Questão f995320b-b6
Prova:IF-GO 2010
Disciplina:Português
Assunto:Interpretação de Textos, Análise sintática, Problemas da língua culta, Coesão e coerência, Sintaxe, Concordância verbal, Concordância nominal, Morfologia, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Sobre as relações morfossintáticas, analise as seguintes proposições:


I. Em “Na realidade, não existe filosofia em geral: existem diversas filosofias ou concepções...”, as formas verbais destacadas podem ser substituídas pela forma verbal “” preservando-se a correção gramatical.

II. O pronome “esta” em “É esta escolha um fato puramente intelectual, ou é um fato mais complexo?” exerce a função de termo que retoma uma ideia já enunciada.

III. Em “logicamente afirmada como fato intelectual” – os termos grifados participam da mesma classe gramatical.

IV. No período “A má-fé pode ser uma explicação satisfatória para alguns indivíduos considerados isoladamente, ou até mesmo para grupos mais ou menos numerosos...”, estalece-se uma relação de oposição entre as duas orações.


Estão corretas:

Texto 4
Subsídio para debate sobre cultura

     Na realidade, não existe filosofia em geral: existem diversas filosofias ou concepções do mundo e sempre se faz uma escolha entre elas. Como ocorre essa escolha? É esta escolha um fato puramente intelectual, ou é um fato mais complexo? E não ocorre frequentemente que entre o fato intelectual e a norma de conduta exista uma contradição? Qual será, então, a verdadeira concepção do mundo: a que é logicamente afirmada como fato intelectual, ou que resulta da atividade real de cada um, que está implícita na sua ação? E, já que a ação é sempre uma ação política, não se pode dizer que a verdadeira filosofia de cada um se acha inteiramente contida na sua política? Este contraste entre o pensar e o agir, isto é, a coexistência de duas concepções do mundo, uma afirmada por palavras e a outra manifestando-se na ação efetiva, nem sempre se deve à má-fé. A má-fé pode ser uma explicação satisfatória para alguns indivíduos considerados isoladamente, ou até mesmo para grupos mais ou menos numerosos, mas não é satisfatória quando o contraste se verifica nas manifestações vitais de grandes massas: neste caso, ele não pode deixar de ser a expressão de contrastes mais profundos de natureza histórico-social.  
Gramsci, Antônio. Concepção Dialética da História. São Paulo:
Civilização Brasileira, s/d. 

A
III e IV
B
I e II
C
I e IV

D
II e III
E
I, III e IV

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