sêmen, anônimo, obtido por masturbação profissional e recolhido ao banco especializado, por sua vez cederá lugar ao gerador sintético, extraído de recursos da natureza vegetal e mineral. Estará abolida, assim, qualquer participação consciente do homem e da mulher no preparo e formação de uma unidade humana. Esta será produzida sob critérios políticos e econômicos tecnicamente estabelecidos, que excluem a inútil e mesmo perturbadora intromissão do casal. Pai? Mito do passado.
       Aparentemente, tal projeto parece coincidir com a tendência, acentuada nos últimos anos, de se contestar a figura tradicional do pai. Eliminando-se a presença incômoda, ter-se-ia realizado o ideal de inúmeros jovens que se revoltam contra ela – o pai de família e o pai social, o governo, a lei – e aspiram à vida isenta de compromissos com valores do passado.
      Julgo ilusória esta interpretação. O projeto tecnológico de eliminação do pai vai longe demais no caminho da quebra de padrões. A meu ver, a insubmissão dos filhos aos pais é fenômeno que envolve novo conceito de relações, e não ruptura de relações.

(De notícias e não notícias faz-se a crônica, 1975.)
A
a autoridade dos filhos sobre os pais foi a base da civilização.
B
a figura paterna é necessária à sociedade.
C
a mãe educa melhor o filho para a vida real.
D
a estrutura familiar não foi descrita em mitos e lendas.
E
a função do pai é hoje ultrapassada e dispensável.
91882a1e-af
UNESP 2013 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Com o termo unidade humana, empregado no penúltimo período do terceiro parágrafo, Drummond sugere que

Instrução: A questão a seguir toma por base uma passagem da crônica O pai, hoje e amanhã, de Carlos Drummond de Andrade (1902-1987).

      A civilização industrial, entidade abstrata, nem por isso menos poderosa, encomendou à ciência aplicada a execução de um projeto extremamente concreto: a fabricação do ser humano sem pais.
       A ciência aplicada faz o possível para aviar a encomenda a médio prazo. Já venceu a primeira etapa, com a inseminação artificial, que, de um lado, acelera a produtividade dos rebanhos (resultado econômico) e, de outro, anestesia o sentimento filial (resultado moral).
     O ser humano concebido por esse processo tanto pode considerar-se filho de dois pais como de nenhum. Em fase mais evoluída, o chamado bebê de proveta dispensará a incubação em ventre materno, desenvolvendo-se sob condições artificiais plenamente satisfatórias. Nenhum vínculo de memória, gratidão, amor, interesse, costume – direi mesmo: de ressentimento ou ódio – o ligará a qualquer pessoa responsável por seu aparecimento. O sêmen, anônimo, obtido por masturbação profissional e recolhido ao banco especializado, por sua vez cederá lugar ao gerador sintético, extraído de recursos da natureza vegetal e mineral. Estará abolida, assim, qualquer participação consciente do homem e da mulher no preparo e formação de uma unidade humana. Esta será produzida sob critérios políticos e econômicos tecnicamente estabelecidos, que excluem a inútil e mesmo perturbadora intromissão do casal. Pai? Mito do passado.
       Aparentemente, tal projeto parece coincidir com a tendência, acentuada nos últimos anos, de se contestar a figura tradicional do pai. Eliminando-se a presença incômoda, ter-se-ia realizado o ideal de inúmeros jovens que se revoltam contra ela – o pai de família e o pai social, o governo, a lei – e aspiram à vida isenta de compromissos com valores do passado.
      Julgo ilusória esta interpretação. O projeto tecnológico de eliminação do pai vai longe demais no caminho da quebra de padrões. A meu ver, a insubmissão dos filhos aos pais é fenômeno que envolve novo conceito de relações, e não ruptura de relações.

(De notícias e não notícias faz-se a crônica, 1975.)
A
cada ser humano será como um produto industrial qualquer.
B
cada indivíduo já nascerá como um democrata por natureza.
C
não haverá diferença de sexo entre as pessoas.
D
os homens se tornarão solidários e dotados de livre arbítrio.
E
a população mundial agirá como se fosse um só ser.
91842a3b-af
UNESP 2013 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

De acordo com a crônica, o autor acredita que a inseminação artificial apresentará uma consequência no sistema de valores familiares:

Instrução: A questão a seguir toma por base uma passagem da crônica O pai, hoje e amanhã, de Carlos Drummond de Andrade (1902-1987).

      A civilização industrial, entidade abstrata, nem por isso menos poderosa, encomendou à ciência aplicada a execução de um projeto extremamente concreto: a fabricação do ser humano sem pais.
       A ciência aplicada faz o possível para aviar a encomenda a médio prazo. Já venceu a primeira etapa, com a inseminação artificial, que, de um lado, acelera a produtividade dos rebanhos (resultado econômico) e, de outro, anestesia o sentimento filial (resultado moral).
     O ser humano concebido por esse processo tanto pode considerar-se filho de dois pais como de nenhum. Em fase mais evoluída, o chamado bebê de proveta dispensará a incubação em ventre materno, desenvolvendo-se sob condições artificiais plenamente satisfatórias. Nenhum vínculo de memória, gratidão, amor, interesse, costume – direi mesmo: de ressentimento ou ódio – o ligará a qualquer pessoa responsável por seu aparecimento. O sêmen, anônimo, obtido por masturbação profissional e recolhido ao banco especializado, por sua vez cederá lugar ao gerador sintético, extraído de recursos da natureza vegetal e mineral. Estará abolida, assim, qualquer participação consciente do homem e da mulher no preparo e formação de uma unidade humana. Esta será produzida sob critérios políticos e econômicos tecnicamente estabelecidos, que excluem a inútil e mesmo perturbadora intromissão do casal. Pai? Mito do passado.
       Aparentemente, tal projeto parece coincidir com a tendência, acentuada nos últimos anos, de se contestar a figura tradicional do pai. Eliminando-se a presença incômoda, ter-se-ia realizado o ideal de inúmeros jovens que se revoltam contra ela – o pai de família e o pai social, o governo, a lei – e aspiram à vida isenta de compromissos com valores do passado.
      Julgo ilusória esta interpretação. O projeto tecnológico de eliminação do pai vai longe demais no caminho da quebra de padrões. A meu ver, a insubmissão dos filhos aos pais é fenômeno que envolve novo conceito de relações, e não ruptura de relações.

(De notícias e não notícias faz-se a crônica, 1975.)
A
anestesia do sentimento filial.
B
negação do poder de Deus.
C
valorização da figura paterna.
D
divinização da ciência.
E
quebra das leis da natureza.
91903c60-af
UNESP 2013 - Português - Crase

[...] e aspiram à vida isenta de compromissos com valores do passado.


Na frase apresentada, a colocação do acento grave sobre o “a” informa que

Instrução: A questão a seguir toma por base uma passagem da crônica O pai, hoje e amanhã, de Carlos Drummond de Andrade (1902-1987).

      A civilização industrial, entidade abstrata, nem por isso menos poderosa, encomendou à ciência aplicada a execução de um projeto extremamente concreto: a fabricação do ser humano sem pais.
       A ciência aplicada faz o possível para aviar a encomenda a médio prazo. Já venceu a primeira etapa, com a inseminação artificial, que, de um lado, acelera a produtividade dos rebanhos (resultado econômico) e, de outro, anestesia o sentimento filial (resultado moral).
     O ser humano concebido por esse processo tanto pode considerar-se filho de dois pais como de nenhum. Em fase mais evoluída, o chamado bebê de proveta dispensará a incubação em ventre materno, desenvolvendo-se sob condições artificiais plenamente satisfatórias. Nenhum vínculo de memória, gratidão, amor, interesse, costume – direi mesmo: de ressentimento ou ódio – o ligará a qualquer pessoa responsável por seu aparecimento. O sêmen, anônimo, obtido por masturbação profissional e recolhido ao banco especializado, por sua vez cederá lugar ao gerador sintético, extraído de recursos da natureza vegetal e mineral. Estará abolida, assim, qualquer participação consciente do homem e da mulher no preparo e formação de uma unidade humana. Esta será produzida sob critérios políticos e econômicos tecnicamente estabelecidos, que excluem a inútil e mesmo perturbadora intromissão do casal. Pai? Mito do passado.
       Aparentemente, tal projeto parece coincidir com a tendência, acentuada nos últimos anos, de se contestar a figura tradicional do pai. Eliminando-se a presença incômoda, ter-se-ia realizado o ideal de inúmeros jovens que se revoltam contra ela – o pai de família e o pai social, o governo, a lei – e aspiram à vida isenta de compromissos com valores do passado.
      Julgo ilusória esta interpretação. O projeto tecnológico de eliminação do pai vai longe demais no caminho da quebra de padrões. A meu ver, a insubmissão dos filhos aos pais é fenômeno que envolve novo conceito de relações, e não ruptura de relações.

(De notícias e não notícias faz-se a crônica, 1975.)
A
o “a” deve ser pronunciado com alongamento, já que se trata de dois vocábulos, um pronome átono e uma preposição, representados por uma só letra.
B
o “a”, por ser pronome átono, deve ser sempre colocado após o verbo, em ênclise, e pronunciado como um monossílabo tônico.
C
o verbo “aspirar”, na regência em que é empregado, solicita a preposição “a”, que se funde com o artigo feminino “a”, caracterizando uma ocorrência de crase.
D
o “a”, como artigo definido, é um monossílabo átono, e o acento grave tem a finalidade de sinalizar ao leitor essa atonicidade.
E
o termo “de compromissos com valores do passado” exerce a função de adjunto adverbial de “isenta”.
c7a834d3-9f
UNESP 2013 - Matemática - Aritmética e Problemas, Porcentagem, Funções, Logaritmos

Caso a velocidade média do trânsito nos principais corredores viários paulistanos continue decaindo nos mesmos percentuais pelos próximos anos e sabendo que ln 2 ≈ 0,69, ln 3 ≈ 1,10, ln 5 ≈ 1,61 e ln 19 ≈ 2,94, os anos aproximados em que as velocidades médias nos picos da manhã e da tarde chegarão à metade daquelas observadas em 2012 serão, respectivamente

O que era impressão virou estatística: a cidade de São Paulo está cada dia mais lenta. Quem mostra é a própria CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), que concluiu um estudo anual sobre o trânsito paulistano.Os dados de 2012 apontam que a velocidade média nos principais corredores viários da cidade foi de 22,1 km/h no pico da manhã e de 18,5 km/h no pico da tarde. Uma piora de 5% e 10% em relação a 2008, respectivamente.

imagem-050.jpg
A
2028 e 2019
B
2068 e 2040
C
2022 e 2017
D
2025 e 2018.
E
2057 e 2029.
c32e37bf-9f
UNESP 2013 - Matemática - Probabilidade

Em um condomínio residencial, há 120 casas e 230 terrenos sem edificações. Em um determinado mês, entre as casas, 20% dos proprietários associados a cada casa estão com as taxas de condomínio atrasadas, enquanto que, entre os proprietários associados a cada terreno, esse percentual é de 10%. De posse de todos os boletos individuais de cobrança das taxas em atraso do mês, o administrador do empreendimento escolhe um boleto ao acaso. A probabilidade de que o boleto escolhido seja de um proprietário de terreno sem edificação é de

A
24/350
B
24/47
C
47/350
D
23/350
E
23/47
c44c5c42-9f
UNESP 2013 - Matemática - Matrizes, Álgebra Linear

Considere a equação matricial A + BX = X + 2C, cuja incógnita é a matriz X e todas as matrizes são quadradas de ordem n. A condição necessária e suficiente para que esta equação tenha solução única é que:

A
B – I ≠ O, onde I é a matriz identidade de ordem n e O é a matriz nula de ordem n
B
B seja invertível.
C
B ≠ O, onde O é a matriz nula de ordem n.
D
B – I seja invertível, onde I é a matriz identidade de ordem n
E
A e C sejam invertíveis.
c56ab8af-9f
UNESP 2013 - Matemática - Polinômios

Sabe-se que, na equação x3 + 4x2 + x – 6 = 0, uma das raízes é igual à soma das outras duas. O conjunto solução (S) desta equação é

A
S = {– 3, – 2, – 1}
B
S = {– 3, – 2, + 1}
C
S = {+ 1, + 2, + 3}
D
S = {– 1, + 2, + 3}
E
S = {– 2, + 1, + 3}
c688e1ac-9f
UNESP 2013 - Matemática - Aritmética e Problemas, Médias

Semanalmente, o apresentador de um programa televisivo reparte uma mesma quantia em dinheiro igualmente entre os vencedores de um concurso. Na semana passada, cada um dos 15 vencedores recebeu R$ 720,00. Nesta semana, houve 24 vencedores; portanto, a quantia recebida por cada um deles, em reais, foi de

A
675,00.
B
600,00.
C
450,00.
D
540,00.
E
400,00.
ba20b754-9f
UNESP 2013 - Física - Cinemática, Gráficos do MRU e MRUV

Caso não tivesse reduzido a velocidade devido às obras, mas mantido sua velocidade constante de 90 km/h durante os 80 s representados no gráfico, a distância adicional que teria percorrido nessa estrada seria, em metros, de

Um motorista dirigia por uma estrada plana e retilínea quando, por causa de obras, foi obrigado a desacelerar seu veículo, reduzindo sua velocidade de 90 km/h (25 m/s) para 54 km/h (15 m/s). Depois de passado o trecho em obras, retornou à velocidade inicial de 90 km/h. O gráfico representa como variou a velocidade escalar do veículo em função do tempo, enquanto ele passou por esse trecho da rodovia.

imagem-031.jpg
A
1 650
B
800
C
950.
D
1 250
E
350
c209e466-9f
UNESP 2013 - Matemática - Trigonometria

O conjunto solução (S) para a inequação 2·cos 2 x + cos(2x) > 2, em que 0 < x < π, é dado por:

A
imagem-045.jpg
B
imagem-046.jpg
C
imagem-047.jpg
D
imagem-048.jpg
E
imagem-049.jpg
c0e760af-9f
UNESP 2013 - Física - Grandezas e Unidades, Conteúdos Básicos

Nessas condições, o número estimado de pessoas na foto seria de

Em ocasiões de concentração popular, frequentemente lemos ou escutamos informações desencontradas a respeito do número de participantes. Exemplo disso foram as informações divulgadas sobre a quantidade de manifestantes em um dos protestos na capital paulista, em junho passado. Enquanto a Polícia Militar apontava a participação de 30 mil pessoas, o Datafolha afirmava que havia, ao menos, 65 mil.

imagem-043.jpg

Tomando como base a foto, admita que:
(1) a extensão da rua plana e linear tomada pela população seja de 500 metros;
(2) o gráfico forneça o número médio de pessoas por metro quadrado nas diferentes sessões transversais da rua;

imagem-044.jpg

(3) a distribuição de pessoas por m2em cada sessão transversal da rua tenha sido uniforme em toda a extensão da manifestação.
A
19 250.
B
5 500.
C
7 250.
D
38 500
E
9 250.
bfc8d115-9f
UNESP 2013 - Física - Magnetismo Elementar, Magnetismo, Eletricidade

Na condição de uma corrente elevada percorrer o disjuntor no sentido indicado na figura, sendo αX e αY os coeficientes de dilatação linear dos metais X e Y, para que o contato C seja desfeito, deve valer a relação_________ e, nesse caso, o vetor que representa o campo magnético criado ao longo do eixo do eletroímã apontará para a___________ .

Os termos que preenchem as lacunas estão indicados correta e respectivamente na alternativa

A figura é o esquema simplificado de um disjuntor termomagnético utilizado para a proteção de instalações elétricas residenciais. O circuito é formado por um resistor de baixa resistência R; uma lâmina bimetálica L, composta pelos metais X e Y; um eletroímã E; e um par de contatos C. Esse par de contatos tende a abrir pela ação da mola M2, mas o braço atuador A impede, com ajuda da mola M1.O eletroímã E é dimensionado para atrair a extremidade do atuador A somente em caso de corrente muito alta (curto circuito) e, nessa situação, A gira no sentido indicado, liberando a abertura do par de contatos C pela ação de M2

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De forma similar, R e L são dimensionados para que esta última não toque a extremidade de A quando o circuito é percorrido por uma corrente até o valor nominal do disjuntor. Acima desta, o aquecimento leva o bimetal a tocar o atuador A, interrompendo o circuito de forma idêntica à do eletroímã
A
αx > αy... esquerda
B
αx < α y... esquerda
C
αx > αy... direita
D
αx = αy...direita
E
αx < αy...direita
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UNESP 2013 - Física - Oscilação e Ondas, Ondas e Propriedades Ondulatórias

A figura que melhor representa a configuração da corda nesse mesmo trecho devido à formação da onda estacionária, no instante 3T/4 , está representada na alternativa

Duas ondas mecânicas transversais e idênticas, I e II, propagam-se em sentidos opostos por uma corda elástica tracionada. A figura 1 representa as deformações que a onda I, que se propaga para direita, provocaria em um trecho da corda nos instantes t = 0 e t = T/4 ,em que T é o período de oscilação das duas ondas. A figura 2 representa as deformações que a onda II, que se propaga para esquerda, provocaria no mesmo trecho da corda, nos mesmos instantes relacionados na figura 1. Ao se cruzarem, essas ondas produzem uma figura de interferência e, devido a esse fenômeno, estabelece-se uma onda estacionária na corda. A figura 3 representa a configuração da corda resultante da interferência dessas duas ondas, nos mesmos instantes t = 0 e t = T/4 

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A
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B
imagem-038.jpg
C
imagem-039.jpg
D
imagem-040.jpg
E
imagem-041.jpg
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UNESP 2013 - Física - Ótica, Espelhos Planos

Olhando para o espelho, a pessoa pode ver a imagem de um motociclista e de sua motocicleta que passam pela rua com velocidade constante V = 0,8 m/s, em uma trajetória retilínea paralela à calçada, conforme indica a linha tracejada. Considerando que o ponto O na figura represente a posição dos olhos da pessoa parada na calçada, é correto afirmar que ela poderá ver a imagem por inteiro do motociclista e de sua motocicleta refletida no espelho durante um intervalo de tempo, em segundos, igual a

Uma pessoa está parada numa calçada plana e horizontal diante de um espelho plano vertical E pendurado na fachada de uma loja. A figura representa a visão de cima da região.

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A
2
B
3
C
4
D
5
E
1