Questão dbe0537b-b2
Prova:
Disciplina:
Assunto:
Com base no texto, considere as afirmativas a seguir.
I. Em “quem diz ter um ‘amigo negro’ é absolvido automaticamente”, as aspas empregadas em “amigo
negro” indicam ironia por parte do autor do texto.
II. As palavras “inexistência”, “comentário” e “próprios”, retiradas do texto, são acentuadas pela mesma
razão.
III. Em “É como acusar os judeus pelo holocausto ou grupos indígenas pelo seu próprio extermínio”,
temos uma comparação.
IV. Em “Mas há quem faça”, o verbo “haver” é impessoal e se refere a tempo passado.
Assinale a alternativa correta.
Com base no texto, considere as afirmativas a seguir.
I. Em “quem diz ter um ‘amigo negro’ é absolvido automaticamente”, as aspas empregadas em “amigo
negro” indicam ironia por parte do autor do texto.
II. As palavras “inexistência”, “comentário” e “próprios”, retiradas do texto, são acentuadas pela mesma
razão.
III. Em “É como acusar os judeus pelo holocausto ou grupos indígenas pelo seu próprio extermínio”,
temos uma comparação.
IV. Em “Mas há quem faça”, o verbo “haver” é impessoal e se refere a tempo passado.
Assinale a alternativa correta.
Leia o texto a seguir e responda à questão.Racismo em tempos modernos
Democracia racial costuma ser um termo utilizado no Brasil por quem, infelizmente, acredita na inexistência
de preconceito de cor. Atualmente, as redes sociais são, por excelência, uma amostragem da presença
dessa crença muito debatida no século anterior.
Dentro da lenda da democracia racial, seus adeptos, consciente ou inconscientemente, reclamam que a
ausência de preconceito é justificada pela atmosfera pacífica da convivência social, sem guerras civis, onde
quem diz ter um “amigo negro” é absolvido automaticamente após qualquer piada racista ou comentário
degradante. E assim foi argumentada por homens como Florestan Fernandes, décadas atrás, ao responder
a muitas das questões postas hoje, mas que aparentemente são ignoradas pelos paladinos da negação do
racismo sob os interesses dos mais obscuros.
No habitat virtual emerge um antigo modelo de discurso que, se antes estava reservado a lugares próprios
e passíveis de camuflagens, agora está despido para quem quiser ver. Basta uma notícia de constatação
de preconceito racial, que uma burricada surge para reafirmar que o racismo é uma ilusão confeccionada
por elementos X ou Y. Isso, é claro, quando não sentenciam os próprios negros por sofrerem racismo. É
como acusar os judeus pelo holocausto ou grupos indígenas pelo seu próprio extermínio. Mas há quem
faça.
Em suas mastodônticas moralidades, acham que cotas raciais, por exemplo, legitimam o preconceito. Ignoram a estrutura das relações do pós-Abolição, que fortificou uma sociedade desigual não apenas socioeconômica, mas pela cor, como subterfúgio da manutenção das divisões sociais. Divisões que sobrevivem.
Em uma sociedade em que, segundo o IBGE (2014), mais de 53% se declaram negros ou pardos, as tentativas de destacar as exceções confirmam o grau de disparidade.
Enquanto o acesso profissional e universitário não representar o cotidiano, qualquer discurso de meritocracia é vazio. Não tão distante, ainda sobrevive a frase de George Bernard Shaw: “Faz-se o negro passar a
vida a engraxar sapatos e depois prova-se a inferioridade do negro pelo fato de ele ser engraxate”.
(Adaptado de: <https://oglobo.globo.com/opiniao/racismo-em-tempos-modernos-18605034. Acesso em: 22 jun. 2018.)
Leia o texto a seguir e responda à questão.
Racismo em tempos modernos
Democracia racial costuma ser um termo utilizado no Brasil por quem, infelizmente, acredita na inexistência
de preconceito de cor. Atualmente, as redes sociais são, por excelência, uma amostragem da presença
dessa crença muito debatida no século anterior.
Dentro da lenda da democracia racial, seus adeptos, consciente ou inconscientemente, reclamam que a
ausência de preconceito é justificada pela atmosfera pacífica da convivência social, sem guerras civis, onde
quem diz ter um “amigo negro” é absolvido automaticamente após qualquer piada racista ou comentário
degradante. E assim foi argumentada por homens como Florestan Fernandes, décadas atrás, ao responder
a muitas das questões postas hoje, mas que aparentemente são ignoradas pelos paladinos da negação do
racismo sob os interesses dos mais obscuros.
No habitat virtual emerge um antigo modelo de discurso que, se antes estava reservado a lugares próprios
e passíveis de camuflagens, agora está despido para quem quiser ver. Basta uma notícia de constatação
de preconceito racial, que uma burricada surge para reafirmar que o racismo é uma ilusão confeccionada
por elementos X ou Y. Isso, é claro, quando não sentenciam os próprios negros por sofrerem racismo. É
como acusar os judeus pelo holocausto ou grupos indígenas pelo seu próprio extermínio. Mas há quem
faça.
Em suas mastodônticas moralidades, acham que cotas raciais, por exemplo, legitimam o preconceito. Ignoram a estrutura das relações do pós-Abolição, que fortificou uma sociedade desigual não apenas socioeconômica, mas pela cor, como subterfúgio da manutenção das divisões sociais. Divisões que sobrevivem.
Em uma sociedade em que, segundo o IBGE (2014), mais de 53% se declaram negros ou pardos, as tentativas de destacar as exceções confirmam o grau de disparidade.
Enquanto o acesso profissional e universitário não representar o cotidiano, qualquer discurso de meritocracia é vazio. Não tão distante, ainda sobrevive a frase de George Bernard Shaw: “Faz-se o negro passar a
vida a engraxar sapatos e depois prova-se a inferioridade do negro pelo fato de ele ser engraxate”.
(Adaptado de: <https://oglobo.globo.com/opiniao/racismo-em-tempos-modernos-18605034. Acesso em: 22 jun. 2018.)
A
Somente as afirmativas I e II são corretas.
B
Somente as afirmativas I e IV são corretas.
C
Somente as afirmativas III e IV são corretas.
D
Somente as afirmativas I, II e III são corretas.
E
Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.
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