Questõessobre Variação Linguística

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UNEMAT 2010 - Português - Interpretação de Textos, Variação Linguística, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Assinale a alternativa em que o trecho do diálogo apresenta um registro informal ou coloquial da linguagem.

A
“... e ela me deu um anel mágico que me levou a um tesouro.”
B
“E lembre-se: se o senhor disser uma mentira, a sua situação se complicará!”
C
“Estou atrasado porque ajudei um ancião a atravessar a rua...”
D
“Tá legal, bonitinho! Onde é que você teve?!”
E
“Mas bandidos o roubaram e os persegui até a Bélgica, onde um dragão...”
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UNEMAT 2011 - Português - Interpretação de Textos, Variação Linguística, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Em relação à sequência de quadrinhos, é correto afirmar.



A
Trata-se de linguagem verbal.
B
Trata-se de língua não padrão.
C
Trata-se de língua padrão.
D

Trata-se de linguagem não verbal.

E
Trata-se de língua culta.
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CEDERJ 2011, CEDERJ 2011 - Português - Flexão verbal de número (singular, plural), Interpretação de Textos, Flexão verbal de pessoa (1ª, 2ª, 3ª pessoa), Morfologia - Verbos, Flexão verbal de tempo (presente, pretérito, futuro), Variação Linguística, Pontuação, Uso da Vírgula, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

No Texto II, são exemplos do uso coloquial, informal, da língua portuguesa as seguintes passagens:


“Desde o começo, sempre foi um assunto em que a gente estava de acordo.” (linhas 2-3)

“Aí eles engolem aquele plástico que pode asfixiar os coitados de uma hora para outra.” (linhas 18-19)

Assinale a alternativa que descreve corretamente o uso de traços de oralidade nas frases destacadas. 




A
Emprego da expressão a gente em lugar do pronome nós; emprego do conector em sequência narrativa.
B
Emprego da expressão a gente com valor de 1ª pessoa do plural; emprego do pronome aí como conector de diálogos.
C
Emprego inadequado da vírgula depois da expressão temporal desde o começo; uso do verbo engolir em sentido figurado.
D
Emprego do pretérito imperfeito (estava) em lugar do futuro do pretérito (estaria); emprego do conector para ligar sequências descritivas.
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PUC - Campinas 2010 - Português - Interpretação de Textos, Variação Linguística, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

O termo jagunço, ainda muito presente na cultura popular nordestina, era recorrente no vocabulário dos chamados cangaceiros. Sobre o fenômeno do Cangaço, é correto afirmar que

Para responder à questão, considere o texto abaixo.


    A mentalidade sertaneja, de que há alguns traços que resistem ao tempo, foi captada magnificamente por Guimarães Rosa. (...) Se há, na expressão dessa mentalidade, tantos aspectos medievais − alguns no sentido da sacralidade ou da honra, outros simplesmente da ordem feudal −, há um aspecto que desmente o esquema: os jagunços não estão sujeitos à servidão, ao trabalho servil da terra. São livres para trilhar as veredas.


(Fernando Correia Dias, “Aspectos sociológicos de Grande sertão: veredas”, in: Guimarães Rosa − Coleção Fortuna Crítica. Sel. de Eduardo de Faria Coutinho. Rio de janeiro: Civilização Brasileira/INL, 1983. p. 406) 
A
se originou dos problemas sociais e das questões fundiárias do Nordeste brasileiro, perdurando de meados do século XIX ao início do século XX, sempre marcado por ações violentas nas quais os cangaceiros roubavam dos ricos para ofertar aos pobres.
B
se caracterizou fundamentalmente pela atuação de grupos armados que assaltavam fazendas, promoviam saques e sequestros, seguindo a conveniência de uma política de alianças e negociações com os grandes “coronéis”, que não raramente, contratavam os serviços dos cangaceiros.
C
foi um movimento social, marcado pela liderança carismática e messiânica de líderes como Lampião, Corisco, Conselheiro e Maria Bonita, que combatiam o poder abusivo dos “coronéis” e tinham como objetivo libertar os sertanejos de sua condição de semiescravos.
D
pode ser comparado ao atual narcotráfico, tão presente nos morros cariocas, uma vez que substituía o Estado, assumindo o papel dos administradores e garantia à população nordestina qualidade mínima de vida, em termos de alimentação, segurança e educação.
E
foi uma manifestação de banditismo social, uma vez que os cangaceiros agiam de forma desgovernada, não possuíam nenhuma regra de conduta e enriqueceram às custas do apoio popular, que garantiu sua proteção e longevidade, no Nordeste, apesar da incessante perseguição policial sofrida.
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FGV 2016 - Português - Interpretação de Textos, Variação Linguística

Contrastam, quanto à variedade linguística a que pertencem, as seguintes expressões do texto:

Na crise, viramos fantoches na rede

       Quando um fato de grande repercussão social ocorre, o primeiro impacto é o congestionamento. Todos buscam se comunicar, gerando sobrecarga nas linhas de celular, tornando o acesso à internet móvel lento ou inexistente.

     Logo a seguir vem a onda de incerteza e desinformação. No anseio da busca por notícias rápidas, começam a circular na rede vários dados falsos ou imprecisos, que são replicados massivamente. Estudos mostram que as informações falsas circulam três vezes mais que as corretas, publicadas depois. O dano é enorme.

       A recomendação nesses casos é contraintuitiva: não replicar qualquer informação sem checá-la antes. Evitar o desejo de "participar" do acontecimento retuitando ou compartilhando informações vindas de fontes não confiáveis, por maior que seja o número de pessoas fazendo o mesmo. Nesses momentos de grande comoção e agitação, extremistas com agendas políticas deletérias aproveitam para fazer circular suas mensagens. Esse é um dos principais efeitos desejados pelo terrorismo contemporâneo: criar uma situação de grande agitação na internet e pegar carona nela para disseminar sua mensagem.

      Situações como essas transformam as pessoas em veículos. Viramos agentes de disseminação ampla de mensagens pré-fabricadas, produzidas intencionalmente por algumas poucas fontes que sabem exatamente o que estão fazendo.

      O objetivo não é o debate, mas mera ocupação de espaço. São teses e antíteses incapazes de produzir qualquer síntese. Não passam de narrativas pré-concebidas com o objetivo de ocupar espaço.

Ronaldo Lemos, Folha de S. Paulo, 28/03/2016. Adaptado. 

A
“onda de incerteza”; “sobrecarga nas linhas”.
B
"circular na rede”; “ocupar espaço”.
C
“pegar carona”; “replicar qualquer informação”.
D
“informações falsas”; “terrorismo contemporâneo”.
E
“agentes de disseminação”; “narrativas pré-concebidas”.
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FGV 2018 - Português - Interpretação de Textos, Variação Linguística

Tendo em vista o gênero literário em que se enquadra o texto, o autor permite-se o uso de uma expressão típica da linguagem informal em:

Texto para a questão

PARDAIS NOVOS

    Um dia o meu telefone, instalado à cabeceira de minha cama, retiniu violentamente às sete da manhã. Estremunhado tomei do receptor e ouvi do outro lado uma voz que dizia: “Mestre, sou um pardal novo. Posso ler-lhe uns versos para que o senhor me dê a sua opinião?” Ponderei com mau humor ao pardal que aquilo não eram horas para consultas de tal natureza, que ele me telefonasse mais tarde. O pardal não telefonou de novo: veio às nove e meia ao meu apartamento.
    Mal o vi, percebi que não se tratava de pardal novo. Ele mesmo como que concordou que o não era, pois perguntando-lhe eu a idade, hesitou contrafeito para responder que tinha 35 anos. Ainda por cima era um pardal velho!
    Desde esse dia passei a chamar de pardais novos os rapazes que me procuram para mostrar-me os seus primeiros ensaios de voo no céu da poesia. Dizem eles que desejam saber se têm realmente queda para o ofício, se vale a pena persistir etc. Fico sempre embaraçado para dar qualquer conselho. A menos que se seja um Rimbaud ou, mais modestamente, um Castro Alves, que poesia se pode fazer antes dos vinte anos? Como Mallarmé afirmou certa vez que todo verso é um esforço para o estilo, acabo aconselhando ao pardal que vá fazendo os seus versinhos, sem se preocupar com a opinião de ninguém, inclusive a minha. (...)

Manuel Bandeira, Melhores crônicas. Global Editora.
A
“Ainda por cima”.
B
“Desde esse dia”.
C
“que o não era”.
D
“A menos que”.
E
“tomei do receptor”.
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UEL 2018, UEL 2018 - Português - Interpretação de Textos, Variação Linguística

Das expressões retiradas do texto, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, a locução que exemplifica uso de registro formal e variante padrão da língua.

Leia o trecho, a seguir, retirado do livro Quarenta dias, de Maria Valéria Rezende, e responda à questão.


Saí, em busca de Cícero Araújo ou sei lá de quê, mas sem despir-me dessa nova Alice, arisca e áspera, que tinha brotado e se esgalhado nesses últimos meses e tratava de escamotear-se, perder-se num mundo sem porteira, fugir ao controle de quem quer que fosse. Tirei o interfone do gancho e o deixei balançando, pendurado no fio, bati a porta da cozinha e desci correndo pela escada de serviço, esperando que o porteiro se enfiasse na guarita pra responder ao interfone de frente pro saguão, de modo que eu pudesse sair de fininho, por trás dos pilotis, e escapar sem ser vista. Não me importava nada o que haveria de acontecer com o interfone nem com o porteiro.

Ganhei a rua e saí a esmo, querendo dar o fora dali o mais depressa possível, como se alguém me vigiasse ou me perseguisse, mas saí andando decidida, como se soubesse perfeitamente aonde ia, pisando duro, como nunca tinha pisado em parte alguma da minha antiga terra, lá onde eu sempre soube ou achava que sabia que rumo tomar. Saí, sem perguntar nada ao guri da banca da esquina nem a ninguém, até que me visse a uma distância segura daquele endereço que me impingiram e onde eu me sentia espionada, sabe-se lá que raio de combinação eles tinham com os porteiros, com os vizinhos? Olhe só, Barbie, como eu chegava perigosamente perto da paranoia e ainda falo “deles” como se fossem meus inimigos, minha filha e meu genro

REZENDE, Maria Valéria. Quarenta dias. 1ª ed. Rio de Janeiro: Objetiva, 2014. p. 95-96. 

A
“mundo sem porteira”
B
“saí a esmo”
C
“dar o fora dali”
D
“pisando duro”
E
“raio de combinação”
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UNESP 2018 - Português - Interpretação de Textos, Variação Linguística, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

O narrador emprega expressão própria da modalidade oral da linguagem em:

Leia o trecho do romance S. Bernardo, de Graciliano Ramos, para responder a questão.

    O caboclo mal-encarado que encontrei um dia em casa do Mendonça também se acabou em desgraça. Uma limpeza. Essa gente quase nunca morre direito. Uns são levados pela cobra, outros pela cachaça, outros matam-se.
    Na pedreira perdi um. A alavanca soltou-se da pedra, bateu-lhe no peito, e foi a conta. Deixou viúva e órfãos miúdos. Sumiram-se: um dos meninos caiu no fogo, as lombrigas comeram o segundo, o último teve angina e a mulher enforcou-se.
    Para diminuir a mortalidade e aumentar a produção, proibi a aguardente.
    Concluiu-se a construção da casa nova. Julgo que não preciso descrevê-la. As partes principais apareceram ou aparecerão; o resto é dispensável e apenas pode interessar aos arquitetos, homens que provavelmente não lerão isto. Ficou tudo confortável e bonito. Naturalmente deixei de dormir em rede. Comprei móveis e diversos objetos que entrei a utilizar com receio, outros que ainda hoje não utilizo, porque não sei para que servem.
    Aqui existe um salto de cinco anos, e em cinco anos o mundo dá um bando de voltas.
    Ninguém imaginará que, topando os obstáculos mencionados, eu haja procedido invariavelmente com segurança e percorrido, sem me deter, caminhos certos. Não senhor, não procedi nem percorri. Tive abatimentos, desejo de recuar; contornei dificuldades: muitas curvas. Acham que andei mal?  

A verdade é que nunca soube quais foram os meus atos bons e quais foram os maus. Fiz coisas boas que me trouxeram prejuízo; fiz coisas ruins que deram lucro. E como sempre tive a intenção de possuir as terras de S. Bernardo, considerei legítimas as ações que me levaram a obtê-las.
    Alcancei mais do que esperava, mercê de Deus. Vieram- -me as rugas, já se vê, mas o crédito, que a princípio se esquivava, agarrou-se comigo, as taxas desceram. E os negócios desdobraram-se automaticamente. Automaticamente. Difícil? Nada! Se eles entram nos trilhos, rodam que é uma beleza. Se não entram, cruzem os braços. Mas se virem que estão de sorte, metam o pau: as tolices que praticarem viram sabedoria. Tenho visto criaturas que trabalham demais e não progridem. Conheço indivíduos preguiçosos que têm faro: quando a ocasião chega, desenroscam-se, abrem a boca – e engolem tudo.
    Eu não sou preguiçoso. Fui feliz nas primeiras tentativas e obriguei a fortuna a ser-me favorável nas seguintes.
    Depois da morte do Mendonça, derrubei a cerca, naturalmente, e levei-a para além do ponto em que estava no tempo de Salustiano Padilha. Houve reclamações.
    – Minhas senhoras, seu Mendonça pintou o diabo enquanto viveu. Mas agora é isto. E quem não gostar, paciência, vá à justiça.
    Como a justiça era cara, não foram à justiça. E eu, o caminho aplainado, invadi a terra do Fidélis, paralítico de um braço, e a dos Gama, que pandegavam no Recife, estudando Direito. Respeitei o engenho do Dr. Magalhães, juiz.
    Violências miúdas passaram despercebidas. As questões mais sérias foram ganhas no foro, graças às chicanas de João Nogueira.
    Efetuei transações arriscadas, endividei-me, importei maquinismos e não prestei atenção aos que me censuravam por querer abarcar o mundo com as pernas. Iniciei a pomicultura e a avicultura. Para levar os meus produtos ao mercado, comecei uma estrada de rodagem. Azevedo Gondim compôs sobre ela dois artigos, chamou-me patriota, citou Ford e Delmiro Gouveia. Costa Brito também publicou uma nota na Gazeta, elogiando-me e elogiando o chefe político local. Em consequência mordeu-me cem mil-réis.


(S. Bernardo, 1996.)

A
“Se eles entram nos trilhos, rodam que é uma beleza.” (7o parágrafo)
B
“Naturalmente deixei de dormir em rede.” (4o parágrafo)
C
“A verdade é que nunca soube quais foram os meus atos bons e quais foram os maus.” (6o parágrafo)
D
“E os negócios desdobraram-se automaticamente.” (7o parágrafo)
E
“Julgo que não preciso descrevê-la.” (4o parágrafo)
d8870c55-f1
UNICAMP 2018 - Português - Interpretação de Textos, Intertextualidade, Variação Linguística, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Alguns pesquisadores falam sobre a necessidade de um “letramento racial”, para “reeducar o indivíduo em uma perspectiva antirracista”, baseado em fundamentos como o reconhecimento de privilégios, do racismo como um problema social atual, não apenas legado histórico, e a capacidade de interpretar as práticas racializadas. Ouvir é sempre a primeira orientação dada por qualquer especialista ou ativista: uma escuta atenta, sincera e empática. Luciana Alves, educadora da Unifesp, afirma que "Uma das principais coisas é atenção à linguagem. A gente tem uma linguagem sexista, racista, homofóbica, que passa pelas piadas e pelo uso de termos que a gente já naturalizou. ‘A coisa tá preta’, ‘denegrir’, ‘serviço de preto’... Só o fato de você prestar atenção na linguagem já anuncia uma postura de reconstrução. Se o outro diz que tem uma carga negativa e ofensiva, acredite”.

(Adaptado de Gente branca: o que os brancos de um país racista podem fazer pela igualdade além de não serem racistas. UOL, 21/05/2018)

Segundo Luciana Alves, para combater o racismo e mudar de postura em relação a ele, é fundamental

A
ouvir com atenção os discursos e orientações de especialistas e ativistas.
B
reconhecer expressões racistas existentes em práticas naturalizadas.
C
passar por um “letramento racial” que dispense o legado histórico.
D
prestar atenção às práticas históricas e às orientações da educadora.
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ENEM 2010 - Português - Interpretação de Textos, Variação Linguística

Quando vou a São Paulo, ando na rua ou vou ao mercado, apuro o ouvido; não espero só o sotaque geral dos nordestinos, onipresentes, mas para conferir a pronúncia de cada um; os paulistas pensam que todo nordestino fala igual; contudo as variações são mais numerosas que as notas de uma escala musical. Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí têm no falar de seus nativos muito mais variantes do que se imagina. E a gente se goza uns dos outros, imita o vizinho, e todo mundo ri, porque parece impossível que um praiano de beira-mar não chegue sequer perto de um sertanejo de Quixeramobim. O pessoal do Cariri, então, até se orgulha do falar deles. Têm uns tês doces, quase um the; já nós, ásperos sertanejos, fazemos um duro au ou eu de todos os terminais em al ou el - carnavau, Raqueu... Já os paraibanos trocam o l pelo r. José Américo só me chamava, afetuosamente, de Raquer.

Queiroz, R. O Estado de São Paulo. 09 maio 1998 (fragmento adaptado).

Raquel de Queiroz comenta, em seu texto, um tipo de variação linguística que se percebe no falar de pessoas de diferentes regiões. As características regionais exploradas no texto manifestam-se

A
na fonologia.
B
no uso do léxico.
C
no grau de formalidade.
D
na organização sintática.
E
na estruturação morfológica.
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INSPER 2017 - Português - Interpretação de Textos, Variação Linguística, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Leia a tira.



Na tira, a presença do termo “Vossa Mercê” na fala do Vovô revela

A
variedade de língua arcaica, para deixar claro à interlocutora a importância da diferença de idade.
B
respeito excessivo dele ao dirigir-se à interlocutora, para contestar a ideia de que é antiquado.
C
diferença de usos linguísticos entre as gerações, corroborando a avaliação da interlocutora sobre ele.
D
intolerância da interlocutora com ele, cuja linguagem se mostra tão informal quanto a dela.
E
opção por uma linguagem mais à vontade para agradar a interlocutora, que mostra ter princípios.
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ENEM 2014 - Português - Interpretação de Textos, Variação Linguística



Disponível em: http://blog.planalto.gov.br. Acesso em: 29 fev. 2012.

Anúncios publicitários geralmente fazem uso de elementos verbais e não verbais. Nessa peça publicitária, a imagem, que simula um manual, e o texto verbal, que faz uso de uma variedade de língua específica, combinados, pretendem

A
fazer a gradação de comportamentos e de atitudes em termos da gravidade de efeitos da bebida alcoólica.
B

aconselhar o leitor da peça publicitária a não “pegar” a namorada do amigo para o “bicho não pegar”.

C
promover a mudança de comportamento dos jovens em relação ao consumo do álcool e à direção.
D
demonstrar que a viagem de ônibus ou de táxi é mais segura, independentemente do consumo de álcool.
E
incentivar a prática da carona em carros de motoristas do sexo feminino.
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ENEM 2013 - Português - Interpretação de Textos, Variação Linguística

O cordelista por ele mesmo


Aos doze anos eu era

forte, esperto e nutrido.

Vinha do Sítio de Piroca

muito alegre e divertido

vender cestos e balaios

que eu mesmo havia tecido.

Passava o dia na feira

e à tarde regressava

levando umas panelas

que minha mãe comprava

e bebendo água salgada

nas cacimbas onde passava.

BORGES, J. F. Dicionário dos sonhos e outras histórias de cordel. Porto Alegre: LP&M, 2003 (fragmento).


Literatura de cordel é uma criação popular em verso, cuja linguagem privilegia, tematicamente, histórias de cunho regional, lendas, fatos ocorridos para firmar certas crenças e ações destacadas nas sociedades locais. A respeito do uso das formas variantes da linguagem no Brasil, o verso do fragmento que permite reconhecer uma região brasileira é

A
“muito alegre e divertido”.
B
“Passava o dia na feira”.
C
“levando umas panelas”
D
“que minha mãe comprava”
E
“nas cacimbas onde passava”.
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ENEM 2011 - Português - Interpretação de Textos, Variação Linguística

Diz-se, em termos gerais, que é preciso "falar a mesma língua": o português, por exemplo, que é a língua que utilizamos. Mas trata-se de uma língua portuguesa ou de várias línguas portuguesas? O português da Bahia é o mesmo português do Rio Grande do Sul? Não está cada um deles sujeito a influências diferentes — linguísticas, climáticas, ambientais? O português do médico é igual ao do seu cliente? O ambiente social e o cultural não determinam a língua? Estas questões levam à constatação de que existem níveis de linguagem. O vocabulário, a sintaxe e mesmo a pronúncia variam segundo esses níveis.

VANOYE, F. Usos da linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1981 (fragmento).


Na fala e na escrita, são observadas variações de uso, motivadas pela classe social do indivíduo, por sua região, por seu grau de escolaridade, pelo gênero, pela intencionalidade do ato comunicativo, ou seja, pelas situações linguísticas e sociais em que a linguagem é empregada. A variedade linguística adequada à situação específica de uso social está expressa

A
na fala de um professor ao iniciar a aula no ensino superior: "Fala galerinha do mal! Hoje vamos estudar um negócio muito importante".
B
na leitura de um discurso de uma autoridade pública na inauguração de um estabelecimento educacional: “Senhores cidadões do Brasil, com alegria, inauguramos mais uma escola para a melhor educação de nosso país".
C
no memorando da diretora da escola ao responsável por um aluno: "Responsável pelo aluno Henrique, dê uma chegadinha na diretoria da escola para saber o que o seu filhinho anda fazendo de besteira”.
D
na fala de uma criança, na tentativa de convencer a mãe a entregar-lhe a mesada: "Mãe, assim não dá para ser feliz! Dá pra liberar minha mesada? Prometo que só vou tirar notão nas próximas provas".
E
na fala de uma mãe em resposta ao filho que solicitou a mesada: "Caro descendente, por obséquio, antecipe a prestação de suas contas, a fim de fazer jus ao solicitado".
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ENEM 2011 - Português - Interpretação de Textos, Variação Linguística

Foi sempre um gaúcho quebralhão, e despilchado sempre, por ser muito de mãos abertas. Se numa mesa de primeira ganhava uma ponchada de balastracas, reunia a gurizada da casa, fazia pi! pi! pi! como pra galinhas e semeava as moedas, rindo-se do formigueiro que a miuçada formava, catando as pratas no terreiro. Gostava de sentar um laçaço num cachorro, mas desses laçaços de apanhar da palheta à virilha, e puxado a valer, tanto que o bicho que o tomava, de tanto sentir dor, e lombeando-se, depois de disparar um pouco é que gritava, num caim! caim! caim! de desespero.

LOPES NETO, J. S. Contrabandista. In: SALES, H. (org). Antologia de contos brasileiros. Rio de Janeiro: Ediouro, 2001 (adaptado).


A língua falada no Brasil apresenta vasta diversidade, que se manifesta de acordo com o lugar, a faixa etária, a classe social, entre outros elementos. No fragmento do texto literário, a variação linguística destaca-se

A
por inovar na organização das estruturas sintáticas.
B
pelo uso de vocabulário marcadamente regionalista.
C
por distinguir, no diálogo, a origem social dos falantes.
D
por adotar uma grafia típica do padrão culto, na escrita.
E
pelo entrelaçamento de falas de crianças e adultos.
d5a736d6-49
UNB 2010 - Português - Interpretação de Textos, Variação Linguística, Redação - Reescritura de texto, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Nas linhas 14 e 15, na fala atribuída ao torturador, foi usada a linguagem coloquial. Esse trecho poderia ser expresso corretamente em linguagem formal: Não há de se evocar Deus, porque, aqui, Deus somos nós mesmos.

Imagem 012.jpg

A partir dessas informações, julgue o item e assinale a opção correta no item 58.

C
Certo
E
Errado
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ENEM 2016 - Português - Interpretação de Textos, Variação Linguística

Um menino aprende a ler


Minha mãe sentava-se a coser e retinha-me de livro na mão, ao lado dela, ao pé da máquina de costura. O livro tinha numa página a figura de um bicho carcunda ao lado da qual, em letras graúdas, destacava-se esta palavra: ESTÔMAGO. Depois de soletrar “es-to-ma-go”, pronunciei “estomágo”. Eu havia pronunciado bem as duas primeiras palavras que li, camelo e dromedário. Mas estômago, pronunciei estomágo. Minha mãe, bonita como só pode ser mãe jovem para filho pequeno, o rosto alvíssimo, os cabelos enrolados no pescoço, parou a costura e me fitou de fazer medo: “Gilberto!”. Estremeci. “Estomágo? Leia de novo, soletre”. Soletrei, repeti: “Estomágo”. Foi o diabo.

Jamais tinha ouvido, ao que me lembrasse então, a palavra estômago. A cozinheira, o estribeira, os criados, Bernarda, diziam “estambo”. “Estou com uma dor na boca do estambo...”, “Meu estambo está tinindo...”. Meus pais teriam pronunciado direito na minha presença, mas eu não me lembrava. E criança, como o povo, sempre que pode repele proparoxítono.

AMADO, G. História da minha infância. Rio de Janeiro: José Olympio, 1958.


No trecho, em que o narrador relembra um episódio de sua infância, revela-se a possibilidade de a língua se realizar de formas diferentes. Com base no texto, a passagem em que se constata uma marca de variedade linguística pouco prestigiada é:

A
“O livro tinha numa página a figura de um bicho carcunda ao lado da qual, em letras graúdas, destacava-se esta palavra: ESTÔMAGO”.
B
“'Gilberto!’. Estremeci. 'Estomágo? Leia de novo, soletre’. Soletrei, repeti: 'Estomágo’”.
C
“Eu havia pronunciado bem as duas primeiras palavras que li, camelo e dromedário”.
D
“Jamais tinha ouvido, ao que me lembrasse então, a palavra estômago”.
E
“A cozinheira, o estribeira, os criados, Bernarda, diziam 'estambo’”.
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ENEM 2017 - Português - Interpretação de Textos, Variação Linguística

Pela primeira vez na vida teve pena de haver tantos assuntos no mundo que não compreendia e esmoreceu. Mas uma mosca fez um ângulo reto no ar, depois outro, além disso, os seis anos são uma idade de muitas coisas pela primeira vez, mais do que uma por dia e, por isso, logo depois, arribou. Os assuntos que não compreendia eram uma espécie de tontura, mas o Ilídio era forte.

Se calhar estava a falar de tratar da cabra: nunca esqueças de tratar da cabra. O Ilídio não gostava que a mãe o mandasse tratar da cabra. Se estava ocupado a contar uma história a um guarda-chuva, não queria ser interrompido. Às vezes, a mãe escolhia os piores momentos para chamá-lo, ele podia estar a contemplar um segredo, por isso, assustava-se e, depois, irritava-se. Às vezes, fazia birras no meio da rua. A mãe envergonhava-se e, mais tarde, em casa, dizia que as pessoas da vila nunca tinham visto um menino tão velhaco. O Ilídio ficava enxofrado, mas lembrava-se dos homens que lhe chamavam reguila, diziam ah, reguila de má raça. Com essa memória, recuperava o orgulho. Era reguila, não era velhaco. Essa certeza dava-lhe forças para protestar mais, para gritar até, se lhe apetecesse.

PEIXOTO, J. L. Livro. São Paulo: Cia. das Letras, 2012.


No texto, observa-se o uso característico do português de Portugal, marcadamente diferente do uso do português do Brasil. O trecho que confirma essa afirmação é:

A
“Pela primeira vez na vida teve pena de haver tantos assuntos no mundo que não compreendia e esmoreceu.”
B
“Os assuntos que não compreendia eram uma espécie de tontura, mas o Ilídio era forte.”
C
“Essa certeza dava-lhe forças para protestar mais, para gritar até, se lhe apetecesse.”
D
“Se calhar estava a falar de tratar da cabra: nunca esqueças de tratar da cabra.”
E
“O Ilídio não gostava que a mãe o mandasse tratar da cabra.”
33df6e00-d4
USP 2017 - Português - Interpretação de Textos, Variação Linguística

Constitui marca do registro informal da língua o trecho

      

A
“mas um só ruído compacto” (L. 2-3).
B
“ouviam-se gargalhadas” (L. 5).
C
“o prazer animal de existir” (L. 8-9).
D
“gritou ela para baixo” (L. 14).
E
“bata na porta” (L. 15).
67d1bceb-cb
ENEM 2017 - Português - Interpretação de Textos, Variação Linguística

Zé Araújo começou a cantar num tom triste, dizendo aos curiosos que começaram a chegar que uma mulher tinha se ajoelhado aos pés da santa cruz e jurado em nome de Jesus um grande amor, mas jurou e não cumpriu, fingiu e me enganou, pra mim você mentiu, pra Deus você pecou, o coração tem razões que a própria razão desconhece, faz promessas e juras, depois esquece.

O caboclo estava triste e inspirado. Depois dessa canção que arrepiou os cabelos da Neusa, emendou com uma valsa mais arretada ainda, cheia de palavras difíceis, mas bonita que só a gota serena. Era a história de uma boneca encantadora vista numa vitrine de cristal sobre o soberbo pedestal. Zé Araújo fechava os olhos e soltava a voz:

Seus cabelos tinham a cor/ Do sol a irradiar/ Fulvos raios de amor./ Seus olhos eram circúnvagos/ Do romantismo azul dos lagos/ Mãos liriais, uns braços divinais,/ Um corpo alvo sem par/ E os pés muito pequenos./ Enfím eu vi nesta boneca/ Uma perfeita Vênus.

CASTRO, N. L. As pelejas de Ojuara: o homem que desafiou o diabo. São Paulo: Arx, 2006 (adaptado).


O comentário do narrador do romance “[...] emendou com uma valsa mais arretada ainda, cheia de palavras difíceis, mas bonita que só a gota serena” relaciona-se ao fato de que essa valsa é representativa de uma variedade linguística

A
detentora de grande prestígio social.
B
específica da modalidade oral da língua.
C
previsível para o contexto social da narrativa.
D
constituída de construções sintáticas complexas.
E
valorizadora do conteúdo em detrimento da forma.