Questõesde PUC-MINAS

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PUC-MINAS 2013 - História - Independências das regiões hispano-americanas: México, América Central e América do Sul, Construção dos Estados Liberais na América Hispânica : século XIX, História da América Latina

Depois das lutas pelo poder que se sucederam aos movimentos de independência dos países hispânicoamericanos no século XIX, organizaram-se repúblicas liberais seguindo o modelo dos Estados Unidos, mas mantendo as especificidades latino-americanas.

Marque a característica que indica CORRETAMENTE a especificidade das repúblicas na América Latina se comparadas aos Estados Unidos.

A
A associação entre democracia e cidadania teve destaque como indicativo da aproximação entre proprietários e os grupos locais.
B
O comando das oligarquias regionais no controle do Estado levou, na prática, à anulação do funcionamento das instituições liberais.
C
Ocorreu desenvolvimento da economia local e do mercado interno mais independente e não vinculada ao capitalismo internacional.
D
Houve intensificação das lutas campesinas em defesa ao retorno do antigo sistema colonial com apoio da Igreja Católica.
f0f6bcf7-b0
PUC-MINAS 2013 - Atualidades - Arte e Cultura na Atualidade, Atualidades do ano de 1994 ao ano de 2013

Este ano de 2013 tornou sessentão o espião mais famoso da história do cinema: James Bond, o agente 007 (criado por Ian Fleming em 1953).


A primeira vez que o charmoso espião apareceu para o público foi na publicação de bolso da novela Casino Royale. No cinema apareceu pela primeira vez em 1962, em O satânico Dr. No. Fleming faleceu em 1964, deixando escritos doze livros e dois contos do superagente de espionagem da MI-6 e depois outros autores como Kingsley Amis continuaram dando vida à personagem.


A substância para ação de espionagem da personagem vai ao encontro do contexto vivenciado pelo seu criador (Fleming), que foi:

A
a corrida espacial e nuclear entre Estados Unidos e Inglaterra.
B
a crise britânica após a conquista de seu território pelos russos.
C
o cenário de guerra ideológica entre soviéticos e americanos.
D
o capitalismo internacional impactando na produção industrial.
f0e5f8f5-b0
PUC-MINAS 2013 - História - História do Brasil, Brasil Monárquico – Segundo Reinado 1831- 1889

A Lei n. 581 do Império do Brasil, aprovada em 4 de setembro de 1850, conhecida como Lei Eusébio de Queiroz, extinguiu finalmente o tráfico de escravos africanos para o país, após mais de 30 anos de acordos não cumpridos com a Inglaterra.

(MATTOS, Hebe. Radicalização e cidadania no Império do Brasil. In.: CARVALHO, José Murilo, NEVES, Lucia M. Bastos (orgs.). Repensando o Brasil dos Oitocentos. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2009. p. 368.)


O fato de a proibição do tráfico no Brasil ser considerada tardia, se comparada a outros países, se deveu:

A
ao temor de que a vinda de estrangeiros para o trabalho na lavoura gerasse competição com os colonos locais.
B
ao crescimento da produção cafeeira no século XIX, que exigia grande quantidade de mão de obra escrava.
C
à falta de ação do governo na condução de políticas efetivas para substituição do escravo pelo estrangeiro.
D
à resistência das elites em ceder às pressões inglesas e manutenção dos interesses escravistas dominantes.
f0df8004-b0
PUC-MINAS 2013 - História - Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, História do Brasil

[...] Considerando-se que os povos das minas por não estarem suficientemente civilizados e estabelecidos em forma de republicas regulares, facilmente rompem em alterações e desobediências e se lhe devem aplicar todos os meios que os possa reduzir a melhor forma: me parecem engarregar-vos como por essa o faço procureis com toda diligência possível para que as pessoas principais e ainda quaisquer outras tomem o estado de casados e se estabeleçam com suas famílias reguladas na parte que elegeram para sua conveniência do sossego dela e consequentemente ficarão mais obedientes às minhas realis ordens e os filhos que tiverem do matrimônio o façam ainda mais obedientes [...]

(Carta de D. Lourenço de Almeida ao Rei. Vila Rica, 19 de abril de 1722, p. 111. Citada por LEWKOWICZ, Ida. Concubinato e casamento nas Minas Setencentistas. In.: RESENDE, Maria Efigênia Lage, VILLALTA, Luiz Carlos (orgs). História de Minas Gerais: As Minas Setecentistas (V.2). Belo Horizonte: Autentica, 2007. P. 532-533.)  


O trecho acima demonstra a preocupação da administração colonial com os casamentos nas Minas Gerais. Lewkowicz analisou os casamentos e a noção defendida pela Coroa de que os “mineiros aparentemente não gostavam de casar”. Essa falta de gosto pelo casamento é percebida na grande quantidade das uniões ilegítimas e no considerável número de famílias que vivia em domicílios chefiados por mulheres solteiras com seus filhos nas Minas. Considerando-se o contexto colonial como um todo, é indicação da ilegitimidade das uniões em Minas:  

A
a escassez de mulheres brancas que não desmerecessem a posição social dos homens da colônia.
B
a falta de oportunidades para trabalho que não possibilitava ao homem a fixação na região por muito tempo.
C
a quantidade excessiva de mulheres que acabava por desinteressar ao homem unir-se apenas a uma mulher.
D
a dificuldade de alcançar riquezas e mobilidade social necessárias para a manutenção de uma família.
f0d25fcd-b0
PUC-MINAS 2013 - Geografia - Urbanização, Urbanização brasileira

A tabela a seguir apresenta os dados relativos à população absoluta das 16 maiores regiões metropolitanas brasileiras, de acordo com os dados apurados pelos Censos Demográficos de 2000 e 2010, realizados pelo IBGE.


A análise dos dados permite concluir:

A
A posição ocupada pelas grandes aglomerações urbanas brasileiras não apresenta alterações importantes no período analisado, demonstrando consolidação e estabilização do processo de metropolização brasileiro.
B
No período analisado, é surpreendente a ascensão demográfica da Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal, que, em curto espaço de tempo, ultrapassou metrópoles importantes como Recife e Fortaleza.
C
As posições ocupadas pelas cinco maiores aglomerações metropolitanas brasileiras apresentaram quadro inalterado no período analisado, com a manutenção de grupo formado por metrópoles tradicionalmente importantes do Sul e Sudeste.
D
O processo de metropolização brasileiro ainda se apresenta como fenômeno típico do eixo sudeste-sul do país.
f0b94e84-b0
PUC-MINAS 2013 - Atualidades - Saúde, Questões Sociais

Analise o mapa dos países com registros de casos de dengue no ano de 2011.

A partir da análise desse mapa e de outros conhecimentos sobre o assunto, é INCORRETO afirmar:

A
A incidência de casos de dengue na Ásia se concentra na região de maior densidade populacional, dificultando e onerando os programas de erradicação da doença.
B
A grande incidência de casos de dengue na América do Sul e África se deve às características ambientais favoráveis ao mosquito transmissor e às condições socioeconômicas das populações.
C
As regiões desérticas da África e Oceania apresentam ecossistemas pouco favoráveis à sobrevivência do mosquito transmissor, contribuindo para a diminuição da incidência de casos de dengue nesses locais.
D
O mosquito transmissor da dengue, originário de ecossistemas de clima tropical, com temperaturas médias elevadas e alta pluviosidade, sobrevive em ecossistemas de clima frio com temperaturas médias baixas e com ocorrência de neve.
f0c36eee-b0
PUC-MINAS 2013 - Geografia - Geografia Física, Hidrografia

O gráfico representa o aumento da vazão fluvial (rio) em uma bacia hidrográfica durante um evento chuvoso em dois ambientes distintos: em uma área urbana e em uma área de floresta natural.

Através da análise do gráfico e considerando-se outros conhecimentos sobre o assunto, é INCORRETO afirmar:

A
O aumento lento da vazão dos rios em uma bacia com floresta dificulta a infiltração da água da chuva, contribuindo para menor armazenagem de água no solo.
B
O aumento considerável da vazão dos rios durante as chuvas pode contribuir para maior frequência das inundações nas áreas urbanas.
C
A bacia hidrográfica com edificações reage prontamente à chuva e produz vazão muito maior de água nos rios, logo após o início da chuva.
D
A vazão dos rios em uma bacia com floresta natural aumenta lentamente após o início da chuva e atinge fluxo máximo em nível muito inferior ao da área urbana.
f0cc1ea2-b0
PUC-MINAS 2013 - Atualidades - Trabalho, Transporte, Previdência e outras Questões Sociais, Questões Sociais

As grandes manifestações ocorridas no Brasil durante os meses de junho e julho deste ano foram iniciadas a partir do reajuste das tarifas de ônibus em grandes metrópoles brasileiras, como Rio de Janeiro e São Paulo. Apesar da diversidade de reivindicações apresentadas durante os protestos, a pauta inicial do movimento ancorou-se na defesa da “tarifa zero” no transporte público, pauta defendida pelo MPL – Movimento Passe Livre, trazendo o tema da mobilidade urbana para o centro dos debates da sociedade.


Sobre o transporte público nas grandes cidades brasileiras, é INCORRETO afirmar:

A
Os investimentos em transportes públicos não acompanharam o rápido crescimento populacional das cidades, o que levou a uma situação de colapso, uma vez que os serviços prestados à população não conseguem atender à demanda crescente.
B
Os meios de transporte público são considerados como ineficientes, com baixo padrão de conforto para os usuários e com custo elevado diante do padrão médio de renda da população.
C
Há no país uma clara prioridade ao transporte público de massa, em detrimento do transporte individual, provocando esgotamento do sistema, diante do crescimento acentuado de novos usuários, que optam pela não utilização do automóvel em seus deslocamentos diários.
D
A utilização do ônibus como modalidade principal de transporte de massa chegou ao seu limite, apontando para a necessidade de priorizar, nas grandes cidades brasileiras, outras modalidades de transporte de alta capacidade.
f0a53af9-b0
PUC-MINAS 2013 - Geografia - Cartografia, Projeções e Representações

Todo mapa é confeccionado num determinado sistema de projeção. Observe o mapa abaixo e assinale o tipo de projeção em que foi desenhado.  


A
Cilíndrica
B
Cônica
C
Azimutal
D
Policônica
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PUC-MINAS 2013 - Geografia - Geografia Física, Clima

A figura representa o efeito da orografia (relevo) sobre a circulação atmosférica. É INCORRETO afirmar que o efeito orográfico apresentado:


A
influencia no deslocamento das massas de ar, sem interferir na diversidade da cobertura vegetal da região.
B
ocorre quando uma massa de ar carregada de umidade sobe ao encontrar uma elevação do relevo; o ar quente e úmido é empurrado para cima, provocando a condensação do vapor e chuva.
C
faz com que as vertentes situadas a barlavento apresentem totais de precipitação mais elevados aos apresentados pelas vertentes a sotavento, originando áreas de sombra pluvial.
D
contribui na diferenciação climática, promovendo um clima mais úmido na região de barlavento e um mais seco na região a sota-vento.
f090d2b9-b0
PUC-MINAS 2013 - Português - Interpretação de Textos, Intertextualidade, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

“À dolorosa luz das grandes lâmpadas eléctricas da fábrica

Tenho febre e escrevo.

Escrevo rangendo os dentes, fera para a beleza disto,

Para a beleza disto totalmente desconhecida dos antigos.


Ó rodas, ó engrenagens, r-r-r-r-r-r-r eterno!

Forte espasmo retido dos maquinismos em fúria!”

(PESSOA, Fernando Pessoa. “Ode Triunfal” [Trecho]. Poesias de Álvaro de Campos. In: Obra poética. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2003, p. 306).


O poema de Fernando Pessoa foi publicado em Portugal na década de 1910. A referência a aspectos da vida urbana, como fábricas, engrenagens, motores etc., indica um diálogo intertextual com a proposta estética do

A
comunismo.
B
futurismo.
C
realismo.
D
simbolismo.
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PUC-MINAS 2013 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

“Recriamos a língua na medida em que somos capazes de produzir um pensamento novo, um pensamento nosso. O idioma, afinal, o que é senão o ovo das galinhas de ouro?

Estamos, sim, amando o indomesticável, aderindo ao invisível, procurando os outros tempos deste tempo.

Precisamos, sim, de senso incomum. Pois, das leis da língua, alguém sabe as certezas delas? Ponho as minhas irreticências. Veja-se, num sumário exemplo, perguntas que se podem colocar à língua:

Se pode dizer de um careca que tenha couro cabeludo?

No caso de alguém dormir com homem de raça branca é então que se aplica a expressão: passar a noite em branco?

A diferença entre um ás no volante ou um asno volante é apenas de ordem fonética?

O mato desconhecido é que é o anonimato?

O pequeno viaduto é um abreviaduto? [...]”

(COUTO, Mia. Perguntas à língua portuguesa. Disponível em: http://ciberduvidas.sapo.pt/antologia.php?rid=118. Acesso: 7 de março de 2007).


Mia Couto é um importante escritor da literatura moçambicana. No trecho em análise, seus questionamentos à língua portuguesa

A
valorizam ambiguidades e jogos de palavras, produzindo efeitos de humor.
B
buscam resgatar os valores do idioma tradicional, falado antigamente.
C
ironizam, de modo implícito, as regras gramaticais ensinadas nas escolas.
D
manifestam-se contra o uso português como língua oficial de Moçambique.
f0881a3f-b0
PUC-MINAS 2013 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Comparando-se os versos iniciais de ambos os poemas, a diferença entre os termos “amenos”, no texto 1, e “há menos”, no texto 2, caracteriza a ocorrência de

TEXTO 1

“No meio das tabas de amenos verdores,

Cercadas de troncos — cobertos de flores,

Alteiam-se os tetos d’altiva nação;

São muitos seus filhos, nos ânimos fortes,

Temíveis na guerra, que em densas coortes

Assombram das matas a imensa extensão.

São rudes, severos, sedentos de glória,

Já prélios incitam, já cantam vitória,

Já meigos atendem à voz do cantor:

São todos Timbiras, guerreiros valentes!

Seu nome lá voa na boca das gentes,

Condão de prodígios, de glória e terror!”

(Dias, Gonçalves. I-Juca-Pirama. [Trecho] [1851]. In: Fundação Biblioteca Nacional. Departamento Nacional do Livro. Disponível em: objdigital.bn.br/Acervo_Digital/livros_eletronicos/jucapirama.pdf. Acesso: 21 ago. 2013).  


TEXTO 2

No meio das tabas há menos verdores,
Não há gentes brabas nem campos de flores.

No meio das tabas cercadas de insetos,
Pensando nas babas dos analfabetos,
Vou chamando as tribos dos sertões gerais,
Passando recibos nos vãos de Goiás.

Venham os xerentes, craôs e crixás,
Bororos doentes e xicriabás.
E os apinajés, os carajás roídos,
E os tapirapés e os inás perdidos

[...]

No meio das tabas não quero ver dores,
Mas morubixabas e altivos senhores.

Quero a rebeldia das tribos na aldeia.
Nada de “poesia”. Quero cara feia:
Cor de jenipapo e urucum no peito,
Não índio de trapo falando sem jeito.

(TELES, Gilberto M. “Aldeia global”. In: Os melhores poemas de Gilberto Mendonça Teles. Seleção Luís Busatto. São Paulo: Global, 2001.p. 91-92).  

A
alusão.
B
citação.
C
epígrafe.
D
paródia.
f0826888-b0
PUC-MINAS 2013 - Literatura - Escolas Literárias, Romantismo

I-Juca-Pirama, de Gonçalves Dias, é um texto representativo do Romantismo brasileiro. Considerando-se a leitura do trecho, assinale a característica estética que evidencia sua relação com o contexto cultural do movimento romântico.

TEXTO 1

“No meio das tabas de amenos verdores,

Cercadas de troncos — cobertos de flores,

Alteiam-se os tetos d’altiva nação;

São muitos seus filhos, nos ânimos fortes,

Temíveis na guerra, que em densas coortes

Assombram das matas a imensa extensão.

São rudes, severos, sedentos de glória,

Já prélios incitam, já cantam vitória,

Já meigos atendem à voz do cantor:

São todos Timbiras, guerreiros valentes!

Seu nome lá voa na boca das gentes,

Condão de prodígios, de glória e terror!”

(Dias, Gonçalves. I-Juca-Pirama. [Trecho] [1851]. In: Fundação Biblioteca Nacional. Departamento Nacional do Livro. Disponível em: objdigital.bn.br/Acervo_Digital/livros_eletronicos/jucapirama.pdf. Acesso: 21 ago. 2013).  


TEXTO 2

No meio das tabas há menos verdores,
Não há gentes brabas nem campos de flores.

No meio das tabas cercadas de insetos,
Pensando nas babas dos analfabetos,
Vou chamando as tribos dos sertões gerais,
Passando recibos nos vãos de Goiás.

Venham os xerentes, craôs e crixás,
Bororos doentes e xicriabás.
E os apinajés, os carajás roídos,
E os tapirapés e os inás perdidos

[...]

No meio das tabas não quero ver dores,
Mas morubixabas e altivos senhores.

Quero a rebeldia das tribos na aldeia.
Nada de “poesia”. Quero cara feia:
Cor de jenipapo e urucum no peito,
Não índio de trapo falando sem jeito.

(TELES, Gilberto M. “Aldeia global”. In: Os melhores poemas de Gilberto Mendonça Teles. Seleção Luís Busatto. São Paulo: Global, 2001.p. 91-92).  

A
liberdade formal.
B
temática indianista.
C
pessimismo do poeta.
D
realismo descritivo.
f079fca9-b0
PUC-MINAS 2013 - Português - Interpretação de Textos, Gêneros Textuais, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Produzidos em contextos sociais e históricos distintos, os poemas apresentam semelhanças temáticas. A leitura comparativa indica

TEXTO 1

“No meio das tabas de amenos verdores,

Cercadas de troncos — cobertos de flores,

Alteiam-se os tetos d’altiva nação;

São muitos seus filhos, nos ânimos fortes,

Temíveis na guerra, que em densas coortes

Assombram das matas a imensa extensão.

São rudes, severos, sedentos de glória,

Já prélios incitam, já cantam vitória,

Já meigos atendem à voz do cantor:

São todos Timbiras, guerreiros valentes!

Seu nome lá voa na boca das gentes,

Condão de prodígios, de glória e terror!”

(Dias, Gonçalves. I-Juca-Pirama. [Trecho] [1851]. In: Fundação Biblioteca Nacional. Departamento Nacional do Livro. Disponível em: objdigital.bn.br/Acervo_Digital/livros_eletronicos/jucapirama.pdf. Acesso: 21 ago. 2013).  


TEXTO 2

No meio das tabas há menos verdores,
Não há gentes brabas nem campos de flores.

No meio das tabas cercadas de insetos,
Pensando nas babas dos analfabetos,
Vou chamando as tribos dos sertões gerais,
Passando recibos nos vãos de Goiás.

Venham os xerentes, craôs e crixás,
Bororos doentes e xicriabás.
E os apinajés, os carajás roídos,
E os tapirapés e os inás perdidos

[...]

No meio das tabas não quero ver dores,
Mas morubixabas e altivos senhores.

Quero a rebeldia das tribos na aldeia.
Nada de “poesia”. Quero cara feia:
Cor de jenipapo e urucum no peito,
Não índio de trapo falando sem jeito.

(TELES, Gilberto M. “Aldeia global”. In: Os melhores poemas de Gilberto Mendonça Teles. Seleção Luís Busatto. São Paulo: Global, 2001.p. 91-92).  

A
exaltação da pátria e dos encantos da natureza como uma característica presente nos dois textos.
B
preocupação de ambos os textos em destacar a contribuição da cultura indígena para a história do país.
C
contraste entre a visão grandiosa de índio do texto 1 e a visão contemporânea, apontada no texto 2.
D
visão otimista do texto 2, em relação à violência da guerra, sugerida no poema de Gonçalves Dias.
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PUC-MINAS 2013 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Assinale a afirmativa CORRETA.

A
O título do texto sugere tratar-se de dúvidas comuns a todos os adolescentes, o que é ratificado pela imagem.
B
A charge tem como objetivo criticar a condição em que se encontram os adolescentes brasileiros.
C
Há uma discrepância em termos de registro no que se refere às duas partes de que se compõe a resposta.
D
A primeira parte do diálogo sinaliza uma insatisfação dos três jovens quanto à fase da vida em que encontram.
f0734ff9-b0
PUC-MINAS 2013 - Português - Interpretação de Textos, Coesão e coerência, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Assinale a afirmativa INCORRETA.

A
O propósito da charge é criticar a falta de perspectivas profissionais para menores delinquentes.
B
A linguagem utilizada na parte final do diálogo remete a dois universos sociais distintos.
C
Nessa charge, a palavra “hipóteses” se relaciona diretamente com “crescer”.
D
As armas e o cenário em que se dá o diálogo são elementos fundamentais para a caracterização dos personagens.
f05d61bf-b0
PUC-MINAS 2013 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

I. A linha pontilhada pode ser lida como sinalizadora de tempo de espera, suspense.

II. A resposta final do médico, enigmática, tenta encobrir sua impotência diante do mal.

III. O paciente dá mostras de conviver com a doença há longo tempo.


Tendo em conta as afirmativas acima, assinale a alternativa CORRETA.

Pneumotórax

Manuel Bandeira


Febre, hemoptise, dispneia e suores noturnos.
A vida inteira que podia ter sido e que não foi.
Tosse, tosse, tosse.

Mandou chamar o médico:

– Diga trinta e três.
– Trinta e três... trinta e três... trinta e três...
– Respire.

...............................................................................................................................

– O senhor tem uma escavação no pulmão esquerdo e o pulmão direito infiltrado.
– Então, doutor, não é possível tentar o pneumotórax?
– Não. A única coisa a fazer é tocar um tango argentino.

BANDEIRA, Manuel. Libertinagem & Estrela da manhã. 4. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1993, p. 30.

A
Apenas I e II são verdadeiras.
B
Apenas I e III são verdadeiras.
C
Apenas II e III são verdadeiras.
D
Todas são verdadeiras.
f065d3fe-b0
PUC-MINAS 2013 - Português - Interpretação de Textos, Morfologia - Verbos, Flexão verbal de tempo (presente, pretérito, futuro), Tipos de Discurso: Direto, Indireto e Indireto Livre, Conjunções: Relação de causa e consequência, Flexão verbal de modo (indicativo, subjuntivo, imperativo), Morfologia, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

I. O verbo “poder”, embora formalmente no imperfeito do indicativo, indica hipótese, possibilidade.

II. O uso do discurso direto tem como efeito conferir ao poema um tom prosaico.

III. A conjunção “e”, no segundo verso, tem valor adversativo.


Tendo em conta as afirmativas acima, assinale a alternativa CORRETA.

Pneumotórax

Manuel Bandeira


Febre, hemoptise, dispneia e suores noturnos.
A vida inteira que podia ter sido e que não foi.
Tosse, tosse, tosse.

Mandou chamar o médico:

– Diga trinta e três.
– Trinta e três... trinta e três... trinta e três...
– Respire.

...............................................................................................................................

– O senhor tem uma escavação no pulmão esquerdo e o pulmão direito infiltrado.
– Então, doutor, não é possível tentar o pneumotórax?
– Não. A única coisa a fazer é tocar um tango argentino.

BANDEIRA, Manuel. Libertinagem & Estrela da manhã. 4. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1993, p. 30.

A
Todas são verdadeiras.
B
Apenas II e III são verdadeiras.
C
Apenas I e III são verdadeiras.
D
Apenas I e II são verdadeiras.
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PUC-MINAS 2013 - Inglês - Interpretação de texto | Reading comprehension

If you want to gain control over your time, you should

Why the Internet is so addictive
    "Checking Facebook should only take a minute." Those are the famous last words of countless people every day, right before getting sucked into several hours of watching cat videos or commenting on Instagrammed sushi lunches. That behavior is natural, given how the Internet is structured, experts say. The Internet’s omnipresence and lack of limits encourage people to lose track of time, making it hard to exercise the self-control to turn it off.
    "The Internet is not addictive in the same way as pharmacological substances are," said Tom Stafford, a cognitive scientist at the University of Sheffield in the U.K. "But it's compulsive; it's compelling; it's distracting." Humans are social creatures. Therefore, people enjoy the social information available via email and the Web.     
    The main reason the Internet is so addictive is that it lacks boundaries between tasks, Stafford said. Someone may set out to "research something, and then accidentally go to Wikipedia, and then wind up trying to find out what ever happened to Depeche Mode," Stafford said, referring to the music band. Studies suggest willpower is like a muscle: It can be strengthened, but can also become exhausted. Because the Internet is always "on," staying on task requires constantly flexing that willpower muscle, which can exhaust a person's self-control.
    For those who want to loosen the grip of the Web on their lives, a few simple techniques may do the trick. Web-blocking tools that limit surfing time can help people regain control over their time. Another method is to plan ahead, committing to work for 20 minutes, or until a certain task is complete, and then allowing five minutes of Web surfing, Stafford said.
(Adapted from: http://www.mnn.com/green-tech/computers/stories/why-the-internet-is-so-addictive) 
A
try to plan your web surfing time.
B
keep away from the Internet.
C
work for twenty minutes every day.
D
have only five minutes of Web surfing.