Questõesde PUC - RS 2011

1
1
Foram encontradas 198 questões
220e9a96-27
PUC - RS 2011 - Inglês - Interpretação de texto | Reading comprehension

According to the text,

Imagem 044.jpg
A
not following what psychologists believe can be very frustrating.
B
there are ways one may learn to be more confident.
C
by giving orders one lives a tiring and problematic life.
D
not everyone takes psychological changes into consideration.
E
powerful people are manipulable.
24baa923-27
PUC - RS 2011 - Inglês - Tempos Verbais | Verb Tenses, Adjetivos | Adjectives, Substantivos: definição e tipos | Nouns: definition and types, Artigos definido e indefinidos | Definite and indefinite articles, Preposições | Prepositions, Advérbios e conjunções | Adverbs and conjunctions, Pronomes | Pronouns

De acordo com seu uso no texto, pertencem à mesma categoria gramatical os termos da alternativa

Imagem 044.jpg
A
according ( line 02) – sensation ( line 04).
B
temporary ( line 04) – lacking ( line 06).
C
assertive ( line 07) – exercising ( line 11).
D
notable ( line 12) – unfavorably ( line 13).
E
praiseworthy ( ine 15) – efficient ( ine 16).
1e75743d-27
PUC - RS 2011 - Matemática - Raciocínio Lógico, Prismas, Geometria Espacial

Uma coleção de Matemática é composta por dez livros, que têm idêntico formato (16 cm por 20 cm) mas espessuras diferentes. Empilhados na forma de um prisma reto, eles ocupam um volume de 9600Imagem 025.jpg . Se forem ordenados lado a lado, como é feito nas bibliotecas, eles ocuparão, linearmente, ________ cm.

A
16
B
20
C
30
D
36
E
96
1f6028a1-27
PUC - RS 2011 - Matemática - Trigonometria

Para resolver uma discussão entre dois alunos sobre a definição da função cossecante, um deles foi à Biblioteca Central. Como resultado da pesquisa, ele encontrou a definição de cossec x , que é

A
Imagem 026.jpg
B
Imagem 027.jpg
C
Imagem 028.jpg
D
Imagem 029.jpg
E
Imagem 030.jpg
1838bd7a-27
PUC - RS 2011 - Português - Interpretação de Textos

INSTRUÇÃO: Para responder à questão 40, leia o excerto do poema denominado “Graciliano Ramos”, de João Cabral de Melo Neto.

Falo somente com o que falo:
com as mesmas vinte palavras
girando ao redor do sol
que as limpa do que não é faca:
de toda uma crosta viscosa,
resto de janta abaianada,
que fica na lâmina e cega
seu gosto da cicatriz clara.
Falo somente do que falo:
do seco e de suas paisagens,
Nordestes, debaixo de um sol
ali do mais quente vinagre:
que reduz tudo ao espinhaço,
cresta o simplesmente folhagem,
folha prolixa, folharada,
onde possa esconder- se na fraude.
Falo somente por quem falo:
por quem existe nesses climas
condicionados pelo sol,
pelo gavião e outras rapinas:
e onde estão os solos inertes
de tantas condições caatinga
em que só cabe cultivar
o que é sinônimo da míngua.
Falo somente para quem falo:
quem padece sono de morto
e precisa um despertador
acre, como o sol sobre o olho:
que é quando o sol é estridente,
a contrapelo, imperioso,
e bate nas pálpebras como
se bate numa porta a socos.

I. O poema de João Cabral dialoga com o imaginário acre e violento presente no livro Vidas Secas, de Graciliano Ramos.

II. O poema se dirige aos que sofrem com as radicais condições da caatinga nordestina, onde o sol é estridente, atingindo as pálpebras como se bate numa porta a socos.

III. Apesar de todas as adversidades sertanejas, a natureza local possibilita um momento para cultivar uma multiplicidade de alimentos.

A(s) afirmativa(s) correta(s) é/são:

A
II, apenas.
B
III, apenas.
C
I e II, apenas.
D
I e III, apenas.
E
I, II e III.
191cd986-27
PUC - RS 2011 - Matemática - Circunferências, Geometria Analítica

INSTRUÇÃO: Para resolver a questão 41, observe o logotipo da Biblioteca Central da PUCRS a seguir:

Imagem 018.jpg

A circunferência inscrita no quadrado que circunscreve o logotipo tem equação

A
Imagem 019.jpg
B
Imagem 020.jpg
C
Imagem 021.jpg
D
Imagem 022.jpg
E
Imagem 023.jpg
1a00e1d8-27
PUC - RS 2011 - Matemática - Análise Combinatória em Matemática

Numa estante da Biblioteca, encontram-se cinco livros de Física Quântica de autores diferentes, seis livros de Física Médica de autores diferentes e quatro livros de Física Nuclear, também de autores diferentes. Um grupo de alunos, para realizar uma pesquisa, precisa consultar dois livros de Física Quântica, três livros de Física Médica e um livro de Física Nuclear. O número de escolhas possíveis para essa consulta é

A
8400
B
800
C
204
D
144
E
34
1d91789e-27
PUC - RS 2011 - Matemática - Progressão Aritmética - PA, Progressões

Paulo, aluno do Curso de Medicina, necessitando aprofundar seus estudos em Anatomia, retirou da Biblioteca um livro com 675 páginas. Ele pretende estudar diariamente 25 páginas desse livro. Seu colega José também retirou um livro de Anatomia, este com 615 páginas, e pretende estudar 15 páginas em cada dia. Iniciando a leitura no mesmo dia, em um determinado dia x de leitura eles terão a mesma quantidade de páginas ainda por ler. Este número x é

A
12
B
10
C
8
D
6
E
4
166dc5e4-27
PUC - RS 2011 - Português - Interpretação de Textos

INSTRUÇÃO: Para responder à questão 38, ler o excerto do conto “Mineirinho”, de Clarice Lispector, e preencher os parênteses com V (verdadeiro) ou F (falso).

“É, suponho que é em mim, como um dos representantes de nós, que devo procurar por que está doendo a morte de um facínora. E por que é que mais me adianta contar os treze tiros que mataram Mineirinho do que os seus crimes. Perguntei a minha cozinheira o que pensava sobre o assunto. Vi no seu rosto a pequena convulsão de um conflito, o mal-estar de não entender o que se sente, o de precisar trair sensações contraditórias por não saber como harmonizá- las. Fatos irredutíveis, mas revolta irredutível também, a violenta compaixão da revolta. Sentir- se dividido na própria perplexidade diante de não poder esquecer que Mineirinho era perigoso e já matara demais; e no entanto nós o queríamos vivo. (...) No entanto a primeira lei, a que protege corpo e vida insubstituíveis, é a de que não matarás. Ela é a minha maior garantia: assim não me matam, porque eu não quero morrer, e assim não me deixam matar, porque ter matado será a escuridão para mim. Esta é a lei. Mas há alguma coisa que, se me fez ouvir o primeiro tiro com um alívio de segurança, no terceiro me deixa alerta, no quarto desassossegada, o quinto e o sexto me cobrem de vergonha, o sétimo e o oitavo eu ouço com o coração batendo de horror, no nono e no décimo minha boca está trêmula, no décimo primeiro digo em espanto o nome de Deus, no décimo segundo chamo meu irmão. O décimo terceiro tiro me assassina – porque eu sou o outro. Porque eu quero ser o outro.”

( ) O narrador não compreende plenamente por que está sensibilizado com a morte de um facínora que matou muitas pessoas.

( ) A cozinheira apresenta- se bastante confortável em discutir a morte do Mineirinho.

( ) Ao longo da contagem dos tiros que abateram o criminoso, o narrador vai se apiedando progressivamente, culminando no décimo terceiro tiro, momento em que se coloca no lugar do próprio facínora.

( ) A certa altura do conto, o narrador, movido pela lei da sobrevivência, chega a aceitar o extermínio de facínoras como o Mineirinho.

A sequência correta, de cima para baixo, é

A
V – V – F – F
B
V – F – F – V
C
V – F – V – V
D
F – F – V – V
E
F – V – F – F
1751e3e8-27
PUC - RS 2011 - Português - Interpretação de Textos

INSTRUÇÃO: Para responder à questão 39, leia o fragmento do conto “A Hora e a Vez de Augusto Matraga”, de João Guimarães Rosa.

O cavalo de Nhô Augusto obedeceu para diante; as ferraduras tinham e deram fogo no lajeado; e o cavaleiro, em pé nos estribos, trouxe a taca no ar, querendo a figura do velho. Mas o Major piscou, apenas, e encolheu a cabeça, porque mais não era preciso, e os capangas pulavam de cada beirada, e eram só pernas e braços. – Frecha, povo! Desmancha! Já os porretes caíam em cima do cavaleiro, que nem pinotes de matrinxãs na rede. Pauladas na cabeça, nos ombros, nas coxas. Nhô Augusto desceu o corpo e caiu. Ainda se ajoelhou em terra, querendo firmar- se nas mãos, mas isso só lhe serviu para poder ver as caras horríveis dos seus próprios bate- paus, e, no, meio deles, o capiauzinho mongo que amava a mulher- a toa Sariema. E Nhô Augusto fechou os olhos, de gastura, porque ele sabia que capiau de testa peluda, com o cabelo quase nos olhos, é uma raça de homem capaz de guardar o passado em casa, em lugar fresco perto do pote, e ir buscar na rua outras raivas pequenas, tudo para ajuntar à massa- mãe do ódio grande, até chegar o dia de tirar vingança. (...) Puxaram e arrastaram Nhô Augusto, pelo atalho do rancho do Barranco, que ficou sendo um caminho de pragas e judiação. E quando chegaram ao rancho do Barranco, ao fim da légua, o Nhô Augusto já vinha quase que só carregado, meio nu, todo picado de faca, quebrado de pancadas e enlameado grosso, poeira com sangue. Empurraram- no para o chão, e ele nem se moveu. (...) E, aí, quando tudo esteve a ponto, abrasaram o ferro com a marca do gado do Major – que soía ser um triângulo inscrito numa circunferência –, e imprimiram-na, com chiado, chamusco e fumaça, na polpa glútea direita de Nhô Augusto. Mas recuaram todos, num susto, porque Nhô Augusto viveu- se, com um berro e um salto, medonhos.

Considerando o fragmento acima, todas as afirmativas são corretas, EXCETO:

A
Nhô Augusto é surpreendido numa emboscada na qual os capangas o esperam para iniciar um violento castigo.
B
No meio de tamanha violência, Nhô Augusto não consegue reconhecer seus algozes.
C
“Capiau de testa peluda, com cabelo quase nos olhos” é uma espécie de homem que cultiva a memória para exercitar a vingança.
D
Nhô Augusto é submetido a terrível tortura quando o seu corpo desnudo é queimado com um fero de marcar o gado.
E
Apesar de toda a violência dos porretes e das picadas de faca, Nhô Augusto sobrevive, espantando a todos com urro tremendo.
1ae577a2-27
PUC - RS 2011 - Matemática - Funções, Logaritmos

Na sala de leitura da Área de Ciência e Tecnologia, encontram- se disponíveis para leitura x revistas nacionais e y revistas estrangeiras de Matemática. O número x é o zero da função f(x) = 3 log (x – 2) e o número y é o valor do produto
Imagem 024.jpg
Assim, o número de revistas de Matemática disponíveis na sala de leitura é

A
5
B
6
C
7
D
8
E
9
1bc9dcec-27
PUC - RS 2011 - Matemática - Progressão Aritmética - PA, Progressões

Um funcionário da Biblioteca Central deseja distribuir 200 livros nas prateleiras de acordo com o seguinte critério: na primeira prateleira, colocará 11 livros; na segunda prateleira, 13; na terceira, 15; e assim sucessivamente, até distribuir todos os livros em x prateleiras. Então, o número total de prateleiras usadas nessa distribuição é

A
10
B
20
C
30
D
40
E
50
0f3c71bc-27
PUC - RS 2011 - História - História do Brasil, República de 1954 a 1964

Em 25 de agosto de 1961, Jânio Quadros renunciou ao seu cargo de Presidente da República, alegando pressão de “forças terríveis”, sem revelar seus verdadeiros motivos. Um movimento popular foi desencadeado em seguida, comandado por Leonel Brizola, governador do Rio Grande do Sul, para garantir a obediência à Constituição e a nomeação do vice- presidente da República, João Goulart, que estava em viagem diplomática à República Popular da China.

Quem assumiu o poder, após a Campanha da Legalidade?

A
Jânio Quadros, que retoma seu cargo de presidente, aclamado pelo povo.
B
Leonel Brizola, que ganha amplo poder popular, após a Campanha.
C
“Jango”, que passa à condição de chefe- de- estado em um regime parlamentarista.
D
Humberto Castelo Branco, que foi chamado a assumir, levando os militares ao poder.
E
Ulisses Guimarães, que assume de forma interina, até a eleição seguinte.
1022dfb9-27
PUC - RS 2011 - Português - Interpretação de Textos

Desde as tragédias gregas, a violência sempre instigou a criação literária. O conflito entre nativos e europeus no tempo das descobertas, as batalhas sangrentas no estabelecimento das fronteiras do pampa, o mundo sem lei do sertanejo, a degradação moral nos conglomerados urbanos são alguns dos enredos brutais que configuram o nosso imaginário literário. A violência, mais do que um problema do nosso cotidiano contemporâneo, é um tema recorrente, como atestam os textos desta prova.

INSTRUÇÃO: Para responder à questão 31, leia o excerto do conto “O caso da vara”, de Machado de Assis.

Todas as afirmativas estão corretamente associadas ao excerto, EXCETO:


Imagem 015.jpg


A
A reação condicionada de Lucrécia, ao abaixar a cabeça frente à violência sistemática de Sinhá Rita, é um exemplo do tratamento psicológico que Machado de Assis confere aos seus personagens.
B
O trecho apresenta um narrador que não se furta a tecer comentários e emitir opiniões sobre os personagens.
C
A passagem “Sinhá Rita tinha quarenta anos na certidão de batismo, e vinte e sete nos olhos” apresenta um caso de paralelismo recorrente dentro do estilo literário de Machado de Assis: a coordenação incomum de frases. Efeito similar observa-se, por exemplo, em Memórias Póstumas de Brás Cubas: “Marcela amou- me durante quinze anos e onze contos de réis”
D
As expressões “amiga de rir” e “brava como diabo” demonstram contradições no comportamento de Sinhá Rita, que são ratificadas por suas ações no decorrer do conto.
E
O trecho possibilita um debate sobre a escravidão, o que exemplifica a profundidade na crítica social trazida por Machado de Assis em seus contos. Essa denúncia é diluída em seus romances, com menor preocupação social e mais centrados no indivíduo.
1109613b-27
PUC - RS 2011 - Literatura - Realismo, Escolas Literárias

INSTRUÇÃO: Para responder à questão 32, leia o trecho a seguir, no contexto da obra O Ateneu, de Raul Pompéia, e as afirmativas.

Imagem 016.jpg

I. A violência recorrente num ambiente de confinamento mostra ao personagem principal a lógica da dominação dos mais fracos pelos mais fortes.

II. A expressão “fazer valer um bom serviço” explicita o trabalho duplo de Sanches: apresentar um suposto perigo e ao mesmo tempo oferecer proteção ao aluno novato.

III. O incêndio que devastaria o colégio Ateneu, provocado pelo personagem principal do romance, é um último ato de violência, que dá fim à obra de Raul Pompéia.

IV. Com teor memorialista, a obra O Ateneu, uma crônica de saudades, traz um narrador em primeira pessoa do singular, chamado Franco.

As afirmativas corretas são, apenas,



A
I e II.
B
I e III.
C
III e IV.
D
I, II e IV.
E
II, III e IV.
11efd23a-27
PUC - RS 2011 - Português - Interpretação de Textos

INSTRUÇÃO: Para responder à questão 33, leia o excerto a seguir, no contexto do conto de Simões Lopes Neto, e as afirmativas, preenchendo os parênteses com V para verdadeiro e F para falso.

“Foi então que um gaúcho gadelhudo, mui alto, canhoto, desprendeu da cintura as boleadeiras e fê- las roncar por cima da cabeça… e quando ia soltá- las, zunindo, com força pra rebentar as costelas dum boi manso, e que o negro estava cocando o tiro, de facão pronto pra cortar as sogas…, nesse mesmo momento e instante a velha Fermina entrou na roda, e ligeira como um gato, varejou no Bonifácio uma chocolateira de água fervendo, que trazia na mão, do chimarrão que estava chupando… O negro urrou como um touro na capa…; a rumo no mais avançou o braço, e fincou e suspendeu, levando a velha, estorcendo- se, atravessada no facão até o esse…; ao mesmo tempo, mandado por pulso de homem um bolaço cantou- lhe no tampo da cabeça e logo outro, no costilhar, e o negro caiu, como boi desnucado, de boca aberta, a língua pontuada, mexendo em tremura uma perna, onde a roseta da chilena tinia, miúdo…

Patrício, escuite!”


( ) As comparações com bichos ( boi manso, gato, touro na capa, boi desnucado) conferem aos personagens uma espécie de animalização, um instinto não racional que potencializa o tom violento da cena.

( ) Na leitura do trecho, torna- se evidente a força visual na escrita de Simões Lopes Neto, autor que detalhava, com riqueza, as ações de seus personagens, gerando tensão no relato.

( ) A utilização de expressões tipicamente urbanas do Rio Grande do Sul dá ao texto um caráter regionalista.

( ) O vaqueano Blau Nunes é o narrador da obra, personagem que testemunhou ou ouviu os causos que relata. Essa marca de oralidade torna- se ainda mais explícita com a passagem “Patrício, escuite!”.

( ) O trecho pertence ao conto “Negro Bonifácio”.

A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:

A
F – F – V – F – F
B
V – V – F – V – F
C
V – F – V – V – V
D
V – V – F – V – V
E
F – V – V – F – F
12d4667b-27
PUC - RS 2011 - Português - Interpretação de Textos

INSTRUÇÃO: Para responder à questão 34, leia os textos que seguem.

Texto 1

(…)

É bem possível que eu um dia cegue.
No ardor desta letal tórrida zona,
A cor do sangue é a cor que me impressiona
E a que mais neste mundo me persegue!

Essa obsessão cromática me abate.
Não sei por que me vêm sempre à lembrança
O estômago esfaqueado de uma criança
E um pedaço de víscera escarlate.

(…)

Na ascensão barométrica da calma,
Eu bem sabia, ansiado e contrafeito,
Que uma população doente do peito
Tossia sem remédio na minh’alma!

E o cuspo que essa hereditária tosse
Golfava, à guisa de ácido resíduo,
Não era o cuspo só de um indivíduo
Minado pela tísica precoce.

(…)

Imagem 017.jpg

Os versos do excerto e o texto crítico de Alfredo Bosi referem- se a

A
Carlos Drummond de Andrade.
B
Augusto dos Anjos.
C
Carlos Nejar.
D
João Cabral de Melo Neto.
E
Mário de Andrade.
14a099d8-27
PUC - RS 2011 - Literatura - Modernismo, Escolas Literárias

O personagem Paulo Honório, presente no romance __________, apresenta- se tomado pelo ódio e pensa em matar a sua própria esposa, Madalena. Este magnífico romance de __________, além de tematizar a violência, também discute o contexto econômico e social da Revolução de 30.

A
Vidas Secas – Rubem Braga
B
São Bernardo – Graciliano Ramos
C
Os Sertões – Euclides da Cunha
D
Agosto – Rubem Fonseca
E
As Parceiras – Lya Luft
13bc032c-27
PUC - RS 2011 - Português - Interpretação de Textos

INSTRUÇÃO: Para responder à questão 35, leia os textos e as afirmativas que seguem.

Texto 1

Era um sonho dantesco... o tombadilho
Que das luzernas avermelha o brilho
Em sangue a se banhar.
Tinir de ferros... estalar do açoite...
Legiões de homens negros como a noite
Horrendos a dançar.

(...)

E ri- se a orquestra irônica, estridente...
E da ronda fantástica a serpente
Faz doudas espirais ...
Se o velho arqueja, se no chão resvala,
Ouvem- se gritos... o chicote estala.
E voam mais e mais...

Presa nos elos de uma só cadeia,
A multidão faminta cambaleia
E chora e dança ali!
Um de raiva delira, outro enlouquece,
Outro, que de martírios embrutece,
Cantando geme e ri!

No entanto o capitão manda a manobra
E após, fitando o céu que se desdobra,
Tão puro sobre o mar,
Diz, do fumo entre os densos nevoeiros:
“Vibrai rijo o chicote, marinheiros!
Fazei- os mais dançar!...”

(Excertos da quarta parte do poema “O Navio Negreiro”, de Castro Alves)


Texto 2

Tudo começou quando a gente conversava
Naquela esquina ali
De frente àquela praça
Veio os homens
E nos pararam
Documento por favor
Então a gente apresentou
Mas eles não paravam
Qual é negão? Qual é negão?
O que que tá pegando?
Qual é negão? Qual é negão?


É mole de ver
Que em qualquer dura
O tempo passa mais lento pro negão
Quem segurava com força a chibata
Agora usa farda
Engatilha a macaca Escolhe sempre o primeiro
Negro pra passar na revista
Pra passar na revista


Todo camburão tem um pouco de navio negreiro
Todo camburão tem um pouco de navio negreiro


(...)

(Todo camburão tem um pouco de navio negreiro, composição de Marcelo Yuka, do grupo O Rappa, em disco lançado em 1994)

Com base nos textos, afirma-se:

I. Já no primeiro verso do texto 1, o eu lírico anteci- pa o teor violento desse trecho do poema ao utilizar a expressão “sonho dantesco”, referência às imagens perturbadoras do Inferno, primeira parte da obra Divina Comédia, de Dante Alighieri.

II. A canção do grupo O Rappa relaciona a imagem do açoitador do passado com a do policial dos dias de hoje.

III. Por aclimação, entende-se o esforço do homem tencionando um processo de adaptação, mesmo em circunstâncias desfavoráveis. Ao construir imagens contrastantes (a multidão que, mesmo chorando, dança; o escravo que concomitante- mente geme e ri), Castro Alves, no texto 1, reduz seu grito de denúncia e antevê essa ação de ajustamento dos negros à realidade da escravatura.

IV. Nos dois textos, há referência ou comparação entre animais e instrumentos que funcionam como armas de opressão frente ao negro.

As afirmativas corretas são, apenas


A
I e II.
B
II e III.
C
III e IV.
D
I, II e IV.
E
I, III e IV.
1585eb63-27
PUC - RS 2011 - Português - Interpretação de Textos

INSTRUÇÃO: Para responder à questão 37, ler o fragmento do poema “A morte do leiteiro”, de Carlos Drummond de Andrade.

Há pouco leite no país
é preciso entregá- lo cedo.
Há muita sede no país,
é preciso entregá- lo cedo.
Há no país uma legenda,
que ladrão se mata com tiro.
Então o moço que é leiteiro
de madrugada com sua lata
sai correndo e distribuindo
leite bom para gente ruim.
(...)
E como a porta dos fundos
também escondesse gente
que aspira ao pouco de leite
disponível em nosso tempo,
avancemos por esse beco,
peguemos o corredor,
depositemos o litro...
Sem fazer barulho, é claro,
que barulho nada resolve.
Meu leiteiro tão sutil
de passo maneiro e leve,
antes desliza que marcha.
É certo que algum rumor
sempre se faz: passo errado,
vaso de flor no caminho,
cão latindo por princípio,
ou um gato quizilento.
E há sempre um senhor que acorda,
resmunga e torna a dormir.

Mas este entrou em pânico
(ladrões infestam o bairro),
não quis saber de mais nada.
O revólver da gaveta
saltou para sua mão.
Ladrão? se pega com tiro.
Os tiros na madrugada
liquidaram meu leiteiro.
Se era noivo, se era virgem,
se era alegre, se era bom,
não sei,
é tarde para saber.
(...)


Da garrafa estilhaçada.
no ladrilho já sereno
escorre uma coisa espessa
que é leite, sangue... não sei
Por entre objetos confusos,
mal redimidos da noite,
duas cores se procuram,
suavemente se tocam,
amorosamente se enlaçam,
formando um terceiro tom
a que chamamos aurora.

De acordo com o texto, afirma-se:

I. Em plena madrugada, o leiteiro cumpre um papel fundamental na distribuição de um leite bom que alimenta inclusive gente ruim.

II. Na sua ríspida e barulhenta marcha, o leiteiro acorda todos que dormem nas casas nas quais o leite é entregue.

III. De forma premeditada, o morador mata o raivoso leiteiro que se aproxima também para assaltá- lo.

IV. Devido a um trágico engano, um cidadão inocente é morto no exercício da profissão.

As afirmativas corretas são, apenas,

A
I e IV.
B
II e III.
C
II e IV.
D
I, II e III.
E
I, III e IV.