Questõesde UFF 2010 sobre Português

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UFF 2010 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Pode-se afirmar sobre o poema de Ribeiro Couto que

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A
canta modas brasileiras só à noite e às sextas-feiras, porque as artes feiticeiras são praticadas pelo eu lírico em seu exílio.
B
tem como objetivo expressar a depressão do eu lírico em terra estrangeira, mas também capta os sentimentos do poeta durante o seu exílio.
C
tem como referência original o tema e a métrica da “Canção do exílio”, mas reelabora as referências românticas com a linguagem modernista.
D
tem a finalidade de descrever detalhadamente os moinhos com palmeiras onde canta o sabiá, conforme pregava o Realismo.
E
expressa a simplicidade da linguagem do eu lírico, que prefere cantar modinhas brasileiras no exílio a retornar ao Brasil.
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UFF 2010 - Português - Interpretação de Textos, Intertextualidade

Os versos dos poetas modernistas e românticos apresentam relação de intertextualidade com o poema de Ribeiro Couto, EXCETO em uma alternativa.
Assinale-a.

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A
“Vou-me embora pra Pasárgada / Lá sou amigo do rei / Lá tenho a mulher que eu quero / Na cama que escolherei” (Manuel Bandeira)
B
“Dá-me os sítios gentis onde eu brincava / Lá na quadra infantil; / Dá que eu veja uma vez o céu da pátria, / O céu do meu Brasil!” (Casimiro de Abreu)
C
“Minha terra tem macieiras da Califórnia / onde cantam gaturamos de Veneza. / Os poetas da minha terra / são pretos que vivem em torres de ametista,” (Murilo Mendes)
D
“Ouro terra amor e rosas / Eu quero tudo de lá / Não permita Deus que eu morra / Sem que volte para lá” (Oswald de Andrade)
E
“Em cismar, sozinho, à noite, / Mais prazer eu encontro lá; / Minha terra tem palmeiras, / Onde canta o Sabiá.” (Gonçalves Dias)
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UFF 2010 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto



Agostinho Neto, poeta angolano, combatente da luta anticolonial e primeiro Presidente da República, apresenta uma obra que se confunde com a história de seu país. Um dos seus temas é a relação penosa do homem com o seu trabalho no cotidiano, tornando assim sua arte popular e engajada.

Em todas as alternativas, as obras de arte expressam uma das temáticas presentes no poema de Agostinho Neto (Texto VIII), EXCETO em:

A


B


C


D


E


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UFF 2010 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Todas as afirmativas sobre a construção estética ou a produção textual do poema de Gregório de Matos (Texto VII) estão adequadas, EXCETO uma. Assinale-a.


A
Existem antíteses, características de textos no período barroco.
B
Há uma personificação, pois a Bahia, ser inanimado, é tratada como ser vivo.
C
A ausência de métrica aproxima o poema do Modernismo.
D
O eu lírico usa o vocativo, transformando a Bahia em sua interlocutora.
E
Há diferença de tratamento para os habitantes locais e os estrangeiros.
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UFF 2010 - Português - Interpretação de Textos, Coesão e coerência, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Identifique a alternativa em que o pronome sublinhado retoma e sintetiza, na progressão textual, um enunciado anteriormente expresso. (Texto VII)


A
Dizei-me por vida vossa
em que fundais o ditame (versos 5,6)
B
de exaltar os que aqui vêm,
e abater os que aqui nascem? (versos 7,8)
C
Se o fazeis pelo interesse
de que os estranhos vos gabem, (versos 9,10)
D
isso os paisanos fariam
com conhecidas vantagens. (versos 11,12)
E
O certo é, pátria minha,
que fostes terra de alarves, (versos 17,18)
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UFF 2010 - Português - Interpretação de Textos, Coesão e coerência

Assinale a charge que, de modo semelhante ao verso “e abater os que aqui nascem?”, critica, sob um enfoque metafórico, um comportamento presente na cultura brasileira, sobretudo em relação à nossa identidade.


A


B


C


D


E


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UFF 2010 - Português - Interpretação de Textos, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia, Tipologia Textual, Pontuação, Uso da Vírgula

Quanto à construção linguística do Texto V e a legenda do Texto VI, pode-se afirmar que


A
a progressão das ideias nos dois textos se efetiva por um narrador de primeira pessoa, enunciado como personagem “Jacinto” (Texto V) e um narrador de terceira pessoa referido de modo genérico como uma “coluna” de jornal (Texto VI).
B
a interlocução se apresenta diferentemente nos dois textos: como um substantivo “Jacinto” (Texto V, linha 3) e como desinência de terceira pessoa do singular do modo imperativo em “Veja só.” (Texto VI, linha 3) em referência à pessoa com quem se fala.
C
o emprego do pronome pessoal “lhe” (Texto V, linha 14) referindo-se a “homem” aproxima o narrador do leitor; o emprego do pronome demonstrativo “este” e do advérbio “ali” (Texto VI, linha 1) aproximam espacialmente o narrador da imagem destacada no grafite.
D
o uso da vírgula marca a enumeração de verbos substantivados (Texto V, linhas 17-18); a vírgula usada na descrição da mulher fantasiada (Texto VI, linha 3) encadeia a enumeração de ações simultâneas.
E
a palavra “Cidade” escrita com maiúscula (Texto V, linha 1) produz um sentido de especificidade; a expressão “Parque dos Patins” (Texto VI, linha 1), com maiúsculas, nomeia um substantivo de valor irrestrito.
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UFF 2010 - Português - Interpretação de Textos, Análise sintática, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia, Sintaxe, Pontuação

Assinale a alternativa que apresenta comentário adequado a um dos fragmentos dos Textos II e III, com base em aspectos sintáticos, morfológicos e semânticos.


A
Pasolini foi o mais aguerrido defensor da diferença, ao detectar uma verdadeira mutação antropológica do mundo moderno: a condição humana e a condição burguesa passavam tristemente a coincidir. (Texto III, linhas 1-4)
Comentário: O uso dos dois pontos interfere ironicamente no esclarecimento do que foi enunciado.
B
O gesto de os juntar num montão único. E o gesto de os separar, um por um, do dito montão. (Texto II, linhas 2-3)
Comentário: O emprego da conjunção coordenativa “E” implica sempre a obrigatoriedade do uso do ponto final na oração anterior.
C
Uma erotomania generalizada a braços dados com o bom-mocismo desenxabido do politicamente correto. (Texto III, linhas 12 -14)
Comentário: A expressão “politicamente correto” está em processo de gramaticalização e, no fragmento, constitui uma locução de valor conjuntivo.
D
O segundo gesto, o de personalizar cada ser que pertence a uma civilização é o processo da CULTURA. (Texto II, linhas 13-14)
Comentário: O emprego do pronome demonstrativo “o” apresenta uma função coesiva, que caracteriza, no fragmento, o termo determinante do substantivo.
E
Tanto assim que, de Roma a Nova York, de Buenos Aires a Paris, Pasolini deparava-se com jovens cada vez mais parecidos entre si, a um só tempo infelizes e orgulhosos, mesquinhos e arrivistas. (Texto III, linhas 16-19)
Comentário: A locução conjuntiva explicativa “tanto assim que” introduz argumentos para uma opinião anteriormente expressa.
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UFF 2010 - Português - Interpretação de Textos, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia

Assinale a alternativa que correlaciona, quanto ao sentido do termo “civilização”, o fragmento de Mário de Andrade (Texto IV) com o fragmento de Almada Negreiros (Texto II).


A
O Texto IV personaliza individualmente o termo “civilização”, tornando-o sinônimo do conceito de “cultura” como ocorre no Texto II.
B
O Texto IV se vale da metáfora do “acorde musical” para especificar o conceito de “civilização” como um fenômeno individual como se apresenta no Texto II.
C
O Texto II emprega “juntar feijões em uma mesa”, enquanto o Texto IV emprega “realizarmos o nosso acorde”, ambos para designar as ações que transformam indivíduos em um conjunto maior que se pode chamar de “civilização”.
D
O Texto II considera que “cultura” significa personalizar cada ser que pertence a uma “civilização”, enquanto o Texto IV afirma que “civilização” tem limites territoriais como “cultura”.
E
O Texto IV aponta que “civilização” é algo que vai além do território nacional, enquanto o Texto II aponta que o termo “cultura” designa um fenômeno que vai muito além do individual.
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UFF 2010 - Português - Interpretação de Textos, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia

Assinale a alternativa que apresenta comentário adequado sobre a relação de sentido entre os fragmentos dos Textos II e III, a seguir transcritos:


A
A cultura é um fenômeno individual. (Texto II, linha 18) / “somos burgueses, eis aqui nossos cabelos compridos, que provam nossa modernidade internacional de privilegiados.” (Texto III, linhas 22-24)
Comentário: O segundo fragmento (Texto III) implica, pelo discurso citado, um conflito com o sentido do termo cultura enunciado no primeiro fragmento (Texto II).
B
O segundo gesto, o de personalizar cada ser que pertence a uma civilização, é o processo da CULTURA. (Texto II, linhas 13-14) / Recusavam a própria cultura para ingressar acéfalos no submundo da modernidade. (Texto III, linhas 24-26) Comentário: O segundo fragmento (Texto III) enfatiza o conceito de cultura do primeiro (Texto II).
C
O primeiro gesto, o de reunir, aunar, tornar uno todas as pessoas de um mesmo território, é o processo da CIVILIZAÇÃO. (Texto II, linhas 10-12) / Pasolini deparava-se com jovens cada vez mais parecidos entre si, a um só tempo infelizes e orgulhosos, mesquinhos e arrivistas. (Texto III, linhas 17-19)
Comentário: Os dois fragmentos baseiam-se em conceitos de cultura como um processo de homogeneização.
D
Juntar todas as pessoas num montão único é trabalho menos complicado do que o de personalizar cada uma delas. (Texto II, linhas 7-9) / Era o fascismo de consumo que devastava a singularidade das culturas. (Texto III, linhas 8-9)
Comentário: Os dois fragmentos se contradizem por questionarem o conceito de cultura como um fenômeno coletivo.
E
Não há cultura sem civilização, nem civilização que perdure sem cultura. (Texto II, linhas 19-20) / Quem poderá pressentir a profundidade do abismo que os ameaça ou a tristeza que os cerca? (Texto III, linhas 26-27)
Comentário: O segundo fragmento (Texto III), pela pergunta retórica, expressa um questionamento quanto à validade dos conceitos de civilização e cultura do primeiro fragmento (Texto II).
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UFF 2010 - Português - Interpretação de Textos, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia

TEXTO I
Civilização é o estágio da cultura social e da civilidade de um agrupamento humano caracterizado pelo progresso social, científico, político, econômico, artístico, ambiental e ético.
http://www.citador.pt/pensar. (adaptado)



O conceito “ideal” de civilização expresso no Texto I, comparado às temáticas das três charges apresentadas acima, justifica a seguinte afirmativa:

A
a ideologia de pacificação e de alheamento presentes nas três charges ratifica o conceito de civilização, vinculado ao progresso de um determinado agrupamento social.
B
as charges exemplificam atitudes representativas de um progresso civilizatório segundo uma concepção de ideal de convivência humana.
C
os fatos representados estilizam, nas charges, pela ironia, o conceito de civilização, segundo as perspectivas desejáveis de conquistas no âmbito político, socioeconômico e artístico.
D
as situações vividas pelos personagens das charges são representativas das consequências da globalização e do progresso sustentável que caracterizam o desenvolvimento de uma civilização.
E
os diferentes comportamentos humanos expressos nas charges apontam uma perspectiva de efetivo progresso social, científico, político, econômico e artístico.