Questão 67dd6ad1-dd
Prova:
Disciplina:
Assunto:
Assinale a alternativa que NÃO pode ser considerada como afirmação válida
sobre a obra poética de Augusto dos Anjos.
Assinale a alternativa que NÃO pode ser considerada como afirmação válida
sobre a obra poética de Augusto dos Anjos.
Textos para a questão
Poema de Finados01 Amanhã que é dia dos mortos
02 Vai ao cemitério. Vai
03 E procura entre as sepulturas
04 A sepultura de meu pai.
05 Leva três rosas bem bonitas.
06 Ajoelha e reza uma oração.
07 Não pelo pai, mas pelo filho:
08 O filho tem mais precisão.
09 O que resta de mim na vida
10 É a amargura do que sofri.
11 Pois nada quero, nada espero.
12 E em verdade estou morto ali.
Manuel Bandeira
Versos a um coveiro
01 Numerar sepulturas e carneiros,
02 Reduzir carnes podres a algarismos,
03 Tal é, sem complicados silogismos,
04 A aritmética hedionda dos coveiros!
05 Um, dois, três, quatro, cinco... Esoterismos
06 Da Morte! E eu vejo, em fúlgidos letreiros,
07 Na progressão dos números inteiros
08 A gênese de todos os abismos!
09 Oh! Pitágoras da última aritmética,
10 Continua a contar na paz ascética
11 Dos tábidos carneiros sepulcrais
12 Tíbias, cérebros, crânios, rádios e úmeros,
13 Porque, infinita como os próprios números
14 A tua conta não acaba mais!
Augusto dos Anjos
Vocabulário:
Carneiros - criptas, subterrâneos sepulcrais
Fúlgidos - brilhantes
Ascética - próprio do asceta, de quem se entrega a práticas espirituais, levando
vida contemplativa
Tábitos - pobres, corruptos
Tíbias - ossos que constituem a perna
Rádios - ossos que constituem o antebraço
Úmeros - ossos que vão do cotovelo ao ombro
Pai contra mãe (fragmento)
Machado de Assis
Textos para a questão
02 Vai ao cemitério. Vai
03 E procura entre as sepulturas
04 A sepultura de meu pai.
05 Leva três rosas bem bonitas.
06 Ajoelha e reza uma oração.
07 Não pelo pai, mas pelo filho:
08 O filho tem mais precisão.
09 O que resta de mim na vida
10 É a amargura do que sofri.
11 Pois nada quero, nada espero.
12 E em verdade estou morto ali.
Poema de Finados
01 Amanhã que é dia dos mortos02 Vai ao cemitério. Vai
03 E procura entre as sepulturas
04 A sepultura de meu pai.
05 Leva três rosas bem bonitas.
06 Ajoelha e reza uma oração.
07 Não pelo pai, mas pelo filho:
08 O filho tem mais precisão.
09 O que resta de mim na vida
10 É a amargura do que sofri.
11 Pois nada quero, nada espero.
12 E em verdade estou morto ali.
Manuel Bandeira
Versos a um coveiro
01 Numerar sepulturas e carneiros,
02 Reduzir carnes podres a algarismos,
03 Tal é, sem complicados silogismos,
04 A aritmética hedionda dos coveiros!
05 Um, dois, três, quatro, cinco... Esoterismos
06 Da Morte! E eu vejo, em fúlgidos letreiros,
07 Na progressão dos números inteiros
08 A gênese de todos os abismos!
09 Oh! Pitágoras da última aritmética,
10 Continua a contar na paz ascética
02 Reduzir carnes podres a algarismos,
03 Tal é, sem complicados silogismos,
04 A aritmética hedionda dos coveiros!
05 Um, dois, três, quatro, cinco... Esoterismos
06 Da Morte! E eu vejo, em fúlgidos letreiros,
07 Na progressão dos números inteiros
08 A gênese de todos os abismos!
09 Oh! Pitágoras da última aritmética,
10 Continua a contar na paz ascética
11 Dos tábidos carneiros sepulcrais
12 Tíbias, cérebros, crânios, rádios e úmeros,
13 Porque, infinita como os próprios números
14 A tua conta não acaba mais!
12 Tíbias, cérebros, crânios, rádios e úmeros,
13 Porque, infinita como os próprios números
14 A tua conta não acaba mais!
Augusto dos Anjos
Vocabulário:
Carneiros - criptas, subterrâneos sepulcrais
Fúlgidos - brilhantes
Ascética - próprio do asceta, de quem se entrega a práticas espirituais, levando vida contemplativa
Tábitos - pobres, corruptos
Tíbias - ossos que constituem a perna
Rádios - ossos que constituem o antebraço
Úmeros - ossos que vão do cotovelo ao ombro
Carneiros - criptas, subterrâneos sepulcrais
Fúlgidos - brilhantes
Ascética - próprio do asceta, de quem se entrega a práticas espirituais, levando vida contemplativa
Tábitos - pobres, corruptos
Tíbias - ossos que constituem a perna
Rádios - ossos que constituem o antebraço
Úmeros - ossos que vão do cotovelo ao ombro
Pai contra mãe (fragmento)
Machado de Assis
A
As suas imagens são tomadas à ciência e à técnica, cravando-se na sonoridade
agressiva de um verso que incorpora a ênfase retórica e o mau gosto com
tamanho destemor, que a aparente vulgaridade torna-se grandiosa e a
oratória sai da banalidade para gerar uma espécie de mensagem apocalíptica.
(Antônio Candido)
B
[...] inferior, banalizada pela repetição de situações desprovidas de surpresas,
pouco imaginativas e repletas de clichês [...]. Uma literatura sem sobressaltos,
que responde às expectativas do leitor médio, estabelecendo com ele um
pacto onde a função recreativa domina. (Nelly Novaes Coelho)
C
Trata-se de um poeta poderoso, que deve ser mensurado por um critério
estético aberto que possa reconhecer, além do “mau gosto” do vocabulário
rebuscado e científico, a dimensão cósmica e a angústia moral de sua poesia.
(Alfredo Bosi)
D
Limita-se às formas convencionais, de versos, é certo, mas uma aspereza
toda sua, uma angulosidade de expressão servida pelo seu conhecimento
de palavras duramente científicas, dá aos seus poemas um audacioso sabor
mais para os olhos do que para os ouvidos. (Gilberto Freyre)
E
[...] mais do que qualquer parnasiano [...], sendo também, mais do que
qualquer simbolista, o rei da aliteração. Raramente encontramos um hiato
sobrevivente à sua metrificação impiedosa. (Otto Maria Carpeaux)