Questõesde UEG sobre Sociologia

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UEG 2015 - Sociologia

Um dos temas mais debatidos no âmbito das ciências humanas é o de desigualdade social. A esse respeito, diversos sociólogos e filósofos dedicaram várias reflexões e pesquisas e a forma de compreensão desse fenômeno é diferenciada de acordo com a escola sociológica ou filosófica. Sobre isso, verifica-se que

A
uma teoria sociológica bastante discutida sobre desigualdade é a de Marx, segundo a qual ela seria explicada pela exploração e pela luta de classes.
B
a abordagem filosófica da desigualdade que é mais popular é a de Max Weber, segundo a qual ela é fruto da racionalização do mundo ocidental.
C
a concepção sociológica de desigualdade mais conhecida é a de Rousseau, segundo a qual ela teria surgido com o aparecimento da propriedade privada.
D
a análise mais utilizada na filosofia sobre a questão da desigualdade é a de Descartes, segundo a qual ela é gerada pelo acesso ou não acesso ao saber racional.
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UEG 2015 - Sociologia

Um debate bastante comum na sociedade brasileira atual é sobre questões políticas como “liberalismo”, “marxismo”, “comunismo” e termos correlatos. No entanto, numa análise atenta, o que se percebe é que existe uma profunda confusão conceitual, de acordo com a qual se atribui “comunismo” ou “marxismo” a ideias e práticas bem distintas do que realmente foi defendido por seus adeptos. Nesse sentido, é preciso explicitar as reais diferenças entre liberalismo e marxismo. A partir desse objetivo, constata-se que o liberalismo

A
propõe uma sociedade com um estado protetor e intervencionista, sendo uma mão invisível que controla o mercado, tal como coloca Adam Smith; e o marxismo defende um Estado governado pelo mercado e submetido ao controle dos trabalhadores.
B
tem como fundamento uma filosofia da liberdade, na qual estaria garantida a liberdade de expressão, de opinião e de ir e vir, ao passo que o marxismo é uma sociologia da liberdade, na qual os trabalhadores devem ter acesso ao mercado de consumo para se libertarem.
C
prega o individualismo e a liberdade individual absoluta, não admitindo intervenção estatal a não ser através do combate à criminalidade, como afirma Montesquieu; e o marxismo propõe uma estatização total da economia e da sociedade civil.
D
é uma concepção que visa à defesa da propriedade privada e do indivíduo com menor presença do Estado, tal como se observa na obra de John Locke; e o marxismo é uma concepção que defende a abolição tanto da propriedade privada quanto do Estado.
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UEG 2016 - Sociologia

Leia o texto a seguir.

Árabes, Turcos, Mongóis, que sucessivamente invadiram a Índia, cedo ficaram indianizados, uma vez que, segundo uma lei eterna da história, os conquistadores bárbaros são eles próprios conquistados pela superior civilização dos seus súditos. Os Britânicos foram os primeiros conquistadores superiores e, por conseguinte, inacessíveis à civilização hindu. Destruíram-na, rebentando com as comunidades nativas, arrancando pela raiz a indústria nativa e nivelando tudo o que era grande e elevado na sociedade nativa.

Karl Marx. In. PRAXEDES, Walter. Eurocentrismo e racismo nos clássicos da filosofia e das ciências sociais. Revista Espaço Acadêmico. n. 83. Abril de 2008. Disponível em: <http://www.espacoacademico.com.br/083/83praxedes.html>. Acesso em: 02 set. 2016.

O autor do texto citado foi Karl Marx (1818-1883), um dos mais destacados intelectuais da segunda metade do século XIX. Como documento histórico de uma época, o texto revela que

A
o marxismo foi uma teoria que, apesar dos seus apelos socialistas, foi criada para defender os interesses colonialistas dos países capitalistas europeus.
B
o hinduísmo é uma religião sofisticada e “elevada”, que garantiu a manutenção da identidade cultural hindu frente a todos os conquistadores.
C
a universal “lei eterna da história”, apregoada pelo autor, retrata coerentemente a conquista de Roma pelos bárbaros e a invasão britânica na Índia.
D
a concepção eurocêntrica do autor, um homem de seu tempo, levou-o a ressaltar a superioridade cultural britânica frente à civilização hindu.
E
a dominação capitalista britânica não teve condições efetivas de desenvolver-se na Índia, em virtude da debilidade de sua indústria nativa.
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UEG 2016 - Sociologia

O poder político é um dos temas fundamentais da filosofia e da sociologia. Na história do pensamento social, tanto filosófico quanto sociológico, diversas concepções de poder foram produzidas. A esse respeito, nota-se que

A
Aristóteles foi o primeiro pensador que elaborou uma sociologia do poder, ao analisar as mudanças das formas de governo e a necessidade da monarquia.
B
Durkheim elaborou uma teoria detalhada e desenvolvida sobre as formas do poder e sua evolução histórica numa perspectiva filosófica, sendo o fundador da filosofia política.
C
Marx realizou a crítica da política e demonstrou que o poder é uma criação ideológica da burguesia e que por isso era necessário uma ampla revolução cultural para sua superação.
D
Rousseau produziu uma teoria completa do poder político, concebido como produto da natureza humana e aperfeiçoado pelo desenvolvimento da civilização na Europa.
E
Weber elaborou uma abordagem sociológica do poder a partir dos três tipos de dominação legítima, que seriam a dominação carismática, tradicional e burocrática.
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UEG 2015 - Sociologia

Para as “boas” escolas vão sempre os professores mais competentes e experientes. Nelas, as condições de trabalho são melhores. Há um número menor de alunos por turma e o tempo de aula é maior. O material didático é abundante e de boa qualidade.

Nas escolas “carentes” dá-se o contrário. Os professores estão sobrecarregados e insatisfeitos. Por causa disso, ficam pouco tempo na escola. O material didático (cartilhas, livros, etc.) é inadequado e insuficiente. As turmas estão superlotadas e as crianças têm menos tempo de aula. Nessas escolas, os professores faltam com mais frequência às aulas, os alunos são rebeldes ou desinteressados e há mais problemas de disciplina.

CECCON, C.; OLIVEIRA, M. D ; OLIVEIRA, R. D. A Vida na escola e a escola da vida. 7. ed. Petrópolis: Vozes, 1983. p. 52-53.

As afirmações acima, em nível geral, apresentam uma descrição do sistema escolar brasileiro em seu nível fundamental.

Essa situação do sistema escolar pode ser melhor explicada a partir de qual teoria sociológica?

A
A teoria das classes sociais, que apresenta a divisão social e seu processo de reprodução no âmbito escolar, tal como apresentado por várias pesquisas da sociologia da educação.
B
A teoria da ação social, que diz que o sujeito atribui um sentido à sua ação voltado para a ação dos demais e, nesse sentido, a escola é produto da ação social de professores e alunos e suas diferenças são o resultado delas.
C
A teoria da modernização, segundo a qual os mais pobres vão sendo paulatinamente inseridos na modernidade, passando de condições precárias, inclusive escolares, para melhores condições de vida.
D
A teoria da urbanização, que afirma que existem diferenças espaciais nos grandes centros urbanos que tendem a ser superadas com o processo de desenvolvimento urbano, explicando as diferenças no sistema escolar e sua superação.
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UEG 2015 - Sociologia

Karl Marx e Emile Durkheim são considerados autores clássicos da sociologia. Ambos discutiram a questão das representações.

A esse respeito, tem-se o seguinte:

A
para Marx, as representações são sempre verdadeiras, tais como a religião e as ideologias vigentes.
B
para Marx, as representações são expressões, falsas ou verdadeiras, das relações sociais.
C
para Durkheim, as representações coletivas são categorias inatas do pensamento tal como Kant as concebeu.
D
para Durkheim, as representações coletivas são sempre falsas, tais como o totemismo e a religião.
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UEG 2019 - Sociologia - Cultura e sociedade, Cultura de massa e indústria cultural

Leia a letra da música a seguir.


A melhor banda de todos os tempos da última semana



Quinze minutos de fama
Mais uns pros comerciais
Quinze minutos de fama
Depois descanse em paz
O gênio da última hora
É o idiota do ano seguinte
O último novo-rico
É o mais novo pedinte
A melhor banda de todos os tempos da última semana
O melhor disco brasileiro de música americana
O melhor disco dos últimos anos de sucessos do passado
O maior sucesso de todos os tempos entre os dez maiores fracassos
Não importa a contradição
O que importa é televisão
Dizem que não há nada a que você não se acostume
Cala a boca e aumenta o volume então
As músicas mais pedidas
Os discos que vendem mais
As novidades antigas
Nas páginas dos jornais
Um idiota em inglês
Se é idiota, é bem menos que nós
Um idiota em inglês
É bem melhor que eu e vocês
A melhor banda de todos os tempos da última semana
O melhor disco brasileiro de música americana
O melhor disco dos últimos anos de sucesso do passado
O maior sucesso de todos os tempos entre os dez maiores fracassos
Não importa a contradição
O que importa é televisão
Dizem que não há nada a que você não se acostume
Cala a boca e aumenta o volume então
Os bons meninos de hoje
Eram os rebeldes da outra estação
O ilustre desconhecido
É o novo ídolo do próximo verão.

TITÃS. Disponível em: <https://www.letras.mus.br/titas/40320>. Acesso em: 21 mar. 2019.


A mensagem transmitida pela música aponta para um dos temas fundamentais da sociologia, que foi desenvolvido por vários pensadores, entre eles Theodor Adorno e Max Horkheimer. Nesse sentido, a mensagem remete

A
ao caráter passageiro dos produtos culturais elaborados pela indústria cultural.
B
à globalização do gosto musical a partir da popularização da televisão nos anos 1970.
C
à influência da língua inglesa nas composições musicais dos artistas brasileiros.
D
à modernização da produção musical a partir da reestruturação produtiva.
E
ao caráter competitivo das relações sociais na sociedade moderna.
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UEG 2019 - Sociologia - Estratificação e desigualdade social, Desigualdade social no Brasil

A sociedade moderna é perpassada por conflitos sociais. Os pensadores clássicos da Sociologia desenvolveram um conjunto de ideias que contribuem para a interpretação desses conflitos. Em relação à interpretação dos sociólogos clássicos a respeito dos conflitos sociais, nota-se que

A
Émile Durkheim considera que os conflitos sociais expressam as desigualdades entre grupos sociais que atuam em trabalhos distintos e não cooperam entre si.
B
Max Weber considera que os conflitos sociais expressam uma situação de anomia social, ao passo que a sua ausência expressa um estado de solidariedade.
C
Pierre Bourdieu considera que os conflitos sociais expressam um processo de racionalização da sociedade no qual a burocracia e a racionalidade se generalizam.
D
Karl Marx considera que os conflitos sociais expressam lutas entre classes sociais que se encontram em antagonismo diante das relações sociais de produção.
E
Karl Mannheim considera que os conflitos sociais expressam uma relação natural entre dominantes e dominados que perpassa toda a história da humanidade.
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UEG 2019 - Sociologia - Estratificação e desigualdade social

A educação é a forma pela qual a cultura de uma sociedade é passada de uma geração para outra. As pesquisas desenvolvidas pelo sociólogo Pierre Bourdieu concebem a educação enquanto reprodução. Desta forma, as hierarquias sociais são convertidas em hierarquias escolares. Assim, segundo esta concepção, a educação

A
é um meio fundamental para a ascensão social, possibilitando a diminuição das desigualdades de classe.
B
contesta os conhecimentos dominantes, dificultando que os indivíduos mais esforçados ascendam socialmente.
C
escolar determina a profissão, possibilitando que o próprio indivíduo escolha sua classe social, com base no emprego.
D
reproduz o conhecimento adequado, possibilitando que o indivíduo se enquadre conforme suas aptidões naturais.
E
reproduz as desigualdades sociais, através do capital cultural, que é repassado por herança familiar.
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UEG 2019 - Sociologia - Karl Marx e as Classes Sociais, Relação entre Indivíduo e Sociedade

Theodor Adorno e Max Horkheimer, filósofos e sociólogos da chamada “Escola de Frankfurt”, teorizaram a questão da indústria cultural, concepção que se tornou extremamente popular a partir dos anos 1960. Adorno realizou vários estudos sobre música, entre outros produtos culturais. Segundo Adorno:

A
a música era uma produção técnica de alto valor cultural, tal como as obras de Mozart e Beethoven, mas a indústria cultural retirou seus méritos ao reproduzi-las por meios tecnológicos.
B
a música popular era um contraponto à indústria cultural, pois trazia novos valores e concepções que a forçaram a criar aquilo que posteriormente foi chamado de “masscult”, a cultura de massas.
C
a música evoluía de acordo com o desenvolvimento tecnológico e por isso a produção e popularização do jazz e, mais ainda, do rock, tal como a música dos Beatles, eram um avanço cultural inestimável.
D
a produção musical, tal como se vê na indústria cultural, é empobrecida, simplificada, padronizada, de acordo com os interesses mercantis, gerando sua mercantilização e tornando-a forma de dominação.
E
a música clássica era uma música de elite e um dos poucos méritos da indústria cultural foi ter popularizado esse tipo de música ao criar o chamado “midcult”, adaptações populares do classicismo.
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UEG 2019 - Sociologia - A divisão social do trabalho, Mundo do trabalho

Segundo algumas concepções da sociologia do trabalho, a sociedade moderna é fundamentada por relações de produção capitalistas. Em cada período histórico as relações de trabalho no interior da sociedade apresentam diferentes características, fruto de modificações formais nas relações de produção capitalistas. Desta perspectiva, na contemporaneidade as relações de trabalho são pautadas por:

A
aumento dos salários, integração dos trabalhadores por meio do consumo, produção em larga escala.
B
desregulamentação das leis trabalhistas, subcontratações, desemprego estrutural, produção por lotes.
C
ausência de direitos trabalhistas, ampliação da jornada de trabalho, trabalho infantil e feminino.
D
coletivização dos meios de produção, trabalho autodeterminado, produção por demanda social.
E
instituição dos direitos trabalhistas, redução da jornada de trabalho, aumento da produtividade.
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UEG 2019 - Sociologia - Émile Durkheim e os Fatos Sociais, Relação entre Indivíduo e Sociedade

Émile Durkheim foi um pensador importante para a instituição da sociologia como ciência na França a partir do método positivista. Ele delimitou a sociologia enquanto o estudo dos fatos sociais. Um dos fatos sociais estudados por Durkheim foi o suicídio. Ele define três tipos de suicídio: egoísta, altruísta e anômico, e a causa de cada um deles é, respectivamente:

A
ausência de aspiração econômica; fortalecimento dos laços do indivíduo com a sociedade; ausência de laços do indivíduo com a sociedade.
B
imposição da sociedade sobre o indivíduo; fortalecimento das aspirações econômicas; fortalecimento da coercitividade e exterioridade.
C
ausência de normas e coesão social; ausência de limites entre indivíduo e sociedade; fortalecimento das normas e coesão social.
D
ausência de laços do indivíduo com a sociedade; imposição da sociedade sobre o indivíduo; ausência de normas e coesão social.
E
aumento dos laços do indivíduo com a sociedade; necessidade de elevação do espírito; ausência de coerção social.
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UEG 2017 - Sociologia - Max Weber e a Ação Social, Relação entre Indivíduo e Sociedade

O sociólogo Max Weber desenvolveu estudos sobre a ética protestante e o espírito do capitalismo. A esse respeito tem-se o seguinte:

A
a tentativa de constituir uma ciência da sociedade promoveria um processo de pesquisa multidisciplinar e não especializado e por isso Weber concebia a economia como determinante da cultura e o capitalismo determinante do protestantismo.
B
o processo de racionalização era o fio condutor da análise do capitalismo ocidental por parte de Weber e por isso ele analisou o papel da ética protestante, que apontaria um primeiro momento de racionalização na esfera religiosa.
C
Weber considerava que as ideias dominantes eram as ideias da classe dominante, que, na modernidade, era a classe capitalista, e por isso a ética protestante desenvolvida pelos comerciantes gerou o espírito do capitalismo.
D
a inspiração na dialética idealista hegeliana fez com que Weber focalizasse a questão cultural e desenvolvesse um determinismo cultural segundo o qual o modo de produção capitalista seria produto do protestantismo.
E
a concepção weberiana surgiu a partir de uma síntese da filosofia kantiana e marxista e por isso ele focaliza o processo de formação do capitalismo ao lado do desenvolvimento do protestantismo e do apriorismo.
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UEG 2018 - Sociologia - Cultura e sociedade

A sociedade moderna é caracterizada de diversas formas por sociólogos, por filósofos e por outros cientistas sociais. Uma das definições dessa sociedade é que a denomina como capitalismo. Esse termo, no pensamento sociológico, pode ser compreendido como expressando uma sociedade

A
marcada pela racionalidade especificamente ocidental que gera um amplo processo de especialização, burocratização, mercantilização e criação de esferas sociais, gerando um processo de “desencantamento do mundo” e abandono da religião (Durkheim).
B
definida por ser individualista, pois coloca no centro das relações sociais e como valor fundamental o indivíduo, autônomo, livre e soberano, apesar de existirem tentativas estatistas e totalitaristas visando controlá-lo e submetê-lo ao coletivo (Parsons).
C
na qual o modo de produção capitalista é dominante e ergue uma superestrutura jurídica, política e ideológica correspondente, sendo que ele manifesta a luta entre as duas classes sociais fundamentais, a burguesia e o proletariado (Marx).
D
que é meramente ideal, uma construção cultural de determinados pensadores que se impôs nos meios científicos e se tornou um verdadeiro senso comum que domina as mentes, os meios de comunicação e a cultura ocidental em geral (Hegel).
E
caracterizada pela substituição da solidariedade mecânica pela solidariedade orgânica, pois a primeira é típica das sociedades tradicionais e a segunda especificamente moderna, gerando uma divisão social do trabalho anômica (Weber).
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UEG 2018 - Sociologia - Karl Marx e as Classes Sociais, Relação entre Indivíduo e Sociedade

Para o marxismo, o ser humano constitui-se como tal e como ser social mediante a produção e reprodução das condições materiais de sua existência através do trabalho. Daí a crítica de Marx ao idealismo burguês ao afirmar que não são as ideias, a consciência que determinam a realidade social. Ao contrário, são as ideias e os valores que são determinados pela realidade social. Nessa perspectiva, as relações do homem com o trabalho e com a própria sociedade sofreram transformações decisivas, dentre as quais destaca-se a seguinte:

A
a educação torna-se o único elemento da superestrutura independente das forças econômicas, sendo, pois, um fator decisivo para a transformação das relações de produção.
B
são as ideias, os valores, a educação que condicionam as condições materiais de produção, o que torna o homem um ser manipulado por seus próprios preconceitos.
C
é através do trabalho que o homem se humaniza e se torna um ser social, entretanto ao tornar-se trabalho alienado se transforma em fator de desumanização.
D
a subjetividade não pode mais ser afetada pelas forças sociais de produção que tentam agir sobre o indivíduo, já que são as ideias que determinam o social.
E
a escola assume novo papel numa sociedade dividida em classes, valorizando a meritocracia, o que permitiria aos menos favorecidos uma ascensão social.
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UEG 2018 - Sociologia - Revolução e transformação social, O nascimento da sociologia

Ao discutir o surgimento das Ciências Sociais, o sociólogo Florestan Fernandes desenvolve sua análise partindo do princípio da multicausalidade. Assim, não é possível atribuirmos uma única causa que explique o surgimento da sociologia no séc. XIX, mas uma combinação de vários fatores, que começam a se definir na transição da idade média para a era moderna e que tornaram possíveis as condições para o surgimento dessa ciência. Dentre os fatores a seguir, identifique os que se relacionam ao surgimento da sociologia e assinale a alternativa correspondente:

A
O Relativismo e a Revolução Científica expressam a credibilidade que as ciências assumem, a partir de então, contribuindo para o surgimento da sociologia.
B
O Antropocentrismo e a Escolástica contribuem para uma nova perspectiva religiosa que estimula a análise científica, favorecendo o surgimento da sociologia.
C
A Revolução Industrial e o Êxodo Rural provocaram profundas modificações na estrutura econômica e social da época, criando problemas que exigiam uma explicação científica.
D
O Iluminismo e a Revolução Francesa reforçam o ideário da burguesia, criando assim a necessidade de explicações de ordem racional para os novos fenômenos que se apresentam no séc. XIX.
E
A Reforma Protestante e a Expansão Marítima foram responsáveis pela instabilidade econômica que gerou a crise social, levando à necessidade de desenvolvimento da sociologia.
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UEG 2018 - Sociologia - As cidades e os espaços urbanos, Violência e conflitos urbanos

A violência se apresenta como um dos problemas que atinge o mundo contemporâneo, de modo especial o Brasil. Atentados terroristas e a ação de francoatiradores se espalham por vários países; roubos, assassinatos, tiroteios e balas perdidas fazem parte do cotidiano das populações das grandes cidades e de várias outras de porte médio, no Brasil. Frente ao exposto, Verifica-se o seguinte:

A
O medo é um sentimento individual decorrente da proliferação da violência e, por isso, passa a exercer uma coerção social, cumprindo o papel de controle sobre a sociedade.
B
Tendo por base a teoria weberiana, a violência tem um significado compartilhado pelos membros da sociedade, que a tornam motivo de estudo sociológico.
C
De acordo com a teoria de Êmile Durkheim, a violência pode ser tomada como um objeto privilegiado de análise sociológica, pois apresenta todas as características do Fato Social; portanto, passa a exigir do cientista social uma explicação que extrapole o âmbito da índole de quem pratica atos de violência.
D
Segundo as teorias sociológicas contemporâneas, a violência faz parte do capital simbólico e se constitui como um produto das sociedades capitalistas.
E
O estudo da ética e da moral vai ser incorporado à análise sociológica para tornar possível uma explicação social que tenha por base a conduta dos indivíduos que praticam atos criminosos.
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UEG 2018 - Sociologia - Teorias clássicas do Estado, Política, poder e Estado

O Estado, tal como é conhecido atualmente, tem suas origens na modernidade por obra de pensadores como Maquiavel, Hobbes, Locke, Montesquieu e Rousseau. Uma das teses para justificar o poder do Estado foi a do Contrato Social ou Pacto. Destacam-se, entre as teses do Contrato Social, a ideia de que os homens não são seres políticos por natureza, e que vivem em sociedade somente por interesse. Encontram-se em um estado natural de guerra de todos contra todos. “O homem é lobo do homem”. Guiados pelo instinto e não pela razão, sentem o medo de perder a vida a qualquer momento. Assim, por medo e interesse, abandonam todos de uma só vez o direito sobre todas as coisas e entregam tal direito nas mãos de um soberano, o qual fará leis e transformará o estado de natureza em estado civil. Estava assim justificado o absolutismo, pois o soberano não faz parte do pacto e, ao criar as leis, determina o justo e o injusto. Tais teses são defendidas na seguinte obra:

A
O leviatã, de Hobbes.
B
A Política, de Aristóteles.
C
O Príncipe, de Nicolau Maquiavel.
D
O Espírito das leis, de Montesquieu.
E
Contrato Social, de Jean Jacques Rousseau.
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UEG 2019 - Sociologia - Relação entre Indivíduo e Sociedade

As mudanças sociais desenvolvidas com o advento da sociedade capitalista suscitaram reflexões de diversos pensadores sobre os problemas enfrentados pelas populações das cidades. Essas reflexões foram fundamentais para o surgimento da sociologia. No interior da temática da mudança social, verifica-se que:

A
segundo a concepção de Karl Marx, a passagem da sociedade feudal para a sociedade capitalista envolveu um processo em que as relações de produção foram transformadas e a partir daí surgiram novas classes sociais antagônicas.
B
a partir da concepção weberiana, o capitalismo não expressa o último estágio do desenvolvimento humano, pois, apesar do progresso científico, somos aprisionados a uma racionalidade burocrática que demanda uma transformação radical das relações sociais.
C
segundo Pierre Bourdieu, a passagem de uma sociedade pautada na solidariedade mecânica para uma pautada na solidariedade orgânica desenvolveu uma maior interdependência mútua entre os indivíduos, trazendo maior coesão para as relações sociais.
D
segundo Zygmunt Bauman, a sociedade atual, marcada pela modernidade líquida, expressa uma constante mudança em que as relações sociais não podem mais ser compreendidas e, por conseguinte, é desnecessário analisar a história.
E
a partir da concepção durkheimiana, a humanidade passou pelo estágio filosófico, pelo estágio teológico e agora encontra-se no estágio científico ou positivo, o que implica o ápice da racionalidade e o fim do progresso histórico.
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UEG 2019 - Sociologia - O processo de socialização

Um dos temas fundamentais da sociologia é a socialização, que remete à relação entre indivíduo e sociedade e às formas pelas quais os indivíduos são inseridos no convívio social. Entre as variadas concepções sobre socialização, tem-se o seguinte:

A
para Max Weber, a sociedade tem prevalência sobre os indivíduos, de modo que as instituições sociais como família, Estado e igreja determinam as ações individuais, impossibilitando mudanças nas relações sociais estabelecidas.
B
segundo Émile Durkheim, as estruturas sociais são coercitivas perante os indivíduos, mas estes podem reformular estas estruturas por meio da formulação de novos significados, que são compartilhados por indivíduos de um mesmo grupo social.
C
para Max Weber, a sociedade moderna é uma sociedade de indivíduos, na qual não existe socialização e sim individualização. A socialização só existiu plenamente nas sociedades tradicionais, tais como as préhistóricas e indígenas.
D
para Max Weber, não há uma prevalência do indivíduo sobre a sociedade, pois este autor dá preponderância à relação entre indivíduo e sociedade ao focar sua análise no antagonismo existente entre classes sociais.
E
segundo Émile Durkheim, a socialização é o processo pelo qual o indivíduo torna-se um ser social, deixando de lado sua natureza egoísta, e que ocorre através das gerações mais velhas que atuam sobre as mais novas.