Questõesde IF-PE 2017 sobre Português

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Foram encontradas 29 questões
c8f8bd15-b2
IF-PE 2017 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

O Modernismo brasileiro caracterizou-se pela inovação na linguagem e na temática. No trecho de Macunaíma, no TEXTO, Mário de Andrade, bem ao estilo antropofágico, segue à risca esse caráter inovador, sobretudo, quanto ao uso de:

A- construções sintáticas pouco usuais;
B- palavras de origem indígena;
C- linguagem coloquial;
D- figuras do folclore nacional.

Faça a correspondência dessas características da obra de Mário de Andrade com os excertos do TEXTO, a seguir.

( ) “Voltava a ficar imóvel escutando assuntando maquinando”.
( ) “mais cantadeira que a Mãe-d’água”.
( ) “Mas as três cunhãs deram muitas risadas”.
( ) “que não tinha deus não”.

Então, assinale a alternativa que representa as características do trecho de Macunaíma na ordem em que aparecem, respectivamente, os excertos retirados do TEXTO.

Piaimã

     A inteligência do herói estava muito perturbada. Acordou com os berros da bicharia lá em baixo nas ruas, disparando entre as malocas temíveis. E aquele diacho de sagui-açu (...) não era saguim não, chamava elevador e era uma máquina. De-manhãzinha ensinaram que todos aqueles piados berros cuquiadas sopros roncos esturros não eram nada disso não, eram mas cláxons campainhas apitos buzinas e tudo era máquina. As onças pardas não eram onças pardas, se chamavam fordes hupmobiles chevrolés dodges mármons e eram máquinas.
   O herói aprendendo calado. De vez em quando estremecia. Voltava a ficar imóvel escutando assuntando maquinando numa cisma assombrada. Tomou-o um respeito cheio de inveja por essa deusa de deveras forçuda, Tupã famanado que os filhos da mandioca chamavam de Máquina, mais cantadeira que a Mãe-d’água, em bulhas de sarapantar. Então resolveu ir brincar com a Máquina pra ser também imperador dos filhos da mandioca. Mas as três cunhãs deram muitas risadas e falaram que isso de deuses era gorda mentira antiga, que não tinha deus não e que com a máquina ninguém não brinca porque ela mata. A máquina não era deus não, nem possuía os distintivos femininos de que o herói gostava tanto. Era feita pelos homens. Se mexia com eletricidade com fogo com água com vento com fumo, os homens aproveitando as forças da natureza. Porém jacaré acreditou? nem o herói!
[... ]
     Estava nostálgico assim. Até que uma noite, suspenso no terraço dum arranhacéu com os manos, Macunaíma concluiu: — Os filhos da mandioca não ganham da máquina nem ela ganha deles nesta luta. Há empate.
ANDRADE, Mário. Macunaíma, o herói sem nenhum caráter. Belo Horizonte: Itatiaia, 1986. p. 110.
A
CBAD
B
ACDB
C
CDBA
D
ADBC
E
DABC
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IF-PE 2017 - Português - Interpretação de Textos, Análise sintática, Pronomes pessoais oblíquos, Coesão e coerência, Sintaxe, Morfologia - Pronomes

No que se refere às relações sintáticas utilizadas na construção do trecho transcrito de Macunaíma, no TEXTO, analise as afirmativas a seguir.

I. Em “A inteligência do herói estava muito perturbada”, na primeira linha do texto, “muito perturbada”, funciona como predicativo do sujeito.
II. Em “Tomou-o um respeito cheio de inveja”, “um respeito cheio de inveja” funciona como objeto direto da forma verbal “tomou”.
III.No trecho “Tomou-o um respeito cheio de inveja”, o pronome oblíquo em “Tomou-o” é um elemento catafórico que se remete à expressão “o herói”, no início do segundo parágrafo.
IV.No período “Voltava a ficar imóvel escutando assuntando maquinando numa cisma assombrada”, a expressão “numa cisma assombrada”, sintaticamente, funciona como adjunto adverbial.
V. Em “A máquina não era deus não, nem possuía os distintivos femininos de que o herói gostava tanto”, a forma verbal gostava possui dois objetos indiretos, respectivamente, “deus” e “distintivos femininos”.

Estão CORRETAS apenas as proposições

Piaimã

     A inteligência do herói estava muito perturbada. Acordou com os berros da bicharia lá em baixo nas ruas, disparando entre as malocas temíveis. E aquele diacho de sagui-açu (...) não era saguim não, chamava elevador e era uma máquina. De-manhãzinha ensinaram que todos aqueles piados berros cuquiadas sopros roncos esturros não eram nada disso não, eram mas cláxons campainhas apitos buzinas e tudo era máquina. As onças pardas não eram onças pardas, se chamavam fordes hupmobiles chevrolés dodges mármons e eram máquinas.
   O herói aprendendo calado. De vez em quando estremecia. Voltava a ficar imóvel escutando assuntando maquinando numa cisma assombrada. Tomou-o um respeito cheio de inveja por essa deusa de deveras forçuda, Tupã famanado que os filhos da mandioca chamavam de Máquina, mais cantadeira que a Mãe-d’água, em bulhas de sarapantar. Então resolveu ir brincar com a Máquina pra ser também imperador dos filhos da mandioca. Mas as três cunhãs deram muitas risadas e falaram que isso de deuses era gorda mentira antiga, que não tinha deus não e que com a máquina ninguém não brinca porque ela mata. A máquina não era deus não, nem possuía os distintivos femininos de que o herói gostava tanto. Era feita pelos homens. Se mexia com eletricidade com fogo com água com vento com fumo, os homens aproveitando as forças da natureza. Porém jacaré acreditou? nem o herói!
[... ]
     Estava nostálgico assim. Até que uma noite, suspenso no terraço dum arranhacéu com os manos, Macunaíma concluiu: — Os filhos da mandioca não ganham da máquina nem ela ganha deles nesta luta. Há empate.
ANDRADE, Mário. Macunaíma, o herói sem nenhum caráter. Belo Horizonte: Itatiaia, 1986. p. 110.
A
I, III e V.
B
II e IV.
C
I e IV.
D
III, IV e V
E
II, III e V.
c8ee7f78-b2
IF-PE 2017 - Português - Interpretação de Textos, Figuras de Linguagem

O livro Macunaíma, de Mário de Andrade, é um marco do Modernismo brasileiro. A passagem transcrita é significativa do estranhamento provocado pela cidade grande e por suas máquinas no protagonista da obra. Além disso, o trecho é bastante representativo da grande variedade de figuras de linguagem utilizadas pelo autor para construção da narrativa. As máquinas, muitas passam, então, à condição de antagonistas dos homens brancos, os “filhos da mandioca”. Como se pode ver no trecho: “Os filhos da mandioca não ganham da máquina nem ela ganha deles nesta luta. Há empate”, embora em muitos trechos Macunaíma divinize a máquina, em outros, ele a humaniza, através da figura de linguagem classificada como

Piaimã

     A inteligência do herói estava muito perturbada. Acordou com os berros da bicharia lá em baixo nas ruas, disparando entre as malocas temíveis. E aquele diacho de sagui-açu (...) não era saguim não, chamava elevador e era uma máquina. De-manhãzinha ensinaram que todos aqueles piados berros cuquiadas sopros roncos esturros não eram nada disso não, eram mas cláxons campainhas apitos buzinas e tudo era máquina. As onças pardas não eram onças pardas, se chamavam fordes hupmobiles chevrolés dodges mármons e eram máquinas.
   O herói aprendendo calado. De vez em quando estremecia. Voltava a ficar imóvel escutando assuntando maquinando numa cisma assombrada. Tomou-o um respeito cheio de inveja por essa deusa de deveras forçuda, Tupã famanado que os filhos da mandioca chamavam de Máquina, mais cantadeira que a Mãe-d’água, em bulhas de sarapantar. Então resolveu ir brincar com a Máquina pra ser também imperador dos filhos da mandioca. Mas as três cunhãs deram muitas risadas e falaram que isso de deuses era gorda mentira antiga, que não tinha deus não e que com a máquina ninguém não brinca porque ela mata. A máquina não era deus não, nem possuía os distintivos femininos de que o herói gostava tanto. Era feita pelos homens. Se mexia com eletricidade com fogo com água com vento com fumo, os homens aproveitando as forças da natureza. Porém jacaré acreditou? nem o herói!
[... ]
     Estava nostálgico assim. Até que uma noite, suspenso no terraço dum arranhacéu com os manos, Macunaíma concluiu: — Os filhos da mandioca não ganham da máquina nem ela ganha deles nesta luta. Há empate.
ANDRADE, Mário. Macunaíma, o herói sem nenhum caráter. Belo Horizonte: Itatiaia, 1986. p. 110.
A
prosopopeia.
B
onomatopeia.
C
hipérbato.
D
metonímia.
E
assonância.
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IF-PE 2017 - Português - Uso do ponto, do ponto de exclamação e do ponto de interrogação, Pontuação, Uso da Vírgula

O poema e a música apresentam algumas características em comum: o ritmo, a musicalidade e, sobretudo, a estruturação em versos. Já no texto em prosa, a pontuação tem fundamental importância, uma vez que ela é imprescindível para representar pausas na fala, entonações, dúvidas, emoções etc. A música “Briga à toa”, de Jorge de Altinho, por exemplo, caso fosse transformada em um texto em prosa, necessitaria de algumas adequações na pontuação. Com base nessas informações, analise as afirmativas a respeito da pontuação do TEXTO.

I. Seria necessária uma vírgula entre os dois primeiros versos, “Se você quer voltar pra mim / Tem que me dizer agora”, um vez que o primeiro verso é uma oração subordinada adverbial anteposta à principal.
II. A vírgula, em “Meu amor, vamos embora”, deveria ser mantida, pois está isolando um vocativo, ou seja, um chamamento “Meu amor”.
III.Na escrita em prosa, no trecho “Meu amor, vamos embora / Pois quem ama, não demora”, seria mantida a vírgula antes de “não demora”.
IV.Em “Não adianta mais fingir / Que não dá mais pra ir na mesma direção”, haveria a necessidade de uma vírgula antes do segundo verso, pois se trata de uma oração subordinada substantiva objetiva direta.
V. No final do segundo verso “Meu amor, vamos embora”, poderia haver um sinal de exclamação para denotar toda emoção na súplica que está sendo feita pelo eu-lírico.

Estão CORRETAS apenas as proposições

Briga à toa – Jorge de Altinho

Briga à toa – Jorge de Altinho Se você quer voltar pra mim

Tem que me dizer agora

Meu amor, vamos embora

Pois quem ama, não demora

A gente perde tempo à toa

Não tem briga boa, bom mesmo é amar

Você sofrendo, me querendo

E eu aqui roendo, doido pra voltar

Não adianta mais fingir

Que não dá mais pra ir na mesma direção

É bom a gente se entender

Pra depois não sofrer com a separação

Disponível: < https://www.letras.mus.br/jorge-de-altinho/briga-a-toa/>. Acesso em: 10 maio. 2017.

A
II, III e V.
B
II, III e IV.
C
I, III e V.
D
I, II e IV.
E
I, II e V
c8e62ebf-b2
IF-PE 2017 - Português - Crase

No título da música “Briga à toa” do compositor pernambucano Jorge de Altinho, transcrita no TEXTO, há um acento grave indicativo de crase que se justifica pelo fato de “à toa” ser uma locução adverbial de modo. Assinale, entre as alternativas a seguir, aquela em que a afirmativa acerca da omissão ou o do uso da crase está CORRETA.

Briga à toa – Jorge de Altinho

Briga à toa – Jorge de Altinho Se você quer voltar pra mim

Tem que me dizer agora

Meu amor, vamos embora

Pois quem ama, não demora

A gente perde tempo à toa

Não tem briga boa, bom mesmo é amar

Você sofrendo, me querendo

E eu aqui roendo, doido pra voltar

Não adianta mais fingir

Que não dá mais pra ir na mesma direção

É bom a gente se entender

Pra depois não sofrer com a separação

Disponível: < https://www.letras.mus.br/jorge-de-altinho/briga-a-toa/>. Acesso em: 10 maio. 2017.

A
No período “Ela foi-se animando à medida que a dor passava” o acento grave indicativo de crase é facultativo, uma vez que a expressão em negrito se trata de uma locução prepositiva.
B
Em “Todas as questões devem ser respondidas a caneta”, não se usa acento grave indicativo de crase, pois “a caneta” é uma locução adverbial de instrumento.
C
Na frase “Meu filho, entregue isso à Paula, nossa vizinha”, o uso do acento grave indicativo de crase é obrigatório por se tratar de um nome próprio feminino.
D
Em “Diziam que ela dançava samba à Carlinhos de Jesus.”, não se deve usar acento grave indicativo de crase, visto que se refere a um nome próprio masculino.
E
Na frase “Dirijo-me, respeitosamente, à Vossa Senhoria.”, o uso do acento grave indicativo de crase justifica-se por anteceder um pronome de tratamento.
c8dcf7e2-b2
IF-PE 2017 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

As pessoas que não praticam atividade física têm consciência dos riscos da vida sedentária?

A pesquisa coletou informações sobre práticas esportivas e atividades físicas relativas a 2013. Ao todo, foram realizadas 8.902 entrevistas. Os dados foram ponderados com base em uma projeção da população brasileira por região, gênero e grupos de idade, feita pelo IBGE para o ano de 2013, de aproximadamente 146.748.000 brasileiros, quantidade equivalente à população entre 14 e 75 anos.
Ministério dos Esportes. A prática de Esportes no Brasil. Disponível em:<http://www.esporte.gov.br/diesporte/2.html>. Acesso: 10 maio 2017 (adaptado).

A partir da leitura, julgue as proposições a seguir.

I. Mais de 30% dos homens e mulheres entrevistados têm consciência da necessidade da prática esportiva.
II. Quase um quarto da população masculina, tomando por base a margem de erro da pesquisa, alega não ter tempo para a prática esportiva.
III.Com base nos dados coletados na pesquisa, os homens brasileiros mostraram-se mais conscientes dos riscos causados pelo sedentarismo.
IV.Somando-se homens e mulheres, mais de 10% dos entrevistados alegaram que não praticam esportes e/ou atividades físicas por não gostarem.
V. Ao se somarem os números percentuais de homens e mulheres que não responderam à pergunta, não se chega a 1% dos entrevistados.

Estão CORRETAS apenas as proposições

A
II, III e IV.
B
I, III e V.
C
III, IV e V.
D
I, II e IV.
E
II e IV.
c8d317e1-b2
IF-PE 2017 - Português - Emprego do hífen, Ortografia

Após a implementação definitiva do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa entre as nações lusófonas, muitas palavras, - a exemplo de “mão-de-obra” e “dor-de-cabeça”, que aparecem no TEXTO 1 e que agora passam a ser escritas “mão de obra” e “dor de “cabeça”, perderam o hífen. Embora, nas alternativas a seguir, todas as palavras compostas estejam escritas com hífen, apenas uma delas o manteve após o referido Acordo Ortográfico, assinale a alternativa em que ela aparece.

Leia o TEXTO 1 para responder à questão.


TEXTO 1

Sírios fogem de guerra civil e partem para Europa
2.png (415×320)

LATUFF. Sírios fogem de guerra civil e partem para Europa. Operamundi. Disponível em: <http://operamundi.uol.com.br/conteudo/opiniao/41596/charge+do+latuff+sirios+fogem+de+guerra+civil+e+partem+p
ara+europa.shtm>. Acesso: 09 maio 2017.

A
O pôr-do-sol de Fernando de Noronha é maravilhoso.
B
A mula-sem-cabeça é uma figura do folclore brasileiro.
C
O grão-de-bico pode ser usado como forragem e adubo verde.
D
Agradeceu-se a ajuda daquela organização não-governamental.
E
Compramos uma tapioca e dois pés-de-moleque.
c8cf0e68-b2
IF-PE 2017 - Português - Interpretação de Textos, Gêneros Textuais, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

1. A charge caracteriza-se por ser um gênero textual que possui caráter multimodal, ou seja, no qual normalmente interagem as linguagens verbal e não verbal. Com base nessa afirmativa, julgue as afirmativas abaixo sobre a interpretação do TEXTO 1.

I. A repetição da forma verbal “vejo”, na fala de cada uma das personagens em terra firme, aliada à postura física adotada por elas, confirmam o alinhamento ideológico na forma como as três analisam o evento histórico em questão.
II. A postura física da personagem ao centro, com a mão na cabeça, funciona como uma metáfora do posicionamento ideológico adotado pela União Europeia em relação aos imigrantes sírios.
III.O texto proferido pelo personagem representativo dos EUA e o tapa dado nas costas daquele que representa a União Europeia denotam o apoio irrestrito que a nação americana dá à União Europeia no que se refere à crescente imigração síria.
IV.O terceiro personagem não é representativo de nenhuma nação específica, na verdade, funciona como uma metáfora para todos aqueles que possam lucrar com a exploração dos imigrantes.
V. Embora, na charge, o texto não verbal seja muito importante, a notação musical que, no TEXTO 1, representa um assobio expelido pelo personagem EUA, não possui nenhuma importância para construção da crítica feita no texto.

Estão CORRETAS apenas as proposições

Leia o TEXTO 1 para responder à questão.


TEXTO 1

Sírios fogem de guerra civil e partem para Europa
2.png (415×320)

LATUFF. Sírios fogem de guerra civil e partem para Europa. Operamundi. Disponível em: <http://operamundi.uol.com.br/conteudo/opiniao/41596/charge+do+latuff+sirios+fogem+de+guerra+civil+e+partem+p
ara+europa.shtm>. Acesso: 09 maio 2017.

A
I e III.
B
II, III e IV.
C
I, III e V.
D
III, IV e V.
E
II e IV.
c8e0cc34-b2
IF-PE 2017 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto


Disponível em:<http://guicresportifolio.blogspot.com.br/> . Acesso: 10 maio 2017.

Com base na propaganda, analise as afirmativas abaixo.

I. Na propaganda das sandálias Havaianas, o caráter intertextual só pôde ser conferido por meio do diálogo entre o texto verbal e o texto não verbal.
II. O texto imagético tem por base uma importante obra de Anita Malfati, membro do movimento indianista brasileiro.
III.Abaporu, obra parodiada no TEXTO 4, é um marco do movimento antropofágico brasileiro.
IV.Ocorre entre Abaporu e a campanha de Havaianas uma intertextualidade implícita, uma vez que não se dá na superfície textual.
V. O cacto e o sol, em segundo plano, não favorecem o diálogo entre a pintura de Tarsila do Amaral e a propaganda de Havaianas.

Estão CORRETAS apenas as proposições

A
II, III e IV.
B
I e III.
C
III e V.
D
I, II e IV.
E
II e IV.
c8d6a9d5-b2
IF-PE 2017 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Crescimento nos índices de obesidade infantil é novo desafio para o Brasil

Dados do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional, do Ministério da Saúde, mostram que, em 2013, aproximadamente 8% de todas as crianças de 0 a 5 anos eram consideradas obesas no Brasil. Em números absolutos, eram 345.270 crianças nessa condição, dentro da faixa etária, o que representa um aumento de 79,3% desde 2008.
A nutricionista Andréa Santa Rosa destaca os maus hábitos alimentares como a principal causa do aumento. “Cada vez mais a indústria alimentícia lança no mercado produtos que colaboram para o aumento na obesidade no país. Há um excesso de carboidratos refinados (açúcar invertido, maltodrextina, frutose, açúcar branco, xarope de glicose), gordura trans, hidrogenada, saturada, corante, edulcorantes e outras substâncias artificiais que são inseridos nos produtos sem necessidade”, afirma.
Segundo ela, uma alimentação inadequada da mãe durante a gestação e a introdução à alimentação complementar sem orientação de um profissional também contribuem para o desenvolvimento da obesidade infantil. “A rejeição por alguns alimentos é comum na criança que está começando a alimentação complementar, afinal ela passou os seis primeiros meses de vida se alimentando apenas do leite materno. Cabe à mãe ser firme e não desistir de oferecer frutas, legumes e verduras, o que não acontece na maior parte das vezes, pois há uma preocupação do filho ficar com fome e perder peso”, diz.

Disponível em:<https://www.fadc.org.br/noticias/183-crescimento-nos-indices-de-obesidade-infantil-e-novo-desafio-para-o-brasil.html> . Acesso: 09 maio 2017.

A partir da leitura, pode-se afirmar que

A
o fato de a criança, após o período de amamentação, não querer comer frutas e verduras não pode ser um empecilho para não a expor a esses alimentos.
B
toda a culpa da obesidade infantil no Brasil é da indústria alimentícia, responsável por lançar produtos que provocam os maus hábitos alimentares.
C
segundo dados do Ministério da Sáude, 345.270 crianças de todas as faixas etárias estavam obesas no ano de 2013, no Brasil.
D
Só no ano de 2008, a obesidade infantil no Brasil teve um aumento de quase 80% na faixa etária de 0 a 5 anos.
E
o excesso de carboidratos refinados, tais como: gordura hidrogenada, corantes e edulcorantes contribui para o aumento da obesidade infantil.
f9ef2ad2-cc
IF-PE 2017 - Português - Regência, Análise sintática, Sintaxe, Concordância verbal, Concordância nominal

Em relação aos aspectos linguísticos presentes no TEXTO 3, analise as proposições.

I. O verbo haver, no segundo quadrinho, foi utilizado incorretamente pois não estabelece concordância com o termo posterior.
II. O termo “vida”, no primeiro quadrinho, assume função de núcleo do sujeito.
III.Por solicitar um complemento, no último quadrinho, o verbo viver é transitivo direto.
IV.O uso do verbo haver, no segundo quadrinho, caracteriza oração sem sujeito.
V. Ao substituir o verbo haver por existir, no segundo quadrinho, este seria flexionado na terceira pessoa do singular (existe).

Estão CORRETAS apenas as afirmações constantes nos itens

TEXTO 2 

Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988. Disponível em:<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm> . Acesso: 07 maio 2017.


TEXTO 3 

MALVADOS ANDRÉ DAHMER



Disponível em:<http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/cartum/cartunsdiarios/?cmpid=menupe#6/5/2017> . Acesso: 06
maio 2017.
A
I e III.
B
II e IV.
C
I e V.
D
II e V.
E
III e IV.
f9ea1da2-cc
IF-PE 2017 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

No que diz respeito aos TEXTOS, analise as proposições.

I. No TEXTO 2, são expostos os direitos de todo cidadão brasileiro, com vistas à garantia de uma vida digna.
II. O TEXTO 2 apresenta direitos previstos apenas para uma parcela dos brasileiros, pois não fica claro o compromisso de que todos tenham acesso a eles.
III.No TEXTO 3, a personagem que aparece no primeiro e no terceiro quadrinhos, ao evitar uma vida atribulada, opta por reduzir as atividades possíveis ao exclusivo pagamento de contas.
IV.No TEXTO 3, a aparência se contrapõe ao discurso da personagem do primeiro e do terceiro quadrinhos.
V. Compreende-se, do TEXTO 3, que a personagem do primeiro e do terceiro quadrinhos, certamente por ser submetida a trabalho mal remunerado, consegue apenas pagar as contas para sobreviver.

Estão CORRETAS apenas as afirmações constantes nos itens

TEXTO 2 

Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988. Disponível em:<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm> . Acesso: 07 maio 2017.


TEXTO 3 

MALVADOS ANDRÉ DAHMER



Disponível em:<http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/cartum/cartunsdiarios/?cmpid=menupe#6/5/2017> . Acesso: 06
maio 2017.
A
II e V
B
I e IV
C
II e III.
D
III e IV.
E
I e V.
f9e4834f-cc
IF-PE 2017 - Português - Emprego do hífen, Ortografia, Acentuação Gráfica: Proparoxítonas, Paraxítonas, Oxítonas e Hiatos

A respeito das regras do Novo Acordo Ortográfico, assinale a opção CORRETA.

TRABALHO ESCRAVO É AINDA UMA REALIDADE NO BRASIL

Esse tipo de violação não prende mais o indivíduo a correntes, mas acomete a liberdade do trabalhador e o mantém submisso a uma situação de exploração.

(1) O trabalho escravo ainda é uma violação de direitos humanos que persiste no Brasil. A sua existência foi assumida pelo governo federal perante o país e a Organização Internacional do Trabalho (OIT) em 1995, o que fez com que se tornasse uma das primeiras nações do mundo a reconhecer oficialmente a escravidão contemporânea em seu território. Daquele ano até 2016, mais de 50 mil trabalhadores foram libertados de situações análogas à de escravidão em atividades econômicas nas zonas rural e urbana.
(2) Mas o que é trabalho escravo contemporâneo? O trabalho escravo não é somente uma violação trabalhista, tampouco se trata daquela escravidão dos períodos colonial e imperial do Brasil. Essa violação de direitos humanos não prende mais o indivíduo a correntes, mas compreende outros mecanismos, que acometem a dignidade e a liberdade do trabalhador e o mantêm submisso a uma situação extrema de exploração.
(3) Qualquer um dos quatro elementos abaixo é suficiente para configurar uma situação de trabalho escravo: TRABALHO FORÇADO: o indivíduo é obrigado a se submeter a condições de trabalho em que é explorado, sem possibilidade de deixar o local seja por causa de dívidas, seja por ameaça e violências física ou psicológica. JORNADA EXAUSTIVA: expediente penoso que vai além de horas extras e coloca em risco a integridade física do trabalhador, já que o intervalo entre as jornadas é insuficiente para a reposição de energia. Há casos em que o descanso semanal não é respeitado. Assim, o trabalhador também fica impedido de manter vida social e familiar.
SERVIDÃO POR DÍVIDA: fabricação de dívidas ilegais referentes a gastos com transporte, alimentação, aluguel e ferramentas de trabalho. Esses itens são cobrados de forma abusiva e descontados do salário do trabalhador, que permanece sempre devendo ao empregador.
CONDIÇÕES DEGRADANTES: um conjunto de elementos irregulares que caracterizam a precariedade do trabalho e das condições de vida sob a qual o trabalhador é submetido, atentando contra a sua dignidade.
(4) Quem são os trabalhadores escravos? Em geral, são migrantes que deixaram suas casas em busca de melhores condições de vida e de sustento para as suas famílias. Saem de suas cidades atraídos por falsas promessas de aliciadores ou migram forçadamente por uma série de motivos, que podem incluir a falta de opção econômica, guerras e até perseguições políticas. No Brasil, os trabalhadores provêm de diversos estados das regiões Centro-Oeste, Nordeste e Norte, mas também podem ser migrantes internacionais de países latino-americanos – como a Bolívia, Paraguai e Peru –, africanos, além do Haiti e do Oriente Médio. Essas pessoas podem se destinar à região de expansão agrícola ou aos centros urbanos à procura de oportunidades de trabalho.
(5) Tradicionalmente, o trabalho escravo é empregado em atividades econômicas na zona rural, como a pecuária, a produção de carvão e os cultivos de cana-de-açúcar, soja e algodão. Nos últimos anos, essa situação também é verificada em centros urbanos, principalmente na construção civil e na confecção têxtil.
(6) No Brasil, 95% das pessoas submetidas ao trabalho escravo rural são homens. Em geral, as atividades para as quais esse tipo de mão de obra é utilizado exigem força física, por isso os aliciadores buscam principalmente homens e jovens. Os dados oficiais do Programa Seguro-Desemprego de 2003 a 2014 indicam que, entre os trabalhadores libertados, 72,1% são analfabetos ou não concluíram o quinto ano do Ensino Fundamental.
(7) Muitas vezes, o trabalhador submetido ao trabalho escravo consegue fugir da situação de exploração, colocando a sua vida em risco. Quando tem sucesso em sua empreitada, recorre a órgãos governamentais ou organizações da sociedade civil para denunciar a violação que sofreu. Diante disso, o governo brasileiro tem centrado seus esforços para o combate desse crime, especialmente na fiscalização de propriedades e na repressão por meio da punição administrativa e econômica de empregadores flagrados utilizando mão de obra escrava.
(8) Enquanto isso, o trabalhador libertado tende a retornar à sua cidade de origem, onde as condições que o levaram a migrar permanecem as mesmas. Diante dessa situação, o indivíduo pode novamente ser aliciado para outro trabalho em que será explorado, perpetuando uma dinâmica que chamamos de “Ciclo do Trabalho Escravo”.
(9) Para que esse ciclo vicioso seja rompido, são necessárias ações que incidam na vida do trabalhador para além do âmbito da repressão do crime. Por isso, a erradicação do problema passa também pela adoção de políticas públicas de assistência à vítima e prevenção para reverter a situação de pobreza e de vulnerabilidade de comunidades.

Adaptado.SUZUKI, Natalia; CASTELI, Thiago. Trabalho escravo é ainda uma realidade no Brasil.
Disponível em:<http://www.cartaeducacao.com.br/aulas/fundamental-2/trabalho-escravo-e-ainda-uma-realidade-no-brasil/> .
Acesso:19 mar. 2017.
A
Em “[...] principalmente na construção civil e na confecção têxtil.” (5º parágrafo), o termo grifado passou a receber o acento circunflexo a partir da vigência do novo acordo.
B
Em “Quando tem sucesso em sua empreitada, recorre a órgãos governamentais [...].” (7º parágrafo), o termo sublinhado está grafado incorretamente, pois perdeu o acento agudo.
C
No excerto “[...] cultivos de cana-de-açúcar, soja e algodão” (5º parágrafo), o termo está corretamente grafado, pois não segue a regra aplicada ao termo “mão de obra”, por exemplo, que passou a ser grafado sem hífen.
D
No trecho “[...] migram forçadamente por uma série de motivos [...]” (4º parágrafo), o termo sublinhado está incorretamente grafado, pois já não recebe o acento agudo.
E
Em “[...] são necessárias ações que incidam na vida do trabalhador [...]”(9º parágrafo), o termo sublinhado segue a mesma regra que o termo “ideia” e, por isso, deixou de ser grafado com acento agudo.
f9e0866c-cc
IF-PE 2017 - Português - Regência, Sintaxe, Concordância verbal, Concordância nominal

No que diz respeito à sintaxe de concordância e à de regência, assinale a opção CORRETA.

TRABALHO ESCRAVO É AINDA UMA REALIDADE NO BRASIL

Esse tipo de violação não prende mais o indivíduo a correntes, mas acomete a liberdade do trabalhador e o mantém submisso a uma situação de exploração.

(1) O trabalho escravo ainda é uma violação de direitos humanos que persiste no Brasil. A sua existência foi assumida pelo governo federal perante o país e a Organização Internacional do Trabalho (OIT) em 1995, o que fez com que se tornasse uma das primeiras nações do mundo a reconhecer oficialmente a escravidão contemporânea em seu território. Daquele ano até 2016, mais de 50 mil trabalhadores foram libertados de situações análogas à de escravidão em atividades econômicas nas zonas rural e urbana.
(2) Mas o que é trabalho escravo contemporâneo? O trabalho escravo não é somente uma violação trabalhista, tampouco se trata daquela escravidão dos períodos colonial e imperial do Brasil. Essa violação de direitos humanos não prende mais o indivíduo a correntes, mas compreende outros mecanismos, que acometem a dignidade e a liberdade do trabalhador e o mantêm submisso a uma situação extrema de exploração.
(3) Qualquer um dos quatro elementos abaixo é suficiente para configurar uma situação de trabalho escravo: TRABALHO FORÇADO: o indivíduo é obrigado a se submeter a condições de trabalho em que é explorado, sem possibilidade de deixar o local seja por causa de dívidas, seja por ameaça e violências física ou psicológica. JORNADA EXAUSTIVA: expediente penoso que vai além de horas extras e coloca em risco a integridade física do trabalhador, já que o intervalo entre as jornadas é insuficiente para a reposição de energia. Há casos em que o descanso semanal não é respeitado. Assim, o trabalhador também fica impedido de manter vida social e familiar.
SERVIDÃO POR DÍVIDA: fabricação de dívidas ilegais referentes a gastos com transporte, alimentação, aluguel e ferramentas de trabalho. Esses itens são cobrados de forma abusiva e descontados do salário do trabalhador, que permanece sempre devendo ao empregador.
CONDIÇÕES DEGRADANTES: um conjunto de elementos irregulares que caracterizam a precariedade do trabalho e das condições de vida sob a qual o trabalhador é submetido, atentando contra a sua dignidade.
(4) Quem são os trabalhadores escravos? Em geral, são migrantes que deixaram suas casas em busca de melhores condições de vida e de sustento para as suas famílias. Saem de suas cidades atraídos por falsas promessas de aliciadores ou migram forçadamente por uma série de motivos, que podem incluir a falta de opção econômica, guerras e até perseguições políticas. No Brasil, os trabalhadores provêm de diversos estados das regiões Centro-Oeste, Nordeste e Norte, mas também podem ser migrantes internacionais de países latino-americanos – como a Bolívia, Paraguai e Peru –, africanos, além do Haiti e do Oriente Médio. Essas pessoas podem se destinar à região de expansão agrícola ou aos centros urbanos à procura de oportunidades de trabalho.
(5) Tradicionalmente, o trabalho escravo é empregado em atividades econômicas na zona rural, como a pecuária, a produção de carvão e os cultivos de cana-de-açúcar, soja e algodão. Nos últimos anos, essa situação também é verificada em centros urbanos, principalmente na construção civil e na confecção têxtil.
(6) No Brasil, 95% das pessoas submetidas ao trabalho escravo rural são homens. Em geral, as atividades para as quais esse tipo de mão de obra é utilizado exigem força física, por isso os aliciadores buscam principalmente homens e jovens. Os dados oficiais do Programa Seguro-Desemprego de 2003 a 2014 indicam que, entre os trabalhadores libertados, 72,1% são analfabetos ou não concluíram o quinto ano do Ensino Fundamental.
(7) Muitas vezes, o trabalhador submetido ao trabalho escravo consegue fugir da situação de exploração, colocando a sua vida em risco. Quando tem sucesso em sua empreitada, recorre a órgãos governamentais ou organizações da sociedade civil para denunciar a violação que sofreu. Diante disso, o governo brasileiro tem centrado seus esforços para o combate desse crime, especialmente na fiscalização de propriedades e na repressão por meio da punição administrativa e econômica de empregadores flagrados utilizando mão de obra escrava.
(8) Enquanto isso, o trabalhador libertado tende a retornar à sua cidade de origem, onde as condições que o levaram a migrar permanecem as mesmas. Diante dessa situação, o indivíduo pode novamente ser aliciado para outro trabalho em que será explorado, perpetuando uma dinâmica que chamamos de “Ciclo do Trabalho Escravo”.
(9) Para que esse ciclo vicioso seja rompido, são necessárias ações que incidam na vida do trabalhador para além do âmbito da repressão do crime. Por isso, a erradicação do problema passa também pela adoção de políticas públicas de assistência à vítima e prevenção para reverter a situação de pobreza e de vulnerabilidade de comunidades.

Adaptado.SUZUKI, Natalia; CASTELI, Thiago. Trabalho escravo é ainda uma realidade no Brasil.
Disponível em:<http://www.cartaeducacao.com.br/aulas/fundamental-2/trabalho-escravo-e-ainda-uma-realidade-no-brasil/> .
Acesso:19 mar. 2017.
A
Em “Para que esse ciclo vicioso seja rompido, são necessárias ações que incidam na vida do trabalhador [...]” (9º parágrafo), o verbo sublinhado está corretamente flexionado em concordância ao sujeito posposto.
B
Em “[…] mais de 50 mil trabalhadores foram libertados de situações análogas à de escravidão[…].” (1º parágrafo), a locução verbal grifada foi pluralizada por concordar o termo “trabalhadores”, mas seria correto flexioná-la no singular em concordância com a expressão de quantidade “mais de”.
C
Em “No Brasil, 95% das pessoas submetidas ao trabalho escravo rural são homens” (6º parágrafo), o verbo sublinhado foi pluralizado para concordar com o substantivo “pessoas”, mas estaria correto flexioná-lo no singular em concordância com a porcentagem.
D
Em “Muitas vezes, o trabalhador submetido ao trabalho escravo consegue fugir da situação de exploração [...].” (7º parágrafo), a regência do termo grifado também estaria correta se exercida pela preposição “com”.
E
Em “No Brasil, os trabalhadores provêm de diversos estados [...]” (4º parágrafo), houve incorreção no uso da preposição. A fim de respeitar a regência verbal, nesse contexto, deveria ser realizada pela preposição “a”.
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IF-PE 2017 - Português - Interpretação de Textos, Coesão e coerência, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Em relação à coesão, é correto afirmar que, em

I. “A sua existência foi assumida pelo governo federal perante o país e a Organização Internacional do Trabalho (OIT) em 1995 […].” (1º parágrafo), o termo sublinhado retoma “violação de direitos”.

II. “Daquele ano até 2016, mais de 50 mil trabalhadores foram libertados de situações análogas à de escravidão em atividades econômicas nas zonas rural e urbana.” (1º parágrafo), após o termo sublinhado, houve supressão (eliminação) do termo “situação”.

III.“Essas pessoas podem se destinar à região de expansão agrícola ou aos centros urbanos à procura de oportunidades de trabalho.” (4º parágrafo), os termos grifados referem-se a “migrantes”.

IV.“No Brasil, os trabalhadores provêm de diversos estados das regiões Centro-Oeste, Nordeste e Norte, mas também podem ser migrantes internacionais de países latino-americanos […].” (4º parágrafo), os termos grifados acrescentam uma informação.

V. “Diante disso, o governo brasileiro tem centrado seus esforços para o combate desse crime […].” (7º parágrafo), o termo sublinhado refere-se à fuga de trabalhadores escravizados.

Estão CORRETAS apenas as proposições

TRABALHO ESCRAVO É AINDA UMA REALIDADE NO BRASIL

Esse tipo de violação não prende mais o indivíduo a correntes, mas acomete a liberdade do trabalhador e o mantém submisso a uma situação de exploração.

(1) O trabalho escravo ainda é uma violação de direitos humanos que persiste no Brasil. A sua existência foi assumida pelo governo federal perante o país e a Organização Internacional do Trabalho (OIT) em 1995, o que fez com que se tornasse uma das primeiras nações do mundo a reconhecer oficialmente a escravidão contemporânea em seu território. Daquele ano até 2016, mais de 50 mil trabalhadores foram libertados de situações análogas à de escravidão em atividades econômicas nas zonas rural e urbana.
(2) Mas o que é trabalho escravo contemporâneo? O trabalho escravo não é somente uma violação trabalhista, tampouco se trata daquela escravidão dos períodos colonial e imperial do Brasil. Essa violação de direitos humanos não prende mais o indivíduo a correntes, mas compreende outros mecanismos, que acometem a dignidade e a liberdade do trabalhador e o mantêm submisso a uma situação extrema de exploração.
(3) Qualquer um dos quatro elementos abaixo é suficiente para configurar uma situação de trabalho escravo: TRABALHO FORÇADO: o indivíduo é obrigado a se submeter a condições de trabalho em que é explorado, sem possibilidade de deixar o local seja por causa de dívidas, seja por ameaça e violências física ou psicológica. JORNADA EXAUSTIVA: expediente penoso que vai além de horas extras e coloca em risco a integridade física do trabalhador, já que o intervalo entre as jornadas é insuficiente para a reposição de energia. Há casos em que o descanso semanal não é respeitado. Assim, o trabalhador também fica impedido de manter vida social e familiar.
SERVIDÃO POR DÍVIDA: fabricação de dívidas ilegais referentes a gastos com transporte, alimentação, aluguel e ferramentas de trabalho. Esses itens são cobrados de forma abusiva e descontados do salário do trabalhador, que permanece sempre devendo ao empregador.
CONDIÇÕES DEGRADANTES: um conjunto de elementos irregulares que caracterizam a precariedade do trabalho e das condições de vida sob a qual o trabalhador é submetido, atentando contra a sua dignidade.
(4) Quem são os trabalhadores escravos? Em geral, são migrantes que deixaram suas casas em busca de melhores condições de vida e de sustento para as suas famílias. Saem de suas cidades atraídos por falsas promessas de aliciadores ou migram forçadamente por uma série de motivos, que podem incluir a falta de opção econômica, guerras e até perseguições políticas. No Brasil, os trabalhadores provêm de diversos estados das regiões Centro-Oeste, Nordeste e Norte, mas também podem ser migrantes internacionais de países latino-americanos – como a Bolívia, Paraguai e Peru –, africanos, além do Haiti e do Oriente Médio. Essas pessoas podem se destinar à região de expansão agrícola ou aos centros urbanos à procura de oportunidades de trabalho.
(5) Tradicionalmente, o trabalho escravo é empregado em atividades econômicas na zona rural, como a pecuária, a produção de carvão e os cultivos de cana-de-açúcar, soja e algodão. Nos últimos anos, essa situação também é verificada em centros urbanos, principalmente na construção civil e na confecção têxtil.
(6) No Brasil, 95% das pessoas submetidas ao trabalho escravo rural são homens. Em geral, as atividades para as quais esse tipo de mão de obra é utilizado exigem força física, por isso os aliciadores buscam principalmente homens e jovens. Os dados oficiais do Programa Seguro-Desemprego de 2003 a 2014 indicam que, entre os trabalhadores libertados, 72,1% são analfabetos ou não concluíram o quinto ano do Ensino Fundamental.
(7) Muitas vezes, o trabalhador submetido ao trabalho escravo consegue fugir da situação de exploração, colocando a sua vida em risco. Quando tem sucesso em sua empreitada, recorre a órgãos governamentais ou organizações da sociedade civil para denunciar a violação que sofreu. Diante disso, o governo brasileiro tem centrado seus esforços para o combate desse crime, especialmente na fiscalização de propriedades e na repressão por meio da punição administrativa e econômica de empregadores flagrados utilizando mão de obra escrava.
(8) Enquanto isso, o trabalhador libertado tende a retornar à sua cidade de origem, onde as condições que o levaram a migrar permanecem as mesmas. Diante dessa situação, o indivíduo pode novamente ser aliciado para outro trabalho em que será explorado, perpetuando uma dinâmica que chamamos de “Ciclo do Trabalho Escravo”.
(9) Para que esse ciclo vicioso seja rompido, são necessárias ações que incidam na vida do trabalhador para além do âmbito da repressão do crime. Por isso, a erradicação do problema passa também pela adoção de políticas públicas de assistência à vítima e prevenção para reverter a situação de pobreza e de vulnerabilidade de comunidades.

Adaptado.SUZUKI, Natalia; CASTELI, Thiago. Trabalho escravo é ainda uma realidade no Brasil.
Disponível em:<http://www.cartaeducacao.com.br/aulas/fundamental-2/trabalho-escravo-e-ainda-uma-realidade-no-brasil/> .
Acesso:19 mar. 2017.
A
IV e V.
B
I, II, III e IV.
C
I, II e V.
D
II, III e IV.
E
I, III e V.
f9d50867-cc
IF-PE 2017 - Português - Termos essenciais da oração: Sujeito e Predicado, Sintaxe

Em relação à forma verbal grifada no trecho “Quando tem sucesso em sua empreitada, recorre a órgãos governamentais ou organizações da sociedade civil para denunciar a violação que sofreu.”(7ºparágrafo),é CORRETO afirmar que

TRABALHO ESCRAVO É AINDA UMA REALIDADE NO BRASIL

Esse tipo de violação não prende mais o indivíduo a correntes, mas acomete a liberdade do trabalhador e o mantém submisso a uma situação de exploração.

(1) O trabalho escravo ainda é uma violação de direitos humanos que persiste no Brasil. A sua existência foi assumida pelo governo federal perante o país e a Organização Internacional do Trabalho (OIT) em 1995, o que fez com que se tornasse uma das primeiras nações do mundo a reconhecer oficialmente a escravidão contemporânea em seu território. Daquele ano até 2016, mais de 50 mil trabalhadores foram libertados de situações análogas à de escravidão em atividades econômicas nas zonas rural e urbana.
(2) Mas o que é trabalho escravo contemporâneo? O trabalho escravo não é somente uma violação trabalhista, tampouco se trata daquela escravidão dos períodos colonial e imperial do Brasil. Essa violação de direitos humanos não prende mais o indivíduo a correntes, mas compreende outros mecanismos, que acometem a dignidade e a liberdade do trabalhador e o mantêm submisso a uma situação extrema de exploração.
(3) Qualquer um dos quatro elementos abaixo é suficiente para configurar uma situação de trabalho escravo: TRABALHO FORÇADO: o indivíduo é obrigado a se submeter a condições de trabalho em que é explorado, sem possibilidade de deixar o local seja por causa de dívidas, seja por ameaça e violências física ou psicológica. JORNADA EXAUSTIVA: expediente penoso que vai além de horas extras e coloca em risco a integridade física do trabalhador, já que o intervalo entre as jornadas é insuficiente para a reposição de energia. Há casos em que o descanso semanal não é respeitado. Assim, o trabalhador também fica impedido de manter vida social e familiar.
SERVIDÃO POR DÍVIDA: fabricação de dívidas ilegais referentes a gastos com transporte, alimentação, aluguel e ferramentas de trabalho. Esses itens são cobrados de forma abusiva e descontados do salário do trabalhador, que permanece sempre devendo ao empregador.
CONDIÇÕES DEGRADANTES: um conjunto de elementos irregulares que caracterizam a precariedade do trabalho e das condições de vida sob a qual o trabalhador é submetido, atentando contra a sua dignidade.
(4) Quem são os trabalhadores escravos? Em geral, são migrantes que deixaram suas casas em busca de melhores condições de vida e de sustento para as suas famílias. Saem de suas cidades atraídos por falsas promessas de aliciadores ou migram forçadamente por uma série de motivos, que podem incluir a falta de opção econômica, guerras e até perseguições políticas. No Brasil, os trabalhadores provêm de diversos estados das regiões Centro-Oeste, Nordeste e Norte, mas também podem ser migrantes internacionais de países latino-americanos – como a Bolívia, Paraguai e Peru –, africanos, além do Haiti e do Oriente Médio. Essas pessoas podem se destinar à região de expansão agrícola ou aos centros urbanos à procura de oportunidades de trabalho.
(5) Tradicionalmente, o trabalho escravo é empregado em atividades econômicas na zona rural, como a pecuária, a produção de carvão e os cultivos de cana-de-açúcar, soja e algodão. Nos últimos anos, essa situação também é verificada em centros urbanos, principalmente na construção civil e na confecção têxtil.
(6) No Brasil, 95% das pessoas submetidas ao trabalho escravo rural são homens. Em geral, as atividades para as quais esse tipo de mão de obra é utilizado exigem força física, por isso os aliciadores buscam principalmente homens e jovens. Os dados oficiais do Programa Seguro-Desemprego de 2003 a 2014 indicam que, entre os trabalhadores libertados, 72,1% são analfabetos ou não concluíram o quinto ano do Ensino Fundamental.
(7) Muitas vezes, o trabalhador submetido ao trabalho escravo consegue fugir da situação de exploração, colocando a sua vida em risco. Quando tem sucesso em sua empreitada, recorre a órgãos governamentais ou organizações da sociedade civil para denunciar a violação que sofreu. Diante disso, o governo brasileiro tem centrado seus esforços para o combate desse crime, especialmente na fiscalização de propriedades e na repressão por meio da punição administrativa e econômica de empregadores flagrados utilizando mão de obra escrava.
(8) Enquanto isso, o trabalhador libertado tende a retornar à sua cidade de origem, onde as condições que o levaram a migrar permanecem as mesmas. Diante dessa situação, o indivíduo pode novamente ser aliciado para outro trabalho em que será explorado, perpetuando uma dinâmica que chamamos de “Ciclo do Trabalho Escravo”.
(9) Para que esse ciclo vicioso seja rompido, são necessárias ações que incidam na vida do trabalhador para além do âmbito da repressão do crime. Por isso, a erradicação do problema passa também pela adoção de políticas públicas de assistência à vítima e prevenção para reverter a situação de pobreza e de vulnerabilidade de comunidades.

Adaptado.SUZUKI, Natalia; CASTELI, Thiago. Trabalho escravo é ainda uma realidade no Brasil.
Disponível em:<http://www.cartaeducacao.com.br/aulas/fundamental-2/trabalho-escravo-e-ainda-uma-realidade-no-brasil/> .
Acesso:19 mar. 2017.
A
tem como núcleo do sujeito o termo “empreitada”.
B
o verbo grifado tem sujeito indeterminado, por não ser possível encontrá-lo na oração.
C
o sujeito está posposto ao verbo, sendo ele “órgãos governamentais”.
D
possui sujeito simples o qual, no caso, é “sociedade civil”.
E
o sujeito é oculto, mencionado na oração anterior e, portanto, pode ser compreendido pelo contexto.
f9dc7911-cc
IF-PE 2017 - Português - Pontuação, Uso da Vírgula

Assinale a alternativa na qual a vírgula é empregada pela mesma razão que em “Daquele ano até 2016, mais de 50 mil trabalhadores foram libertados [...]”(1º parágrafo).

TRABALHO ESCRAVO É AINDA UMA REALIDADE NO BRASIL

Esse tipo de violação não prende mais o indivíduo a correntes, mas acomete a liberdade do trabalhador e o mantém submisso a uma situação de exploração.

(1) O trabalho escravo ainda é uma violação de direitos humanos que persiste no Brasil. A sua existência foi assumida pelo governo federal perante o país e a Organização Internacional do Trabalho (OIT) em 1995, o que fez com que se tornasse uma das primeiras nações do mundo a reconhecer oficialmente a escravidão contemporânea em seu território. Daquele ano até 2016, mais de 50 mil trabalhadores foram libertados de situações análogas à de escravidão em atividades econômicas nas zonas rural e urbana.
(2) Mas o que é trabalho escravo contemporâneo? O trabalho escravo não é somente uma violação trabalhista, tampouco se trata daquela escravidão dos períodos colonial e imperial do Brasil. Essa violação de direitos humanos não prende mais o indivíduo a correntes, mas compreende outros mecanismos, que acometem a dignidade e a liberdade do trabalhador e o mantêm submisso a uma situação extrema de exploração.
(3) Qualquer um dos quatro elementos abaixo é suficiente para configurar uma situação de trabalho escravo: TRABALHO FORÇADO: o indivíduo é obrigado a se submeter a condições de trabalho em que é explorado, sem possibilidade de deixar o local seja por causa de dívidas, seja por ameaça e violências física ou psicológica. JORNADA EXAUSTIVA: expediente penoso que vai além de horas extras e coloca em risco a integridade física do trabalhador, já que o intervalo entre as jornadas é insuficiente para a reposição de energia. Há casos em que o descanso semanal não é respeitado. Assim, o trabalhador também fica impedido de manter vida social e familiar.
SERVIDÃO POR DÍVIDA: fabricação de dívidas ilegais referentes a gastos com transporte, alimentação, aluguel e ferramentas de trabalho. Esses itens são cobrados de forma abusiva e descontados do salário do trabalhador, que permanece sempre devendo ao empregador.
CONDIÇÕES DEGRADANTES: um conjunto de elementos irregulares que caracterizam a precariedade do trabalho e das condições de vida sob a qual o trabalhador é submetido, atentando contra a sua dignidade.
(4) Quem são os trabalhadores escravos? Em geral, são migrantes que deixaram suas casas em busca de melhores condições de vida e de sustento para as suas famílias. Saem de suas cidades atraídos por falsas promessas de aliciadores ou migram forçadamente por uma série de motivos, que podem incluir a falta de opção econômica, guerras e até perseguições políticas. No Brasil, os trabalhadores provêm de diversos estados das regiões Centro-Oeste, Nordeste e Norte, mas também podem ser migrantes internacionais de países latino-americanos – como a Bolívia, Paraguai e Peru –, africanos, além do Haiti e do Oriente Médio. Essas pessoas podem se destinar à região de expansão agrícola ou aos centros urbanos à procura de oportunidades de trabalho.
(5) Tradicionalmente, o trabalho escravo é empregado em atividades econômicas na zona rural, como a pecuária, a produção de carvão e os cultivos de cana-de-açúcar, soja e algodão. Nos últimos anos, essa situação também é verificada em centros urbanos, principalmente na construção civil e na confecção têxtil.
(6) No Brasil, 95% das pessoas submetidas ao trabalho escravo rural são homens. Em geral, as atividades para as quais esse tipo de mão de obra é utilizado exigem força física, por isso os aliciadores buscam principalmente homens e jovens. Os dados oficiais do Programa Seguro-Desemprego de 2003 a 2014 indicam que, entre os trabalhadores libertados, 72,1% são analfabetos ou não concluíram o quinto ano do Ensino Fundamental.
(7) Muitas vezes, o trabalhador submetido ao trabalho escravo consegue fugir da situação de exploração, colocando a sua vida em risco. Quando tem sucesso em sua empreitada, recorre a órgãos governamentais ou organizações da sociedade civil para denunciar a violação que sofreu. Diante disso, o governo brasileiro tem centrado seus esforços para o combate desse crime, especialmente na fiscalização de propriedades e na repressão por meio da punição administrativa e econômica de empregadores flagrados utilizando mão de obra escrava.
(8) Enquanto isso, o trabalhador libertado tende a retornar à sua cidade de origem, onde as condições que o levaram a migrar permanecem as mesmas. Diante dessa situação, o indivíduo pode novamente ser aliciado para outro trabalho em que será explorado, perpetuando uma dinâmica que chamamos de “Ciclo do Trabalho Escravo”.
(9) Para que esse ciclo vicioso seja rompido, são necessárias ações que incidam na vida do trabalhador para além do âmbito da repressão do crime. Por isso, a erradicação do problema passa também pela adoção de políticas públicas de assistência à vítima e prevenção para reverter a situação de pobreza e de vulnerabilidade de comunidades.

Adaptado.SUZUKI, Natalia; CASTELI, Thiago. Trabalho escravo é ainda uma realidade no Brasil.
Disponível em:<http://www.cartaeducacao.com.br/aulas/fundamental-2/trabalho-escravo-e-ainda-uma-realidade-no-brasil/> .
Acesso:19 mar. 2017.
A
“[…] as atividades para as quais esse tipo de mão de obra é utilizado exigem força física, por isso os aliciadores buscam principalmente homens e jovens.” (6º parágrafo)
B
“O trabalho escravo não é somente uma violação trabalhista, tampouco se trata daquela escravidão dos períodos colonial e imperial do Brasil.” (2º parágrafo)
C
“[…] que podem incluir a falta de opção econômica, guerras e até perseguições políticas.” (4º parágrafo)
D
“No Brasil, 95% das pessoas submetidas ao trabalho escravo rural são homens.” (6º parágrafo)
E
“[…] o indivíduo pode novamente ser aliciado para outro trabalho em que será explorado, perpetuando uma dinâmica que chamamos de “Ciclo do Trabalho Escravo”.” (8º parágrafo)
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IF-PE 2017 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Em relação às impressões transmitidas pelo TEXTO, é CORRETO afirmar que ele

TRABALHO ESCRAVO É AINDA UMA REALIDADE NO BRASIL

Esse tipo de violação não prende mais o indivíduo a correntes, mas acomete a liberdade do trabalhador e o mantém submisso a uma situação de exploração.

(1) O trabalho escravo ainda é uma violação de direitos humanos que persiste no Brasil. A sua existência foi assumida pelo governo federal perante o país e a Organização Internacional do Trabalho (OIT) em 1995, o que fez com que se tornasse uma das primeiras nações do mundo a reconhecer oficialmente a escravidão contemporânea em seu território. Daquele ano até 2016, mais de 50 mil trabalhadores foram libertados de situações análogas à de escravidão em atividades econômicas nas zonas rural e urbana.
(2) Mas o que é trabalho escravo contemporâneo? O trabalho escravo não é somente uma violação trabalhista, tampouco se trata daquela escravidão dos períodos colonial e imperial do Brasil. Essa violação de direitos humanos não prende mais o indivíduo a correntes, mas compreende outros mecanismos, que acometem a dignidade e a liberdade do trabalhador e o mantêm submisso a uma situação extrema de exploração.
(3) Qualquer um dos quatro elementos abaixo é suficiente para configurar uma situação de trabalho escravo: TRABALHO FORÇADO: o indivíduo é obrigado a se submeter a condições de trabalho em que é explorado, sem possibilidade de deixar o local seja por causa de dívidas, seja por ameaça e violências física ou psicológica. JORNADA EXAUSTIVA: expediente penoso que vai além de horas extras e coloca em risco a integridade física do trabalhador, já que o intervalo entre as jornadas é insuficiente para a reposição de energia. Há casos em que o descanso semanal não é respeitado. Assim, o trabalhador também fica impedido de manter vida social e familiar.
SERVIDÃO POR DÍVIDA: fabricação de dívidas ilegais referentes a gastos com transporte, alimentação, aluguel e ferramentas de trabalho. Esses itens são cobrados de forma abusiva e descontados do salário do trabalhador, que permanece sempre devendo ao empregador.
CONDIÇÕES DEGRADANTES: um conjunto de elementos irregulares que caracterizam a precariedade do trabalho e das condições de vida sob a qual o trabalhador é submetido, atentando contra a sua dignidade.
(4) Quem são os trabalhadores escravos? Em geral, são migrantes que deixaram suas casas em busca de melhores condições de vida e de sustento para as suas famílias. Saem de suas cidades atraídos por falsas promessas de aliciadores ou migram forçadamente por uma série de motivos, que podem incluir a falta de opção econômica, guerras e até perseguições políticas. No Brasil, os trabalhadores provêm de diversos estados das regiões Centro-Oeste, Nordeste e Norte, mas também podem ser migrantes internacionais de países latino-americanos – como a Bolívia, Paraguai e Peru –, africanos, além do Haiti e do Oriente Médio. Essas pessoas podem se destinar à região de expansão agrícola ou aos centros urbanos à procura de oportunidades de trabalho.
(5) Tradicionalmente, o trabalho escravo é empregado em atividades econômicas na zona rural, como a pecuária, a produção de carvão e os cultivos de cana-de-açúcar, soja e algodão. Nos últimos anos, essa situação também é verificada em centros urbanos, principalmente na construção civil e na confecção têxtil.
(6) No Brasil, 95% das pessoas submetidas ao trabalho escravo rural são homens. Em geral, as atividades para as quais esse tipo de mão de obra é utilizado exigem força física, por isso os aliciadores buscam principalmente homens e jovens. Os dados oficiais do Programa Seguro-Desemprego de 2003 a 2014 indicam que, entre os trabalhadores libertados, 72,1% são analfabetos ou não concluíram o quinto ano do Ensino Fundamental.
(7) Muitas vezes, o trabalhador submetido ao trabalho escravo consegue fugir da situação de exploração, colocando a sua vida em risco. Quando tem sucesso em sua empreitada, recorre a órgãos governamentais ou organizações da sociedade civil para denunciar a violação que sofreu. Diante disso, o governo brasileiro tem centrado seus esforços para o combate desse crime, especialmente na fiscalização de propriedades e na repressão por meio da punição administrativa e econômica de empregadores flagrados utilizando mão de obra escrava.
(8) Enquanto isso, o trabalhador libertado tende a retornar à sua cidade de origem, onde as condições que o levaram a migrar permanecem as mesmas. Diante dessa situação, o indivíduo pode novamente ser aliciado para outro trabalho em que será explorado, perpetuando uma dinâmica que chamamos de “Ciclo do Trabalho Escravo”.
(9) Para que esse ciclo vicioso seja rompido, são necessárias ações que incidam na vida do trabalhador para além do âmbito da repressão do crime. Por isso, a erradicação do problema passa também pela adoção de políticas públicas de assistência à vítima e prevenção para reverter a situação de pobreza e de vulnerabilidade de comunidades.

Adaptado.SUZUKI, Natalia; CASTELI, Thiago. Trabalho escravo é ainda uma realidade no Brasil.
Disponível em:<http://www.cartaeducacao.com.br/aulas/fundamental-2/trabalho-escravo-e-ainda-uma-realidade-no-brasil/> .
Acesso:19 mar. 2017.
A
promove a ideia de que o trabalho escravo é um crime que precisa ser erradicado no país, embora não o faça de modo enfático, através do posicionamento dos autores.
B
objetiva apresentar cenários favoráveis à escravização de pessoas no Brasil.
C
expõe a existência do trabalho escravo como um mal necessário, pois isso alimenta a economia tanto no meio rural quanto no urbano.
D
atribui grande relevância aos riscos que correm aqueles que tentam fugir de situações de trabalho escravo, de modo que desaconselha esse tipo de atitude.
E
centra seu principal objetivo na exaltação das ações governamentais diante da problemática do trabalho escravo no país, como uma espécie de louvação à postura adotada pelo governo.
f9d11d61-cc
IF-PE 2017 - Português - Interpretação de Textos, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia

Considere os seguintes excertos:

i. “Esse tipo de violação não prende mais o indivíduo a correntes, mas acomete a liberdade do trabalhador [...]”. (subtítulo)

ii. “[…] mais de 50 mil trabalhadores foram libertados de situações análogas à de escravidão [...]”. (1º parágrafo)

Assinale a alternativa na qual todas as palavras substituem respectivamente os termos grifados sem que haja mudança de sentido.

TRABALHO ESCRAVO É AINDA UMA REALIDADE NO BRASIL

Esse tipo de violação não prende mais o indivíduo a correntes, mas acomete a liberdade do trabalhador e o mantém submisso a uma situação de exploração.

(1) O trabalho escravo ainda é uma violação de direitos humanos que persiste no Brasil. A sua existência foi assumida pelo governo federal perante o país e a Organização Internacional do Trabalho (OIT) em 1995, o que fez com que se tornasse uma das primeiras nações do mundo a reconhecer oficialmente a escravidão contemporânea em seu território. Daquele ano até 2016, mais de 50 mil trabalhadores foram libertados de situações análogas à de escravidão em atividades econômicas nas zonas rural e urbana.
(2) Mas o que é trabalho escravo contemporâneo? O trabalho escravo não é somente uma violação trabalhista, tampouco se trata daquela escravidão dos períodos colonial e imperial do Brasil. Essa violação de direitos humanos não prende mais o indivíduo a correntes, mas compreende outros mecanismos, que acometem a dignidade e a liberdade do trabalhador e o mantêm submisso a uma situação extrema de exploração.
(3) Qualquer um dos quatro elementos abaixo é suficiente para configurar uma situação de trabalho escravo: TRABALHO FORÇADO: o indivíduo é obrigado a se submeter a condições de trabalho em que é explorado, sem possibilidade de deixar o local seja por causa de dívidas, seja por ameaça e violências física ou psicológica. JORNADA EXAUSTIVA: expediente penoso que vai além de horas extras e coloca em risco a integridade física do trabalhador, já que o intervalo entre as jornadas é insuficiente para a reposição de energia. Há casos em que o descanso semanal não é respeitado. Assim, o trabalhador também fica impedido de manter vida social e familiar.
SERVIDÃO POR DÍVIDA: fabricação de dívidas ilegais referentes a gastos com transporte, alimentação, aluguel e ferramentas de trabalho. Esses itens são cobrados de forma abusiva e descontados do salário do trabalhador, que permanece sempre devendo ao empregador.
CONDIÇÕES DEGRADANTES: um conjunto de elementos irregulares que caracterizam a precariedade do trabalho e das condições de vida sob a qual o trabalhador é submetido, atentando contra a sua dignidade.
(4) Quem são os trabalhadores escravos? Em geral, são migrantes que deixaram suas casas em busca de melhores condições de vida e de sustento para as suas famílias. Saem de suas cidades atraídos por falsas promessas de aliciadores ou migram forçadamente por uma série de motivos, que podem incluir a falta de opção econômica, guerras e até perseguições políticas. No Brasil, os trabalhadores provêm de diversos estados das regiões Centro-Oeste, Nordeste e Norte, mas também podem ser migrantes internacionais de países latino-americanos – como a Bolívia, Paraguai e Peru –, africanos, além do Haiti e do Oriente Médio. Essas pessoas podem se destinar à região de expansão agrícola ou aos centros urbanos à procura de oportunidades de trabalho.
(5) Tradicionalmente, o trabalho escravo é empregado em atividades econômicas na zona rural, como a pecuária, a produção de carvão e os cultivos de cana-de-açúcar, soja e algodão. Nos últimos anos, essa situação também é verificada em centros urbanos, principalmente na construção civil e na confecção têxtil.
(6) No Brasil, 95% das pessoas submetidas ao trabalho escravo rural são homens. Em geral, as atividades para as quais esse tipo de mão de obra é utilizado exigem força física, por isso os aliciadores buscam principalmente homens e jovens. Os dados oficiais do Programa Seguro-Desemprego de 2003 a 2014 indicam que, entre os trabalhadores libertados, 72,1% são analfabetos ou não concluíram o quinto ano do Ensino Fundamental.
(7) Muitas vezes, o trabalhador submetido ao trabalho escravo consegue fugir da situação de exploração, colocando a sua vida em risco. Quando tem sucesso em sua empreitada, recorre a órgãos governamentais ou organizações da sociedade civil para denunciar a violação que sofreu. Diante disso, o governo brasileiro tem centrado seus esforços para o combate desse crime, especialmente na fiscalização de propriedades e na repressão por meio da punição administrativa e econômica de empregadores flagrados utilizando mão de obra escrava.
(8) Enquanto isso, o trabalhador libertado tende a retornar à sua cidade de origem, onde as condições que o levaram a migrar permanecem as mesmas. Diante dessa situação, o indivíduo pode novamente ser aliciado para outro trabalho em que será explorado, perpetuando uma dinâmica que chamamos de “Ciclo do Trabalho Escravo”.
(9) Para que esse ciclo vicioso seja rompido, são necessárias ações que incidam na vida do trabalhador para além do âmbito da repressão do crime. Por isso, a erradicação do problema passa também pela adoção de políticas públicas de assistência à vítima e prevenção para reverter a situação de pobreza e de vulnerabilidade de comunidades.

Adaptado.SUZUKI, Natalia; CASTELI, Thiago. Trabalho escravo é ainda uma realidade no Brasil.
Disponível em:<http://www.cartaeducacao.com.br/aulas/fundamental-2/trabalho-escravo-e-ainda-uma-realidade-no-brasil/> .
Acesso:19 mar. 2017.
A
Crime, submete, parecidas.
B
Delito, ataca, semelhantes.
C
Atitude, diminui, diversas.
D
Trabalho, atinge, distintas.
E
Situação, amplia, comparáveis.
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IF-PE 2017 - Português - Interpretação de Textos, Gêneros Textuais

Em relação ao gênero textual, é CORRETO afirmar que o TEXTO é

TRABALHO ESCRAVO É AINDA UMA REALIDADE NO BRASIL

Esse tipo de violação não prende mais o indivíduo a correntes, mas acomete a liberdade do trabalhador e o mantém submisso a uma situação de exploração.

(1) O trabalho escravo ainda é uma violação de direitos humanos que persiste no Brasil. A sua existência foi assumida pelo governo federal perante o país e a Organização Internacional do Trabalho (OIT) em 1995, o que fez com que se tornasse uma das primeiras nações do mundo a reconhecer oficialmente a escravidão contemporânea em seu território. Daquele ano até 2016, mais de 50 mil trabalhadores foram libertados de situações análogas à de escravidão em atividades econômicas nas zonas rural e urbana.
(2) Mas o que é trabalho escravo contemporâneo? O trabalho escravo não é somente uma violação trabalhista, tampouco se trata daquela escravidão dos períodos colonial e imperial do Brasil. Essa violação de direitos humanos não prende mais o indivíduo a correntes, mas compreende outros mecanismos, que acometem a dignidade e a liberdade do trabalhador e o mantêm submisso a uma situação extrema de exploração.
(3) Qualquer um dos quatro elementos abaixo é suficiente para configurar uma situação de trabalho escravo: TRABALHO FORÇADO: o indivíduo é obrigado a se submeter a condições de trabalho em que é explorado, sem possibilidade de deixar o local seja por causa de dívidas, seja por ameaça e violências física ou psicológica. JORNADA EXAUSTIVA: expediente penoso que vai além de horas extras e coloca em risco a integridade física do trabalhador, já que o intervalo entre as jornadas é insuficiente para a reposição de energia. Há casos em que o descanso semanal não é respeitado. Assim, o trabalhador também fica impedido de manter vida social e familiar.
SERVIDÃO POR DÍVIDA: fabricação de dívidas ilegais referentes a gastos com transporte, alimentação, aluguel e ferramentas de trabalho. Esses itens são cobrados de forma abusiva e descontados do salário do trabalhador, que permanece sempre devendo ao empregador.
CONDIÇÕES DEGRADANTES: um conjunto de elementos irregulares que caracterizam a precariedade do trabalho e das condições de vida sob a qual o trabalhador é submetido, atentando contra a sua dignidade.
(4) Quem são os trabalhadores escravos? Em geral, são migrantes que deixaram suas casas em busca de melhores condições de vida e de sustento para as suas famílias. Saem de suas cidades atraídos por falsas promessas de aliciadores ou migram forçadamente por uma série de motivos, que podem incluir a falta de opção econômica, guerras e até perseguições políticas. No Brasil, os trabalhadores provêm de diversos estados das regiões Centro-Oeste, Nordeste e Norte, mas também podem ser migrantes internacionais de países latino-americanos – como a Bolívia, Paraguai e Peru –, africanos, além do Haiti e do Oriente Médio. Essas pessoas podem se destinar à região de expansão agrícola ou aos centros urbanos à procura de oportunidades de trabalho.
(5) Tradicionalmente, o trabalho escravo é empregado em atividades econômicas na zona rural, como a pecuária, a produção de carvão e os cultivos de cana-de-açúcar, soja e algodão. Nos últimos anos, essa situação também é verificada em centros urbanos, principalmente na construção civil e na confecção têxtil.
(6) No Brasil, 95% das pessoas submetidas ao trabalho escravo rural são homens. Em geral, as atividades para as quais esse tipo de mão de obra é utilizado exigem força física, por isso os aliciadores buscam principalmente homens e jovens. Os dados oficiais do Programa Seguro-Desemprego de 2003 a 2014 indicam que, entre os trabalhadores libertados, 72,1% são analfabetos ou não concluíram o quinto ano do Ensino Fundamental.
(7) Muitas vezes, o trabalhador submetido ao trabalho escravo consegue fugir da situação de exploração, colocando a sua vida em risco. Quando tem sucesso em sua empreitada, recorre a órgãos governamentais ou organizações da sociedade civil para denunciar a violação que sofreu. Diante disso, o governo brasileiro tem centrado seus esforços para o combate desse crime, especialmente na fiscalização de propriedades e na repressão por meio da punição administrativa e econômica de empregadores flagrados utilizando mão de obra escrava.
(8) Enquanto isso, o trabalhador libertado tende a retornar à sua cidade de origem, onde as condições que o levaram a migrar permanecem as mesmas. Diante dessa situação, o indivíduo pode novamente ser aliciado para outro trabalho em que será explorado, perpetuando uma dinâmica que chamamos de “Ciclo do Trabalho Escravo”.
(9) Para que esse ciclo vicioso seja rompido, são necessárias ações que incidam na vida do trabalhador para além do âmbito da repressão do crime. Por isso, a erradicação do problema passa também pela adoção de políticas públicas de assistência à vítima e prevenção para reverter a situação de pobreza e de vulnerabilidade de comunidades.

Adaptado.SUZUKI, Natalia; CASTELI, Thiago. Trabalho escravo é ainda uma realidade no Brasil.
Disponível em:<http://www.cartaeducacao.com.br/aulas/fundamental-2/trabalho-escravo-e-ainda-uma-realidade-no-brasil/> .
Acesso:19 mar. 2017.
A
artigo de opinião, pois os autores se utilizam de um tema, a escravidão no Brasil contemporâneo, para defender o ponto de vista que têm acerca dessa problemática.
B
uma notícia, por expor um fato importante, a existência de escravidão no Brasil contemporâneo, indicando seus responsáveis, bem como outras informações necessárias, a exemplo de local, momento e modo como este ocorreu.
C
uma reportagem, por oferecer ao leitor informações sobre um tema, a escravidão contemporânea no Brasil, com extensão e profundidade que caracterizam esse gênero.
D
um texto instrucional, por apresentar as maneiras através das quais é possível evitar que pessoas se submetam ao trabalho escravo no Brasil.
E
um relato feito por pessoas que já vivenciaram uma situação de escravidão e narram a sequência desse acontecimento.