Questõessobre Morfologia - Verbos

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UFRGS 2019 - Português - Interpretação de Textos, Morfologia - Verbos, Flexão verbal de tempo (presente, pretérito, futuro), Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Considere as afirmações abaixo, sobre os tempos verbais no texto.

I - O presente verbal comparece para marcar o agora das situações de diálogo entre Santos Dumont e seu pai.
II - O pretérito verbal marca a narrativa passada relativamente à situação presente na qual Santos Dumont escreve o texto.
III - O futuro do presente nas formas verbais envolve uma ação posterior ao tempo presente em que estavam Santos Dumont e seu pai.

Quais estão corretas?

Instrução: A questão está relacionada ao texto abaixo.  

Adaptado de DUMONT, Santos. O que eu vi, o que
nós veremos. Rio de Janeiro: Hedra, 2016 ..
Organização de Marcos Villares.
A
Apenas I.
B
Apenas II.
C
Apenas I e III.
D
Apenas II e III.
E
I, II e III.
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UEG 2015 - Português - Flexão verbal de número (singular, plural), Interpretação de Textos, Flexão verbal de pessoa (1ª, 2ª, 3ª pessoa), Morfologia - Verbos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

No trecho “Os humanos já usurpam quase metade da produtividade biológica da biosfera. Não podemos assumir essa responsabilidade de forma negligente” (linhas 10-12), os períodos apresentam pessoas verbais diferentes. O uso da primeira pessoal do plural, no segundo período, constitui um recurso linguístico por meio do qual o autor

Leia o texto para responder à questão.



RICKLEFS, Robert E. A economia da natureza. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010. p. 15. (Adaptado).
A
assume ser parte da comunidade humana e, consequentemente, responsável pelo modo como ela tem explorado os recursos naturais.
B
evidencia sua concordância sobre o modo como os humanos usam, de forma desequilibrada e devastadora, os recursos da terra.
C
retira de si a responsabilidade sobre o modo como os recursos da biosfera têm sido consumidos pelas sociedades urbanas e suburbanas.
D
conclama a humanidade à invenção de tecnologias que possibilitem a descoberta de novos organismos e a criação de novos bens de consumo.
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UNEMAT 2015 - Português - Flexão verbal de número (singular, plural), Flexão verbal de pessoa (1ª, 2ª, 3ª pessoa), Morfologia - Verbos, Flexão verbal de tempo (presente, pretérito, futuro), Flexão verbal de modo (indicativo, subjuntivo, imperativo)

Meninos Carvoeiros


Os meninos carvoeiros

Passam a caminho da cidade.

- Eh, carvoeiro!

E vão tocando os animais com um relho enorme.


Os burros são magrinhos e velhos.

Cada um leva seis sacos de carvão de lenha.

A aniagem é toda remendada.

Os carvões caem.


(Pela boca da noite vem uma velhinha que os recolhe, dobrando-se com um gemido.)


- Eh, carvoeiro! Só mesmo estas crianças raquíticas

Vão bem com estes burrinhos descadeirados.

A madrugada ingênua parece feita para eles ...

Pequenina, ingênua miséria!

Adoráveis ​​carvoeirinhos que trabalhais como se brincásseis!


- Eh, carvoeiro!


Quando voltam, mordendo num pão encarvoado.

Encarapitados nas alimárias,

Apostando corrida,

Dançando, bamboleando nas cangalhas como espantalhos desamparados!


(BANDEIRA, Manuel. Antologia Poética. 10ª ed. Rio de Janeiro: José Olympio Editora, 1978)


O poema aborda um grave problema social, que é o trabalho infantil. A gravidade do tema está coerente com um dos versos cuja conjugação verbal destoa da aparente descontração dos meninos. Assinale-o.

A
“E vão tocando os animais com um relho enorme”.
B
“Vão bem com estes burrinhos descadeirados”.
C
“Adoráveis ​​carvoeirinhos que trabalhais como se brincásseis!”.
D
“Quando voltam, mordendo num pão encarvoado”.
E
“Apostando corrida”.
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UEG 2015 - Português - Flexão verbal de número (singular, plural), Interpretação de Textos, Flexão verbal de pessoa (1ª, 2ª, 3ª pessoa), Morfologia - Verbos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

No texto, o uso da primeira pessoa do plural, alternadamente ao uso da terceira do plural, serve para dar suporte a uma oposição entre dois grupos:

Leia o texto a seguir para responder à questão.



A
as pessoas que têm acesso aos bens de consumo em geral, sendo livres para consumi-los ou não, e aquelas que vivem à margem da sociedade, sem acesso aos bens e às mercadorias produzidas pelo sistema capitalista.
B
aqueles que cultivam e exploram ao extremo as potencialidades da liberdade individual, assimilando os discursos e as práticas do capitalismo, e aqueles que, fora das democracias liberais, vivem em estado de mentira e alienação.
C
as pessoas que cultivam atitudes e comportamentos egoístas, cegadas pelos modos de subjetivação e ação individualistas, e aquelas que, motivadas por um ideal humanista, desenvolvem práticas e atitudes caridosas e benevolentes.
D
aqueles que vivem sob a égide das democracias liberais, que se consideram livres apesar de fazerem aquilo que é determinado socialmente, e aqueles que vivem fora das democracias liberais, considerados comumente como não livres.
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ULBRA 2018 - Português - Interpretação de Textos, Morfologia - Verbos, Flexão verbal de tempo (presente, pretérito, futuro), Vocativo e Termos Acessórios da Oração: Adjunto Adnominal, Diferença entre Adjunto Adnominal e Complemento Nominal, Adjunto Adverbial e Aposto, Sintaxe, Conjunções: Relação de causa e consequência, Flexão verbal de modo (indicativo, subjuntivo, imperativo), Redação - Reescritura de texto, Morfologia

Leia as afirmações abaixo e marque “V” para verdadeiro e “F” para falso, entre os parênteses. Depois, assinale a alternativa correspondente.


( ) Primeiro balão: a expressão “no face” é um adjunto adverbial.

( ) Primeiro balão: a palavra “se” é uma conjunção de condição.

( ) Segundo balão: a locução verbal “vão ter” corresponde ao futuro do presente do indicativo.

( ) Segundo balão: o termo “se” poderia ser substituído, com o mesmo sentido, por “caso”, sem a necessidade de alteração na conjugação dos verbos.

A
V; V; F; V.
B
F; F; V; F.
C
V; F; V; F.
D
V; V; V; V.
E
F; V; F; F.
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ULBRA 2018 - Português - Morfologia - Verbos, Flexão verbal de tempo (presente, pretérito, futuro), Flexão verbal de modo (indicativo, subjuntivo, imperativo)

Assinale a alternativa correta.


“Vai aí uma dica. Não redistribua nada de forma indiscriminada.” (l. 39)

Instrução: A questão refere-se ao texto Você anda espalhando mentiras por aí, de Eugênio Bucci, disponível em https://epoca.globo.com/politica/eugenio-bucci/noticia/2017/08/voce-anda-espalhando-mentiras-por-ai.html

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A
“Vai” está conjugado no presente do indicativo; “redistribua” está conjugado no imperativo.
B
“Vai” está conjugado no pretérito perfeito do indicativo; “redistribua” está conjugado no pretérito imperfeito do indicativo.
C
“Vai” está conjugado no futuro do presente do indicativo; “redistribua” está conjugado no presente do subjuntivo.
D
“Vai” está conjugado no futuro do pretérito do indicativo; “redistribua” está conjugado no presente do indicativo.
E
“Vai” está conjugado no presente do subjuntivo; “redistribua” está conjugado no pretérito perfeito do indicativo.
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UNICAMP 2021 - Português - Interpretação de Textos, Morfologia - Verbos, Variação Linguística, Flexão verbal de modo (indicativo, subjuntivo, imperativo), Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Entre todas as palavras do momento, a mais flamejante talvez seja desigualdade. E nem é uma boa palavra, incomoda. Começa com des. Des de desalento, des de desespero, des de desesperança. Des, definitivamente, não é um bom prefixo.
Desigualdade. A palavra do ano, talvez da década, não importa em que dicionário. Doravante ouviremos falar muito nela. 
De-si-gual-da-de. Há quem não veja nem soletre, mas está escrita no destino de todos os busões da cidade, sentido centro/subúrbio, na linha reta de um trem. Solano Trindade, no sinal fechado, fez seu primeiro rap, “tem gente com fome, tem gente com fome, tem gente com fome”, somente com esses substantivos. Você ainda não conhece o Solano? Corra, dá tempo. Dá tempo para você entender que vivemos essa desigualdade. Pegue um busão da Avenida Paulista para a Cidade Tiradentes, passe o valetransporte na catraca e simbora – mais de 30 quilômetros. O patrão jardinesco vive 23 anos a mais, em média, do que um humaníssimo habitante da Cidade Tiradentes, por todas as razões sociais que a gente bem conhece. 
Evitei as estatísticas nessa crônica. Podia matar de desesperança os leitores, os números rendem manchete, mas carecem de rostos humanos. Pega a visão, imprensa, só há uma possibilidade de fazer a grande cobertura: mirese na desigualdade, talvez não haja mais jeito de achar que os pontos da bolsa de valores signifiquem a ideia de fazer um país.

(Adaptado de Xico Sá, A vidinha sururu da desigualdade brasileira. Em El País, 28/10/2019. Disponível em https://brasil.elpais.com/brasil/2019/10/28/opinion/1572287747_637859.html?fbclid=IwAR1VPA7qDYs1Q0Ilcdy6UGAJTwBO_snM DUAw4yZpZ3zyA1ExQx_XB9Kq2qU. Acessado em 25/05/2020.)

Assinale a alternativa que identifica corretamente recursos linguísticos explorados pelo autor nessa crônica.

A
Uso de verbos no imperativo, linguagem informal, texto impessoal.
B
Marcas de coloquialidade, uso de primeira pessoa, linguagem objetiva.
C
Marcas de oralidade, uso expressivo de recursos ortográficos, subjetividade do autor.
D
Uso de variação linguística, linguagem neutra, apelo ao tom coloquial.
af4bba11-00
UDESC 2019 - Português - Interpretação de Textos, Morfologia - Verbos, Flexão verbal de tempo (presente, pretérito, futuro), Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia, Locução Verbal, Coesão e coerência, Flexão verbal de modo (indicativo, subjuntivo, imperativo), Redação - Reescritura de texto, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Analise as proposições em relação ao conto Os mortos não têm desejos (Roteiro de uma vida inútil), à obra O conto da mulher brasileira / Edla van Steen (Organizadora), e ao Texto.

I. Nos períodos “Heloísa termina de pendurar o último quadro” (linha 1) e “Não vou ser nunca o príncipe encantado” (linha 18) as expressões destacadas constituem locuções verbais e podem ser substituídas por pendura e serei, sequencialmente, sem que ocorra alteração de sentido no texto.

II. Devido à intercalação dos flashbacks, que mostram a vida da personagem-narradora Heloisa, na narração dela, há uma visível fragmentação na história, o que leva o leitor à divagação.

III. Embora a obra seja editada no período moderno, ela traz várias características da escola romântica, a exemplo, o patriarcalismo – alguns reflexos da ideologia dominante para mostrar os hábitos esperados pela sociedade e dirigidos às mulheres. E estas, na maioria dos contos, ainda que mostrem uma sensualidade reprimida, também continuam sendo objetos da idealização masculina.

IV. No sintagma verbal “De repente, larga a exposição em meio e pega o carro” (linha 7) a expressão destacada, quanto à morfologia, é locução adverbial, pode ser substituída pelo advérbio de modo – repentinamente, o qual pode ser deslocado para o final da oração, sem que ocorra prejuízo de sentido, no texto.

V. A Antologia é composta por 19 contos de autoras que fazem parte do panorama da literatura brasileira. As protagonistas são mulheres e, na maioria das narrativas, prepondera um tom intimista, dando preferência à primeira pessoa.


Assinale a alternativa correta.

A
Somente as afirmativas I, IV e V são verdadeiras.
B
Somente as afirmativas II, III e V são verdadeiras.
C
Somente as afirmativas I, III e V são verdadeiras.
D
Somente as afirmativas II, IV e V são verdadeiras.
E
Todas as afirmativas são verdadeiras.
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ULBRA 2010 - Português - Morfologia - Verbos, Flexão verbal de tempo (presente, pretérito, futuro), Flexão verbal de modo (indicativo, subjuntivo, imperativo)

Em qual das alternativas abaixo, o verbo “reparar” está conjugado no mesmo tempo e modo empregado na seguinte oração: “Não estava certo de que a mulher havia reparado” (linha 13)?


Tantã, da autora Marie-Aude MURAIL, tradução de Rita Jover, publicado em São Paulo pela editora Comboio de Corda, em 2009, p. 19-21. 

A
Não estava certo de que a mulher reparou.
B
Não estava certo de que a mulher reparava.
C
Não estava certo de que a mulher estava reparando.
D
Não estava certo de que a mulher reparasse.
E
Não estava certo de que a mulher reparara.
df3aa985-7b
USP 2021 - Português - Flexão verbal de número (singular, plural), Flexão verbal de pessoa (1ª, 2ª, 3ª pessoa), Morfologia - Verbos, Sintaxe, Concordância verbal, Concordância nominal

Ao substituir a pessoa verbal utilizada para se referir ao substantivo "palavras" pela 3ª pessoa do plural, os verbos dos versos "sois de vento, ides no vento," (v. 4) / "Perdão podieis ter sido!" (v. 12) / "Éreis um sopro na aragem..." (v. 20) seriam conjugados conforme apresentado na alternativa:

Romance LIII ou Das Palavras Aéreas


Ai, palavras, ai, palavras,

que estranha potência, a vossa!

Ai, palavras, ai, palavras,

sois de vento, ides no vento,

no vento que não retorna,

e, em tão rápida existência,

tudo se forma e transforma!


Sois de vento, ides no vento,

e quedais, com sorte nova! (...)


Ai, palavras, ai, palavras,

que estranha potência, a vossa!

Perdão podieis ter sido!

- sois madeira que se corta,

- sois vinte degraus de escada,

- sois um pedaço de corda...

- sois povo pelas janelas,

cortejo, bandeiras, tropa...


Ai, palavras, ai, palavras,

que estranha potência, a vossa!

Éreis um sopro na aragem...

- sois um homem que se enforca!

Cecília Meireles, Romanceiro da Inconfidência

A
são, vão, podiam, eram.
B
seriam, iriam, podiam, serão.
C
eram, foram, poderiam, seriam.
D
são, vão, poderiam, eram.
E
eram, iriam, podiam, seriam.
625dd252-76
UNIVESP 2017 - Português - Interpretação de Textos, Adjetivos, Morfologia - Verbos, Advérbios, Morfologia, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

A respeito do termo malamar, presente na primeira estrofe do poema, pode-se afirmar corretamente que trata-se de

Leia o poema para responder a questão.

Amar  

Que pode uma criatura senão,
entre criaturas, amar?
amar e esquecer, amar e malamar,
amar, desamar, amar?
sempre, e até de olhos vidrados, amar?

Que pode, pergunto, o ser amoroso,
sozinho, em rotação universal,
senão rodar também, e amar?
amar o que o mar traz à praia,
o que ele sepulta, e o que, na brisa marinha,
é sal, ou precisão de amor, ou simples ânsia?

Amar solenemente as palmas do deserto,
o que é entrega ou adoração expectante,
e amar o inóspito, o cru,
um vaso sem flor, um chão de ferro,
e o peito inerte, e a rua vista em sonho, e
uma ave de rapina.

Este o nosso destino: amor sem conta,
distribuído pelas coisas pérfidas ou nulas,
doação ilimitada a uma completa ingratidão,
e na concha vazia do amor a procura medrosa,
paciente, de mais e mais amor.

Amar a nossa falta mesma de amor,
e na secura nossa amar a água implícita,
e o beijo tácito, e a sede infinita.

– Carlos Drummond de Andrade, em “Claro enigma”. 1951.
A
um verbo muito usado na linguagem mais formal, característica do autor.
B
um advérbio de lugar, referente à localização próxima ao mar.
C
um adjetivo que qualifica a forma de amar típica do poeta.
D
um neologismo, palavra criada por Drummond pela junção do verbo amar e do advérbio de modo mal.
E
um vocábulo que Drummond tomou emprestado da língua italiana, recurso recorrente na obra do autor.
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UNIVESP 2017 - Português - Formas nominais do verbo (particípio, gerúndio, infinitivo), Morfologia - Verbos

Sobre o uso do termo cancelando presente em “Eu estou cancelando o acordo completamente unilateral da última administração com Cuba” , pode-se afirmar que trata-se do uso do

Leia o texto para responder a questão.

Trump assina decreto que altera política americana com Cuba

  São Paulo e Washington – O presidente Donald Trump defendeu o embargo econômico dos Estados Unidos contra Cuba e condicionou avanços na relação bilateral a mudanças políticas na ilha na direção de eleições livres, libertação de presos políticos e respeito à liberdade de expressão. “Eu estou cancelando o acordo completamente unilateral da última administração com Cuba”, declarou em discurso realizado nesta sexta-feira, 16, em Miami.
   Apesar da declaração, Trump reviu apenas questões pontuais da política anunciada por Barack Obama no dia 17 de dezembro de 2014. As mudanças acabam com a possibilidade de viagens individuais para a ilha e proíbem gastos em estabelecimentos turísticos controlados pelo Exército e pelos setores de inteligência e segurança do país. “Lucros provenientes do turismo foram diretamente para as forças armadas”, afirmou.
   Além da reversão desses pontos, a grande transformação foi de tom e na sinalização do futuro da relação bilateral. Enquanto Obama defendeu o levantamento do embargo, Trump prometeu reforçá-lo. A agressividade retórica contra o governo de Raúl Castro também indica uma desaceleração do ritmo de normalização das relações bilaterais.
    Um dos objetivos do novo acordo, explicou Trump, é garantir que a população cubana seja beneficiada diretamente. O presidente norte-americano, entretanto, buscou frisar que ‘atrocidades’ cometidas desde o início do regime dos irmãos Castro não serão toleradas e insinuou que o governo de Barack Obama negligenciou a prática de crimes contra a população da ilha.
 <http://tinyurl.com/y8ol93q4> Acesso em: 17/06/2017. Adaptado.
A
infinitivo, servindo para indicar e reforçar o efeito da ação.
B
particípio, indicando a participação de uma ação passada.
C
infinitivo, não apresentando flexão de tempo e modo.
D
gerúndio, apresentando uma ação em andamento.
E
particípio, indicando uma ação que já terminada.
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UNIVESP 2018 - Português - Morfologia - Verbos, Flexão de voz (ativa, passiva, reflexiva)

Assinale a alternativa em que o trecho – … é bom ouvir as sábias palavras de Isaac Newton… (5º parágrafo) – está reescrito com o verbo em destaque na voz passiva e de acordo com a norma-padrão.

Leia o texto para responder a questão.

   Tentativa e erro, experimentar o novo, entender que algumas questões têm respostas complexas ou podem mesmo não ter uma resposta, cultivar a noção de que o fracasso é essencial para o progresso, aceitar que erros são o que nos faz eventualmente acertar, saber persistir quando as dificuldades parecem não acabar nunca.
   Esses são alguns dos componentes da pesquisa científica, uma espécie de sabedoria acumulada através dos tempos que, acredito, é também muito útil em vários aspectos da vida – de como enfrentar desafios individualmente até como reger empresas.
   Quem poderia adivinhar que a eletricidade e o magnetismo são manifestações de um campo eletromagnético que se propaga através do espaço com a velocidade da luz? Quem poderia adivinhar que as espécies animais evoluem devido a mutações genéticas aliadas ao processo de seleção natural? Esse conhecimento todo não veio do nada; exigiu muita coragem intelectual, disciplina de trabalho e tolerância ao erro.
    Se as coisas não funcionam, precisamos deixar o orgulho para trás e aceitar que falhamos. Todo cientista sabe muito bem que a maioria das suas ideias não vai funcionar. Resolutos, vamos em frente; mas devemos também estar abertos a críticas.
    Na ciência, e em qualquer outra área de trabalho, é bom ouvir as sábias palavras de Isaac Newton – mesmo se o próprio, durante a vida, não tenha sido o que chamaria de um modelo de humildade profissional: “Não sei o que possa parecer aos olhos do mundo, mas aos meus pareço apenas ter sido como um menino brincando à beira-mar, divertindo-me com o fato de encontrar de vez em quando um seixo mais liso ou uma concha mais bonita que o normal, enquanto o grande oceano da verdade permanece completamente por descobrir à minha frente”.

(Marcelo Gleiser. www.folha.uol.com.br. 10.12.2017. Adaptado)
A
… é bom que ouça-se as sábias palavras de Isaac Newton…
B
… é bom que sejam ouvida as sábias palavras de Isaac Newton…
C
… é bom que sejam ouvidas as sábias palavras de Isaac Newton…
D
… é bom que seja ouvido as sábias palavras de Isaac Newton…
E
… é bom que ouça as sábias palavras de Isaac Newton…
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UPE 2021 - Português - Uso do ponto, do ponto de exclamação e do ponto de interrogação, Interpretação de Textos, Morfologia - Verbos, Ortografia, Problemas da língua culta, Acentuação Gráfica: Proparoxítonas, Paraxítonas, Oxítonas e Hiatos, Sintaxe, Concordância verbal, Concordância nominal, Flexão verbal de modo (indicativo, subjuntivo, imperativo), Pontuação, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Prevalece, na parte verbal do Texto, o emprego da norma culta da língua. Nesse contexto, é CORRETO afirmar que

O Texto  serve de base para a questão.

Texto 


Disponível em: https://redeglobo.globo.com/sp/eptv/eptv-na-escola-ribeirao/noticia/a-leitura-como-aliada-da-boa-redacao.ghtml 

A
no trecho: "Canais de internet com resenhas e críticas estimulam novos títulos.", a forma verbal está no plural em concordância com os termos 'resenhas‘ e 'críticas‘.
B
atendendo aos propósitos do texto, o autor emprega o modo imperativo em "comece" e "procure", para dialogar diretamente com o leitor.
C
assim como em EXPERIÊNCIAS, está correta a grafia de EXTENDER; em DIVERSIDADE, está correta a grafia de CUMPLISIDADE.
D
no título, o ponto de interrogação é obrigatório em "Como criar gosto pelos livros?", e sua ausência fere os preceitos da norma culta da língua.
E
o acento gráfico da palavra 'páginas‘ é justificado pela mesma regra que recomenda o acento gráfico na palavra "fácil‘.
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UNIFESP 2021 - Português - Morfologia - Verbos, Flexão de voz (ativa, passiva, reflexiva)

Pode ser reescrito na voz passiva o seguinte trecho do texto:

    A palavra sonho, do latim somnium, significa muitas coisas diferentes, todas vivenciadas durante a vigília, e não durante o sono. Realizei “o sonho da minha vida”, “meu sonho de consumo” são frases usadas cotidianamente pelas pessoas para dizer que pretendem ou conseguiram alcançar algo. Todo mundo tem um sonho, no sentido de plano futuro. Todo mundo deseja algo que não tem. Por que será que o sonho, fenômeno normalmente noturno que tanto pode evocar o prazer quanto o medo, é justamente a palavra usada para designar tudo aquilo que se quer ter?
    
    O repertório publicitário contemporâneo não tem dúvidas de que o sonho é a força motriz de nossos comportamentos. Desejo é o sinônimo mais preciso da palavra “sonho”. [...] Na área de desembarque de um aeroporto nos Estados Unidos, uma foto enorme de um casal belo e sorridente, velejando num mar caribenho em dia ensolarado, sob a frase enigmática: “Aonde seus sonhos o levarão?”, embaixo o logotipo da empresa de cartão de crédito. Deduz-se do anúncio que os sonhos são como veleiros, capazes de levar-nos a lugares idílicos, perfeitos, altamente… desejáveis. As equações “sonho é igual a desejo que é igual a dinheiro” têm como variável oculta a liberdade de ir, ser e principalmente ter, liberdade que até os mais miseráveis podem experimentar no mundo de regras frouxas do sonho noturno, mas que no sonho diurno é privilégio apenas dos detentores de um mágico cartão plástico.

    A rotina do trabalho diário e a falta de tempo para dormir e sonhar, que acometem a maioria dos trabalhadores, são cruciais para o mal-estar da civilização contemporânea. É gritante o contraste entre a relevância motivacional do sonho e sua banalização no mundo industrial globalizado. [...] A indústria da saúde do sono, um setor que cresce aceleradamente, tem valor estimado entre 30 bilhões e 40 bilhões de dólares. Mesmo assim a insônia impera. Se o tempo é sempre escasso, se despertamos diariamente com o toque insistente do despertador, ainda sonolentos e já atrasados para cumprir compromissos que se renovam ao infinito, se tão poucos se lembram que sonham pela simples falta de oportunidade de contemplar a vida interior, quando a insônia grassa e o bocejo se impõe, chega-se a duvidar da sobrevivência do sonho.

    E, no entanto, sonha-se. Sonha-se muito e a granel, sonha-se sofregamente apesar das luzes e dos ruídos da cidade, da incessante faina da vida e da tristeza das perspectivas. Dirá a formiga cética que quem sonha assim tão livre é o artista, cigarra de fábula que vive de brisa. [...] Na peça teatral A vida é sonho, o espanhol Pedro Calderón de la Barca dramatizou a liberdade de construir o próprio destino. O sonho é a imaginação sem freio nem controle, solta para temer, criar, perder e achar.

(O oráculo da noite: a história e a ciência do sonho, 2019.)
A
“Pedro Calderón de la Barca dramatizou a liberdade de construir o próprio destino” (4o parágrafo).
B
“É gritante o contraste entre a relevância motivacional do sonho e sua banalização no mundo industrial globalizado” (3o parágrafo).
C
“O sonho é a imaginação sem freio nem controle, solta para temer, criar, perder e achar” (4o parágrafo).
D
“Mesmo assim a insônia impera” (3o parágrafo).
E
“Desejo é o sinônimo mais preciso da palavra ‘sonho’” (2o parágrafo).
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URCA 2021 - Português - Adjetivos, Morfologia - Verbos, Interjeições, Advérbios, Substantivos, Formação das Palavras: Composição, Derivação, Hibridismo, Onomatopeia e Abreviação, Morfologia

Leia o trecho a seguir e responda o que se pede:


“Negrinha abriu a boca, como o cuco, e fechou os olhos. A patroa então, com uma colher, tirou da água “pulando” o ovo e zás! na boca da pequena. E antes que o urro de dor saísse, prática que era D. Inácia nesse castigo, suas mãos amordaçaram-na até que o ovo arrefecesse. Negrinha urrou surdamente, pelo nariz. Esperneou. Mas só. Nem os vizinhos chegaram a perceber aquilo. Depois:

— Diga nomes feios aos mais velhos outra vez!! Ouviu, peste??”

(LOBATO, Monteiro. Negrinha. Disponível em <https://cs.ufgd.edu.br/download/Negrinha-de-Monteiro- Lobato.pdf>)


Assinale a alternativa que indica a classe gramatical e o processo de formação da palavra destacada:

A
advérbio – derivação sufixal.
B
adjetivo – composição por justaposição
C
substantivo – derivação prefixal e sufixal.
D
verbo – derivação parassintética.
E
interjeição – reduplicação.
fe7e6c67-6a
UNESP 2021 - Português - Morfologia - Verbos, Flexão de voz (ativa, passiva, reflexiva)

Observa-se o emprego de voz passiva no trecho

Leia o texto extraído da primeira parte, intitulada “A terra”, da obra Os sertões, de Euclides da Cunha. A obra resultou da cobertura jornalística da Guerra de Canudos, realizada por Euclides da Cunha para o jornal O Estado de S.Paulo de agosto a outubro de 1897, e foi publicada apenas em 1902.


    Percorrendo certa vez, nos fins de setembro [de 1897], as cercanias de Canudos, fugindo à monotonia de um canhoneio1 frouxo de tiros espaçados e soturnos, encontramos, no descer de uma encosta, anfiteatro irregular, onde as colinas se dispunham circulando um vale único. Pequenos arbustos, icozeiros2 virentes viçando em tufos intermeados de palmatórias3 de flores rutilantes, davam ao lugar a aparência exata de algum velho jardim em abandono. Ao lado uma árvore única, uma quixabeira alta, sobranceando a vegetação franzina.
     O sol poente desatava, longa, a sua sombra pelo chão e protegido por ela — braços largamente abertos, face volvida para os céus — um soldado descansava.
    Descansava... havia três meses.
    Morrera no assalto de 18 de julho [de 1897]. A coronha da Mannlicher 4 estrondada, o cinturão e o boné jogados a uma banda, e a farda em tiras, diziam que sucumbira em luta corpo a corpo com adversário possante. Caíra, certo, derreando- -se à violenta pancada que lhe sulcara a fronte, manchada de uma escara preta. E ao enterrarem-se, dias depois, os mortos, não fora percebido. Não compartira, por isto, a vala comum de menos de um côvado de fundo em que eram jogados, formando pela última vez juntos, os companheiros abatidos na batalha. O destino que o removera do lar desprotegido fizera-lhe afinal uma concessão: livrara-o da promiscuidade lúgubre de um fosso repugnante; e deixara-o ali há três meses – braços largamente abertos, rosto voltado para os céus, para os sóis ardentes, para os luares claros, para as estrelas fulgurantes...
    E estava intacto. Murchara apenas. Mumificara conservando os traços fisionômicos, de modo a incutir a ilusão exata de um lutador cansado, retemperando-se em tranquilo sono, à sombra daquela árvore benfazeja. Nem um verme — o mais vulgar dos trágicos analistas da matéria — lhe maculara os tecidos. Volvia ao turbilhão da vida sem decomposição repugnante, numa exaustão imperceptível. Era um aparelho revelando de modo absoluto, mas sugestivo, a secura extrema dos ares.

(Os sertões, 2016.)

1 canhoneio: descarga de canhões.

2 icozeiro: arbusto de folhas coriáceas, flores de tom verde-pálido e frutos bacáceos.

3 palmatória: planta da família das cactáceas, de flores amarelo-esverdeadas, com a parte inferior vermelha, ou róseas, e bagas vermelhas.

4 Mannlicher: rifle projetado por Ferdinand Ritter von Mannlicher.
A
“Descansava... havia três meses.” (3° parágrafo)
B
“Caíra, certo, derreando-se à violenta pancada que lhe sulcara a fronte, manchada de uma escara preta.” (4° parágrafo)
C
“Nem um verme — o mais vulgar dos trágicos analistas da matéria — lhe maculara os tecidos.” (5° parágrafo)
D
“Volvia ao turbilhão da vida sem decomposição repugnante, numa exaustão imperceptível.” (5° parágrafo)
E
“E ao enterrarem-se, dias depois, os mortos, não fora percebido.” (4° parágrafo)
22695469-65
UNESP 2021 - Português - Adjetivos, Morfologia - Verbos, Artigos, Substantivos, Preposições, Morfologia, Morfologia - Pronomes

Assim como a língua de um povo, os genes são representados por um código de letras. No código genético, as letras referem-se às iniciais das bases nitrogenadas que, combinadas em uma sequência específica, compreendem um significado químico relativo a uma proteína. Analise a sequência de letras na oração a seguir.


A tua gata Cuca ataca a cacatua Cacau.


Nessa oração, as palavras formadas integralmente por letras que se referem a bases nitrogenadas encontradas no DNA pertencem às seguintes classes gramaticais:

A
preposição, pronome e verbo.
B
artigo, pronome e substantivo.
C
artigo, substantivo e verbo.
D
preposição, substantivo e adjetivo.
E
artigo, adjetivo e verbo.
9ce57b5c-5f
ENEM 2020 - Português - Interpretação de Textos, Formas nominais do verbo (particípio, gerúndio, infinitivo), Morfologia - Verbos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

DECRETO N. 28 314, DE 28 DE SETEMBRO DE 2007
Demite o Gerúndio do Distrito Federal
e dá outras providências.

O GOVERNADOR DO DISTRITO FEDERAL, no uso das atribuições que lhe confere o artigo 100, incisos VII e XXVI, da Lei Orgânica do Distrito Federal, DECRETA:
Art. 1º Fica demitido o Gerúndio de todos os órgãos do Governo do Distrito Federal.
Art. 2º Fica proibido, a partir desta data, o uso do gerúndio para desculpa de INEFICIÊNCIA.
Art. 3º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 4º Revogam-se as disposições em contrário.

Brasília, 28 de setembro de 2007.
119° da República e 48° de Brasília

Disponível em: www.dodf.gov.br. Acesso em: 11 dez. 2017

Esse decreto pauta-se na ideia de que o uso do gerúndio, como "desculpa de ineficiência", indica

A
conclusão de uma ação.
B
realização de um evento.
C
repetição de uma prática.
D
continuidade de um processo.
E
transferência de responsabilidade.
112a099c-03
UniREDENTOR 2020 - Português - Formação do imperativo, Morfologia - Verbos

Segundo a gramática normativa, o imperativo é um modo verbal em que a ação transmitida pelo verbo constitui um pedido, convite, exortação, ordem, comando, conselho ou súplica.
Aponte a opção em que há ocorrência de verbo no imperativo.

Texto: Aos estudantes de Medicina

Na coluna de hoje vou resumir-lhes as lições mais importantes que aprendi em quarenta anos de atividade clínica. Na verdade, a ideia de reuni-las surgiu semanas atrás quando o diretor Wolf Maia me convidou para fazer uma pequena palestra para atrizes e atores que interpretavam papéis de estudantes de medicina numa cena da novela das nove. “Haverá uma classe com alunos e nenhuma dramaturgia, diga o que quiser”, propôs ele. Hesitei diante do convite inusitado, mas no fim achei que seria boa oportunidade para dizer aos alunos: 1- Tenham sempre em mente que encontrarão mais dificuldade para receber os cuidados de vocês justamente as pessoas que mais necessitarão deles. O médico deve lutar por condições dignas de trabalho e por remuneração condizente com as exigências do exercício profissional, mas sem esquecer de cobrar da sociedade o acesso universal dos brasileiros ao sistema de saúde. 2- É fundamental ouvir as queixas dos doentes. Sem ouvi-las com atenção, como descobrir o mal que os aflige? Embora as características do atendimento em ambulatórios, hospitais e unidades de saúde criem restrições de tempo, cabe a nós exigirmos para cada consulta a duração mínima que nos permita recolher as informações imprescindíveis. Com a prática vocês verão que ficará mais fácil, porque aprenderão a orientar o interrogatório, especialmente no caso de pessoas prolixas e pouco objetivas. O desconhecimento da história e da evolução da enfermidade é causa de erros graves. 3- Medicina se faz com as mãos. Os exames laboratoriais e as imagens radiológicas ajudam bastante, mas não substituem o exame físico. Esse ensinamento dos tempos de Hipócrates deve ser repetido à exaustão, porque a tendência do ensino nas faculdades tem sido a ênfase nos exames subsidiários em prejuízo da palpação, da ausculta e da observação atenta aos sinais que o corpo emite. Como consequência, cada vez são mais frequentes as queixas de que o médico pediu e analisou os exames e preencheu a prescrição sem chegar perto do doente. Não culpem a falta de tempo nem tenham preguiça, em cinco minutos é possível fazer um exame físico razoável. Tocar o corpo do outro faz parte dos fundamentos de nossa profissão. 4- Procurem colocar-se na pele da pessoa enferma. Quanto mais empatia houver, mais fácil será compreender suas angústias, seus desejos e seu modo de encarar a vida. Não cabe ao médico fazer julgamentos morais, impor soluções nem decidir por ela, mas orientá-la para encontrar o caminho que mais atenda suas necessidades. 5- Medicina é profissão para quem gosta muito. Exige do estudante bem mais do que as outras: são seis anos de graduação, dos quais os dois últimos dedicados ao internato, que não por acaso recebeu esse nome. Depois vem a residência, com três, quatro e até cinco anos de duração. O dia inteiro nos hospitais públicos, os plantões de vinte e quatro horas, as jornadas intermináveis. É a única profissão que obriga o trabalhador a cumprir horários que a abolição da escravatura eliminou. Por exemplo, trabalhar o dia inteiro, entrar no plantão noturno e emendar o expediente do dia seguinte; trinta e seis horas sem dormir. Existe outra categoria de profissionais em que essa prática desumana faça parte da rotina? Se o exercício da medicina já é árduo para os apaixonados por ela, é possível que se torne insuportável para os demais. Se vocês escolheram segui-la apenas em busca de reconhecimento social ou recompensa financeira, estão no caminho errado, existem opções menos sacrificadas e bem mais vantajosas. 6- Medicina é para quem pretende estudar a vida inteira. É para gente curiosa que tem fascínio pelo funcionamento corpo humano e quer aprender como ele reage nas diversas circunstâncias que se apresentam. O médico que não estuda é mais do que irresponsável, coloca em risco a vida alheia. 7- Finalmente, para que foi criada a medicina? Qual a função desse ofício que resiste à passagem dos séculos? Embora a arte de curar encante os jovens e encha de prazer os mais experientes, não é esse o papel mais importante do médico. É interminável a lista de doenças que não sabemos curar. A finalidade primordial de nossa profissão é aliviar o sofrimento humano. (Drauzio Varella é médico cancerologista e escritor. Foi um dos pioneiros no tratamento da aids no Brasil. Disponível em https://drauziovarella.uol.com.br/dra uzio/aos-estudantes-de-medicina/)
A
Exige do estudante bem mais do que as outras.
B
Tenham sempre em mente que encontrarão mais dificuldade para receber os cuidados de vocês justamente as pessoas que mais necessitarão deles.
C
Existe outra categoria de profissionais em que essa prática desumana faça parte da rotina?
D
Medicina é para quem pretende estudar a vida inteira.
E
O médico que não estuda é mais do que irresponsável, coloca em risco a vida alheia.