Questõesde UNICAMP 2019 sobre Português
(Disponível em https://centrodemidias.am.gov.br/storage/lessons_content/ 19F6LIP027P2.pdf.)
Da leitura das duas tirinhas acima, é possível afirmar que
um dos problemas que enfrentamos no mundo
contemporâneo é a reprodução de ideias
(Disponível em https://centrodemidias.am.gov.br/storage/lessons_content/ 19F6LIP027P2.pdf.)
Da leitura das duas tirinhas acima, é possível afirmar que um dos problemas que enfrentamos no mundo contemporâneo é a reprodução de ideias
Grilagem de terras
A expressão “grilagem de terras” surgiu de uma prática
antiga para dar uma aparência envelhecida a papéis. Os
documentos forjados, que indicavam falsamente a posse
das terras, eram colocados em uma caixa com grilos. Em
pouco tempo, a ação dos insetos dava ao papel uma
aparência envelhecida. A grilagem de terras pode ser
entendida como toda ação ilegal que objetiva a
transferência de terras públicas para o patrimônio de
terceiros. Atualmente, a prática conta com as falhas nos
sistemas brasileiros de controle de terras. Uma dessas
falhas é a falta de um sistema único de registro de imóveis.
Com o cruzamento de diferentes registros, a fraude ganha
a aparência legal.
(Adaptado de
https://www.oxfam.org.br/sites/default/files/arquivos/relatorio-terrenos_desigual
dade-brasil.pdf.)
Segundo o texto,
Grilagem de terras A expressão “grilagem de terras” surgiu de uma prática antiga para dar uma aparência envelhecida a papéis. Os documentos forjados, que indicavam falsamente a posse das terras, eram colocados em uma caixa com grilos. Em pouco tempo, a ação dos insetos dava ao papel uma aparência envelhecida. A grilagem de terras pode ser entendida como toda ação ilegal que objetiva a transferência de terras públicas para o patrimônio de terceiros. Atualmente, a prática conta com as falhas nos sistemas brasileiros de controle de terras. Uma dessas falhas é a falta de um sistema único de registro de imóveis. Com o cruzamento de diferentes registros, a fraude ganha a aparência legal. (Adaptado de
https://www.oxfam.org.br/sites/default/files/arquivos/relatorio-terrenos_desigual dade-brasil.pdf.)
Segundo o texto,
O trecho a seguir foi retirado de uma reportagem sobre
atendimento de saúde aos povos indígenas do Xingu,
prestado por uma universidade paulista. Leia-o.
Um dos principais papéis da equipe da universidade é levar
atenção médica aos índios, procurando interferir
minimamente na sua cultura. Eles desenvolveram seus
próprios sistemas tradicionais de saúde, constituídos por
diferentes atores e práticas, como a pajelança, plantas
medicinais, rezas e cantos de cura. Isso está ligado ao
modo como compreendem o mundo e, consequentemente,
o processo de adoecimento. Por essas razões, o desafio
consiste em desenvolver a escuta, para entender o outro e
o que é diferente da nossa cultura.
(Disponível em https://www.unifesp.br/reitoria/dci/edicao-atual-entreteses/item/ 1913-ha-50-
anos-cuidando-da-saude-dos-povos-indigenas.)
Segundo o texto,
O trecho a seguir foi retirado de uma reportagem sobre atendimento de saúde aos povos indígenas do Xingu, prestado por uma universidade paulista. Leia-o.
Um dos principais papéis da equipe da universidade é levar atenção médica aos índios, procurando interferir minimamente na sua cultura. Eles desenvolveram seus próprios sistemas tradicionais de saúde, constituídos por diferentes atores e práticas, como a pajelança, plantas medicinais, rezas e cantos de cura. Isso está ligado ao modo como compreendem o mundo e, consequentemente, o processo de adoecimento. Por essas razões, o desafio consiste em desenvolver a escuta, para entender o outro e o que é diferente da nossa cultura.
(Disponível em https://www.unifesp.br/reitoria/dci/edicao-atual-entreteses/item/ 1913-ha-50- anos-cuidando-da-saude-dos-povos-indigenas.)
Segundo o texto,
“No começo pensei que estivesse lutando para salvar
seringueiras, depois pensei que estava lutando para salvar
a Floresta Amazônica. Agora, percebo que estou lutando
pela humanidade.”
Essa frase, de autoria de Chico Mendes, resume a história
do maior símbolo brasileiro da luta pacífica pela
preservação do meio ambiente,
assassinado em 1988, a mando de
um fazendeiro. Ele foi o organizador
da União dos Povos da Floresta –
aliança entre indígenas, seringueiros,
castanheiros, pequenos pescadores
e populações ribeirinhas que se
encontravam ameaçados pelo
desmatamento da região amazônica.
O legado de Chico Mendes ainda é
considerado atual e necessário.
(Adaptado de https://exame.abril.com.br/brasil/a-resistencia-dos-seringueiros-conheca-ahistoria-de-chico-mendes/.)
De acordo com o texto,
“No começo pensei que estivesse lutando para salvar seringueiras, depois pensei que estava lutando para salvar a Floresta Amazônica. Agora, percebo que estou lutando pela humanidade.”
Essa frase, de autoria de Chico Mendes, resume a história do maior símbolo brasileiro da luta pacífica pela preservação do meio ambiente, assassinado em 1988, a mando de um fazendeiro. Ele foi o organizador da União dos Povos da Floresta – aliança entre indígenas, seringueiros, castanheiros, pequenos pescadores e populações ribeirinhas que se encontravam ameaçados pelo desmatamento da região amazônica. O legado de Chico Mendes ainda é considerado atual e necessário.
(Adaptado de https://exame.abril.com.br/brasil/a-resistencia-dos-seringueiros-conheca-ahistoria-de-chico-mendes/.)
De acordo com o texto,
De acordo com o relatório da Organização das Nações
Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), divulgado
em novembro de 2018, o Brasil está de volta ao Mapa da
Fome, de onde havíamos saído em 2014.
Esse relatório aponta que a exclusão é a principal causa da
fome. Entre os brasileiros mais pobres, em especial
mulheres e crianças indígenas ou afrodescendentes das
áreas rurais, houve uma mudança no ciclo de produção e
acesso à comida. “Enquanto muitos aumentaram o
consumo de alimentos saudáveis, como leite e carne,
outros precisaram optar por produtos baratos, com alto teor
de carboidrato e gordura”, diz o estudo. O resultado é que
também cresceu a obesidade no país.
(Adaptado de https://brasil.elpais.com/brasil/2019/03/29/internacional/1553860893_4908
10.html.)
Segundo o relatório mencionado no texto,
De acordo com o relatório da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), divulgado em novembro de 2018, o Brasil está de volta ao Mapa da Fome, de onde havíamos saído em 2014.
Esse relatório aponta que a exclusão é a principal causa da fome. Entre os brasileiros mais pobres, em especial mulheres e crianças indígenas ou afrodescendentes das áreas rurais, houve uma mudança no ciclo de produção e acesso à comida. “Enquanto muitos aumentaram o consumo de alimentos saudáveis, como leite e carne, outros precisaram optar por produtos baratos, com alto teor de carboidrato e gordura”, diz o estudo. O resultado é que também cresceu a obesidade no país.
(Adaptado de https://brasil.elpais.com/brasil/2019/03/29/internacional/1553860893_4908 10.html.)
Segundo o relatório mencionado no texto,
O autor duvidou da sobrevivência das tradições do seu
povo porque
O autor duvidou da sobrevivência das tradições do seu
povo porque
O trecho a seguir se refere à questão. Ele foi
retirado de um texto de Ailton Krenak publicado em 1992.
Alguns anos atrás, quando vi o quanto a ciência dos brancos estava desenvolvida, com seus aviões, máquinas, computadores, mísseis, fiquei um pouco assustado. Comecei a duvidar que a tradição do meu povo, que a memória ancestral do meu povo, pudesse sobreviver num mundo dominado pela tecnologia. E pensei que nossa cultura, os nossos valores, fossem muito frágeis para subsistir num mundo prático onde os homens organizam seu poder e submetem a natureza, derrubam as montanhas. Onde um homem olha uma montanha e calcula quantos milhões de toneladas de cassiterita, de bauxita, de ouro ela pode ter. Enquanto meu avô, meus primos olham aquela montanha e veem o humor da montanha e veem se ela está triste, feliz ou ameaçadora e fazem cerimônia para ela.
(Adaptado de Ailton Krenak, “Antes o mundo não existia”, em Adauto Novaes (org.), Tempo e
história. São Paulo: Companhia das Letras, 1992, p. 202-203.)
Neste texto, Ailton Krenak apresenta dois entendimentos
acerca do modo como a natureza é vista. Esses dois
modos de ver a natureza são
O trecho a seguir se refere à questão. Ele foi
retirado de um texto de Ailton Krenak publicado em 1992.
Alguns anos atrás, quando vi o quanto a ciência dos brancos estava desenvolvida, com seus aviões, máquinas, computadores, mísseis, fiquei um pouco assustado. Comecei a duvidar que a tradição do meu povo, que a memória ancestral do meu povo, pudesse sobreviver num mundo dominado pela tecnologia. E pensei que nossa cultura, os nossos valores, fossem muito frágeis para subsistir num mundo prático onde os homens organizam seu poder e submetem a natureza, derrubam as montanhas. Onde um homem olha uma montanha e calcula quantos milhões de toneladas de cassiterita, de bauxita, de ouro ela pode ter. Enquanto meu avô, meus primos olham aquela montanha e veem o humor da montanha e veem se ela está triste, feliz ou ameaçadora e fazem cerimônia para ela.
(Adaptado de Ailton Krenak, “Antes o mundo não existia”, em Adauto Novaes (org.), Tempo e
história. São Paulo: Companhia das Letras, 1992, p. 202-203.)
O texto a seguir é um poema de Denilson Baniwa,
publicado na página eletrônica da Rádio Yandê em 18 de
abril de 2018. Leia-o.
Pai Nosso que estás nos céusNeste dia 19 de abrilNos livre das professoras e professores que pintam seusalunos com canetinhas hidrocorNos livre das escolas que colocam cocares de papel nascriançasPai Nosso, que estás nos céusNão deixe as professoras ensinarem para as crianças queo Dia do Índio é uma homenagem aos povos origináriosMantenha longe de Nós aqueles que repetem as palavras:Índio, Oca, Tribo, Selvagem, Pureza e ExóticoAfaste de Nós os bu-bu-bu feito com a mão na bocaSenhor, perdoe aqueles que por desconhecimento nosfazem uma imagem estereotipadaMas livre-os do desconhecimento e do preconceito que osfazem acreditar que ainda somos os indígenas de 1500Amém!
(Adaptado de https://www.facebook.com/radioyande/posts/1490699877706315/.)
A partir do que se diz nessa “oração”, pode-se concluir que, ao celebrarem o “Dia do Índio”, escolas brasileiras
A febre amarela é uma
doença infecciosa aguda,
de curta duração, gravidade
variável, causada por um
vírus transmitido por picada
de mosquitos infectados,
podendo levar à morte. Seus sintomas iniciais são febre
com calafrios, dor de cabeça intensa, dores nas costas,
dores musculares, vômitos e fraqueza. A vacina é a
principal ferramenta de prevenção e controle da febre
amarela.
Atenção! Os macacos não são uma ameaça aos seres
humanos, pois não transmitem a febre amarela! Eles
também podem ser vítimas dessa doença. Se você
identificar macacos mortos onde vive ou está, informe
imediatamente as autoridades sanitárias porque isso pode
indicar que o vírus da febre amarela está circulando nessa
região.
(Adaptado de http://www.saude.gov.br/saude-de-a-z/febre-amarela-sintomas-transmissao-eprevencao.)
De acordo com o texto
A febre amarela é uma doença infecciosa aguda, de curta duração, gravidade variável, causada por um vírus transmitido por picada de mosquitos infectados, podendo levar à morte. Seus sintomas iniciais são febre com calafrios, dor de cabeça intensa, dores nas costas, dores musculares, vômitos e fraqueza. A vacina é a principal ferramenta de prevenção e controle da febre amarela. Atenção! Os macacos não são uma ameaça aos seres humanos, pois não transmitem a febre amarela! Eles também podem ser vítimas dessa doença. Se você identificar macacos mortos onde vive ou está, informe imediatamente as autoridades sanitárias porque isso pode indicar que o vírus da febre amarela está circulando nessa região.
(Adaptado de http://www.saude.gov.br/saude-de-a-z/febre-amarela-sintomas-transmissao-eprevencao.)
De acordo com o texto
Turismo em Terras Indígenas
Mais do que a possibilidade de visitar belezas naturais
intocadas, o turista em uma terra indígena tem a
oportunidade de entrar em contato com línguas, narrativas,
conhecimentos e comidas da comunidade, algo antes
restrito a populações originárias e a uma pequena parcela
de não indígenas. Esse intercâmbio gera ainda outros
desdobramentos, como afirma o Coordenador-Geral de
Etnodesenvolvimento da Funai, Juan Scalia. “O turismo de
base comunitária em terras indígenas fortalece a
autonomia dos povos, propiciando uma alternativa de
geração de renda com mínimos impactos ambientais e com
uma distribuição mais justa dos lucros da atividade.
Valorizar os diversos atrativos ecológicos e culturais, por
outro lado, também contribui para a proteção dos territórios
e fortalecimento das tradições”, afirmou.
(Disponível em http://www.funai.gov.br/index.php/comunicacao/noticias/5224-etnoturismo-ealternativa-sustentavel-de-renda-para-comunidades-indigenas-do-rio-negro.)
Segundo o texto, o turismo em terras indígenas
Turismo em Terras Indígenas
Mais do que a possibilidade de visitar belezas naturais intocadas, o turista em uma terra indígena tem a oportunidade de entrar em contato com línguas, narrativas, conhecimentos e comidas da comunidade, algo antes restrito a populações originárias e a uma pequena parcela de não indígenas. Esse intercâmbio gera ainda outros desdobramentos, como afirma o Coordenador-Geral de Etnodesenvolvimento da Funai, Juan Scalia. “O turismo de base comunitária em terras indígenas fortalece a autonomia dos povos, propiciando uma alternativa de geração de renda com mínimos impactos ambientais e com uma distribuição mais justa dos lucros da atividade. Valorizar os diversos atrativos ecológicos e culturais, por outro lado, também contribui para a proteção dos territórios e fortalecimento das tradições”, afirmou.
(Disponível em http://www.funai.gov.br/index.php/comunicacao/noticias/5224-etnoturismo-ealternativa-sustentavel-de-renda-para-comunidades-indigenas-do-rio-negro.)
Segundo o texto, o turismo em terras indígenas
A Unesco instituiu 2019 como o Ano Internacional das
Línguas Indígenas. Considere os números do infográfico
abaixo, referentes à diversidade linguística na América
Latina, para responder à questão.
(Adaptado de https://twitter.com/survivalesp/status/1098598721300938752.)
Segundo esse infográfico,
A Unesco instituiu 2019 como o Ano Internacional das Línguas Indígenas. Considere os números do infográfico abaixo, referentes à diversidade linguística na América Latina, para responder à questão.
(Adaptado de https://twitter.com/survivalesp/status/1098598721300938752.)
Segundo esse infográfico,
O conselho a seguir foi retirado de um livro elaborado por
professores indígenas do Acre. Leia-o.
PARA O COMPADRE QUE BEBE MUITO
Compadre,
Tem gente que bebe muito, que bebe para cair mesmo;
tem outros que bebem para se divertir no momento certo.
Para você que bebe demais: isso não é bom! A bebida
pode te matar, às vezes rápido, às vezes aos poucos. Você
pode perder os amigos, a família, o respeito e a moral.
Tudo isso a bebida faz. O que estou te pedindo é que você
reflita se quer viver bem ou se quer viver mal. E se você é alcoólatra, compadre, se a bebida é mais forte do que
você, então só tem um jeito mesmo: você tem que parar de
beber de uma vez. Porque tem uns que sabem controlar a
bebida, tem outros que podem aprender a controlar a
bebida e tem alguns que não vão conseguir fazer isso
nunca! É assim que a bebida alcoólica funciona.
(Adaptado de OPIAC – Organização dos Professores Indígenas do Acre, Discutindo
problemas, pensando soluções: português para as escolas da floresta II. Rio Branco:
Comissão Pró-índio do Acre, 2006, p. 120-121.)
De acordo com o texto,
O conselho a seguir foi retirado de um livro elaborado por professores indígenas do Acre. Leia-o.
PARA O COMPADRE QUE BEBE MUITO
Compadre, Tem gente que bebe muito, que bebe para cair mesmo; tem outros que bebem para se divertir no momento certo. Para você que bebe demais: isso não é bom! A bebida pode te matar, às vezes rápido, às vezes aos poucos. Você pode perder os amigos, a família, o respeito e a moral. Tudo isso a bebida faz. O que estou te pedindo é que você reflita se quer viver bem ou se quer viver mal. E se você é alcoólatra, compadre, se a bebida é mais forte do que você, então só tem um jeito mesmo: você tem que parar de beber de uma vez. Porque tem uns que sabem controlar a bebida, tem outros que podem aprender a controlar a bebida e tem alguns que não vão conseguir fazer isso nunca! É assim que a bebida alcoólica funciona.
(Adaptado de OPIAC – Organização dos Professores Indígenas do Acre, Discutindo problemas, pensando soluções: português para as escolas da floresta II. Rio Branco: Comissão Pró-índio do Acre, 2006, p. 120-121.)
De acordo com o texto,
O que segue é um trecho de uma reportagem publicada
em 2017. Leia-o.
O milho convencional é mais
vantajoso do que o milho
transgênico. Esse foi o resultado
da análise dos custos de
produção do milho convencional
e do transgênico elaborada pela
Copercampos-SC. O estudo
evidencia que a produtividade do
milho transgênico não é superior
e que seu plantio eleva os custos de produção.
A planilha de cálculo da Copercampos-SC indica que, para
o milho convencional, o gasto com insumos (adubos,
agrotóxicos e sementes) é de R$ 1.199,52 por hectare,
contra R$1.392,76 para o transgênico. Os dados da
pesquisa também mostram que não há redução no uso de
agrotóxicos. No geral, o produtor convencional gasta
R$ 1.928,65 para plantar um hectare de milho, enquanto o
produtor que adotou variedades transgênicas gasta
R$ 2.156,13 para a mesma área.
(Adaptado de http://www.milhao.net/milho-convencional-x-milho-transgenico/.)
A pesquisa sobre os custos de produção, realizada por
uma cooperativa de Santa Catarina, mostrou que
O que segue é um trecho de uma reportagem publicada em 2017. Leia-o.
O milho convencional é mais vantajoso do que o milho transgênico. Esse foi o resultado da análise dos custos de produção do milho convencional e do transgênico elaborada pela Copercampos-SC. O estudo evidencia que a produtividade do milho transgênico não é superior e que seu plantio eleva os custos de produção. A planilha de cálculo da Copercampos-SC indica que, para o milho convencional, o gasto com insumos (adubos, agrotóxicos e sementes) é de R$ 1.199,52 por hectare, contra R$1.392,76 para o transgênico. Os dados da pesquisa também mostram que não há redução no uso de agrotóxicos. No geral, o produtor convencional gasta R$ 1.928,65 para plantar um hectare de milho, enquanto o produtor que adotou variedades transgênicas gasta R$ 2.156,13 para a mesma área.
(Adaptado de http://www.milhao.net/milho-convencional-x-milho-transgenico/.)
A pesquisa sobre os custos de produção, realizada por uma cooperativa de Santa Catarina, mostrou que
Em 1961, o poeta António Gedeão publica o livro Máquina
de Fogo. Um dos poemas é “Lágrima de Preta”. Musicado
por José Niza, foi gravado por Adriano Correia de Oliveira,
em 1970, e incluído no seu álbum “Cantaremos”. A canção
foi censurada pelo governo português.
Lágrima de pretaEncontrei uma preta
que estava a chorar,
pedi-lhe uma lágrima
para a analisar
Recolhi a lágrima
com todo o cuidado
num tubo de ensaio
bem esterilizado.
Olhei-a de um lado,
do outro e de frente:
tinha um ar de gota
muito transparente.
Mandei vir os ácidos,
as bases e os sais,
as drogas usadas
em casos que tais.
Ensaiei a frio,
experimentei ao lume,
de todas as vezes
deu-me o que é
costume:
Nem sinais de negro,
nem vestígios de ódio.
Água (quase tudo)
e cloreto de sódio.
(António Gedeão, Máquina de fogo. Coimbra: Tipografia da Atlântida,1961, p. 187.)
Os versos anteriores articulam as linguagens literária e
científica com questões de ordem ética e política.
Considerando o contexto de produção e recepção de
“Lágrima de Preta” (anos 1960 e 1970, em Portugal), o
propósito artístico desse poema é
Na opinião de Klaus R. Mecke, professor no Instituto de
Física Teórica da Universidade de Stuttgart, Alemanha, o
uso da linguagem da física na literatura obedeceria ao
seguinte propósito:
Uma função literária central da fórmula seria simbolizar a
violência. A fórmula torna-se metáfora para a violência,
para o calculismo desumano, para a morte e para a fria
mecânica - para o golpe de força. Recorde-se também O
Pêndulo de Foucault, de Umberto Eco, em que a fórmula
do pêndulo caracteriza o estrangulamento de um ser
humano. Passo a citar: “O período de oscilação, T, é
independente da massa do corpo suspenso (igualdade de
todos os homens perante Deus)...”. Também aqui a
fórmula constitui uma referência irônica à marginalização
do sujeito, reduzido à “massa inerte” suspensa.
(Adaptado de Klaus R. Mecke, A imagem da Física na Literatura. Gazeta de
Física, 2004, p. 6-7.)
Segundo Mecke, a função literária de algumas noções da
Física, presentes em determinados romances, expressa
"A noção de programa genético (...) desempenhou um papel importante no lançamento do Projeto Genoma Humano, fazendo com que se acreditasse que a decifração de um genoma, à maneira de um livro com instruções de um longo programa, permitiria decifrar ou compreender toda a natureza humana ou, no mínimo, o essencial dos mecanismos de ocorrência das doenças. Em suma, a fisiopatologia poderia ser reduzida à genética, já que toda doença seria reduzida a um ou diversos erros de programação, isto é, à alteração de um ou diversos genes".
(Edgar Morin, A religação dos saberes: o desafio do século XXI. Jornadas temáticas idealizadas e dirigidas por Edgar Morin. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil Ltda, 2012, p. 157.)
A expressão programa genético, mencionada no trecho anterior, é
“Picado pelo ciúme, abriu o ourives seu peito à órfã,
ofereceu-lhe a mão, e uma pulseira de brilhantes nela, com
a condição de me esquecer.
Leontina disse que sim, cuidando que mentia; mas
passados oito dias admirou-se de ter dito a verdade. Nunca
mais soube de mim, nem eu dela; até que, um ano depois,
a criada, que a servia, me contou que a menina casara
com o padrinho e que as enteadas, coagidas pelo pai, se
tinham ido para o recolhimento do Grilo com uma pequena
mesada e a esperança de ficarem pobres. Não sei mais
nada a respeito da primeira das sete mulheres que amei,
em Lisboa.”
(Camilo Castelo Branco, Coração, cabeça e estômago, p. 4. Disponível em
www.dominiopublico.gov.br. Acessado em 20/05/2018.)
O excerto anterior apresenta uma síntese acerca do
primeiro dos setes amores da personagem Silvestre da
Silva. Considere essa experiência amorosa no contexto da
primeira parte da narrativa e assinale a alternativa correta.
“Picado pelo ciúme, abriu o ourives seu peito à órfã, ofereceu-lhe a mão, e uma pulseira de brilhantes nela, com a condição de me esquecer. Leontina disse que sim, cuidando que mentia; mas passados oito dias admirou-se de ter dito a verdade. Nunca mais soube de mim, nem eu dela; até que, um ano depois, a criada, que a servia, me contou que a menina casara com o padrinho e que as enteadas, coagidas pelo pai, se tinham ido para o recolhimento do Grilo com uma pequena mesada e a esperança de ficarem pobres. Não sei mais nada a respeito da primeira das sete mulheres que amei, em Lisboa.”
(Camilo Castelo Branco, Coração, cabeça e estômago, p. 4. Disponível em www.dominiopublico.gov.br. Acessado em 20/05/2018.)
O excerto anterior apresenta uma síntese acerca do
primeiro dos setes amores da personagem Silvestre da
Silva. Considere essa experiência amorosa no contexto da
primeira parte da narrativa e assinale a alternativa correta.
Sobre as representações históricas da morte no Ocidente,
Philippe Ariès e Alcir Pécora comentam:
“O moribundo está deitado, cercado por seus amigos e
familiares. Está prestes a executar os ritos que bem
conhecemos. (...) Seres sobrenaturais invadiram o quarto e se
comprimem na cabeceira do ‘jacente’. A grande reunião que
nos séculos XII e XIII tinha lugar no final dos tempos se faz,
então, a partir do século XV, no quarto do enfermo.”
(Philippe Ariès, História da morte no Ocidente: da Idade Média aos nossos dias.
Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2012, p. 53.)
“(...) essa espécie de arte de morrer de Vieira se opõe à
tradição das artes moriendi fundadas na preparação para a
‘última prova’ que acontece apenas no quarto do moribundo.
Não é mais lá que se decide a salvação ou a condenação do
cristão, mas no exato momento de suas escolhas e ações ao
longo da vida, vale dizer, na resolução adequada a ser tomada
hic et nunc (aqui e agora).”
(Alcir Pécora, A arte de morrer, segundo Vieira, em Antonio Vieira, Sermões de
quarta-feira de cinza. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2016. p.51.)
Com base nos excertos anteriores e na leitura dos três
Sermões de Quarta-feira de Cinza, assinale a alternativa
correta
Sobre as representações históricas da morte no Ocidente, Philippe Ariès e Alcir Pécora comentam:
“O moribundo está deitado, cercado por seus amigos e familiares. Está prestes a executar os ritos que bem conhecemos. (...) Seres sobrenaturais invadiram o quarto e se comprimem na cabeceira do ‘jacente’. A grande reunião que nos séculos XII e XIII tinha lugar no final dos tempos se faz, então, a partir do século XV, no quarto do enfermo.”
(Philippe Ariès, História da morte no Ocidente: da Idade Média aos nossos dias. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2012, p. 53.)
“(...) essa espécie de arte de morrer de Vieira se opõe à tradição das artes moriendi fundadas na preparação para a ‘última prova’ que acontece apenas no quarto do moribundo. Não é mais lá que se decide a salvação ou a condenação do cristão, mas no exato momento de suas escolhas e ações ao longo da vida, vale dizer, na resolução adequada a ser tomada hic et nunc (aqui e agora).”
(Alcir Pécora, A arte de morrer, segundo Vieira, em Antonio Vieira, Sermões de quarta-feira de cinza. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2016. p.51.)
Com base nos excertos anteriores e na leitura dos três Sermões de Quarta-feira de Cinza, assinale a alternativa correta