Questõesde UEA sobre Interpretação de Textos

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Foram encontradas 76 questões
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UEA 2018 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

O escritor Mário de Andrade fez uma viagem em comitiva à Amazônia e escreveu um diário sobre o périplo, que durou de 13 de maio a 15 de agosto de 1927. Leia alguns trechos desse diário.


       Belém, 19 de maio.


       Depois do jantar, sem que fazer, fomos todos ao cinema ver a fita importante que os jornais e as pessoas anunciavam, William Fairbanks em Não percas tempo, filme horrível.


        Manaus, 7 de junho.


        De-noite, sem que fazer, fomos ao cinema. Levavam com grande barulho de anúncio William Fairbanks em Não percas tempo.


       Iquitos, 25 de junho.


       Me esqueci de contar: ontem, passeando, passamos pelo cinema local que com grande estardalhaço anunciava último dia do grande filme Não percas tempo com William Fairbanks. É que o filme ia e vinha no navio conosco...


(Mário de Andrade. O turista aprendiz, 2002. Adaptado.)



De Belém a Iquitos, no Peru, Mário de Andrade refere-se

A
ao isolamento cultural do espaço florestal, que resulta da dificuldade de deslocamento na região.
B
à influência da cultura norte-americana, que está presente no cotidiano de diferentes cidades interligadas pelo transporte fluvial.
C
aos interesses econômicos internacionais, que exploram a lucrativa indústria do entretenimento na região.
D
ao processo de urbanização, que deriva dos incentivosestatais ao desenvolvimento industrial na região.
E
à permanência da economia extrativista, que extrapola as fronteiras políticas dos países da região.
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UEA 2018 - Português - Interpretação de Textos, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia

A palavra “só”, no primeiro quadrinho, foi utilizada no mesmo sentido da palavra sublinhada em

Considere a tirinha de André Dahmer para responder à questão.



(www.folha.uol.com.br)

A
A capa é o que faz com que um livro seja isolado do mundo.
B
Foi sozinho à biblioteca e voltou acompanhado de dois livros.
C
A boa literatura não apenas diverte, ela também instrui.
D
Diferente dos livros impressos, um livro manuscrito é um objeto único.
E
Um bom poema recompensa de modo ímpar o leitor que se esforça para entendê-lo.
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UEA 2018 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Segundo o conceito amplo de arte exposto no texto,

Leia o texto de João Vicente Ganzarolli de Oliveira para responder à questão.

No sentido amplo, a arte é uma atividade produtora, responsável pela criação de seres que, sem a intervenção humana, não existiriam. Entendendo dessa forma, são frutos da arte tanto um moteto¹ de Palestrina quanto um automóvel; uma ferramenta pré-histórica e um computador. Como a arte, também a natureza é geradora. Nelas temos duas fontes de existência das criaturas; ambas insurgem- -se contra o nada. Como diz Étienne Gilson, “A missão do artista é enriquecer o mundo com novos seres. O artista sente um impulso irresistível de violentar o nada”.

(A humanização da arte, 2006. Adaptado.)

¹moteto: tipo de composição musical medieval.

A
um automóvel é um objeto de arte na medida em que é composto de materiais da natureza.
B
a arte é a capacidade que a natureza tem de ocupar o nada com novos objetos.
C
a natureza produz objetos artísticos, ainda que sem a participação do ser humano.
D
uma diferença entre arte e natureza é que a produção do objeto de arte depende da participação humana.
E
um computador é um objeto de arte porque pode ser utilizado pelo ser humano.
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UEA 2018 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Em A hora da estrela, a história é contada

Leia o trecho de A hora da estrela, de Clarice Lispector, para responder à questão.


    De dia usava saia e blusa, de noite dormia de combinação. Uma colega de quarto não sabia como avisar-lhe que seu cheiro era murrinhento. E como não sabia, ficou por isso mesmo, pois tinha medo de ofendê-la. Nada nela era iridescente1 , embora a pele do rosto entre as manchas tivesse um leve brilho de opala. Mas não importava. Ninguém olhava para ela na rua, ela era café frio.

    E assim se passava o tempo para a moça esta. Assoava o nariz na barra da combinação. Não tinha aquela coisa delicada que se chama encanto. Só eu a vejo encantadora. Só eu, seu autor, a amo. Sofro por ela. E só eu é que posso dizer assim: “que é que você me pede chorando que eu não lhe dê cantando”? Essa moça não sabia que ela era o que era, assim como um cachorro não sabe que é cachorro. Daí não se sentir infeliz. A única coisa que queria era viver. Não sabia para quê, não se indagava. Quem sabe, achava que havia uma gloriazinha em viver. Ela pensava que a pessoa é obrigada a ser feliz. Então era. Antes de nascer ela era uma ideia? Antes de nascer ela era morta? E depois de nascer ela ia morrer? Mas que fina talhada de melancia.


(A hora da estrela, 1998.)

1 iridescente: colorido como o arco-íris.

A
por um personagem nomeado, que, conforme narra, faz questionamentos sobre a existência humana e o processo de escrita.
B
por um narrador em terceira pessoa, que mantém a objetividade, enunciando os fatos como uma matéria bruta, sem comentários nem digressões.
C
por um narrador em primeira pessoa, que relata, em um tempo posterior aos fatos, as memórias de quando interagiu com a personagem.
D
pela própria protagonista, que narra os fatos de modo tumultuado, tecendo frequentes comentários sobre a própria escrita.
E
pela própria protagonista, que se coloca como narradora em terceira pessoa da própria vida, como se observasse tudo a partir de um ponto de vista externo aos fatos.
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UEA 2018 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

No segundo parágrafo, a referência a um cachorro serve para afirmar que a personagem tinha

Leia o trecho de A hora da estrela, de Clarice Lispector, para responder à questão.


    De dia usava saia e blusa, de noite dormia de combinação. Uma colega de quarto não sabia como avisar-lhe que seu cheiro era murrinhento. E como não sabia, ficou por isso mesmo, pois tinha medo de ofendê-la. Nada nela era iridescente1 , embora a pele do rosto entre as manchas tivesse um leve brilho de opala. Mas não importava. Ninguém olhava para ela na rua, ela era café frio.

    E assim se passava o tempo para a moça esta. Assoava o nariz na barra da combinação. Não tinha aquela coisa delicada que se chama encanto. Só eu a vejo encantadora. Só eu, seu autor, a amo. Sofro por ela. E só eu é que posso dizer assim: “que é que você me pede chorando que eu não lhe dê cantando”? Essa moça não sabia que ela era o que era, assim como um cachorro não sabe que é cachorro. Daí não se sentir infeliz. A única coisa que queria era viver. Não sabia para quê, não se indagava. Quem sabe, achava que havia uma gloriazinha em viver. Ela pensava que a pessoa é obrigada a ser feliz. Então era. Antes de nascer ela era uma ideia? Antes de nascer ela era morta? E depois de nascer ela ia morrer? Mas que fina talhada de melancia.


(A hora da estrela, 1998.)

1 iridescente: colorido como o arco-íris.

A
dificuldades em se comunicar.
B
pouca experiência na vida.
C
pouca educação formal.
D
dificuldades com temas complexos.
E
pouca consciência de si mesma.
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UEA 2018 - Português - Interpretação de Textos, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia

No fim do primeiro parágrafo, a expressão “café frio” é equivalente a

Leia o trecho de A hora da estrela, de Clarice Lispector, para responder à questão.


    De dia usava saia e blusa, de noite dormia de combinação. Uma colega de quarto não sabia como avisar-lhe que seu cheiro era murrinhento. E como não sabia, ficou por isso mesmo, pois tinha medo de ofendê-la. Nada nela era iridescente1 , embora a pele do rosto entre as manchas tivesse um leve brilho de opala. Mas não importava. Ninguém olhava para ela na rua, ela era café frio.

    E assim se passava o tempo para a moça esta. Assoava o nariz na barra da combinação. Não tinha aquela coisa delicada que se chama encanto. Só eu a vejo encantadora. Só eu, seu autor, a amo. Sofro por ela. E só eu é que posso dizer assim: “que é que você me pede chorando que eu não lhe dê cantando”? Essa moça não sabia que ela era o que era, assim como um cachorro não sabe que é cachorro. Daí não se sentir infeliz. A única coisa que queria era viver. Não sabia para quê, não se indagava. Quem sabe, achava que havia uma gloriazinha em viver. Ela pensava que a pessoa é obrigada a ser feliz. Então era. Antes de nascer ela era uma ideia? Antes de nascer ela era morta? E depois de nascer ela ia morrer? Mas que fina talhada de melancia.


(A hora da estrela, 1998.)

1 iridescente: colorido como o arco-íris.

A
simples.
B
desagradável.
C
desinteressante.
D
superficial.
E
pobre.
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UEA 2018 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

A tirinha expressa de maneira ácida a ideia de que

Considere a tirinha de André Dahmer para responder à questão.



(www.folha.uol.com.br)

A
as populações mais pobres estão sujeitas à violência policial.
B
a violência policial contra a população é justificável em determinados casos.
C
os bancos deveriam dar atendimento preferencial aos idosos.
D
as filas dos bancos devem ser respeitadas a fim de garantir os direitos sociais a todos.
E
a polícia deveria tratar os idosos como trata os jovens.
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UEA 2012 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Levando em conta as informações do texto, pode-se afirmar corretamente que

Instrução: Para responder a questão, leia um trecho de Vidas Secas, de Graciliano Ramos, em que Fabiano e sua família encontram-se famintos em meio à estrada e à terrível seca.

     Iam-se amodorrando e foram despertados por Baleia, que trazia nos dentes um preá. Levantaram-se todos gritando. O menino mais velho esfregou as pálpebras, afastando pedaços de sonho. Sinhá Vitória beijava o focinho de Baleia, e como o focinho estava ensanguentado, lambia o sangue e tirava proveito do beijo.
    Aquilo era caça bem mesquinha, mas adiaria a morte do grupo. E Fabiano queria viver. Olhou o céu com resolução. A nuvem tinha crescido, agora cobria o morro inteiro. Fabiano pisou com segurança, esquecendo as rachaduras que lhe estragavam os dedos e os calcanhares.
     Sinhá Vitória remexeu no baú, os meninos foram quebrar uma haste de alecrim para fazer um espeto. Baleia, o ouvido atento, o traseiro em repouso e as pernas da frente erguidas, vigiava, aguardando a parte que lhe iria tocar, provavelmente os ossos do bicho e talvez o couro.
    Fabiano tomou a cuia, desceu a ladeira, encaminhou-se ao rio seco, achou no bebedouro dos animais um pouco de lama. Cavou a areia com as unhas, esperou que a água marejasse e, debruçando-se no chão, bebeu muito. Saciado, caiu de papo para cima, olhando as estrelas, que vinham nascendo. Uma, duas, três, quatro, havia muitas estrelas, havia mais de cinco estrelas no céu. O poente cobria-se de cirros – e uma alegria doida enchia o coração de Fabiano.
     Pensou na família, sentiu fome. [...]
     Lembrou-se dos filhos, da mulher e da cachorra, que estavam lá em cima, debaixo de um juazeiro, com sede. Lembrou-se do preá morto. Encheu a cuia, ergueu-se, afastou-se, lento, para não derramar a água salobra. Subiu a ladeira. A aragem morna acudia os xiquexiques e os mandacarus. Uma palpitação nova. Sentiu um arrepio na catinga, uma ressurreição de garranchos e de folhas secas.
A
a alegria de ter o que comer, logo no início do dia, motivou todos os integrantes da família a preparar a parca refeição.
B
a reação de beijar o focinho de Baleia e lamber o sangue revela o temor de Sinhá Vitória ao ver que a cachorra poderia ter sido morta pelo preá.
C
o preá caçado por Baleia, ainda que não representasse fartura, trouxe esperança de sobrevivência ao grupo, que já se sentia abatido pelas circunstâncias.
D
Fabiano sentiu-se apreensivo, pois a aragem morna e o arrepio na catinga davam a certeza de que a seca se estenderia por muito mais tempo.
E
a caminhada solitária até o rio e a preocupação em saciar a própria sede demonstram o individualismo e a indiferença de Fabiano em relação à esposa e aos filhos.
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UEA 2012 - Português - Interpretação de Textos, Advérbios, Morfologia, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Várias expressões no texto informam o leitor sobre a situação em que se encontravam as personagens. Analise e reconheça a correta relação entre o trecho destacado e a circunstância adverbial que ele expressa.

Instrução: Para responder a questão, leia um trecho de Vidas Secas, de Graciliano Ramos, em que Fabiano e sua família encontram-se famintos em meio à estrada e à terrível seca.

     Iam-se amodorrando e foram despertados por Baleia, que trazia nos dentes um preá. Levantaram-se todos gritando. O menino mais velho esfregou as pálpebras, afastando pedaços de sonho. Sinhá Vitória beijava o focinho de Baleia, e como o focinho estava ensanguentado, lambia o sangue e tirava proveito do beijo.
    Aquilo era caça bem mesquinha, mas adiaria a morte do grupo. E Fabiano queria viver. Olhou o céu com resolução. A nuvem tinha crescido, agora cobria o morro inteiro. Fabiano pisou com segurança, esquecendo as rachaduras que lhe estragavam os dedos e os calcanhares.
     Sinhá Vitória remexeu no baú, os meninos foram quebrar uma haste de alecrim para fazer um espeto. Baleia, o ouvido atento, o traseiro em repouso e as pernas da frente erguidas, vigiava, aguardando a parte que lhe iria tocar, provavelmente os ossos do bicho e talvez o couro.
    Fabiano tomou a cuia, desceu a ladeira, encaminhou-se ao rio seco, achou no bebedouro dos animais um pouco de lama. Cavou a areia com as unhas, esperou que a água marejasse e, debruçando-se no chão, bebeu muito. Saciado, caiu de papo para cima, olhando as estrelas, que vinham nascendo. Uma, duas, três, quatro, havia muitas estrelas, havia mais de cinco estrelas no céu. O poente cobria-se de cirros – e uma alegria doida enchia o coração de Fabiano.
     Pensou na família, sentiu fome. [...]
     Lembrou-se dos filhos, da mulher e da cachorra, que estavam lá em cima, debaixo de um juazeiro, com sede. Lembrou-se do preá morto. Encheu a cuia, ergueu-se, afastou-se, lento, para não derramar a água salobra. Subiu a ladeira. A aragem morna acudia os xiquexiques e os mandacarus. Uma palpitação nova. Sentiu um arrepio na catinga, uma ressurreição de garranchos e de folhas secas.
A
[...] a parte que lhe iria tocar, provavelmente os ossos do bicho e talvez o couro: tempo, indicando a fome e a angústia de Baleia.
B
[...] que estavam lá em cima, debaixo de um juazeiro: lugar, indicando a necessidade de a família proteger-se do cáustico sol da manhã.
C
[...] foram despertados por Baleia que trazia nos dentes um preá: intensidade, indicando a ferocidade da cachorra.
D
Aquilo era caça bem mesquinha: afirmação, indicando a pequenez do animal caçado.
E
Olhou o céu com resolução: modo, indicando a esperança que brotara em Fabiano. 
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UEA 2012 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Segundo o autor, a quantidade de bagres (dourada) em alguns rios amazônicos vem diminuindo e tem causado a redução dos estoques.

Para dar credibilidade a essa informação, ele baseia-se

Instrução: Para responder a questão, leia o texto Peixes ameaçados na Amazônia, de Aldem Bourscheit.

    Um relatório em poder do Ibama, de setembro de 2009, revela declínio nos estoques da dourada (também conhecida por bagre), do filhote e de outras espécies de grandes peixes no rio Madeira. A análise sobre a quantidade de peixes capturada entre abril e agosto de 2009 foi baseada em dados de colônias de pescadores, dos principais portos de desembarque de pescado, de comunidades ribeirinhas e de outros pontos de amostragem no trecho do rio Madeira entre Porto Velho e Guajará Mirim, e parte do rio Mamoré.
     O documento não conclui que as obras das usinas de Santo Antônio e de Jirau sejam responsáveis pelo fenômeno, considerando que ele é decorrente de uma associação de causas possíveis, porém pescadores apontam problemas causados pelas explosões de dinamites para a construção das barragens.
    Especialistas comentam que o levantamento deixa clara a importância da manutenção da saúde do rio para a sobrevivência de vários peixes e das populações que deles dependem, no Brasil ou nos países vizinhos.
    Para o pesquisador em biologia aquática Jansen Zuanon, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), apesar de inconclusivo sobre as causas no declínio da pesca naquele período, o relatório atesta a estreita ligação entre os peixes do Madeira e seus ciclos de cheias e vazantes. “O estudo mostra que esses peixes dependem da dinâmica hidrológica e de indicadores ambientais relacionados à qualidade da água para completar suas migrações ao longo do rio. Isso significa que não só a barragem, mas também as alterações na dinâmica hidrológica do rio, provocadas pelas obras, podem afetar negativamente as populações de grandes bagres e de diversas outras espécies de peixes que habitam aquela bacia.”
     O bagre é um peixe de grande porte e é necessário manter, ao longo do ano, bons estoques desse pescado de que dependem muitas populações e mercados. A espécie tem grande valor comercial nos estados do Pará, Amapá, Amazonas e Rondônia e em regiões da Colômbia, Bolívia e Peru. Suas crias crescem no estuário amazônico, na região de Belém, e migram até três mil quilômetros rio acima para se reproduzir, desovando em regiões mais elevadas de países vizinhos.
(www.oeco.com.br. Adaptado.)
A
nos indicadores que evidenciam que as altas temperaturas da região interferem na qualidade da água, impedindo que vários peixes completem a migração.
B
no relato de pesquisadores que alegam que, devido às cheias, a espécie alterou seu comportamento, optando por desovar em regiões de países vizinhos.
C
nas imposições do mercado, já que o alto valor comercial da dourada gerou a pesca ilegal e desregrada e a consequente baixa dos estoques do pescado.
D
no relatório disponibilizado pelo Ibama, que se configurou a partir de dados coletados em alguns locais como comunidades ribeirinhas, de pescadores e portos da região.
E
nos estudos biológicos que comprovam que o uso de explosivos, nas construções das usinas de Santo Antônio e de Jirau, provocaram a extinção da espécie.
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UEA 2012 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Com base nas informações do texto, é correto afirmar que

Instrução: Para responder a questão, leia o texto Sabores da terra, da escritora Leyla Leong.

    Nada está comprovado, mas tudo indica que a grandiosidade da floresta tem algo a ver com a distribuição generosa do alimento e dos sentimentos entre os habitantes da Amazônia.
    O círculo alvo do beiju, que é preparado e consumido pelos índios de forma fraterna, pressupõe a igualdade diante da mesa e a irmandade em torno do alimento.
   A abundância inesgotável dos rios, com seus peixes multiformes; as cores e os perfumes saborosos dos frutos, dão à culinária amazonense um caráter essencialíssimo, que o europeu colonizador, o gosto parisiense da época da borracha e a modernidade da Zona Franca não conseguiram alterar. 
     O calor das brasas, um pouco de sal, o cheiro-verde e o toque dramático da pimenta, pontuam o paladar.
    O resto fica por conta da mandioca que, transformada em farinha, sela o destino dos amazonenses.
    Com tão pouco vivemos em grandes famílias, à beira dos rios, em comunhão com um mundo enorme que nos abraça solidário, oferecendo-nos a vida todos os dias.
   É que o sabor é muito forte, o cheiro inesquecível. E a hospitalidade já se tornou lendária.
    A comida entre as populações ribeirinhas é o fruto diário da providência divina.
    À beira de um rio nada se planeja e o destino nasce na rede do pescador e no som de uma fruta, que se parte madura. O sabor ativo da carne branca e macia do peixe pede pouca interferência do tempero.
   (http://blogdaleyla.blogspot.com.br)
A
a mandioca sela o destino dos amazonenses, pois a plantação em larga escala e a produção industrial da farinha têm enriquecido as populações de vilarejos ribeirinhos.
B
o contato de índios e de pescadores com a Zona Franca de Manaus, urbana e tipicamente fabril, vem descaracterizando os hábitos alimentares desses indivíduos.
C
os sabores da terra e a hospitalidade próprios dos habitantes da Amazônia são decorrentes do contato cultural entre nativos e estrangeiros.
D
os pratos regionais, especialmente os que têm como base o peixe, distinguem-se daqueles de outras regiões do Brasil pelo uso intenso de variados temperos e especiarias.
E
a distribuição generosa do alimento, fartura proporcionada pela floresta, é um elemento unificador e de sentido comunitário presente nas populações ribeirinhas.
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UEA 2012 - Português - Interpretação de Textos, Denotação e Conotação

Em Sabores da terra, nota-se a preocupação estética com a construção do texto, ou seja, a linguagem é elaborada de forma artística e cuidada, situação esta que se confirma

Instrução: Para responder a questão, leia o texto Sabores da terra, da escritora Leyla Leong.

    Nada está comprovado, mas tudo indica que a grandiosidade da floresta tem algo a ver com a distribuição generosa do alimento e dos sentimentos entre os habitantes da Amazônia.
    O círculo alvo do beiju, que é preparado e consumido pelos índios de forma fraterna, pressupõe a igualdade diante da mesa e a irmandade em torno do alimento.
   A abundância inesgotável dos rios, com seus peixes multiformes; as cores e os perfumes saborosos dos frutos, dão à culinária amazonense um caráter essencialíssimo, que o europeu colonizador, o gosto parisiense da época da borracha e a modernidade da Zona Franca não conseguiram alterar. 
     O calor das brasas, um pouco de sal, o cheiro-verde e o toque dramático da pimenta, pontuam o paladar.
    O resto fica por conta da mandioca que, transformada em farinha, sela o destino dos amazonenses.
    Com tão pouco vivemos em grandes famílias, à beira dos rios, em comunhão com um mundo enorme que nos abraça solidário, oferecendo-nos a vida todos os dias.
   É que o sabor é muito forte, o cheiro inesquecível. E a hospitalidade já se tornou lendária.
    A comida entre as populações ribeirinhas é o fruto diário da providência divina.
    À beira de um rio nada se planeja e o destino nasce na rede do pescador e no som de uma fruta, que se parte madura. O sabor ativo da carne branca e macia do peixe pede pouca interferência do tempero.
   (http://blogdaleyla.blogspot.com.br)
A
pelo uso de expressões conotativas, a exemplo de: o toque dramático da pimenta, pontuam o paladar.
B
pela opção por expressões incomuns e originais, a exemplo do título do texto: Sabores da terra.
C
pelas informações irrefutáveis dadas pela autora, a exemplo de: nada está comprovado, mas tudo indica que a grandiosidade da floresta...
D
pela preferência por uma linguagem coloquial, a exemplo de: dão à culinária amazonense um caráter essencialíssimo.
E
pelo emprego do discurso indireto livre, a exemplo de: é que o sabor é muito forte, o cheiro inesquecível.
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UEA 2012 - Português - Interpretação de Textos, Figuras de Linguagem

Considere a tirinha em que se veem os amigos Cebolinha e Magali, após a realização de uma pescaria.

(Mauricio de Sousa. O Estado de S.Paulo.)


Como um dos recursos para provocar humor, o artista serviu-se da figura de linguagem:

A
eufemismo, pois Magali age dissimuladamente mostrando indiferença, quando na verdade pretendia comer o peixe sozinha.
B
metáfora, porque ocorre uma comparação entre o peixe inteiro, no primeiro quadrinho, e o peixe consumido por Magali, no segundo.
C
hipérbole, visto que é inviável, na prática, uma criança como Magali consumir um peixe nas proporções do que é retratado na cena.
D
antítese, já que, no segundo quadrinho, há oposição entre a irritação de Cebolinha e o entusiasmo de Magali.
E
onomatopeia, quando a personagem Cebolinha pronuncia incorretamente a palavra “fotográfica”.
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UEA 2014 - Português - Interpretação de Textos

Não é incomum que as pessoas indaguem:
“Onde se fala o melhor português no Brasil?”

Tal questão

A
tem como resposta o estado de Santa Catarina, que guardou em seu modo de falar mais proximidade com o português de Portugal.
B
parte de um equívoco, porque o único português verdadeiro é falado em Portugal, circulando no Brasil apenas variedades incorretas.
C
é falha, pois desconsidera que há várias pessoas, em várias regiões, que conhecem o português erudito.
D
expressa a ideia preconceituosa de que a variedade do idioma comumente falada em uma região é melhor do que outra.
E
é equivalente a perguntar em que lugar os alunos tiram notas mais altas em português.
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UEA 2014 - Português - Interpretação de Textos

árvore – folha - floresta

Essas três palavras, pertencentes ao mesmo campo semântico, guardam determinadas relações de sentido entre si:

- uma folha é uma parte de uma árvore
- várias árvores compõem uma floresta

Modificado o campo semântico, a sequência que, na ordem em que as palavras aparecem, guarda relações de sentido semelhantes às da sequência apresentada é:

A
homem – cabelo – multidão.
B
livro – índice – capítulo.
C
vela – pavio – fogo.
D
aluno – escola – mesa.
E
país – planeta – bandeira.
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UEA 2014 - Português - Interpretação de Textos, Funções da Linguagem: emotiva, apelativa, referencial, metalinguística, fática e poética.

Quando se olha uma obra de arte, a primeira pergun- ta a fazer é: do que ela trata? Uma vez estabelecido o conteúdo, você poderá analisar como o artista arranjou os elementos da obra: a composição. Independentemente de ser um retrato, uma paisagem, uma natureza-morta ou uma pintura abstrata, ela tem que funcionar como um todo integrado, no qual outras qualidades pictóricas, como cor, luz e sombra, têm papel importante.

                                                               (Andrew Graham-Dixon. Arte: o guia visual definitivo da arte, 2011.)

Nesse texto, a função da linguagem predominante é a

A
emotiva, pois se expõe a preferência do autor por determinados estilos de pintura.
B
poética, visto que o tema é a complexidade de se entender uma obra de arte.
C
fática, pois se estabelece um diálogo entre o autor e os leitores leigos em artes plásticas.
D
apelativa, pois o autor se expressa por meio de linguagem específica de sua área de atuação.
E
referencial, visto que o texto pretende orientar o leitor sobre como apreciar uma obra de arte.
6c7bd775-ab
UEA 2014 - Português - Interpretação de Textos

Assinale a alternativa que faz uma observação correta sobre o texto.

Leia a letra da canção “Garota de Ipanema”, de Vinicius de Moraes e Tom Jobim, para responder à questão.


Olha que coisa mais linda
Mais cheia de graça
É ela menina
Que vem e que passa
Num doce balanço
A caminho do mar

Moça do corpo dourado
Do sol de lpanema
O seu balançado é mais que um poema
É a coisa mais linda que eu já vi passar

Ah, por que estou tão sozinho?
Ah, por que tudo é tão triste?
Ah, a beleza que existe
A beleza que não é só minha
Que também passa sozinha

Ah, se ela soubesse
Que quando ela passa
O mundo inteirinho se enche de graça
E fica mais lindo
Por causa do amor

                                                        (www.viniciusdemoraes.com.br)
A
A garota da praia de Ipanema sente-se envaidecida, pois tem consciência do fascínio que exerce sobre o eu lírico.
B
A existência dessa garota que caminha por Ipanema desperta no eu lírico a ideia de que a beleza e o amor amenizam a solidão.
C
Outros homens também observam essa garota de corpo dourado, mas, ao contrário do eu lírico, eles não se sentem atraídos por ela.
D
A linguagem utilizada pelo eu lírico para dialogar com essa garota é formal e sóbria, pois ele deseja impressioná-la.
E
O eu lírico descreve de forma elogiosa essa garota de Ipanema e a compara a outras mulheres igualmente belas.
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UEA 2014 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Examine a tela do pintor Alvan Fisher (1792-1863).

                     imagem-001.jpg

É possível relacionar essa tela

A
às cantigas trovadorescas de amigo, cujo tema principal é o deleite que as pessoas experimentam no campo.
B
ao ideal de distanciar-se das cidades – Fugere urbem -, típico das sátiras de Gregório de Matos.
C
aos sermões de Antonio Vieira, em que ele nega o acesso ao paraíso aos indivíduos que optam por viver isolados do convívio social.
D
ao Arcadismo, que valoriza a vida simples e a proximidade entre homem e natureza.
E
à tranquilidade dos cenários nas peças moralizantes de Gil Vicente, como O auto da barca do inferno.
6b8c3c23-ab
UEA 2014 - Português - Interpretação de Textos

De acordo com o texto, é correto afirmar que o eu lírico

Leia o poema de Gregório de Matos para responder à questão.

Discreta, e formosíssima Maria,
Enquanto estamos vendo a qualquer hora
Em tuas faces a rosada Aurora,
Em teus olhos, e boca o Sol, e o dia:

Enquanto com gentil descortesia
O ar, que fresco Adônis te namora,
Te espalha a rica trança voadora,
Quando vem passear-te pela fria:

Goza, goza da flor da mocidade,
Que o tempo trota a toda ligeireza,
E imprime em toda a flor sua pisada

Oh não aguardes, que a madura idade
Te converta em flor, essa beleza
Em terra, em cinza, em pó, em sombra, em nada.

                            (www.itaucultural.org.br)

A
percebe sinais de decadência já na formosura juvenil de Maria.
B
encontra coragem para revelar sua paixão à moça.
C
recrimina Maria por sua volubilidade, uma jovem que gasta seu tempo a passear.
D
compara a juventude a uma flor que, inevitavelmente, perderá seu viço.
E
é um homem já idoso que se vangloria de ter vivido todos os prazeres mundanos.