Questõesde FUVEST sobre Interpretação de Textos

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Foram encontradas 59 questões
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FUVEST 2018 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Examine o anúncio.


Ministério Público do Trabalho no Rio Grande do Sul.


No contexto do anúncio, a frase “A diferença tem que ser só uma letra” pressupõe a

A
necessidade de leis de proteção para todos que trabalham.
B
existência de desigualdade entre homens e mulheres no mercado de trabalho.
C
permanência de preconceito racial na contratação de mulheres para determinadas profissões.
D
importância de campanhas dirigidas para a mulher trabalhadora.
E
discriminação de gênero que se manifesta na própria linguagem.
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FUVEST 2018 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

De acordo com o texto, o “mito político”

Mito, na acepção aqui empregada, não significa mentira, falsidade ou mistificação. Tomo de empréstimo a formulação de Hans Blumenberg do mito político como um processo contínuo de trabalho de uma narrativa que responde a uma necessidade prática de uma sociedade em determinado período. Narrativa simbólica que é, o mito político coloca em suspenso o problema da verdade. Seu discurso não pretende ter validade factual, mas também não pode ser percebido como mentira (do contrário, não seria mito). O mito político confere um sentido às circunstâncias que envolvem os indivíduos: ao fazê‐los ver sua condição presente como parte de uma história em curso, ajuda a compreender e suportar o mundo em que vivem. 

ENGELKE, Antonio. O anjo redentor. Piauí, ago. 2018, ed. 143, p. 24.
A
prejudica o entendimento do mundo real.
B
necessita da abstração do tempo.
C
depende da verificação da verdade.
D
é uma fantasia desvinculada da realidade.
E
atende a situações concretas.
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FUVEST 2018 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Examine o cartum.


ITURRUSGARAI, Adão. A vida como ela yeah. Folha de S. Paulo, ago.2018.


O efeito de humor que se obtém no cartum decorre, principalmente,

A
da expressão facial da personagem.
B
do uso de uma ferramenta fora de contexto.
C
da situação rotineira exposta pela imagem.
D
da ambiguidade presente na expressão “quebre a cara”.
E
do emprego de linguagem popular.
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FUVEST 2018 - Português - Interpretação de Textos, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia

Seria difícil encontrar hoje um crítico literário respeitável que gostasse de ser apanhado defendendo como uma ideia a velha antítese estilo e conteúdo. A esse respeito prevalece um religioso consenso. Todos estão prontos a reconhecer que estilo e conteúdo são indissolúveis, que o estilo fortemente individual de cada escritor importante é um elemento orgânico de sua obra e jamais algo meramente “decorativo”.
Na prática da crítica, entretanto, a velha antítese persiste praticamente inexpugnada.

Susan Sontag. “Do estilo”. Contra a interpretação.

Consideradas no contexto, as expressões “religioso consenso”, “orgânico” e “inexpugnada”, sublinhadas no texto, podem ser substituídas, sem alteração de sentido, respectivamente, por:

A
místico entendimento; biológico; invencível.
B
piedoso acordo; puro; inesgotável.
C
secular conformidade; natural; incompreensível.
D
fervorosa unanimidade; visceral; insuperada.
E
espiritual ajuste; vital; indomada.
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FUVEST 2018 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Com base no texto, é correto afirmar:

FREIRE, Ricardo. Complicabilizando. Época, ago. 2003.

A
A “campanha nacional” a que se refere o autor tem por objetivo banir da língua portuguesa os verbos terminados em “ilizar”.
B
O autor considera o emprego de verbos como “reinicializando” (L. 7) e “viabilizar” (L. 13) uma verdadeira “doença”.
C
A maioria dos verbos terminados em “(i)lizar”, presentes no texto, foi incorporada à língua por influência estrangeira.
D
O autor, no final do primeiro parágrafo, acaba usando involuntariamente os verbos que ele condena.
E
Os prefixos “des” e “in”, que entram na formação do verbo “desincompatibilizar” (L. 14), têm sentido oposto, por isso o autor o considera um “palavrão”.
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FUVEST 2016 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Considerandose o excerto no contexto de Mayombe, os paralelos que nele são estabelecidos entre aspectos da natureza e da vida humana podem ser interpretados como uma

Observe a imagem e leia o texto, para responder à questão.



     O Comissário apertoulhe mais a mão, querendo transmitirlhe o sopro de vida. Mas a vida de Sem Medo esvaíase para o solo do Mayombe, misturandose às folhas em decomposição.

    [...]

    Mas o Comissário não ouviu o que o Comandante disse. Os lábios já mal se moviam.

    A amoreira gigante à sua frente. O tronco destacase do sincretismo da mata, mas se eu percorrer com os olhos o tronco para cima, a folhagem dele misturase à folhagem geral e é de novo o sincretismo. Só o tronco se destaca, se individualiza. Tal é o Mayombe, os gigantes só o são em parte, ao nível do tronco, o resto confundese na massa. Tal o homem. As impressões visuais são menos nítidas e a mancha verde predominante faz esbater progressivamente a claridade do tronco da amoreira gigante. As manchas verdes são cada vez mais sobrepostas, mas, num sobressalto, o tronco da amoreira ainda se afirma, debatendose. Tal é a vida.

    [...]

    Os olhos de Sem Medo ficaram abertos, contemplando o tronco já invisível do gigante que para sempre desaparecera no seu elemento verde.

Pepetela, Mayombe

A
reflexão relacionada ao próprio Comandante Sem Medo e a seu dilema característico entre a valorização do indivíduo e o engajamento em um projeto eminentemente coletivo.
B
caracterização flagrante da dificuldade de aceder ao plano do raciocínio abstrato, típica da atitude pragmática do militante revolucionário.
C

figuração da harmonia que reina no mundo natural, em contraste com as dissensões que caracterizam as relações humanas, notadamente nas zonas urbanizadas.

D
representação do juízo do Comissário a respeito da manifesta incapacidade que tem o Comandante Sem Medo de ultrapassar o dogmatismo doutrinário.
E
crítica esclarecida à mentalidade animista – que tende a personificar os elementos da natureza – e ao tribalismo, ainda muito difundidos entre os guerrilheiros do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA).
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FUVEST 2016 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Consideradas no âmbito dos valores que são postos em jogo em Mayombe, as relações entre a árvore e a floresta, tal como concebidas e expressas no excerto, ensejam a valorização de uma conduta que corresponde à da personagem

Observe a imagem e leia o texto, para responder à questão.



     O Comissário apertoulhe mais a mão, querendo transmitirlhe o sopro de vida. Mas a vida de Sem Medo esvaíase para o solo do Mayombe, misturandose às folhas em decomposição.

    [...]

    Mas o Comissário não ouviu o que o Comandante disse. Os lábios já mal se moviam.

    A amoreira gigante à sua frente. O tronco destacase do sincretismo da mata, mas se eu percorrer com os olhos o tronco para cima, a folhagem dele misturase à folhagem geral e é de novo o sincretismo. Só o tronco se destaca, se individualiza. Tal é o Mayombe, os gigantes só o são em parte, ao nível do tronco, o resto confundese na massa. Tal o homem. As impressões visuais são menos nítidas e a mancha verde predominante faz esbater progressivamente a claridade do tronco da amoreira gigante. As manchas verdes são cada vez mais sobrepostas, mas, num sobressalto, o tronco da amoreira ainda se afirma, debatendose. Tal é a vida.

    [...]

    Os olhos de Sem Medo ficaram abertos, contemplando o tronco já invisível do gigante que para sempre desaparecera no seu elemento verde.

Pepetela, Mayombe

A
João Romão, de O cortiço, observadas as relações que estabelece com a comunidade dos encortiçados.
B
Jacinto, de A cidade e as serras, tendo em vista suas práticas de beneficência junto aos pobres de Paris.
C
Fabiano, de Vidas secas, na medida em que ele se integrava na comunidade dos sertanejos, seus iguais e vizinhos.
D
Pedro Bala, de Capitães da Areia, em especial ao completar sua trajetória de politização.
E
Augusto Matraga, do conto “A hora e vez de Augusto Matraga”, de Sagarana, na sua fase inicial, quando era o valentão do lugar.
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FUVEST 2016 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Tendo em vista as causas que a provocam, a revolta que vem à consciência de Fabiano, apresentada no texto como ainda contida e genérica, encontrará foco e uma expressão coletiva militante e organizada, em época posterior à publicação de Vidas secas, no movimento

     Se pudesse mudarse, gritaria bem alto que o roubavam. Aparentemente resignado, sentia um ódio imenso a qualquer coisa que era ao mesmo tempo a campina seca, o patrão, os soldados e os agentes da prefeitura. Tudo na verdade era contra ele. Estava acostumado, tinha a casca muito grossa, mas às vezes se arreliava. Não havia paciência que suportasse tanta coisa.

    — Um dia um homem faz besteira e se desgraça.

Graciliano Ramos, Vidas secas.

A
carismático de Juazeiro do Norte, orientado pelo Padre Cícero Romão Batista.
B
das Ligas Camponesas, sob a liderança de Francisco Julião.
C
do Cangaço, quando chefiado por Virgulino Ferreira da Silva (Lampião).
D
messiânico de Canudos, conduzido por Antônio Conselheiro.
E
da Coluna Prestes, encabeçado por Luís Carlos Prestes.
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FUVEST 2016 - Português - Interpretação de Textos, Figuras de Linguagem

Dentre os recursos expressivos empregados no texto, tem papel preponderante

A
metonímia (uso de uma palavra fora do seu contexto semântico normal, com base na relação de contiguidade existente entre ela e o referente).
B
hipérbole (ênfase expressiva resultante do exagero da significação linguística).
C
alegoria (sequência de metáforas logicamente ordenadas).
D
sinestesia (associação de palavras ou expressões em que ocorre combinação de sensações diferentes numa só impressão).
E
prosopopeia (atribuição de sentimentos humanos ou de palavras a seres inanimados ou a animais).
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FUVEST 2016 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Considerado no contexto de Memórias póstumas de Brás Cubas, o “livro” dos amores de Brás Cubas e Virgília, apresentado no breve capítulo aqui reproduzido, configura uma

A
demonstração da tese naturalista que postula o fundamento biológico das relações amorosas.
B
versão mais intensa e prolongada da típica sequência de animação e enfado, característica da trajetória de Brás Cubas.
C
incorporação, ao romance realista, dos triângulos amorosos, cuja criação se dera durante o período romântico.
D
manifestação da liberdade que a condição de defunto autor dava a Brás Cubas, permitindolhe tratar de assuntos proibidos em sua época.
E
crítica à devassidão que grassava entre as famílias da elite do Império, em particular, na Corte.
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FUVEST 2016 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

No último período do texto, o ritmo que o narrador imprime ao relato de seus amores corresponde sobretudo ao que se encontra expresso em

A
“prólogo de uma vida de delícias” (L. 1314).
B
“prazeres que rematavam em dor” (L. 1415).
C
“hipocrisia paciente e sistemática” (L. 16).
D
“paixão sem freio” (L. 17).
E
“o livro daquele prólogo” (L. 2122).
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FUVEST 2016 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Tendo em vista que algumas das recomendações do autor, relativas à prática da tradução, fogem do senso comum, podese qualificálas com o seguinte termo, de uso relativamente recente

     Evidentemente, não se pode esperar que Dostoiévski seja traduzido por outro Dostoiévski, mas desde que o tradutor procure penetrar nas peculiaridades da linguagem primeira, apliquese com afinco e faça com que sua criatividade orientada pelo original permita, paradoxalmente, afastarse do texto para ficar mais próximo deste, um passo importante será dado. Deixando de lado a fidelidade mecânica, frase por frase, tratando o original como um conjunto de blocos a serem transpostos, e transgredindo sem receio, quando necessário, as normas do “escrever bem”, o tradutor poderá trazêlo com boa margem de fidelidade para a língua com a qual está trabalhando.

Boris Schnaiderman, Dostoiévski Prosa Poesia.

A
dubitativas.
B
contraintuitivas.
C
autocomplacentes.
D
especulativas.
E
aleatórias.
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FUVEST 2016 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

De acordo com o texto, a boa tradução precisa

     Evidentemente, não se pode esperar que Dostoiévski seja traduzido por outro Dostoiévski, mas desde que o tradutor procure penetrar nas peculiaridades da linguagem primeira, apliquese com afinco e faça com que sua criatividade orientada pelo original permita, paradoxalmente, afastarse do texto para ficar mais próximo deste, um passo importante será dado. Deixando de lado a fidelidade mecânica, frase por frase, tratando o original como um conjunto de blocos a serem transpostos, e transgredindo sem receio, quando necessário, as normas do “escrever bem”, o tradutor poderá trazêlo com boa margem de fidelidade para a língua com a qual está trabalhando.

Boris Schnaiderman, Dostoiévski Prosa Poesia.

A
evitar a transposição fiel dos conteúdos do texto original.
B
desconsiderar as características da linguagem primeira para poder atingir a língua de chegada.
C
desviarse da normapadrão tanto da língua original quanto da língua de chegada.
D
privilegiar a inventividade, ainda que em detrimento das peculiaridades do texto original.
E
buscar, na língua de chegada, soluções que correspondam ao texto original.
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FUVEST 2016 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Atente para as seguintes afirmações, extraídas e adaptadas de um estudo do crítico Augusto Meyer sobre José de Alencar:

I. “Nesta obra, assim como nos ‘poemas americanos’ dos nossos poetas, palpita um sentimento sincero de distância poética e exotismo, de coisa notável por estranha para nós, embora a rotulemos como nativa.”

II. “Mais do que diante de um relato, estamos diante de um poema, cujo conteúdo se concentra a cada passo na magia do ritmo e na graça da imagem.”

III. “O tema do bom selvagem foi, neste caso, aproveitado para um romance histórico, que reproduz o enredo típico das narrativas de capa e espada, oriundas da novela de cavalaria.”


É compatível com o trecho de Iracema aqui reproduzido, considerado no contexto dessa obra, o que se afirma e

     Nasceu o dia e expirou.

    Já brilha na cabana de Araquém o fogo, companheiro da noite. Correm lentas e silenciosas no azul do céu, as estrelas, filhas da lua, que esperam a volta da mãe ausente.

    Martim se embala docemente; e como a alva rede que vai e vem, sua vontade oscila de um a outro pensamento. Lá o espera a virgem loura dos castos afetos; aqui lhe sorri a virgem morena dos ardentes amores.

     Iracema recostase langue ao punho da rede; seus olhos negros e fúlgidos, ternos olhos de sabiá, buscam o estrangeiro, e lhe entram n’alma. O cristão sorri; a virgem palpita; como o saí, fascinado pela serpente, vai declinando o lascivo talhe, que se debruça enfim sobre o peito do guerreiro.

José de Alencar, Iracema.

A
I, apenas.
B
III, apenas.
C
I e II, apenas.
D

II e III, apenas.

E

I, II e III

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FUVEST 2016 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

No texto, corresponde a uma das convenções com que o Indianismo construía suas representações do indígena

     Nasceu o dia e expirou.

    Já brilha na cabana de Araquém o fogo, companheiro da noite. Correm lentas e silenciosas no azul do céu, as estrelas, filhas da lua, que esperam a volta da mãe ausente.

    Martim se embala docemente; e como a alva rede que vai e vem, sua vontade oscila de um a outro pensamento. Lá o espera a virgem loura dos castos afetos; aqui lhe sorri a virgem morena dos ardentes amores.

     Iracema recostase langue ao punho da rede; seus olhos negros e fúlgidos, ternos olhos de sabiá, buscam o estrangeiro, e lhe entram n’alma. O cristão sorri; a virgem palpita; como o saí, fascinado pela serpente, vai declinando o lascivo talhe, que se debruça enfim sobre o peito do guerreiro.

José de Alencar, Iracema.

A
o emprego de sugestões de cunho mitológico compatíveis com o contexto.
B
a caracterização da mulher como um ser dócil e desprovido de vontade própria.
C
a ênfase na efemeridade da vida humana sob os trópicos.
D
o uso de vocabulário primitivo e singelo, de extração oralpopular.
E
a supressão de interdições morais relativas às práticas eróticas.
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FUVEST 2016 - Português - Interpretação de Textos, Morfologia - Verbos, Flexão verbal de tempo (presente, pretérito, futuro), Pronomes possessivos, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia, Tipologia Textual, Flexão verbal de modo (indicativo, subjuntivo, imperativo), Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto, Morfologia - Pronomes

É correto afirmar que, no texto, o narrado

     Nasceu o dia e expirou.

    Já brilha na cabana de Araquém o fogo, companheiro da noite. Correm lentas e silenciosas no azul do céu, as estrelas, filhas da lua, que esperam a volta da mãe ausente.

    Martim se embala docemente; e como a alva rede que vai e vem, sua vontade oscila de um a outro pensamento. Lá o espera a virgem loura dos castos afetos; aqui lhe sorri a virgem morena dos ardentes amores.

     Iracema recostase langue ao punho da rede; seus olhos negros e fúlgidos, ternos olhos de sabiá, buscam o estrangeiro, e lhe entram n’alma. O cristão sorri; a virgem palpita; como o saí, fascinado pela serpente, vai declinando o lascivo talhe, que se debruça enfim sobre o peito do guerreiro.

José de Alencar, Iracema.

A
prioriza a ordem direta da frase, como se pode verificar nos dois primeiros parágrafos do texto.
B
usa o verbo “correr” (2º parágrafo) com a mesma acepção que se verifica na frase “Travam das armas os rápidos guerreiros, e correm ao campo” (também extraída do romance Iracema).
C
recorre à adjetivação de caráter objetivo para tornar a cena mais real.
D
emprega, a partir do segundo parágrafo, o presente do indicativo, visando dar maior vivacidade aos fatos narrados, aproximandoos do leitor.
E
atribui, nos trechos “aqui lhe sorri” e “lhe entram n’alma”, valor possessivo ao pronome “lhe”.
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FUVEST 2016 - Português - Interpretação de Textos, Adjetivos, Morfologia, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Examine este cartaz, cuja finalidade é divulgar uma exposição de obras de Pablo Picasso.



Nas expressões “Mão erudita” e “Olho selvagem”, que compõem o texto do anúncio, os adjetivos “erudita” e “selvagem” sugerem que as obras do referido artista conjugam, respectivamente

A
civilização e barbárie
B
requinte e despojamento
C
modernidade e primitivismo.
D
liberdade e autoritarismo
E
tradição e transgressão
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FUVEST 2016 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Traduz corretamente uma relação espacial expressa no texto o que se encontra em:

   A adoção do cardápio indígena introduziu nas cozinhas e zonas de serviço das moradas brasileiras equipamentos desconhecidos no Reino. Instalou nos alpendres roceiros a prensa de espremer mandioca ralada para farinha. Nos inventários paulistas é comum a menção de tal fato. No inventário de Pedro Nunes, por exemplo, efetuado em 1623, falase num sítio nas bandas do Ipiranga “com seu alpendre e duas camarinhas no dito alpendre com a prensa no dito sítio” que deveria comprimir nos tipitis toda a massa proveniente do mandiocal também inventariado. Mas a farinha não exigia somente a prensa – pedia, também, raladores, cochos de lavagem e forno ou fogão. Era normal, então, a casa de fazer farinha, no quintal, ao lado dos telheiros e próxima à cozinha.

Carlos A. C. Lemos, Cozinhas, etc.

A
A prensa é paralela aos tipitis.
B
A casa de fazer farinha é adjacente aos telheiros.
C
As duas camarinhas são transversais à cozinha.
D
O alpendre é perpendicular às zonas de serviço.
E
O mandiocal e o Ipiranga são equidistantes do sítio.
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FUVEST 2016 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Além de “tipitis”, constituem contribuição indígena para a língua portuguesa do Brasil as seguintes palavras empregadas no texto:

   A adoção do cardápio indígena introduziu nas cozinhas e zonas de serviço das moradas brasileiras equipamentos desconhecidos no Reino. Instalou nos alpendres roceiros a prensa de espremer mandioca ralada para farinha. Nos inventários paulistas é comum a menção de tal fato. No inventário de Pedro Nunes, por exemplo, efetuado em 1623, falase num sítio nas bandas do Ipiranga “com seu alpendre e duas camarinhas no dito alpendre com a prensa no dito sítio” que deveria comprimir nos tipitis toda a massa proveniente do mandiocal também inventariado. Mas a farinha não exigia somente a prensa – pedia, também, raladores, cochos de lavagem e forno ou fogão. Era normal, então, a casa de fazer farinha, no quintal, ao lado dos telheiros e próxima à cozinha.

Carlos A. C. Lemos, Cozinhas, etc.

A
“cardápio” e “roceiros”
B
“alpendre” e “fogão”.
C
“mandioca” e “Ipiranga”.
D
“sítio” e “forno”.
E
“prensa” e “quintal”.