Questão c8f40e6c-b2
Prova:
Disciplina:
Assunto:
No que se refere às relações sintáticas utilizadas na construção do trecho transcrito de Macunaíma, no
TEXTO, analise as afirmativas a seguir.
I. Em “A inteligência do herói estava muito perturbada”, na primeira linha do texto, “muito perturbada”,
funciona como predicativo do sujeito.
II. Em “Tomou-o um respeito cheio de inveja”, “um respeito cheio de inveja” funciona como objeto direto
da forma verbal “tomou”.
III.No trecho “Tomou-o um respeito cheio de inveja”, o pronome oblíquo em “Tomou-o” é um elemento
catafórico que se remete à expressão “o herói”, no início do segundo parágrafo.
IV.No período “Voltava a ficar imóvel escutando assuntando maquinando numa cisma assombrada”, a
expressão “numa cisma assombrada”, sintaticamente, funciona como adjunto adverbial.
V. Em “A máquina não era deus não, nem possuía os distintivos femininos de que o herói gostava tanto”,
a forma verbal gostava possui dois objetos indiretos, respectivamente, “deus” e “distintivos
femininos”.
Estão CORRETAS apenas as proposições
No que se refere às relações sintáticas utilizadas na construção do trecho transcrito de Macunaíma, no
TEXTO, analise as afirmativas a seguir.
I. Em “A inteligência do herói estava muito perturbada”, na primeira linha do texto, “muito perturbada”,
funciona como predicativo do sujeito.
II. Em “Tomou-o um respeito cheio de inveja”, “um respeito cheio de inveja” funciona como objeto direto
da forma verbal “tomou”.
III.No trecho “Tomou-o um respeito cheio de inveja”, o pronome oblíquo em “Tomou-o” é um elemento
catafórico que se remete à expressão “o herói”, no início do segundo parágrafo.
IV.No período “Voltava a ficar imóvel escutando assuntando maquinando numa cisma assombrada”, a
expressão “numa cisma assombrada”, sintaticamente, funciona como adjunto adverbial.
V. Em “A máquina não era deus não, nem possuía os distintivos femininos de que o herói gostava tanto”,
a forma verbal gostava possui dois objetos indiretos, respectivamente, “deus” e “distintivos
femininos”.
Estão CORRETAS apenas as proposições
Piaimã
A inteligência do herói estava muito perturbada. Acordou com os berros da bicharia lá em baixo nas
ruas, disparando entre as malocas temíveis. E aquele diacho de sagui-açu (...) não era saguim não,
chamava elevador e era uma máquina. De-manhãzinha ensinaram que todos aqueles piados berros
cuquiadas sopros roncos esturros não eram nada disso não, eram mas cláxons campainhas apitos buzinas
e tudo era máquina. As onças pardas não eram onças pardas, se chamavam fordes hupmobiles chevrolés
dodges mármons e eram máquinas.
O herói aprendendo calado. De vez em quando estremecia. Voltava a ficar imóvel escutando
assuntando maquinando numa cisma assombrada. Tomou-o um respeito cheio de inveja por essa deusa
de deveras forçuda, Tupã famanado que os filhos da mandioca chamavam de Máquina, mais cantadeira
que a Mãe-d’água, em bulhas de sarapantar. Então resolveu ir brincar com a Máquina pra ser também
imperador dos filhos da mandioca. Mas as três cunhãs deram muitas risadas e falaram que isso de deuses era gorda mentira antiga, que não tinha deus não e que com a máquina ninguém não brinca porque ela
mata. A máquina não era deus não, nem possuía os distintivos femininos de que o herói gostava tanto.
Era feita pelos homens. Se mexia com eletricidade com fogo com água com vento com fumo, os homens
aproveitando as forças da natureza. Porém jacaré acreditou? nem o herói!
[... ]
Estava nostálgico assim. Até que uma noite, suspenso no terraço dum arranhacéu com os manos,
Macunaíma concluiu: — Os filhos da mandioca não ganham da máquina nem ela ganha deles nesta luta.
Há empate.
ANDRADE, Mário. Macunaíma, o herói sem nenhum caráter. Belo Horizonte: Itatiaia, 1986. p. 110.
Piaimã
A inteligência do herói estava muito perturbada. Acordou com os berros da bicharia lá em baixo nas
ruas, disparando entre as malocas temíveis. E aquele diacho de sagui-açu (...) não era saguim não,
chamava elevador e era uma máquina. De-manhãzinha ensinaram que todos aqueles piados berros
cuquiadas sopros roncos esturros não eram nada disso não, eram mas cláxons campainhas apitos buzinas
e tudo era máquina. As onças pardas não eram onças pardas, se chamavam fordes hupmobiles chevrolés
dodges mármons e eram máquinas.
O herói aprendendo calado. De vez em quando estremecia. Voltava a ficar imóvel escutando
assuntando maquinando numa cisma assombrada. Tomou-o um respeito cheio de inveja por essa deusa
de deveras forçuda, Tupã famanado que os filhos da mandioca chamavam de Máquina, mais cantadeira
que a Mãe-d’água, em bulhas de sarapantar. Então resolveu ir brincar com a Máquina pra ser também
imperador dos filhos da mandioca. Mas as três cunhãs deram muitas risadas e falaram que isso de deuses era gorda mentira antiga, que não tinha deus não e que com a máquina ninguém não brinca porque ela
mata. A máquina não era deus não, nem possuía os distintivos femininos de que o herói gostava tanto.
Era feita pelos homens. Se mexia com eletricidade com fogo com água com vento com fumo, os homens
aproveitando as forças da natureza. Porém jacaré acreditou? nem o herói!
[... ]
Estava nostálgico assim. Até que uma noite, suspenso no terraço dum arranhacéu com os manos,
Macunaíma concluiu: — Os filhos da mandioca não ganham da máquina nem ela ganha deles nesta luta.
Há empate.
ANDRADE, Mário. Macunaíma, o herói sem nenhum caráter. Belo Horizonte: Itatiaia, 1986. p. 110.
A
I, III e V.
B
II e IV.
C
I e IV.
D
III, IV e V
E
II, III e V.