Questõessobre Problemas da norma culta

1
1
Foram encontradas 133 questões
8375743c-c6
UFSC 2010 - Português - Interpretação de Textos, Variação Linguística, Problemas da língua culta, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Ainda considerando o texto 3, assinale a proposição CORRETA.


A construção “Mas tu mesmo disse” (linha 11) contém um desvio de uma regra gramatical, que é inaceitável no texto, pois a escrita requer sempre um registro formal, em conformidade com a norma culta da língua.



VERISSIMO, Luis Fernando. Comédias para se ler na escola. Apresentação e seleção de Ana Maria Machado. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001. p. 53-54.
C
Certo
E
Errado
837cfaae-c6
UFSC 2010 - Português - Por que- porque/ porquê/ por quê, Problemas da língua culta

Ainda considerando o texto 3, assinale a proposição CORRETA.


A resposta final do pai à pergunta “Por quê?” (linha 21) poderia ter sido: “Porque ele só pensa em gramática”, sem entrar em desacordo com a norma culta da língua.



VERISSIMO, Luis Fernando. Comédias para se ler na escola. Apresentação e seleção de Ana Maria Machado. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001. p. 53-54.
C
Certo
E
Errado
ada9b085-cb
IF-PR 2016 - Português - Interpretação de Textos, Problemas da língua culta, Coesão e coerência

Assinale a alternativa em que o trecho retirado do texto 1 contém uma inadequação quanto à norma padrão

Agora quando você morrer poderá se transformar na árvore de sua preferência

Adaptado de: http://diariodebiologia.com/2014/10/que-tal-morrer-e-virar-arvore/

TEXTO 1

    A BioUrna é um projeto que oferece de maneira inteligente, sustentável e ecologicamente correta de superar um dos momentos mais tristes de uma família: a hora da morte. Embora muitos se sintam incomodados em falar sobre ela, a morte faz parte do ciclo natural de nossas vidas e este projeto provavelmente irá mudar a forma como as pessoas veem a perda de um ente querido, transformando o fim da vida em “um retorno” através da natureza.

    Trata-se de uma urna biodegradável, feita com casca de coco, contendo turfa compactada e celulose, com as quais as suas cinzas serão misturadas. A urna vem com uma semente de árvore, que irá germinar quando enterrada. Os familiares podem escolher entre diversos tipos de árvores. O projeto que foi desenvolvido por dois jovens (Roger e Gerard Moliné), visa principalmente a aceitação do ciclo de vida natural e custa 105 dólares. A pessoa que fizer o pedido receberá uma única caixa e a semente da árvore escolhida.

    É lógico que ninguém quer morrer e muito menos perder um ente querido, mas que com essa ideia morrer ficou mais confortante: Ah isso ficou!

TEXTO 2


A
A BioUrna é um projeto que oferece de maneira inteligente, sustentável e ecologicamente correta de superar um dos momentos mais tristes de uma família: a hora da morte.
B
Trata-se de uma urna biodegradável, feita com casca de coco, contendo turfa compactada e celulose, com as quais as suas cinzas serão misturadas.
C
A pessoa que fizer o pedido receberá uma única caixa e a semente da árvore escolhida.
D
A urna vem com uma semente de árvore, que irá germinar quando enterrada. Os familiares podem escolher entre diversos tipos de árvores.
55ddf526-bb
UNEB 2016 - Português - Por que- porque/ porquê/ por quê, Interpretação de Textos, Pronomes relativos, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia, Problemas da língua culta, Coesão e coerência, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto, Morfologia - Pronomes

A afirmação sobre a passagem transcrita do texto está correta em

TEXTO:

SANTOS, Milton. Uma globalização perversa. Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal. 17.ed. Rio de Janeiro: Record, 2008, p. 37-39. Adaptado. 

A
Em “buscam conformar segundo um novo ethos as relações sociais e interpessoais” (l. 11-13), a palavra em negrito pode ser substituída por “como”, expressando a mesma ideia semântica do “como” em “impõe-se à maior parte da humanidade como uma globalização perversa.” (l. 5-6).
B
“A perversidade sistêmica é um dos seus corolários.” (l. 20-21), o termo destacado, dentro do parágrafo, faz referência a “novos totalitarismos” (l. 15).
C
“Dentro desse quadro, as pessoas sentem-se desamparadas” (l. 22-23), os elementos circunstanciais “Dentro desse quadro” é posteriormente reafirmados pelo relativo “do qual” em “do qual é emblemático o encolhimento das funções sociais e políticas do Estado” (l. 27-29).
D
No fragmento “explica o porquê da presença generalizada do ideológico em todos esses pontos.” (l. 40-41), considerando-se a norma culta, não é indicada a substituição de “porquê” por “ por que”, uma vez que compromete a relação semântica entre os signos da mensagem.
E
Em “Hoje, propaga-se tudo, e a própria política é, em grande parte, subordinada às suas regras.” (l. 54-55), o determinante “própria”, semanticamente, expressa ideia de inclusão.
23f16682-b9
UNIVESP 2018 - Português - Flexão verbal de número (singular, plural), Flexão verbal de pessoa (1ª, 2ª, 3ª pessoa), Morfologia - Verbos, Flexão verbal de tempo (presente, pretérito, futuro), Problemas da língua culta, Sintaxe, Concordância verbal, Concordância nominal, Flexão verbal de modo (indicativo, subjuntivo, imperativo)

Uma frase que apresenta uso de todas as formas verbais em conformidade com a norma-padrão da língua está em:

A
As mudanças climáticas provocadas pelo efeito estufa devem figurarem mais na pauta dos noticiários.
B
Algum dos veículos de comunicação em massa se proporam a tratar do tema discutido no Congresso.
C
As medidas para mitigar a degradação ambiental ainda não satisfizeram os anseios dos ecologistas.
D
Houveram muitas críticas à forma como a agências governamentais vem tratando da sustentabilidade.
E
Se as pessoas manterem seus hábitos de consumo irrefletidamente, as consequências serão assustadoras.
a36d64cf-b9
UNIVESP 2019 - Português - Morfologia - Verbos, Flexão verbal de tempo (presente, pretérito, futuro), Problemas da língua culta, Flexão verbal de modo (indicativo, subjuntivo, imperativo)

Observe os verbos destacados no período:

“Julgamos, porém, que a narrativa ganharia se, ao final, oferecesse alguma possibilidade de redenção.”

Alterando o verbo “ganharia” para “ganhará”, o final do período que mantém a norma padrão culta do português é:

Leia o texto para responder a questão.

Prezado senhor,
Lemos seus originais com interesse, a despeito da aridez do tema. Aliás, o título vem bem a calhar nesse momento de crise hídrica pelo qual passa o planeta (hahahaha). Julgamos, porém, que a narrativa ganharia se, ao final, oferecesse alguma possibilidade de redenção. É muita desgraça. Aqueles coitados sofrem o tempo todo, o leitor não tem nem um momento de trégua, é só ziquizira. Tanto pessimismo afasta as pessoas, acredite em nós, temos experiência no ramo. Nosso departamento comercial encomendou inúmeras pesquisas e os resultados foram eloquentes: ninguém, absolutamente ninguém quer saber de adversidade. De amarga basta a vida, como diz o outro. E mais: morte de animal extrapola qualquer limite.
Pelo menos o caçula poderia se sair bem, abrindo um negócio no Sul, não? Ah, justamente: O Menino Mais Novo. Eis outro ponto a ser considerado: a ausência de nome dos filhos do protagonista. Se até a cadela Baleia, que Deus a tenha, é nomeada, por que o senhor condenou os meninos ao anonimato? Teria sido esquecimento?
[...]
Boa sorte!
Maria Emília Bender, Se Nos Permite Uma Sugestão. piauí, 115, p. 60. Adaptado.
A
se, ao final, oferece-se alguma possibilidade de redenção.
B
se, ao final, ofereceria alguma possibilidade de redenção.
C
se, ao final, oferecerá alguma possibilidade de redenção
D
se, ao final, oferecer alguma possibilidade de redenção.
E
se, ao final, ofereça alguma possibilidade de redenção.
9d70c416-b7
UECE 2012 - Português - Interpretação de Textos, Problemas da língua culta, Coesão e coerência, Sintaxe, Concordância verbal, Concordância nominal, Redação - Reescritura de texto

Atente para o seguinte excerto: Eles é que conservam o espírito religioso da vida [...] (Linhas 159-160).
Assinale a opção em que se diz algo INCORRETO sobre ele

TEXTO II


A
Estaria correto se se flexionasse o verbo: “Eles são que conservam o espírito religioso da vida [...]”
B
Estaria correta a seguinte estrutura: “São eles que conservam o espírito religioso da vida [...]”
C
Poder-se-ia optar pela estrutura seguinte: “Eles conservam o espírito religioso da vida [...]”
D
A estrutura “Eles conservam o espírito religioso da vida [...]” não teria a mesma expressividade da estrutura apresentada no texto: Eles é que conservam o espírito religioso da vida [...]
712c909d-b6
FGV 2016 - Português - Substantivos, Problemas da língua culta, Morfologia

Considere as passagens do texto:

– O restaurante, ao que se disse no jornal, levantou-se como uma só pessoa.
– ... e dava-se muito bem com as guardiãs...

Pretendendo-se conferir sentido pejorativo à primeira passagem e obter na segunda passagem um termo masculino plural que siga a mesma regra do masculino plural de “guardiãs”, os termos em destaque devem ser substituídos, respectivamente, por

Leia o texto para responder a questão.

Foi exatamente durante o almoço que se deu o fato.
Almira continuava a querer saber por que Alice viera atrasada e de olhos vermelhos. Abatida, Alice mal respondia. Almira comia com avidez e insistia com os olhos cheios de lágrimas.
– Sua gorda! disse Alice de repente, branca de raiva. Você não pode me deixar em paz?!
Almira engasgou-se com a comida, quis falar, começou a gaguejar. Dos lábios macios de Alice haviam saído palavras que não conseguiam descer com a comida pela garganta de Almira G. de Almeida.
– Você é uma chata e uma intrometida, rebentou de novo Alice. Quer saber o que houve, não é? Pois vou lhe contar, sua chata: é que Zequinha foi embora para Porto Alegre e não vai mais voltar! Agora está contente, sua gorda?
Na verdade Almira parecia ter engordado mais nos últimos momentos, e com comida ainda parada na boca.
Foi então que Almira começou a despertar. E, como se fosse uma magra, pegou o garfo e enfiou-o no pescoço de Alice. O restaurante, ao que se disse no jornal, levantou-se como uma só pessoa. Mas a gorda, mesmo depois de ter feito o gesto, continuou sentada olhando para o chão, sem ao menos olhar o sangue da outra.
Alice foi ao pronto-socorro, de onde saiu com curativos e os olhos ainda regalados de espanto. Almira foi presa em flagrante.
Na prisão, Almira comportou-se com delicadeza e alegria, talvez melancólica, mas alegria mesmo. Fazia graças para as companheiras. Finalmente tinha companheiras. Ficou encarregada da roupa suja, e dava-se muito bem com as guardiãs, que vez por outra lhe arranjavam uma barra de chocolate.

(Clarice Lispector. A Legião Estrangeira, 1964. Adaptado)
A
periódico e alemães.
B
jornalzinho e cidadãos.
C
noticiário e órfãos.
D
jornaleco e capitães.
E
diário e barões.
712746ce-b6
FGV 2016 - Português - Por que- porque/ porquê/ por quê, Mal-Mau, Ortografia, Problemas da língua culta

Observe o trecho do segundo parágrafo do texto:

Almira continuava a querer saber por que Alice viera atrasada e de olhos vermelhos. Abatida, Alice mal respondia.”

Assinale a alternativa em que as expressões em destaque estão grafadas de acordo com a norma-padrão, respectivamente conforme aquelas observadas no trecho transcrito.

Leia o texto para responder a questão.

Foi exatamente durante o almoço que se deu o fato.
Almira continuava a querer saber por que Alice viera atrasada e de olhos vermelhos. Abatida, Alice mal respondia. Almira comia com avidez e insistia com os olhos cheios de lágrimas.
– Sua gorda! disse Alice de repente, branca de raiva. Você não pode me deixar em paz?!
Almira engasgou-se com a comida, quis falar, começou a gaguejar. Dos lábios macios de Alice haviam saído palavras que não conseguiam descer com a comida pela garganta de Almira G. de Almeida.
– Você é uma chata e uma intrometida, rebentou de novo Alice. Quer saber o que houve, não é? Pois vou lhe contar, sua chata: é que Zequinha foi embora para Porto Alegre e não vai mais voltar! Agora está contente, sua gorda?
Na verdade Almira parecia ter engordado mais nos últimos momentos, e com comida ainda parada na boca.
Foi então que Almira começou a despertar. E, como se fosse uma magra, pegou o garfo e enfiou-o no pescoço de Alice. O restaurante, ao que se disse no jornal, levantou-se como uma só pessoa. Mas a gorda, mesmo depois de ter feito o gesto, continuou sentada olhando para o chão, sem ao menos olhar o sangue da outra.
Alice foi ao pronto-socorro, de onde saiu com curativos e os olhos ainda regalados de espanto. Almira foi presa em flagrante.
Na prisão, Almira comportou-se com delicadeza e alegria, talvez melancólica, mas alegria mesmo. Fazia graças para as companheiras. Finalmente tinha companheiras. Ficou encarregada da roupa suja, e dava-se muito bem com as guardiãs, que vez por outra lhe arranjavam uma barra de chocolate.

(Clarice Lispector. A Legião Estrangeira, 1964. Adaptado)
A
Ela perguntou por que não lhe telefonei. Fiquei confuso e constrangido com a pergunta e mal consegui olhar para ela e me explicar com convicção.
B
Todos estavam realmente felizes por que ela resolvera viajar com o grupo. Estava ansiosa para contar para todos, e, mal chegaram, anunciou sua decisão.
C
Era preciso saber o por que daquele mal-estar entre os amigos e talvez essa proesa coubesse a mim, que não representava para eles um mau companheiro.
D
Todos pensavam por que o casamento daqueles jornalistas não tinha dado certo: talvez agora entre eles houvesse só amisade; o amor mal cuidado deixa de frutificar.
E
Por que tentaram catequisar os índios, se eles eram, de fato, os verdadeiros e únicos donos da terra onde, mal entraram os portugueses, e já começou a exploração?
c4104b9c-b5
UESPI 2010 - Português - Morfologia - Verbos, Problemas da língua culta, Locução Verbal, Sintaxe, Concordância verbal, Concordância nominal

Em: “as pessoas haviam perdido o gosto pela troca de correspondências”, o uso do verbo ‘haver’:

1) está correto, pois, nesse caso, ‘haver’ é verbo auxiliar do verbo principal.
2) é facultativo: singular ou plural; trata-se de uma crônica literária.
3) deveria estar no singular: o verbo ‘haver’ é sempre impessoal.

Está(ão) correta(s):

TEXTO 2 

A revolução digital

Texto e papel. Parceiros de uma história de êxitos. Pareciam feitos um para o outro.

Disse “pareciam”, assim, com o verbo no passado, e já me explico: estão em processo de separação.

Secular, a união não ruirá do dia para a noite. Mas o divórcio virá, certo como o pôr-do-sol a cada fim de tarde.

O texto mantinha com o papel uma relação de dependência. A perpetuação da escrita parecia condicionada à produção de celulose.

Súbito, a palavra descobriu um novo meio de propagação: o cristal líquido. Saem as árvores. Entram as nuvens de elétrons.

A mudança conduz a veredas ainda não exploradas. De concreto há apenas a impressão de que, longe de enfraquecer, a ebulição digital tonifica a escrita.

Isso é bom. Quando nos chega por um ouvido, a palavra costuma sair por outro. Vazando-nos pelos olhos, o texto inunda de imagens a alma.

Em outras palavras: falada, a palavra perde-se nos desvãos da memória; impressa, desperta o cérebro, produzindo uma circulação de ideias que gera novos textos. A Internet é, por assim dizer, um livro interativo. Plugados à rede, somos, autores e leitores. Podemos visitar as páginas de um clássico da literatura. Ou simplesmente, arriscar textos próprios.

Otto Lara Resende costumava dizer que as pessoas haviam perdido o gosto pela troca de correspondências. Antes de morrer, brindou-me com dois telefonemas. Em um deles prometeu: “Mando-te uma carta qualquer dia destes”.

Não sei se teve tempo de render-se ao computador. Creio que não. Mas, vivo, Otto estaria surpreso com a popularização crescente do correio eletrônico.

O papel começa a experimentar o mesmo martírio imposto à pedra quando da descoberta do papiro. A era digital está revolucionando o uso do texto. Estamos virando uma página. Ou, por outra, estamos pressionando a tecla “enter”.

Josias de Souza. A revolução digital. Folha de São Paulo. 6/05/96.

Caderno Brasil, p. 2). 

A

1, 2 e 3 apenas

B
1 apenas
C
2 apenas
D
3 apenas
E
1 e 2 apenas
f995320b-b6
IF-GO 2010 - Português - Interpretação de Textos, Análise sintática, Problemas da língua culta, Coesão e coerência, Sintaxe, Concordância verbal, Concordância nominal, Morfologia, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Sobre as relações morfossintáticas, analise as seguintes proposições:


I. Em “Na realidade, não existe filosofia em geral: existem diversas filosofias ou concepções...”, as formas verbais destacadas podem ser substituídas pela forma verbal “” preservando-se a correção gramatical.

II. O pronome “esta” em “É esta escolha um fato puramente intelectual, ou é um fato mais complexo?” exerce a função de termo que retoma uma ideia já enunciada.

III. Em “logicamente afirmada como fato intelectual” – os termos grifados participam da mesma classe gramatical.

IV. No período “A má-fé pode ser uma explicação satisfatória para alguns indivíduos considerados isoladamente, ou até mesmo para grupos mais ou menos numerosos...”, estalece-se uma relação de oposição entre as duas orações.


Estão corretas:

Texto 4
Subsídio para debate sobre cultura

     Na realidade, não existe filosofia em geral: existem diversas filosofias ou concepções do mundo e sempre se faz uma escolha entre elas. Como ocorre essa escolha? É esta escolha um fato puramente intelectual, ou é um fato mais complexo? E não ocorre frequentemente que entre o fato intelectual e a norma de conduta exista uma contradição? Qual será, então, a verdadeira concepção do mundo: a que é logicamente afirmada como fato intelectual, ou que resulta da atividade real de cada um, que está implícita na sua ação? E, já que a ação é sempre uma ação política, não se pode dizer que a verdadeira filosofia de cada um se acha inteiramente contida na sua política? Este contraste entre o pensar e o agir, isto é, a coexistência de duas concepções do mundo, uma afirmada por palavras e a outra manifestando-se na ação efetiva, nem sempre se deve à má-fé. A má-fé pode ser uma explicação satisfatória para alguns indivíduos considerados isoladamente, ou até mesmo para grupos mais ou menos numerosos, mas não é satisfatória quando o contraste se verifica nas manifestações vitais de grandes massas: neste caso, ele não pode deixar de ser a expressão de contrastes mais profundos de natureza histórico-social.  
Gramsci, Antônio. Concepção Dialética da História. São Paulo:
Civilização Brasileira, s/d. 
A
III e IV
B
I e II
C
I e IV

D
II e III
E
I, III e IV
ea9e2237-b5
UESPI 2011 - Português - Problemas da língua culta, Sintaxe, Concordância verbal, Concordância nominal

Analise o uso dos verbos em: “Um dos desafios a serem enfrentados pelo ser humano é compreender que leis e regras são essas, decidir quais delas deve seguir e quais precisam ser questionadas”. Outra forma correta de dizer o mesmo seria:

A
Um dos desafios a ser enfrentado pelo ser humano é compreender que leis e regras são essas, decidir quais delas devem seguir e quais precisam ser questionadas.
B
Um dos desafios a serem enfrentado pelo o ser humano é compreender que leis e regras são essas, decidir quais delas deve seguir e quais precisam ser questionadas.
C
Um dos desafios a serem enfrentados pelo ser humano são compreender quais leis e regras são essas, decidir quais delas deve seguir e quais precisam ser questionadas.
D
Um dos desafios a serem enfrentados pelo ser humano é compreender quais leis e regras são essas, decidir quais delas deve seguir e precisam ser questionadas.
E
Um dos desafios a serem enfrentados pelo ser humano é compreender quais leis e regras é essas, decidir quais delas devem seguir e quais precisam serem questionadas.
34dbe0bd-b4
IF-TO 2017 - Português - Por que- porque/ porquê/ por quê, Há-a, Problemas da língua culta, Crase

Marque a alternativa cuja sequência preenche adequadamente as lacunas do trecho a seguir. Trata-se das formas corretas do verbo “haver”, do uso dos “porquês”, da crase e da preposição “a”.


____ que se ter paciência com ele. Não____ nada que se possa fazer ____ respeito. Saber o______, ______ vezes é até pior. ___________ você não tomou providências e se reportou _____secretária?

A
A, há, a, por quê, as, porque, a
B
Há, há, à, porquê, as, por quê, a
C
Há, a, a, porquê, às, por que, à
D
Há, há, a, porquê, às, por que, à
E
A, há, a, porque, as, porque, a
34d4233f-b4
IF-TO 2017 - Português - Flexão verbal de número (singular, plural), Flexão verbal de pessoa (1ª, 2ª, 3ª pessoa), Morfologia - Verbos, Flexão verbal de tempo (presente, pretérito, futuro), Problemas da língua culta, Flexão verbal de modo (indicativo, subjuntivo, imperativo)

Assinale a alternativa em que uma forma verbal foi utilizada de modo INCORRETO.

A
No último dia desta semana, ele interveio para evitar o pior.
B
Semana passada, propomos um acordo para o fim da greve, mas o chefe não aceitou.
C
Quando vires o vizinho, avise-o que preciso vê-lo o mais rápido possível.
D
Nos últimos dias desta semana, eles repuseram o material que levaram.
E
Eu provejo a família deste pequeno.
34c36aff-b4
IF-TO 2017 - Português - Problemas da língua culta, Sintaxe, Concordância verbal, Concordância nominal, Pontuação, Uso da Vírgula

O romance O Tronco traz palavras como cidadona e calçadona, termos que fazem parte da cultura popular, típica do interior goiano que o romance aborda, comumente expressa na linguagem oral. A frase a seguir não faz parte do romance, foi adaptada. Assinale a alternativa CORRETA que a expressa em linguagem culta, inclusive observando a pontuação: Cidadonas quando ocês vim intermedia aí pra eu. Se vê o proprietário pede que me liga.

A
Cidadães, quando vocês virem, intermediam aí para mim. Se verem o proprietário, peça que me ligue.
B
Cidadãs, quando vocês vierem, intermedeiem aí para mim. Se virem o proprietário, peçam que me ligue.
C
Cidadãs, quando vocês vier, intermedia aí para mim. Se vir o proprietário, peçam que me ligue.
D
Cidadães, quando vocês vierem, intermediem aí para mim. Se vierem o proprietário, peçam que me ligue.
E
Cidadãs, quando vocês vierem, intermedeiem aí para eu. Se vir o proprietário, peçam que me ligue.
dbe0537b-b2
UENP 2018 - Português - Interpretação de Textos, Ortografia, Problemas da língua culta, Uso das aspas, Acentuação Gráfica: Proparoxítonas, Paraxítonas, Oxítonas e Hiatos, Pontuação, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Com base no texto, considere as afirmativas a seguir.
I. Em “quem diz ter um ‘amigo negro’ é absolvido automaticamente”, as aspas empregadas em “amigo negro” indicam ironia por parte do autor do texto.
II. As palavras “inexistência”, “comentário” e “próprios”, retiradas do texto, são acentuadas pela mesma razão.
III. Em “É como acusar os judeus pelo holocausto ou grupos indígenas pelo seu próprio extermínio”, temos uma comparação.
IV. Em “Mas há quem faça”, o verbo “haver” é impessoal e se refere a tempo passado.

Assinale a alternativa correta.

Leia o texto a seguir e responda à questão.
Racismo em tempos modernos
Democracia racial costuma ser um termo utilizado no Brasil por quem, infelizmente, acredita na inexistência de preconceito de cor. Atualmente, as redes sociais são, por excelência, uma amostragem da presença dessa crença muito debatida no século anterior. Dentro da lenda da democracia racial, seus adeptos, consciente ou inconscientemente, reclamam que a ausência de preconceito é justificada pela atmosfera pacífica da convivência social, sem guerras civis, onde quem diz ter um “amigo negro” é absolvido automaticamente após qualquer piada racista ou comentário degradante. E assim foi argumentada por homens como Florestan Fernandes, décadas atrás, ao responder a muitas das questões postas hoje, mas que aparentemente são ignoradas pelos paladinos da negação do racismo sob os interesses dos mais obscuros.
No habitat virtual emerge um antigo modelo de discurso que, se antes estava reservado a lugares próprios e passíveis de camuflagens, agora está despido para quem quiser ver. Basta uma notícia de constatação de preconceito racial, que uma burricada surge para reafirmar que o racismo é uma ilusão confeccionada por elementos X ou Y. Isso, é claro, quando não sentenciam os próprios negros por sofrerem racismo. É como acusar os judeus pelo holocausto ou grupos indígenas pelo seu próprio extermínio. Mas há quem faça.
Em suas mastodônticas moralidades, acham que cotas raciais, por exemplo, legitimam o preconceito. Ignoram a estrutura das relações do pós-Abolição, que fortificou uma sociedade desigual não apenas socioeconômica, mas pela cor, como subterfúgio da manutenção das divisões sociais. Divisões que sobrevivem.
Em uma sociedade em que, segundo o IBGE (2014), mais de 53% se declaram negros ou pardos, as tentativas de destacar as exceções confirmam o grau de disparidade. Enquanto o acesso profissional e universitário não representar o cotidiano, qualquer discurso de meritocracia é vazio. Não tão distante, ainda sobrevive a frase de George Bernard Shaw: “Faz-se o negro passar a vida a engraxar sapatos e depois prova-se a inferioridade do negro pelo fato de ele ser engraxate”.
(Adaptado de: <https://oglobo.globo.com/opiniao/racismo-em-tempos-modernos-18605034. Acesso em: 22 jun. 2018.)
A
Somente as afirmativas I e II são corretas.
B
Somente as afirmativas I e IV são corretas.
C
Somente as afirmativas III e IV são corretas.
D
Somente as afirmativas I, II e III são corretas.
E
Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.
2cd688fb-b0
FATEC 2013 - Português - Ortografia, Problemas da língua culta, Sintaxe, Concordância verbal, Concordância nominal, Acentuação Gráfica: acento diferencial

Considere o trecho a seguir.

Haviam _______ ao conhecimento do chefe os resultados dos testes de aptidão que os psicomputocratas ______-se a aplicar aos funcionários, visto que _____ à empresa manter-se atualizada. Os testes foram submetidos a um computador, e este forneceu resultados que _____ informações sobre os funcionários.

De acordo com a gramática normativa, o trecho deve ser preenchido, respectivamente, por

Leia o texto para responder a questão.

Aptidão
– Bom dia, Senhor Pacheco. Sente-se, por favor. Temos uma ótima notícia. Como o senhor deve saber, contratamos uma firma de psicomputocratas para fazer testes de aptidão nos dez mil empregados desta firma. Precisamos nos atualizar. Acompanhar os tempos.
 – Sim, senhor.
– Os dez mil testes foram submetidos a um computador, e os resultados estão aqui. O senhor é o primeiro a ser chamado porque o computador nos forneceu os resultados em rigorosa ordem alfabética.
– Mas o meu nome começa com P.
– Hum, sim, deixa ver. Pacheco. Sim, sim. Deve ser por ordem alfabética do primeiro nome, então. Este computador é de última geração. Nunca erra. Como é seu primeiro nome?
– Xisto.
– Bom, isso não tem importância. Vamos adiante. Vejo aqui pela sua ficha que o senhor está conosco há vinte e oito anos. Sempre na seção de entorte de fresos. O senhor nunca falhou no serviço, nunca tirou férias e já recebeu várias vezes nosso prêmio de produção.
– Sim, senhor.
– O senhor começou na seção de entorte de fresos como faxineiro, depois passou a assistente de entortador, depois entortador, e hoje é o chefe de entorte. Me diga uma coisa, o senhor nunca se sentiu atraído para outra função, além do entorte de fresos? Nunca achou que entortar não era bem sua vocação?
– Nunca, não senhor.
– Pois veja só! O computador nos revela que a sua verdadeira vocação não é o entorte de fresos e sim o bistoque de tronas! O senhor é um bistocador de tronas nato, segundo o computador. Não é fantástico? E ainda tem gente que critica a tecnologia. O senhor era um homem deslocado no entorte de fresos e não sabia. Se não fosse o teste, nunca ficaria sabendo. Claro que essa situação vai ser corrigida. O senhor, a partir deste minuto, deixa de entortar.
– Sim, senhor.
– Só tem uma coisa, Senhor Pacheco. Nossa firma não trabalha com tronas. Pensando bem, ninguém trabalha com tronas, hoje em dia.
– Olha, tanto faz. Eu estou perfeitamente satisfeito no entorte e faltam só vinte anos pra me aposentar...
 – Então a firma gasta um dinheirão para descobrir a sua verdadeira vocação e o senhor quer jogá-la fora? Reconheço que o senhor tem sido um chefe de entorte perfeito. Aliás, o computador não descobriu ninguém com aptidão para o entorte. Vai ser um problema substituí-lo. Mas não podemos contestar a tecnologia. O senhor está despedido. Por favor, mande entrar o seguinte e passe bem.
(VERÍSSIMO, Luís Fernando. O nariz e outras crônicas. São Paulo: Ática, 2003. Adaptado)
A
chegado ... propuseram ... convém ... contêm.
B
chegado ... propuseram ... convêm ... contém.
C
chegado ... proporam ... convêm ... contêm.
D
chego ... proporam ... convém ... contém.
E
chego ... propuseram ... convém ... contém.
2cd250a5-b0
FATEC 2013 - Português - Interpretação de Textos, Morfologia - Verbos, Colocação Pronominal, Problemas da língua culta, Coesão e coerência, Conjunções: Relação de causa e consequência, Flexão verbal de modo (indicativo, subjuntivo, imperativo), Morfologia, Morfologia - Pronomes

Assinale a alternativa que apresenta a afirmação correta sobre o trecho selecionado do texto.

Leia o texto para responder a questão.

Aptidão
– Bom dia, Senhor Pacheco. Sente-se, por favor. Temos uma ótima notícia. Como o senhor deve saber, contratamos uma firma de psicomputocratas para fazer testes de aptidão nos dez mil empregados desta firma. Precisamos nos atualizar. Acompanhar os tempos.
 – Sim, senhor.
– Os dez mil testes foram submetidos a um computador, e os resultados estão aqui. O senhor é o primeiro a ser chamado porque o computador nos forneceu os resultados em rigorosa ordem alfabética.
– Mas o meu nome começa com P.
– Hum, sim, deixa ver. Pacheco. Sim, sim. Deve ser por ordem alfabética do primeiro nome, então. Este computador é de última geração. Nunca erra. Como é seu primeiro nome?
– Xisto.
– Bom, isso não tem importância. Vamos adiante. Vejo aqui pela sua ficha que o senhor está conosco há vinte e oito anos. Sempre na seção de entorte de fresos. O senhor nunca falhou no serviço, nunca tirou férias e já recebeu várias vezes nosso prêmio de produção.
– Sim, senhor.
– O senhor começou na seção de entorte de fresos como faxineiro, depois passou a assistente de entortador, depois entortador, e hoje é o chefe de entorte. Me diga uma coisa, o senhor nunca se sentiu atraído para outra função, além do entorte de fresos? Nunca achou que entortar não era bem sua vocação?
– Nunca, não senhor.
– Pois veja só! O computador nos revela que a sua verdadeira vocação não é o entorte de fresos e sim o bistoque de tronas! O senhor é um bistocador de tronas nato, segundo o computador. Não é fantástico? E ainda tem gente que critica a tecnologia. O senhor era um homem deslocado no entorte de fresos e não sabia. Se não fosse o teste, nunca ficaria sabendo. Claro que essa situação vai ser corrigida. O senhor, a partir deste minuto, deixa de entortar.
– Sim, senhor.
– Só tem uma coisa, Senhor Pacheco. Nossa firma não trabalha com tronas. Pensando bem, ninguém trabalha com tronas, hoje em dia.
– Olha, tanto faz. Eu estou perfeitamente satisfeito no entorte e faltam só vinte anos pra me aposentar...
 – Então a firma gasta um dinheirão para descobrir a sua verdadeira vocação e o senhor quer jogá-la fora? Reconheço que o senhor tem sido um chefe de entorte perfeito. Aliás, o computador não descobriu ninguém com aptidão para o entorte. Vai ser um problema substituí-lo. Mas não podemos contestar a tecnologia. O senhor está despedido. Por favor, mande entrar o seguinte e passe bem.
(VERÍSSIMO, Luís Fernando. O nariz e outras crônicas. São Paulo: Ática, 2003. Adaptado)
A
– Bom dia, Senhor Pacheco. Sente-se, por favor. (1º parágrafo): usa-se o imperativo, pois esse modo verbal é característico da linguagem literária.
B
– Mas o meu nome começa com P. (4º parágrafo): a conjunção mas expressa ideia de conclusão.
C
Vejo aqui pela sua ficha que o senhor está conosco há vinte e oito anos. (7º parágrafo): de acordo com a gramática normativa, a forma verbal pode ser substituída por fazem.
D
Me diga uma coisa, o senhor nunca se sentiu atraído para outra função... (9º parágrafo): a colocação do pronome oblíquo me na oração é considerada marca de linguagem falada.
E
– Então a firma gasta um dinheirão para descobrir a sua verdadeira vocação e o senhor quer jogá-la fora? (último parágrafo): de acordo com a gramática normativa, a expressão jogá-la pode ser substituída no texto por jogar-lhe.
8071b5ec-b0
FGV 2015 - Português - Interpretação de Textos, Morfologia - Verbos, Problemas da língua culta, Locução Verbal, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Leia a seguinte frase: 


O que os olhos não virem o seu coração não vai sentir.



Considere as seguintes afirmações sobre essa frase, utilizada em uma propaganda de software para empresas:

I Contém um erro de conjugação verbal, no uso de “virem” em lugar de “verem”.

II Expressa ideia de futuro por meio da locução “vai sentir”, que equivale a “sentirá”.

III Resulta de uma reelaboração de um conhecido provérbio popular.


Está correto apenas o que se afirma em

A
III.
B
I e II.
C
I.
D
II.
E
II e III.
3f7d6def-b0
PUC-MINAS 2013 - Português - Interpretação de Textos, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia, Problemas da língua culta, Redação - Reescritura de texto

Assinale a alternativa em que a reformulação do trecho transcrito entre parênteses implique erro linguístico ou mudança de sentido.

O FASCÍNIO DO ÃO
Roberto Pompeu de Toledo

1º § O novo estádio do Corinthians, em São Paulo, em tese destinado à abertura da Copa do Mundo de 2014, é por enquanto um rasgo de imaginação sobre um terreno baldio, mas já tem nome de guerra. O leitor adivinha qual é? Aí vai uma pista: o local escolhido é o bairro de Itaquera. Agora ficou fácil. O nome é Itaquerão, claro. Antes, os estádios precisavam ao menos ser construídos, para receber o enobrecimento do “ão” na última sílaba do apelido. Não mais. Não se sabe sequer quem vai pagar a conta do estádio, ou suposto estádio, do Corinthians, nem existe projeto definido. Mas o nome já lhe foi pespegado.
2º § O uso do aumentativo para designar estádios de futebol começou com a inauguração, em 1965, do Mineirão, em Belo Horizonte – oficialmente Estádio Magalhães Pinto, mas desde o primeiro momento, e para sempre, Mineirão. Fazia sentido. O majestoso Mineirão, com capacidade para 130000 pessoas, nascia como o segundo estádio brasileiro, só atrás do Maracanã, “o maior do mundo”. Dali em diante, a moda pegou, e a febre de construção de estádios que assolou o país, a partir do “milagre brasileiro” [...], espalhou ãos pelo país afora.
3º § Era uma questão de honra, para os governadores, construir estádios na capital do estado. A exemplo do caso mineiro, o governador que iniciasse as obras ganhava, por direito divino, o mimo de ter o nome emprestado ao do colosso. Mas as homenagens devidas ao governador, à cidade, ao estado e ao estádio não estariam completas se ao nome não se juntasse um apelido em que se engatasse um ão. Seguiu-se uma floração da qual constaram, entre outros, o Batistão de Aracaju (Estádio Lourival Batista, 1969), o Castelão de Fortaleza (Estádio Plácido Castelo, 1973), o Albertão de Teresina (Estádio Alberto Silva, 1976) e o Castelão de São Luís (Estádio João Castelo, 1982). Os estádios, assim como o próprio campeonato brasileiro de futebol, que chegou a abrigar quarenta clubes, em 1973, para agradar ao maior número de praças possível, integravam a estratégia panem et circenses do regime. Sendo que, no caso dos estádios, o circenses incluía um ão que convenientemente espelhava a grandeza da Pátria Grande concebida para embalar a fantasia dos brasileiros.
4º § Tal era sua força que o ão se disseminou por cidades do interior. Em Presidente Prudente, interior de São Paulo, surgiu o Prudentão (1982), um entre muitos exemplos. Com o fim do regime militar, ou, antes, com o fim do milagre econômico e de sua contrapartida de Pátria Grande, transcorreram mais de duas décadas de seca na construção de estádios. Mesmo porque, nos centros mais óbvios, ou mais vistosos, sob o ponto de vista político, já tinham sido todos construídos. Mas não desapareceu a memória do ão. Quando, para os Jogos Pan-Americanos, em 2007, foi inaugurado no Rio de Janeiro o Estádio João Havelange, que apelido ganhou? O leitor não adivinha? Pista: fica no bairro de Engenho de Dentro. Claro: é Engenhão. No caso do eventual e futuro estádio do Corinthians, o apelido de ltaquerão prova que o ão sobrevive mesmo à moda recente de chamar estádio de “arena” (Arena da Baixada, Arena Barueri). E no entanto...
5º § No entanto, o inho é que melhor caracterizaria o brasileiro. Sérgio Buarque de Holanda escreveu, no clássico Raízes do Brasil (um pouco de erudição faz bem, especialmente ao autor, que se convence de estar falando coisa séria): “A terminação inho, aposta às palavras, serve para nos familiarizar mais com as pessoas ou os objetos e, ao mesmo tempo, para lhes dar relevo. É a maneira de fazê-los mais acessíveis aos sentidos e também de aproximá-los do coração”. A passagem está no famoso capítulo do “homem cordial”, isto é, o homem regido pelo coração, que seria o brasileiro.
6º § [...] Somos a terra do jeitinho, do favorzinho e do probleminha, invocados sobretudo quando o jeito é complicado, o favor é grande e o problema insolúvel. Por esse caminho, para melhor se aninhar no coração dos brasileiros, o Mineirão deveria ser Mineirinho, o Castelão, Castelinho e o Batistão, Batistinha. Ocorre que estádios pertencem a outra esfera. Não foram feitos para cativar, mas para impressionar. Não pedem carinho, mas reverência, a si mesmos e a seus criadores. Cumprem no Brasil o que há de mais próximo ao papel das catedrais e das pirâmides, em outras épocas e lugares. Mesmo no caso de uma entidade que é puro espírito, como o propalado estádio do Corinthians, o brasileiro é levado a considerar uma indelicadeza não chamá-lo de ão.
(Veja, 9 mar. 2011, p. 102.)
A

O estádio novo do Corinthians, em São Paulo, a princípio destinado à abertura da Copa do Mundo de 2014, é, ainda, um rasgo de imaginação sobre um terreno baldio, contudo já tem apelido.

(O novo estádio do Corinthians, em São Paulo, em tese destinado à abertura da Copa do Mundo de 2014, é por enquanto um rasgo de imaginação sobre um terreno baldio, mas já tem nome de guerra. – 1º §)

B
A exemplo do caso de Minas Gerais, o governador que desse início às obras ganhava, por direito divino, o mimo de ter seu nome emprestado ao do estádio.
(A exemplo do caso mineiro, o governador que iniciasse as obras ganhava, por direito divino, o mimo de ter o nome emprestado ao do colosso. – 3º §)
C
Tamanha era a força do ão que ele se espalhou por cidades do interior. Em Presidente Prudente, no interior de São Paulo, surgiu o Prudentão (1982), um entre diversos exemplos.
(Tal era sua força que o ão se disseminou por cidades do interior. Em Presidente Prudente, interior de São Paulo, surgiu o Prudentão (1982), um entre muitos exemplos. – 4º §)
D
Por esse caminho, a fim de melhor se aninhar no coração dos brasileiros, o Mineirão deveria ser Mineirinho, o Castelão deveria ser Castelinho e o Batistão, Batistinha.
(Por esse caminho, para melhor se aninhar no coração dos brasileiros, o Mineirão deveria ser Mineirinho, o Castelão, Castelinho e o Batistão, Batistinha. – 6º §)