Questõesde UNEB 2014

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UNEB 2014 - Inglês - Interpretação de texto | Reading comprehension

Snoopy started feeling bad

SCHULZ, Peanuts. Disponível em: . Acesso em: 15 nov. 2014.

A
because he refused to eat his regular food.
B
long before he knew he had to eat cat food.
C
as soon as he was told he had eaten cat food.
D
when the boy told him he was going to eat cat food.
E
although he had been told the cat food was of good quality
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UNEB 2014 - Inglês - Grau dos adjetivos | Adjective degrees, Adjetivos | Adjectives

The adjective “worst” (l. 3) is the superlative degree of

A
ill
B
bad.
C
well.
D
wise.
E
badly.
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UNEB 2014 - Inglês - Interpretação de texto | Reading comprehension

Fill in the parentheses with T (True) or F (False).
According to the study mentioned in the text,
( ) using public transportation can make people feel down.
( ) travelling to and from work is no problem for the majority of people.
( ) people should be stimulated to avoid driving to work and opt for active commuting.
( ) replacing the car for active commuting can have significant positive impacts on a person’s health.

The correct sequence, from top to bottom, is

A
T T T T
B
T T F F
C
T F F T
D
F T T F
E
F F T T
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UNEB 2014 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Eis a fábrica. Entrei de novo, sem licença. Eu andava a esmo, pelo meio do salão de trabalho, tropeçando nos matos rasteiros. Eu só queria repor as peças em seus lugares, ligar as máquinas, aquecer o forno e despertar a chaminé. O menino de novo me observava, talvez curioso ante minha empreitada. Eu perscrutava-lhe uma pergunta que ele não alcançou formular. Eu, também funcionário, em certo depois, minha função era a última de todas. Enfim, eu agora a exercia. Ouvi que a fábrica apitava e me senti arrepiar inteiro. Estava findo esse turno de trabalho. Então eu fui saindo.
— Esta fábrica está morta.
O menino disse isso e retomou sua bicicleta. Deu uma última olhada, foi-se a guiar para longe, fazendo girar o tempo presente. Era já o cair da tarde; e dentro de mim o apito da fábrica chorava. Eu via de novo a fumaça formando nuvens e provava o cheiro morno dos biscoitos. Continuei caminhando, sem olhar para trás, os matos já não me incomodavam. Era hora, e eu ia saindo pelo mesmo portão aberto, por onde as minhas lágrimas passavam.
FONSECA, Aleilton. O sabor das nuvens. O desterro dos mortos: contos. 3. ed. Itabuna: Via Litterarum, 2012. p. 51.

No conto O sabor das nuvens, que faz parte da obra “O desterro dos mortos”, metaforiza-se a morte através da perda

A
da inocência infantil, fazendo o sujeito narrador mergulhar em mundo de sonhos que foi desconstruído pela constatação de que a fábrica de biscoitos nunca existiu concretamente.
B
de uma experiência subjetiva de prazer proporcionada, na infância, pela existência de uma fábrica de biscoitos que se acabou em ruínas, mas que será registrada por meio da escrita.
C
do sentimento de esperança diante da certeza de que em algum momento o narrador personagem poderia concretizar uma sonho que foi sempre frustrado.
D
da memória de um momento que passou despercebido para o narrador-personagem, que, no presente, busca reconstruí-lo através da própria literatura.
E
de uma referência identitária destituída durante a infância do sujeito narrador, que, no presente da enunciação, busca reencontrá-la através da memória.
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UNEB 2014 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

A comparação entre os versos de Helena Parente e os de Cecília Meireles está sem respaldo textual na alternativa

A
Os dois textos poéticos revelam uma escritura feminina marcada pela melancolia e pela busca de identidade.
B
O poema de Helena Parente é o único que faz uma retrospectiva de uma procura antiga e incessante de sua própria identidade.
C
O não reconhecimento identitário, embora em contextos e momentos diferentes, é a tônica temática nos dois poemas.
D
A voz lírica de Helena Parente reflete sobre as experiências múltiplas vividas na busca de sua identidade, enquanto a de Cecília Meireles não se reconhece na efemeridade de seu eu.
E
Os versos de Cecília Meireles revelam melancolia e tristeza na constatação e negação subsequente da efemeridade da vida, ao contrário dos de Helena Parente que explicitam uma consciência complacente e satisfeita na constatação de uma velhice madura e bem vivida.
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UNEB 2014 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

O que houve com Valentim, deixando-o sem despedir-se, perdendo-se na multidão, ele jamais saberia. Só, novamente só, com as suas trevas e o porrete de apalpar o chão. Passo a passo, muito devagar, retornou e tão só em si mesmo que não percebeu sequer os que, a seu lado, regressavam às casas. Andou assim, sempre a pensar nos enforcados, até que reconheceu o Largo da Palma pela aspereza das pedras e o macio da grama. Tudo o que queria, afinal, era o seu lugar no canto do pátio da igreja.
E, ao aproximar-se, ao sentir o cheiro do incenso, pensou que naquele momento já cortavam as cabeças e as mãos dos enforcados. Colocadas em exposição, no Cruzeiro de São Francisco ou na Rua Direita do Palácio, até que ficassem os ossos. O Largo da Palma, porque sem povo e sem movimento, seria poupado. Ajoelhou-se, então, pondo as mãos na porta da igreja.
E, única vez em toda a vida, agradeceu à Santa da Palma ter nascido cego.
FILHO, Adonias. O Largo da Palma. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2005. p. 96-97.

Inserindo-se o fragmento destacado na leitura global da novela “Os enforcados”, é correto afirmar:

A
O Largo da Palma, para o cego, foi poupado da exposição da dor e da miséria dos enforcados porque não sugeria resistência ou ameaça, visto que seus moradores compactuavam da ideologia dominante.
B
O cego do Largo da Palma, em função de sua deficiência visual, torna-se alheio e distante de cenas de crueldade que comprovam as perseguições e o cerceamento de discursos de resistência na Colônia do século XVIII.
C
O deficiente visual, após a decapitação dos condenados, não compreende o silêncio que assola a cidade e fica decepcionado com a atitude de Valentim, que não reage diante da injustiça praticada pela Metrópole aos moradores da Colônia.
D
A denúncia de medo e opressão, que se concretiza no conto “Os enforcados”, gera, no personagem que nascera destituído da visão, uma reflexão sobre seu ceticismo religioso e a necessidade de agradecer pelos desígnios divinos, diante da situação vivida.
E
A ironia que se estabelece na narrativa justifica-se pelo fato de o foco narrativo se desenvolver pela percepção de um cego, que capta verdades de um contexto histórico de opressão na Colônia por meio de sutilezas quase imperceptíveis aos olhos humanos.
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UNEB 2014 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Ao aproximar-se, Pedro Archanjo notou que Nilo Argolo punha os braços atrás das costas para impedir qualquer tentativa de aperto de mão. Um calor subiu-lhe ao rosto.

Com o desplante de quem examinasse bicho ou coisa, atentamente o professor estudou a fisionomia e o porte do funcionário; no rosto infenso refletiu-se indisfarçável surpresa ao constatar o garbo e a limpeza nos trajes do mulato, o perfeito decoro. De certos mestiços, o catedrático pensava e, em determinados casos, até dizia: Este merecia ser branco, o que o desgraça é o sangue africano.

— Foi você quem escreveu uma brochura intitulada A vida...

—... popular da Bahia... — Archanjo superara a humilhação inicial, dispunha-se ao diálogo. — Deixei um exemplar para o senhor na secretaria.

— Diga senhor professor — corrigiu, áspero, o lente ilustre. — Senhor professor, não senhor apenas, não se esqueça. Conquistei o título em concurso, tenho direito a ele e o exijo. Compreendeu?

— Sim, senhor professor — a voz distante e álgida, o único desejo de Pedro Archanjo era ir-se embora.

— Diga-me: as diversas anotações sobre costumes, festas tradicionais, cerimônias fetichistas, que você classifica de obrigações, são realmente exatas?

— Sim, senhor professor.

— Sobre cucumbis, por exemplo. São verídicas?

— Sim, senhor professor.

— Não foram inventadas por você?

— Não, senhor professor.

— Li sua brochura e, tendo em conta quem a escreveu — novamente o examinou com olhos fulvos e hostis —, não lhe nego certo mérito, limitado a algumas observações, bem entendido. Carece de qualquer seriedade científica e as conclusões sobre mestiçagem são necessidades delirantes e perigosas. Mas nem por isso deixa de ser repositório de fatos dignos de atenção. Vale leitura.

AMADO, Jorge. Tenda dos Milagres. 47. ed. Rio de Janeiro: Record, 2007. p. 143-144.


A leitura do fragmento de “Tenda dos Milagres”, devidamente contextualizado na obra, permite afirmar:

A
A figura de Pedro Archanjo representa a sabedoria popular e mestiça, que valoriza a influência da cultura africana nos hábitos da sociedade baiana, confrontando-se ideologicamente com o professor Nilo Argolo, representante, através da teoria de eugenia racial, da cultura branca, preconceituosa.
B
A fala de Pedro Archanjo denuncia uma postura de poder e supremacia diante do discurso preconceituoso e racista do professor, que reproduz os valores da Faculdade de Medicina na Bahia do século XIX.
C
O fragmento destacado traz a problematização do romance-tese, na medida em que ratifica a concepção do discurso de alguns acadêmicos sobre a degenerescência psíquica e mental dos povos mestiços.
D
O professor Nilo Argolo é obrigado a reconhecer o valor literário da obra escrita por Pedro Archanjo, ainda que ela fosse de encontro à sua própria teoria eugênica como melhoramento de raça.
E
O discurso do professor Nilo Argolo reproduz a ideologia acadêmica que valoriza a cultura mestiça em detrimento de pesquisas científicas marcadas pela concepção do ideal eugênico.
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UNEB 2014 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Voltou-se para os curiosos ainda a fitá-la, era aquela gentinha do Tabuão, a ralé em cuja companhia Quincas se comprazia. Que faziam ali? Não compreendiam que Quincas Berro D’água terminara ao exalar o último suspiro? Que ele fora apenas uma invenção do diabo? Um sonho mau, um pesadelo? Novamente Joaquim Soares da Cunha voltaria e estaria um pouco entre os seus, no conforto de uma casa honesta, reintegrado em sua respeitabilidade. Chegara a hora do retorno e desta vez Quincas não poderia rir na cara da filha e do genro, mandá-los plantar batatas, dar-lhes um adeusinho irônico e sair assoviando. Estava estendido no catre, sem movimentos. Quincas Berro D’água acabara.

Vanda levantou a cabeça, passeou um olhar vitorioso pelos presentes, ordenou com aquela voz de Otacília:

— Desejam alguma coisa? Senão, podem ir saindo. Dirigiu-se depois ao santeiro:

— O senhor podia fazer o favor de chamar um médico? Para o atestado de óbito.

O santeiro aquiesceu com a cabeça, estava impressionado. Os outros retiravam-se devagar. Vanda ficou só com o cadáver. Quincas Berro D’água sorria e o dedo grande do pé direito parecia crescer no buraco da meia.

AMADO, Jorge. A morte e a morte de Quincas Berro D’água. São Paulo: Companhia da Letras, 2008. p. 25.


Contextualizado na obra, o fragmento em destaque permite afirmar que Vanda

A
representa a ideologia de preconceito e intolerância diante da cultura popular e dos estratos sociais inferiores da cidade de Salvador.
B
reconsidera a avaliação que fazia dos amigos de Quincas Berro D’água, admitindo que seu genitor nunca perdera a sua respeitabilidade.
C
reproduz os valores do grupo social a que pertence, mas trata com respeito e cortesia os amigos do falecido, em respeito à sua memória.
D
idealiza a figura do pai, mesmo reconhecendo que ele nunca voltaria a ser o “Joaquim Soares da Cunha”, um respeitável chefe de família.
E
não compreendia as escolhas paternas, embora reconhecesse que a vida no Tabuão era mais livre e espontânea do que a vida que levava ao lado da mulher Otacília.
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UNEB 2014 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Mamãe, quando ela disse a seus pais que ia se casar comigo, eles se revoltaram:
Todo baiano é negro.
Todo baiano é pobre.
Todo baiano é veado.
Todo baiano acaba largando a mulher e os filhos para voltar para a Bahia.
Mas nós nos casamos mesmo assim. Tivemos dois filhos (um dia ainda lhe mando um retrato de seus netos). Depois ela fugiu com Zé do Pistom e levou os meus filhos.
Zé está me matando. Eles estão me matando. Devem ser uma dúzia de homens, fardados e armados. Aqui, no meio da rua. Na grande capital.
Dinheiro, dinheiro, dinheiro.
Cresce logo, menino, para você ir para São Paulo.
Aqui vivi e morri um pouco todos os dias.
No meio da fumaça, no meio do dinheiro.
Não sei se fico ou se volto.
Não sei se estou em São Paulo ou no Junco.
— Levanta, corno.
Eles me mandam dançar um xaxado. Não posso, não aguento, não suporto. Voltaram a me bater.
O homem na janela deve ter saído da janela. Apagou a luz, desapareceu, foi dormir.
São Paulo é uma cidade deserta.
Outra pancada e esqueci de tudo.
TORRES, Antônio. Essa Terra. 21. ed. Rio de Janeiro: Record, 2005. p. 62-63.

Considerando-se a leitura global da obra “Essa Terra”, o fragmento em destaque evidencia

A
a realidade de preconceito e de exclusão vivida por Totonhim no período em que se afastou de sua terra natal.
B
o desenraizamento do personagem Nelo que, ao voltar e não se reconhecer em suas origens, resolve se matar
C
a dificuldade experimentada por uma família no interior da Bahia, retratando, com isso, a diferença da vida no interior e na capital.
D
o drama da migração nordestina para São Paulo, relatando, por meio do fluxo de consciência, situações de opressão e as consequências psicológicas que envolveram toda a família.
E
o caos e a inverossimilhança no discurso indireto livre do filho pródigo, que, ao retornar da capital paulista, busca justificar seu distanciamento e renúncia em relação a suas origens.
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UNEB 2014 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Entre as ideias desenvolvidas no último parágrafo do texto, ocorre o que está devidamente identificado em

BLACH, Mateus. Patrimônio Cultural, parte II: a contemporaneidade. Disponível em:. Acesso em: 9 nov. 2014. 

A
A citação de um fato e sua explicação.
B
Uma relação de causa e consequência.
C
A conversão de um discurso para outro.
D
A transferência de um lugar de origem para outro destino.
E
O desenvolvimento de um fato canalizado para uma conclusão.
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UNEB 2014 - Português - Interpretação de Textos, Uso dos conectivos, Termos essenciais da oração: Sujeito e Predicado, Coesão e coerência, Uso das aspas, Sintaxe, Pontuação, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

No que se refere aos aspectos linguísticos do texto, é correto afirmar:

BLACH, Mateus. Patrimônio Cultural, parte II: a contemporaneidade. Disponível em:. Acesso em: 9 nov. 2014. 

A
A forma verbal “pode ser explicada” (l. 2) estrutura-se com base em um sujeito paciente, tendo como agente da ação verbal o termo “pela dicotomia na relação entre o global e o local.” (l. 2-3).
B
As expressões que mantêm a progressão temática “De um lado” (l. 3) e “Por outro lado” (l. 6) conectam ideias através de uma comparação de situações consideradas paradoxais e inconciliáveis.
C
As aspas presentes no termo “ ‘contramovimento’ ” (l. 7) ratificam o discurso irônico do enunciador do texto, diante de uma expressão com a qual ele não concorda.
D
O vocábulo “sobretudo” (l. 12) é um modificador verbal que sugere ideia de retificação quanto à informação apresentada.
E
O termo coesivo “como”, em “como danças típicas, ritos, expressões religiosas” (l. 26-27), evidencia uma comparação entre as categorias culturais consideradas pertencentes ao patrimônio ou não.
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UNEB 2014 - Português - Interpretação de Textos, Denotação e Conotação

É exemplo de linguagem conotativa o fragmento apresentado na alternativa

BLACH, Mateus. Patrimônio Cultural, parte II: a contemporaneidade. Disponível em:. Acesso em: 9 nov. 2014. 

A
“A abrangência que o conceito de patrimônio adquiriu pode ser explicada pela dicotomia na relação entre o global e o local.” (l. 1-3).
B
“o avanço do fenômeno da globalização e do sistema capitalista nas cidades como discurso homogeneizante de valores e modos de vida ameaçou as culturas e tradições locais.” (l. 3-6).
C
“Por outro lado, o ‘contramovimento’ de revalorização da tradição e da cultura, que surge no âmbito das microrregiões do planeta.” (l. 6-9).
D
“Nessa perspectiva, foram lançados pela UNESCO os projetos Recomendação sobre a Salvaguarda da Cultura Tradicional Popular (1989) e Convenção para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial (2003)” (l. 17-20).
E
“de um discurso patrimonial baseado na ideia do ‘monumento histórico e artístico’, que se referia aos grandes monumentos do passado, passou-se em nossa era para uma concepção do patrimônio entendido como o conjunto de ‘bens culturais’ referentes às diversas identidades coletivas.” (l. 29-34).
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UNEB 2014 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Sobre o texto, é correto afirmar:

BLACH, Mateus. Patrimônio Cultural, parte II: a contemporaneidade. Disponível em:. Acesso em: 9 nov. 2014. 

A
A relação dialógica entre o local e o global permitiu uma ampliação no conceito de patrimônio, abarcando práticas cotidianas que referendam a construção identitária, muitas vezes impalpável, de uma sociedade.
B
A incompatibilidade entre movimentos de cunho global e capitalista e movimentos de cunho regional resulta na necessidade de revisitação do conceito de patrimônio, que passa a considerar apenas elementos imateriais.
C
O fenômeno da globalização, embora tenha apresentado mudanças significativas na compreensão da cultura local, não empreendeu mudanças na concepção da salvaguarda de patrimônios.
D
Uma transformação, com os novos paradigmas de cultura popular, ocorreu na maneira de se preservar o patrimônio histórico de uma comunidade.
E
O patrimônio imaterial, ao contrário do histórico, que só valoriza arquiteturas antigas, engrandece tão somente práticas culturais contemporâneas.
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UNEB 2014 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

O fragmento do texto que explicita a contra-argumentação de um discurso já consolidado sobre as culturas de massa está presente em


A
“Estão estreitamente influenciados pela trajetória e apropriação de um capital cultural oriundo da família e das instituições educativas pelas quais quase todos experimentam ao longo de suas vidas.” (l. 7-10).
B
“apoio a ideia de que a cultura de massa pode ser considerada uma terceira cultura, ou seja, uma cultura que se alimenta a partir de uma relação de interdependência com outras culturas, seja esta escolar, seja nacional, seja religiosa.” (l. 12-16).
C
“Creio que, dessa forma, posso compreender o processo comunicativo proposto pela TV e demais mídias como um processo de interação, um diálogo contínuo entre criação (produtor) e consumo (receptor).” (l. 20-24).
D
“acredito que o receptor da mensagem midiática, televisiva ou não, não é passivo, não apreende as mensagens tal como foram propostas. A recepção não é o estágio final do processo comunicativo.” (l. 25-29).
E
“A etapa da interiorização é essencialmente particular e singular, derivada sobretudo da trajetória anterior de cada um.” (l. 33-35).
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UNEB 2014 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

COUTINHO, Laerte. Tira. Disponível em: . Acesso em: 5 nov. 2014.


A leitura dos quadrinhos permite inferir que

A
toda manifestação precisa pautar-se em propostas concretas para que não se torne inócua e insipiente.
B
a manutenção de valores arraigados não mobiliza, não ressignifica nem transforma comportamentos sociais.
C
as manifestações não garantem a melhoria de uma sociedade, uma vez que elas geram mais o caos do que propõem mudanças.
D
a principal crítica à fixação de valores sociais está no fato de que as mudanças estruturais não garantem um futuro melhor para os jovens.
E
os jovens não concordam com o discurso que se funda na tradição, mas não encontram mecanismos eficientes para mudar a ordem instaurada.
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UNEB 2014 - Português - Interpretação de Textos, Uso dos conectivos, Análise sintática, Sintaxe, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Sobre os aspectos linguísticos do texto, é correto afirmar:


A
O conector “ora”, em “ora educam para a emancipação” (l. 5), pode ser substituído por portanto, sem prejuízo de sentido, uma vez que conclui uma linha de raciocínio que vinha se desenvolvendo desde o início do texto.
B
A expressão “pela trajetória e apropriação de um capital cultural” (l. 8) apresenta uma circunstância de modo, sugerindo a maneira como a cultura de massa inculca sua ideologia na sociedade em geral.
C
A oração reduzida “Concordando com as colocações de Edgar Morin” (l. 11), por revelar uma hipótese polifônica levantada pela articulista, pode se desenvolver, sem alteração do sentido original, da seguinte forma: Caso concorde com as colocações de Edgar Morin.
D
A oração “empreender uma análise interdisciplinar.” (l. 19-20) apresenta função subjetiva de uma declaração que considera essa atitude indispensável para a compreensão da cultura de massa, proposta pela articulista.
E
O termo “tal”, em “tal como foram propostas” (l. 27) explicita uma ideia de intensidade, denunciando uma crítica da articulista em relação a discursos generalizados e preconceituosos sobre a TV e a cultura das mídias.
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UNEB 2014 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

A análise dos elementos presentes no fragmento retirado do texto está correta na alternativa


A
“A TV e os demais produtos da cultura de massa são fenômenos, sem dúvida, controversos e complexos.” (l. 1-2) — Os adjetivos “controversos e complexos” reforçam a ideia de que a cultura de massa é incoerente e incompatível com construção de valores.
B
“Ora educam, segundo uma lógica hedonista, ora educam para a emancipação.” (l. 4-5) — O qualificador “hedonista” reitera a proposta de liberdade de expressão e consciência crítica.
C
“Os usos das mensagens desses veículos são heterogêneos e circunstanciados.” (l. 5-7) — Os atributos “heterogêneos” e circunstanciados” referendam o perfil plural e situacional das ideologias veiculadas por meio dos suportes da cultura de massa.
D
“A etapa da interiorização é essencialmente particular e singular, derivada, sobretudo, da trajetória anterior de cada um.” (l. 33-35) — O substantivo “interiorização” evidencia o caráter identitário e regional da cultura das mídias.
E
“toda explicitação de sentido que sustenta hierarquias e relações de poder.” (l. 40-42) — Os termos “hierarquias e relações de poder” denotam, no contexto, o caráter preconceituoso e excludente que se manifesta através da cultura midiática.
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UNEB 2014 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

De acordo com as ideias desenvolvidas pela articulista, é correto afirmar que a cultura de massa


A
é vista pela sociedade como um fenômeno positivo, capaz de mobilizar reflexões e comportamentos críticos.
B
constitui a principal representante da ideologia de instituições consolidadas na sociedade, como a família e a escola.
C
constitui a principal representante da ideologia de instituições consolidadas na sociedade, como a família e a escola.
D
representa a ideologia hedonista e manipuladora do poder, apresentando valores consumistas que desconstroem o conceito de cidadania.
E
apresenta, alternativamente, aspectos positivos e negativos, havendo um diálogo entre os elementos de produção e os de recepção, como sujeitos agentes do processo comunicativo.