Questão 4d09e2a6-7a
Prova:
Disciplina:
Assunto:
Quando vou a São Paulo, ando na rua ou vou ao mercado,
apuro o ouvido; não espero só o sotaque geral dos
nordestinos, onipresentes, mas para conferir a pronúncia
de cada um; os paulistas pensam que todo nordestino
fala igual; contudo as variações são mais numerosas
que as notas de uma escala musical. Pernambuco,
Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí têm no falar
de seus nativos muito mais variantes do que se imagina.
E a gente se goza uns dos outros, imita o vizinho, e todo
mundo ri, porque parece impossível que um praiano de
beira-mar não chegue sequer perto de um sertanejo
de Quixeramobim. O pessoal do Cariri, então, até se
orgulha do falar deles. Têm uns tês doces, quase um the;
já nós, ásperos sertanejos, fazemos um duro au ou eu
de todos os terminais em al ou el - carnavau, Raqueu...
Já os paraibanos trocam o l pelo r. José Américo só me
chamava, afetuosamente, de Raquer.
Queiroz, R. O Estado de São Paulo. 09 maio 1998 (fragmento adaptado).
Raquel de Queiroz comenta, em seu texto, um tipo de
variação linguística que se percebe no falar de pessoas
de diferentes regiões. As características regionais
exploradas no texto manifestam-se
Quando vou a São Paulo, ando na rua ou vou ao mercado,
apuro o ouvido; não espero só o sotaque geral dos
nordestinos, onipresentes, mas para conferir a pronúncia
de cada um; os paulistas pensam que todo nordestino
fala igual; contudo as variações são mais numerosas
que as notas de uma escala musical. Pernambuco,
Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí têm no falar
de seus nativos muito mais variantes do que se imagina.
E a gente se goza uns dos outros, imita o vizinho, e todo
mundo ri, porque parece impossível que um praiano de
beira-mar não chegue sequer perto de um sertanejo
de Quixeramobim. O pessoal do Cariri, então, até se
orgulha do falar deles. Têm uns tês doces, quase um the;
já nós, ásperos sertanejos, fazemos um duro au ou eu
de todos os terminais em al ou el - carnavau, Raqueu...
Já os paraibanos trocam o l pelo r. José Américo só me
chamava, afetuosamente, de Raquer.
Queiroz, R. O Estado de São Paulo. 09 maio 1998 (fragmento adaptado).
Raquel de Queiroz comenta, em seu texto, um tipo de
variação linguística que se percebe no falar de pessoas
de diferentes regiões. As características regionais
exploradas no texto manifestam-se
A
na fonologia.
B
no uso do léxico.
C
no grau de formalidade.
D
na organização sintática.
E
na estruturação morfológica.
Gabarito comentado
Isabel VegaMestra em Letras na UFRJ, Coordenadora e Professora Aposentada de Português do Colégio Pedro II-RJ