Questõesde MACKENZIE sobre Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

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Foram encontradas 87 questões
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MACKENZIE 2017 - Português - Interpretação de Textos, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

A partir do poema “Canção”, considere as seguintes afirmações:

I. Os versos Eu te esperei todos os séculos (verso 05) e e morri de infinitas mortes (verso 07) lançam mão da figura de linguagem conhecida como hipérbole.
II. Na última estrofe E o sorriso que eu te levava/desprendeu-se e caiu de mim:/e só talvez ele ainda viva/dentro destas águas sem fim, o eu lírico sinaliza uma superação das suas dores amorosas.
III. A referência a “estátuas”, no poema, nos faz classificar “Canção” como um poema parnasiano tardio.

Assinale a alternativa correta:

Texto para a questão

01 No desequilíbrio dos mares,
02 as proas giram sozinhas…
03 Numa das naves que afundaram
04 é que certamente tu vinhas.

05 Eu te esperei todos os séculos
06 sem desespero e sem desgosto,
07 e morri de infinitas mortes
08 guardando sempre o mesmo rosto

09 Quando as ondas te carregaram
10 meu olhos, entre águas e areias,
11 cegaram como os das estátuas,
12 a tudo quanto existe alheias.

13 Minhas mãos pararam sobre o ar
14 e endureceram junto ao vento,
15 e perderam a cor que tinham
16 e a lembrança do movimento.

17 E o sorriso que eu te levava
18 desprendeu-se e caiu de mim:
19 e só talvez ele ainda viva
20 dentro destas águas sem fim.
Cecília Meireles, “Canção” 
A
A afirmação I está correta.
B
A afirmação II está correta.
C
A afirmação III está correta.
D
Todas as afirmações estão corretas.
E
Nenhuma das afirmações está correta.
f3db07e2-dd
MACKENZIE 2017 - Português - Interpretação de Textos, Denotação e Conotação, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Em relação aos poemas “Contagem regressiva”, de Ana Cristina Cesar, e “Canção”, de Cecília Meireles, considere a alternativa INCORRETA.

01 Acreditei que se amasse de novo

02 esqueceria outros

03 pelo menos três ou quatro rostos que amei

04 Num delírio de arquivística

05 organizei a memória em alfabetos

06 como quem conta carneiros e amansa

07 no entanto flanco aberto não esqueço

08 e amo em ti os outros rostos


09 Qual tarde de maio.

10 Como um trunfo escondido na manga

11 carrego comigo tua última carta

12 cortada

13 uma cartada.

14 Não, amor, isto não é literatura

Ana Cristina Cesar, “Contagem regressiva”


01 No desequilíbrio dos mares,
02 as proas giram sozinhas…
03 Numa das naves que afundaram
04 é que certamente tu vinhas.

05 Eu te esperei todos os séculos
06 sem desespero e sem desgosto,
07 e morri de infinitas mortes
08 guardando sempre o mesmo rosto

09 Quando as ondas te carregaram
10 meu olhos, entre águas e areias,
11 cegaram como os das estátuas,
12 a tudo quanto existe alheias.

13 Minhas mãos pararam sobre o ar
14 e endureceram junto ao vento,
15 e perderam a cor que tinham
16 e a lembrança do movimento.

17 E o sorriso que eu te levava
18 desprendeu-se e caiu de mim:
19 e só talvez ele ainda viva
20 dentro destas águas sem fim.
Cecília Meireles, “Canção” 
A
O eu lírico de cada poema precisa lidar com um amor ausente, no caso de Cecília Meireles, e com a lembrança dos amores já vividos, em Ana Cristina Cesar.
B
A palavra “rosto”, nos dois poemas, indicia emprego da linguagem figurada.
C
Há um registro irônico no poema de Ana Cristina Cesar, traço ausente no poema de Cecília Meireles.
D
O poema “Contagem regressiva” revela o quanto Ana Cristina Cesar é uma continuadora do estilo poético de Cecília Meireles.
E
“Canção” segue um padrão métrico mais rígido do que “Contagem regressiva”.
f3d443a2-dd
MACKENZIE 2017 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

A partir do texto acima, um fragmento do poema “Contagem regressiva”, de Ana Cristina Cesar, assinale a alternativa correta.

Texto para a questão

01 Acreditei que se amasse de novo
02 esqueceria outros
03 pelo menos três ou quatro rostos que amei
04 Num delírio de arquivística
05 organizei a memória em alfabetos
06 como quem conta carneiros e amansa
07 no entanto flanco aberto não esqueço
08 e amo em ti os outros rostos

09 Qual tarde de maio.
10 Como um trunfo escondido na manga
11 carrego comigo tua última carta
12 cortada
13 uma cartada.
14 Não, amor, isto não é literatura
Ana Cristina Cesar, “Contagem regressiva”
A
O Eu lírico do poema, desiludido, defende que não devemos amar jamais.
B
Não, amor, isto não é literatura (verso 14) é um verso que prova a incapacidade da poesia em dar conta das mágoas amorosas.
C
Encontramos uma forte crítica ao artificialismo nas relações amorosas contemporâneas nos seguintes versos: pelo menos três ou quatro rostos que amei/Num delírio de arquivística (versos 03 e 04).
D
As tentativas feitas pelo Eu Lírico em tentar esquecer amores passados se mostram infrutíferas, como atesta o verso e amo em ti os outros rostos (verso 08).
E
Encontramos no poema uma idealização do Amor muito semelhante ao que pode ser encontrado em poemas do Romantismo.
f3cc79d7-dd
MACKENZIE 2017 - Português - Interpretação de Textos, Ortografia, Preposições, Crase, Coesão e coerência, Acentuação Gráfica: Proparoxítonas, Paraxítonas, Oxítonas e Hiatos, Morfologia, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Assinale a alternativa correta.

Texto para a questão


Esmeralda Vailati Negrão, “A cartografia sintática”, em Novos caminhos da linguística 
A
A palavra multifacetada (linha 10) refere-se à característica da linguagem humana de possuir diferentes particularidades.
B
Em o fato de que ela (linha 13), é opcional o emprego da preposição de antes de que, de acordo com a norma culta.
C
É facultativo o emprego do acento indicador de crase na expressão a partir de (linha 13).
D
O pronome ela (linha 13) estabelece relação de coesão textual catafórica com a expressão pluralidade de teorias.
E
Pelas atuais regras ortográficas de acentuação, a palavra compreendê-la (linha 15) pode ser escrita sem ou com acento circunflexo.
f3c076f0-dd
MACKENZIE 2017 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Observe as afirmações.

I. A linguagem humana nem sempre foi, ao longo da história, tratada de modo a considerá-la como um objeto científico.
II. A linguagem humana pode ser compreendida por uma perspectiva científica, que efetua recortes de observação, geradores, por sua vez, de diferentes modos de observação e análise.
III. A natureza humana é muito complexa, o que exige que se façam abstrações científicas que implicam desconsiderar a linguagem como um elemento possível de observação e análise.

Assinale a alternativa correta.

Texto para a questão


Esmeralda Vailati Negrão, “A cartografia sintática”, em Novos caminhos da linguística 
A
As afirmações I e II estão corretas.
B
As afirmações I e III estão corretas.
C
As afirmações II e III estão corretas.
D
Todas as afirmações estão corretas.
E
Nenhuma das afirmações está correta.
f3b9f30f-dd
MACKENZIE 2017 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Observe as afirmações.

I. Pela existência de apenas uma teoria única e singular será possível compreender a natureza multifacetada da linguagem na vida dos seres humanos.
II. A complexidade da linguagem humana demanda a necessidade de diferentes perspectivas científicas, que procurarão, cada uma a seu modo, explicar características diversas de uma realidade multifacetada.
III. A natureza multifacetada da linguagem humana se deve ao fato de que existem diferentes recortes científicos e abstrações que procuram compreender as línguas e seus usos.

Assinale a alternativa correta.

Texto para a questão


Esmeralda Vailati Negrão, “A cartografia sintática”, em Novos caminhos da linguística 
A
Apenas a afirmação I está correta.
B
Apenas a afirmação II está correta.
C
Apenas a afirmação III está correta.
D
Todas as afirmações estão corretas.
E
Nenhuma das afirmações está correta.
f3c47995-dd
MACKENZIE 2017 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Assinale a alternativa correta.

Texto para a questão


Esmeralda Vailati Negrão, “A cartografia sintática”, em Novos caminhos da linguística 
A
O texto encontra na exploração das possibilidades estéticas de uso da linguagem sua principal característica.
B
Marcas de interação com o leitor evidenciam que a função fática é a predominante no texto.
C
A presença de índices de subjetividade, como o uso destacado da 1ª pessoa, indica que a função expressiva está em destaque no texto.
D
A linguagem objetiva e direta é uma das características que possibilitam definir a função referencial como a predominante no texto.
E
Como o texto trata de características da própria linguagem humana, pode-se afirmar que a função conativa é a predominante, dando prioridade a dados concretos e fatos.
f3c91161-dd
MACKENZIE 2017 - Português - Interpretação de Textos, Pronomes demonstrativos, Preposições, Sintaxe, Concordância verbal, Concordância nominal, Pontuação, Morfologia, Uso da Vírgula, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto, Morfologia - Pronomes

Assinale a alternativa correta.

Texto para a questão


Esmeralda Vailati Negrão, “A cartografia sintática”, em Novos caminhos da linguística 
A
A preposição sob (linha 06) pode ser corretamente substituída por “sobre”, sem que com isso se alterem sentidos do texto.
B
É indiferente o uso da forma plural no verbo “inserir” tal como empregado na linha 02.
C
O pronome dessa (linha 07) estabelece relação anafórica com a expressão natureza humana.
D
A palavra escopo, tal como empregada na linha 02, refere-se ao domínio de investigação compreendido pela ciência como busca de conhecimento.
E
De acordo com a norma culta da língua, é opcional o emprego de vírgulas no uso da expressão ou seja (linha 07).
67dd6ad1-dd
MACKENZIE 2016 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Assinale a alternativa que NÃO pode ser considerada como afirmação válida sobre a obra poética de Augusto dos Anjos.

Textos para a questão

Poema de Finados
01 Amanhã que é dia dos mortos
02 Vai ao cemitério. Vai
03 E procura entre as sepulturas
04 A sepultura de meu pai.

05 Leva três rosas bem bonitas.
06 Ajoelha e reza uma oração.
07 Não pelo pai, mas pelo filho:
08 O filho tem mais precisão.

09 O que resta de mim na vida
10 É a amargura do que sofri.
11 Pois nada quero, nada espero.
12 E em verdade estou morto ali.
Manuel Bandeira

Versos a um coveiro
01 Numerar sepulturas e carneiros,
02 Reduzir carnes podres a algarismos,
03 Tal é, sem complicados silogismos,
04 A aritmética hedionda dos coveiros!

05 Um, dois, três, quatro, cinco... Esoterismos
06 Da Morte! E eu vejo, em fúlgidos letreiros,
07 Na progressão dos números inteiros
08 A gênese de todos os abismos!

09 Oh! Pitágoras da última aritmética,
10 Continua a contar na paz ascética
11 Dos tábidos carneiros sepulcrais

12 Tíbias, cérebros, crânios, rádios e úmeros,
13 Porque, infinita como os próprios números
14 A tua conta não acaba mais!
Augusto dos Anjos
Vocabulário:
Carneiros -
criptas, subterrâneos sepulcrais
Fúlgidos - brilhantes
Ascética - próprio do asceta, de quem se entrega a práticas espirituais, levando vida contemplativa
Tábitos - pobres, corruptos
Tíbias - ossos que constituem a perna
Rádios - ossos que constituem o antebraço
Úmeros - ossos que vão do cotovelo ao ombro

Pai contra mãe (fragmento)

Machado de Assis
A
As suas imagens são tomadas à ciência e à técnica, cravando-se na sonoridade agressiva de um verso que incorpora a ênfase retórica e o mau gosto com tamanho destemor, que a aparente vulgaridade torna-se grandiosa e a oratória sai da banalidade para gerar uma espécie de mensagem apocalíptica. (Antônio Candido)
B
[...] inferior, banalizada pela repetição de situações desprovidas de surpresas, pouco imaginativas e repletas de clichês [...]. Uma literatura sem sobressaltos, que responde às expectativas do leitor médio, estabelecendo com ele um pacto onde a função recreativa domina. (Nelly Novaes Coelho)
C
Trata-se de um poeta poderoso, que deve ser mensurado por um critério estético aberto que possa reconhecer, além do “mau gosto” do vocabulário rebuscado e científico, a dimensão cósmica e a angústia moral de sua poesia. (Alfredo Bosi)
D
Limita-se às formas convencionais, de versos, é certo, mas uma aspereza toda sua, uma angulosidade de expressão servida pelo seu conhecimento de palavras duramente científicas, dá aos seus poemas um audacioso sabor mais para os olhos do que para os ouvidos. (Gilberto Freyre)
E
[...] mais do que qualquer parnasiano [...], sendo também, mais do que qualquer simbolista, o rei da aliteração. Raramente encontramos um hiato sobrevivente à sua metrificação impiedosa. (Otto Maria Carpeaux)
67d64a3f-dd
MACKENZIE 2016 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

No fragmento de “Pai contra mãe”, todas as alternativas estão corretas, EXCETO:

Textos para a questão

Poema de Finados
01 Amanhã que é dia dos mortos
02 Vai ao cemitério. Vai
03 E procura entre as sepulturas
04 A sepultura de meu pai.

05 Leva três rosas bem bonitas.
06 Ajoelha e reza uma oração.
07 Não pelo pai, mas pelo filho:
08 O filho tem mais precisão.

09 O que resta de mim na vida
10 É a amargura do que sofri.
11 Pois nada quero, nada espero.
12 E em verdade estou morto ali.
Manuel Bandeira

Versos a um coveiro
01 Numerar sepulturas e carneiros,
02 Reduzir carnes podres a algarismos,
03 Tal é, sem complicados silogismos,
04 A aritmética hedionda dos coveiros!

05 Um, dois, três, quatro, cinco... Esoterismos
06 Da Morte! E eu vejo, em fúlgidos letreiros,
07 Na progressão dos números inteiros
08 A gênese de todos os abismos!

09 Oh! Pitágoras da última aritmética,
10 Continua a contar na paz ascética
11 Dos tábidos carneiros sepulcrais

12 Tíbias, cérebros, crânios, rádios e úmeros,
13 Porque, infinita como os próprios números
14 A tua conta não acaba mais!
Augusto dos Anjos
Vocabulário:
Carneiros -
criptas, subterrâneos sepulcrais
Fúlgidos - brilhantes
Ascética - próprio do asceta, de quem se entrega a práticas espirituais, levando vida contemplativa
Tábitos - pobres, corruptos
Tíbias - ossos que constituem a perna
Rádios - ossos que constituem o antebraço
Úmeros - ossos que vão do cotovelo ao ombro

Pai contra mãe (fragmento)

Machado de Assis
A
Em e após algum tempo de luta a escrava abortou (linha 26), percebe-se que o aborto é consequência do somatório de vários problemas enfrentados por Arminda entre sua fuga e sua captura.
B
Em Não estava em maré de riso, por causa do filho que lá ficara na farmácia, à espera dele (linhas 09-10), constata-se que Cândido caça Arminda para amenizar o seu estado de mau humor.
C
Em O que alcançou foi, apesar de ser a casa próxima, gastar mais tempo em lá chegar do que devera (linhas 14-15), pode-se inferir mais uma tentativa da escrava de entravar seu retorno ao antigo modo de vida.
D
Em Quem passava ou estava à porta de uma loja, compreendia o que era e naturalmente não acudia (linhas 02-03), entende-se que a caça a escravos fugidos era uma prática comum na sociedade da época.
E
Em — Meu senhor! — Anda, entra... (linhas 20-21), compreende-se que o dono da escrava não se comove ou se apieda com a fala da escrava que acabara de lhe ser devolvida.
67d96911-dd
MACKENZIE 2016 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

A partir dos três autores selecionados, considere as seguintes afirmações:

I. Manuel Bandeira foi poeta determinante na idealização e na organização da Semana de Arte Moderna de 1922.

II. Augusto dos Anjos, em função de sua perfeição métrica e rítmica, é considerado um dos expoentes da tríade parnasiana.

III. Machado de Assis abandonou a prosa romântica para desenvolver as digressões textuais, característica fundadora da prosa realista.

Assinale a alternativa correta.

Textos para a questão

Poema de Finados
01 Amanhã que é dia dos mortos
02 Vai ao cemitério. Vai
03 E procura entre as sepulturas
04 A sepultura de meu pai.

05 Leva três rosas bem bonitas.
06 Ajoelha e reza uma oração.
07 Não pelo pai, mas pelo filho:
08 O filho tem mais precisão.

09 O que resta de mim na vida
10 É a amargura do que sofri.
11 Pois nada quero, nada espero.
12 E em verdade estou morto ali.
Manuel Bandeira

Versos a um coveiro
01 Numerar sepulturas e carneiros,
02 Reduzir carnes podres a algarismos,
03 Tal é, sem complicados silogismos,
04 A aritmética hedionda dos coveiros!

05 Um, dois, três, quatro, cinco... Esoterismos
06 Da Morte! E eu vejo, em fúlgidos letreiros,
07 Na progressão dos números inteiros
08 A gênese de todos os abismos!

09 Oh! Pitágoras da última aritmética,
10 Continua a contar na paz ascética
11 Dos tábidos carneiros sepulcrais

12 Tíbias, cérebros, crânios, rádios e úmeros,
13 Porque, infinita como os próprios números
14 A tua conta não acaba mais!
Augusto dos Anjos
Vocabulário:
Carneiros -
criptas, subterrâneos sepulcrais
Fúlgidos - brilhantes
Ascética - próprio do asceta, de quem se entrega a práticas espirituais, levando vida contemplativa
Tábitos - pobres, corruptos
Tíbias - ossos que constituem a perna
Rádios - ossos que constituem o antebraço
Úmeros - ossos que vão do cotovelo ao ombro

Pai contra mãe (fragmento)

Machado de Assis
A
Estão corretas as afirmações I e II.
B
Estão corretas as afirmações II e III.
C
Estão corretas as afirmações I e III.
D
Todas as afirmações estão corretas.
E
Nenhuma das afirmações está correta.
67d27f7d-dd
MACKENZIE 2016 - Português - Interpretação de Textos, Gêneros Textuais, Funções da Linguagem: emotiva, apelativa, referencial, metalinguística, fática e poética., Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

É correto afirmar que em “Versos a um coveiro”:

Textos para a questão

Poema de Finados
01 Amanhã que é dia dos mortos
02 Vai ao cemitério. Vai
03 E procura entre as sepulturas
04 A sepultura de meu pai.

05 Leva três rosas bem bonitas.
06 Ajoelha e reza uma oração.
07 Não pelo pai, mas pelo filho:
08 O filho tem mais precisão.

09 O que resta de mim na vida
10 É a amargura do que sofri.
11 Pois nada quero, nada espero.
12 E em verdade estou morto ali.
Manuel Bandeira

Versos a um coveiro
01 Numerar sepulturas e carneiros,
02 Reduzir carnes podres a algarismos,
03 Tal é, sem complicados silogismos,
04 A aritmética hedionda dos coveiros!

05 Um, dois, três, quatro, cinco... Esoterismos
06 Da Morte! E eu vejo, em fúlgidos letreiros,
07 Na progressão dos números inteiros
08 A gênese de todos os abismos!

09 Oh! Pitágoras da última aritmética,
10 Continua a contar na paz ascética
11 Dos tábidos carneiros sepulcrais

12 Tíbias, cérebros, crânios, rádios e úmeros,
13 Porque, infinita como os próprios números
14 A tua conta não acaba mais!
Augusto dos Anjos
Vocabulário:
Carneiros -
criptas, subterrâneos sepulcrais
Fúlgidos - brilhantes
Ascética - próprio do asceta, de quem se entrega a práticas espirituais, levando vida contemplativa
Tábitos - pobres, corruptos
Tíbias - ossos que constituem a perna
Rádios - ossos que constituem o antebraço
Úmeros - ossos que vão do cotovelo ao ombro

Pai contra mãe (fragmento)

Machado de Assis
A
a construção do soneto com léxico das áreas da Biologia e da Matemática reduz o impacto poético da composição.
B
a composição textual estruturada na função fática e no uso de terminologia científica ampliam o valor literário do soneto.
C
o racionalismo científico e a opção pela composição em forma de soneto vinculam o poema selecionado aos ideais do movimento Naturalista.
D
a exploração de caracteres patológicos, mórbidos e pútridos afastam a possibilidade de o presente soneto ser considerado relevante para o universo da literatura brasileira.
E
o emprego de terminologia técnica, das áreas da Biologia e da Matemática, concede tom de racionalidade à morte, tratada de forma quantificável.
67ce635d-dd
MACKENZIE 2016 - Português - Interpretação de Textos, Morfologia - Verbos, Flexão verbal de modo (indicativo, subjuntivo, imperativo), Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Sobre “Poema de Finados” e a obra de Manuel Bandeira é correto afirmar que:

Textos para a questão

Poema de Finados
01 Amanhã que é dia dos mortos
02 Vai ao cemitério. Vai
03 E procura entre as sepulturas
04 A sepultura de meu pai.

05 Leva três rosas bem bonitas.
06 Ajoelha e reza uma oração.
07 Não pelo pai, mas pelo filho:
08 O filho tem mais precisão.

09 O que resta de mim na vida
10 É a amargura do que sofri.
11 Pois nada quero, nada espero.
12 E em verdade estou morto ali.
Manuel Bandeira

Versos a um coveiro
01 Numerar sepulturas e carneiros,
02 Reduzir carnes podres a algarismos,
03 Tal é, sem complicados silogismos,
04 A aritmética hedionda dos coveiros!

05 Um, dois, três, quatro, cinco... Esoterismos
06 Da Morte! E eu vejo, em fúlgidos letreiros,
07 Na progressão dos números inteiros
08 A gênese de todos os abismos!

09 Oh! Pitágoras da última aritmética,
10 Continua a contar na paz ascética
11 Dos tábidos carneiros sepulcrais

12 Tíbias, cérebros, crânios, rádios e úmeros,
13 Porque, infinita como os próprios números
14 A tua conta não acaba mais!
Augusto dos Anjos
Vocabulário:
Carneiros -
criptas, subterrâneos sepulcrais
Fúlgidos - brilhantes
Ascética - próprio do asceta, de quem se entrega a práticas espirituais, levando vida contemplativa
Tábitos - pobres, corruptos
Tíbias - ossos que constituem a perna
Rádios - ossos que constituem o antebraço
Úmeros - ossos que vão do cotovelo ao ombro

Pai contra mãe (fragmento)

Machado de Assis
A
o eu-lírico utiliza constantemente as formas verbais no modo imperativo para impor ao leitor suas mesmas sensações de dor e de perda.
B
o retorno ao passado é o principal tema da obra do poeta, evidenciado na presente composição pelo advérbio de tempo “Amanhã” (verso 01).
C
a partir da segunda metade do segundo quarteto, o eu-lírico inicia o processo de revelar ao leitor quem é o verdadeiro motivo de seus pedidos.
D
o terceiro quarteto comprova a estreita relação temática e formal da poética de Manuel Bandeira com o primeiro momento da poesia do Romantismo brasileiro.
E
o somatório de uma seleção vocabular simples e da espontaneidade com que o tema é tratado demonstra um descaso do eu-lírico com a morte.
67caaaff-dd
MACKENZIE 2016 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Considere as seguintes afirmações:

I. Os textos tratam da temática da morte a partir de um mesmo ponto de vista, independentemente de pertencerem a diferentes escolas literárias.
II. As composições poéticas são mais adequadas para o tratamento da temática emotiva da morte do que a composição em prosa, que costumeiramente privilegia a linguagem objetiva.
III. O poema de Manuel Bandeira e o fragmento de Machado de Assis são marcados, particularmente, por uma visão irônica e conservadora da morte.

Assinale a alternativa correta.

Textos para a questão

Poema de Finados
01 Amanhã que é dia dos mortos
02 Vai ao cemitério. Vai
03 E procura entre as sepulturas
04 A sepultura de meu pai.

05 Leva três rosas bem bonitas.
06 Ajoelha e reza uma oração.
07 Não pelo pai, mas pelo filho:
08 O filho tem mais precisão.

09 O que resta de mim na vida
10 É a amargura do que sofri.
11 Pois nada quero, nada espero.
12 E em verdade estou morto ali.
Manuel Bandeira

Versos a um coveiro
01 Numerar sepulturas e carneiros,
02 Reduzir carnes podres a algarismos,
03 Tal é, sem complicados silogismos,
04 A aritmética hedionda dos coveiros!

05 Um, dois, três, quatro, cinco... Esoterismos
06 Da Morte! E eu vejo, em fúlgidos letreiros,
07 Na progressão dos números inteiros
08 A gênese de todos os abismos!

09 Oh! Pitágoras da última aritmética,
10 Continua a contar na paz ascética
11 Dos tábidos carneiros sepulcrais

12 Tíbias, cérebros, crânios, rádios e úmeros,
13 Porque, infinita como os próprios números
14 A tua conta não acaba mais!
Augusto dos Anjos
Vocabulário:
Carneiros -
criptas, subterrâneos sepulcrais
Fúlgidos - brilhantes
Ascética - próprio do asceta, de quem se entrega a práticas espirituais, levando vida contemplativa
Tábitos - pobres, corruptos
Tíbias - ossos que constituem a perna
Rádios - ossos que constituem o antebraço
Úmeros - ossos que vão do cotovelo ao ombro

Pai contra mãe (fragmento)

Machado de Assis
A
Estão corretas as afirmações I e II.
B
Estão corretas as afirmações II e III.
C
Estão corretas as afirmações I e III.
D
Todas as afirmações estão corretas.
E
Nenhuma das afirmações está correta.
67b3d0f4-dd
MACKENZIE 2016 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Assinale a alternativa que mais apropriadamente resume a ideia principal do texto.

Texto para a questão


Vera Teixeira de Aguiar, O verbal e o não verbal

A
Os significados que atribuímos aos sinais da linguagem não verbal são universais, portanto idênticos para todos os grupos sociais e culturais.
B
Os indivíduos estão em permanente troca comunicativa, seja solitariamente com seus pensamentos, seja na interação verbal com outros falantes.
C
Atualmente, os meios de comunicação de massa têm contribuído negativamente para a formação dos grupos sociais.
D
A comunicação humana prescinde de sinais ou de qualquer outro tipo de linguagem para que se realize como fenômeno social.
E
As regras comunicativas que devemos aprender são exclusivamente as regras definidas pelas gramáticas normativas, que indicam o certo e o errado na língua.
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MACKENZIE 2015 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Assinale a alternativa que não pode ser relacionada a Monteiro Lobato e sua obra:

Texto para a questão.



Monteiro Lobato, “Urupês”.

Vocabulário:
boré (linha 15): trombeta de bambu usada pelos índios.
inambu (linha 16): ave desprovida completamente ou quase completamente de cauda.
ocara (linha 14): choupana de índios do Brasil.
sorna (linha 29): indolente, inerte.
trochada (linha 15): cano de espingarda que foi torcido para tornar-se reforçado.
A
“[...] aparece na literatura brasileira como o consolidador do romance, um ficcionista que cai no gosto popular. Por um lado sua obra é um retrato fiel de suas posições políticas e sociais: grande proprietário rural, nacionalista exagerado, escravocrata.” (José de Nicola)
B
“[...] sua ficção teve esse caráter; foi obra de imaginação, mas não perdeu de vista as carências do homem comum, denunciando-as em cores vivazes, não raro aprofundando as linhas da caricatura e da sátira.” (Guilhermino Cesar)
C
”[...] foi um grande publicista quando escrevia seus livros da literatura infantil. Trata-se de um terreno em que nós podemos com o mais legítimo orgulho dizer que ele não se coloca aí apenas entre os maiores escritores brasileiros.” (José Guilherme Merquior)
D
“[...] sua prática literária foi, de certa forma, pioneira: ele inaugurou uma concepção de literatura que incluía a noção de livro como objeto sem aura, como linguagem, como texto, como mercadoria.” (Marisa Lajolo)
E
“[...] é considerado por vários críticos como um homem à frente de seu tempo. Acreditando na educação, no sanitarismo, na técnica profissionalizante, pensou caminhos para solucionar problemas sociais, políticos e econômicos do país. (Lígia Militz da Costa)
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MACKENZIE 2015 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Sobre o trecho Feia e sorna, nada a põe de pé. (linhas 28-29), é correto afirmar que:

Texto para a questão.



Monteiro Lobato, “Urupês”.

Vocabulário:
boré (linha 15): trombeta de bambu usada pelos índios.
inambu (linha 16): ave desprovida completamente ou quase completamente de cauda.
ocara (linha 14): choupana de índios do Brasil.
sorna (linha 29): indolente, inerte.
trochada (linha 15): cano de espingarda que foi torcido para tornar-se reforçado.
A
na comparação estabelecida com o índio romântico, o caboclo é mais dotado de “independência, fidalguia, coragem, virilidade heroica”. (linha 19)
B
Monteiro Lobato afirma que o caboclo é “idealização dum homem natural como o sonhava Rousseau”. (linhas 01-02)
C
fica evidente, na visão do autor, que o caboclo, que vegeta de cócoras, é “incapaz de evolução”. (linha 28)
D
na comparação estabelecida com o índio romântico, o caboclo é tratado como superior “em beleza d’alma e corpo” (linha 04).
E
o caboclo, “selvagem real, feio e brutesco” (linha 06), é uma caricatura do indianismo árcade.
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Tendo como base o recorte do conto “Urupês”, pode-se afirmar que é condizente com a personagem criada por Monteiro Lobato APENAS o fragmento a seguir:

Texto para a questão.



Monteiro Lobato, “Urupês”.

Vocabulário:
boré (linha 15): trombeta de bambu usada pelos índios.
inambu (linha 16): ave desprovida completamente ou quase completamente de cauda.
ocara (linha 14): choupana de índios do Brasil.
sorna (linha 29): indolente, inerte.
trochada (linha 15): cano de espingarda que foi torcido para tornar-se reforçado.
A
“[...] apesar de bom, era um desses homens mais que alheados às sutilezas do sentimento; para outra mulher daria talvez um excelente esposo, não para aquela, cuja sensibilidade romântica, longe de o comover, havia muita vez de importuná-lo.”
B
“Da terra só quer a mandioca, o milho e a cana. A primeira, por ser um pão já amassado pela natureza. Basta arrancar uma raiz e deitá-la nas brasas. Não impõe colheita, nem exige celeiro. O plantio se faz com um palmo de rama fincada em qualquer chão. Não pede cuidados.”
C
“Tinha um defeito grave esse homem, não aguentava emprego nem oficio, carecia de estabilidade; é o que ele chamava caiporismo. Começou por querer aprender tipografia, mas viu cedo que era preciso algum tempo para compor bem, e ainda assim talvez não ganhasse o bastante; foi o que ele disse a si mesmo. O comércio chamou-lhe a atenção, era carreira boa.”
D
“[...] entrou no funcionalismo, contra a vontade do pai, que queria vê-lo médico; mas o pai morreu, e [...] preferiu não ser nada, até que a mãe lhe arranjou um emprego público.”
E
“Diziam-no atilado para o comércio e amigo do Brasil. Gostava da sua leitura nas horas de descanso, assinava respeitosamente os jornais sérios da província e recebia alguns de Lisboa.”
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MACKENZIE 2015 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Observe as afirmações abaixo.

I. Em sua origem, a palavra vírus pertence ao domínio da biologia, mas por conta do seu significado tem sido utilizada para fazer referência a algo que se dissemina de forma rápida e intensa.
II. Os vírus que atingem os modernos computadores causam tamanho prejuízo que atualmente são conhecidos como marketing viral.
III. A publicidade viral é aquela que se baseia na troca de informações sobre medicamentos da área biológica.

Assinale a alternativa correta.

Textos para a questão

Texto I

Adaptado de www.significados.com.br

Texto II

Adaptado de www.sobiologia.com.br

Texto III

www.googleimagens.com
A
Está correta apenas a afirmação I.
B
Está correta apenas a afirmação II.
C
Está correta apenas a afirmação III.
D
Todas as afirmações estão corretas.
E
Nenhuma das afirmações está correta.
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MACKENZIE 2015 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Sobre o Pré-Modernismo é INCORRETO afirmar que:

Texto para a questão.



Monteiro Lobato, “Urupês”.

Vocabulário:
boré (linha 15): trombeta de bambu usada pelos índios.
inambu (linha 16): ave desprovida completamente ou quase completamente de cauda.
ocara (linha 14): choupana de índios do Brasil.
sorna (linha 29): indolente, inerte.
trochada (linha 15): cano de espingarda que foi torcido para tornar-se reforçado.
A
sua prosa aproxima-se da realidade, expondo e denunciando os contrastes e as mazelas socioeconômicas brasileiras.
B
é um período de transição das prosas realista e naturalista e das poesias parnasiana e simbolista para produção literária modernista brasileira.
C
são alguns de seus prosadores: Monteiro Lobato, Euclides da Cunha, Lima Barreto e Graça Aranha.
D
é uma escola literária brasileira que sofreu forte influência do estilo moderno da prosa portuguesa.
E
sua prosa retrata diferentes realidades brasileiras, dentre elas: os subúrbios cariocas, o interior paulista e o sertão nordestino.