Questõessobre Gêneros Textuais
Leia a charge:
cadeiranteemprimeirasviagens.wordpress.com/2012/05/29/saem-as-sacolasplasticas-e-voltam-os-sacos-plasticos-para-o-lixo-caseiro. Acesso em: jun 2019
Com base na charge, analise as
afirmações a seguir:
I) O efeito de humor da charge advém da ideia de
que o pai de um dos meninos está dançando e
brincando com as frutas, com a finalidade de
incentivar uma alimentação saudável para as
crianças.
II) O efeito de humor da charge advém da ideia de
que a Carmem Miranda (cantora, atriz e
dançarina luso-brasileira) usava um chapéu com
frutas na cabeça para incentivar consumo
desses alimentos.
III) A charge é um dos gêneros textuais que faz uso
da linguagem verbal e não-verbal. Pelo cenário
(complementado pela linguagem verbal), infere-se que o pai de um dos meninos aderiu à
campanha de não usar sacolas plásticas nas
compras do mercado.
IV) A charge incentiva o uso de sacolas retornáveis
nas compras do mercado. No entanto, a
população ainda não tem esse hábito.
Está(ão) correta(s),
IV) A charge incentiva o uso de sacolas retornáveis nas compras do mercado. No entanto, a população ainda não tem esse hábito.
Ambos os textos - o de Nélson Rodrigues e o de Drummond - pertencem à modalidade textual
conhecida como
Texto para as questão.
BOCAGE NO FUTEBOL
Leia também este texto, para responder às questão.
Quando Bauer, o de pés ligeiros, se apoderou da cobiçada esfera, logo o suspeitoso Naranjo lhe partiu ao encalço, mas já Brandãozinho, semelhante à chama, lhe cortou a avançada. A tarde de olhos radiosos se fez mais clara para contemplar aquele combate, enquanto os agudos gritos e imprecações em redor animavam os contendores. A uma investida de Cárdenas, o de fera catadura, o couro inquieto quase se foi depositar no arco de Castilho, que com torva face o repeliu. Eis que Djalma, de aladas plantas, rompe entre os adversários atônitos, e conduz sua presa até o solerte Julinho, que a transfere ao valoroso Didi, e este por sua vez a comunica ao belicoso Pinga. (...)
Assim gostaria eu de ouvir a descrição do jogo entre brasileiros e mexicanos, e a de todos os jogos: à maneira de Homero. Mas o estilo atual é outro, e o sentimento dramático se orna de termos técnicos.
Carlos Drummond de Andrade, Quando é dia de futebol. Rio: Record, 2002
Assinale a alternativa que contém apenas afirmações corretas quanto ao texto acima.
I – No texto, os animais possuem sentidos alegóricos ou simbólicos, sugerindo relações de poder e
hierarquias entre grupos sociais.
II – O texto possui um caráter intimista e aponta, metaforicamente, para a subjetividade inerente às
relações interpessoais.
III – O texto se aproxima do gênero das fábulas, pois seus personagens são animais antropomorfizados.
IV – O texto possui um forte apelo social e critica de forma evidente as desigualdades econômicas na
sociedade africana.
I. Há predominância da linguagem no seu registro formal.
II. O autor mescla, de forma eqüitativa, o registro formal e o registro informal
da linguagem.
III. Por ser um texto de cunho jornalístico, ele foi escrito, totalmente, levando
em consideração o registro formal da linguagem.
IV. De maneira geral, o uso de termos em inglês (Information Mapping) e
alguns termos do registro informal da língua, em nada comprometem o caráter
prioritariamente formal do texto.
Assinale a alternativa correta.
Quanto às características do texto, não é correto
afirmar que
O texto I é um fragmento de um artigo, que se
insere no conjunto dos textos de tipo
argumentativo, os quais se caracterizam por
Sendo um exemplo de entrevista, o texto tem como principal marca do
gênero:
Texto para a questão:
Complexo de d. Sebastião
Neymar expia a culpa pela derrota, mas as mudanças em
nosso futebol não podem mais esperar, diz autor
Entrevista de Ivan Marsiglia com José Miguel Wisnik
ESTADÃO - A palavra mais usada nas avaliações da derrota da seleção brasileira para a alemã, por 7 a 1, na Copa de 2014, foi “apagão”. Concorda com ela?
WISNIK - Prefiro “implosão”. “Apagão” sugere uma falha de energia, um acidente de percurso, um lapso momentâneo. A comissão técnica, que se especializou na negação da evidência e da amplitude dos fatos, apega-se a essa versão. Implosão, em vez disso, significa que uma estrutura cedeu a pressões que ela não pôde mais suportar. Acho que é claramente esse o caso. Ou, pelo menos, é esse o claro enigma.
ESTADÃO - Outra palavra muito repetida foi 'vexame', e de tal proporção que teria redimido a histórica derrota na final de 1950 para o Uruguai.
WISNIK - “Vexame” dá uma inflexão moral a essa catástrofe futebolística, e quem dirá que não se trata de uma tremenda humilhação esportiva? Mas martelar a palavra soa como uma atualização do gozo regressivo da eleição do bode expiatório. Não vejo mais essa necessidade de achar nos jogadores o novo Barbosa e o novo Bigode, [jogadores culpabilizados pela derrota da seleção na Copa de 1950] felizmente. O que não passou, no entanto, é a permanente espera mágica pela vitória por goleada, independente da existência do adversário, combinada com a precária análise dos dados de realidade. Esse desequilíbrio pesa sobre os jogadores. O grau da expectativa futebolístico-messiânica é altíssimo, e não é de se espantar que o time brasileiro entre em colapso em certas situações cruciais. Aliás, isso já aconceu pelo menos três vezes: lá no Maracanazo [Copa de 1950], agora no Mineiraço, e na final de 1998 na França, depois da convulsão de Ronaldo. Não me consta que outras seleções nacionais passem pela mesma síndrome. Uma vez é um acidente. Duas, uma coincidência. Mas três é uma estrutura.
ESTADÃO - E de onde vem essa estrutura?
WISNIK - Essas partidas fazem pensar na batalha de Alcácer Quibir, em 1578, durante a qual, segundo relatos, o jovem rei português d. Sebastião foi tomado por estranha catatonia, antes de desaparecer no deserto e ter a sua volta aguardada durante séculos pelos portugueses. [...] Em 1950, a equipe, encolhida na partida final ante a enormidade do sucesso ou do fracasso inéditos, esteve paralisada abaixo do seu tamanho. Em 2014, sucumbiu ante a expectativa maciça, projetada sobre ela, por algo maior do que seu tamanho. Nos dois casos, espelhados sintomaticamente em território brasileiro, há uma resistente dificuldade de dimensionar, isto é, de encarar o real, que se junta à euforização publicitária, à cobertura da Rede Globo, aos oportunismos políticos de todo tipo e ao baixo nível médio da cultura futebolística. Tudo continua muito parecido com o ambiente que cercou a final de 1950, embora sem a mesma inocência trágica.
ESTADÃO - Você escreveu que 'a glorificação frenética de Neymar, justificada pela excepcionalidade do jogador, disfarça uma ansiedade compensatória de fundo'. Por quê?
WISNIK - Sem querer me repetir, [a figura de Neymar] ferida encarnava d. Sebastião em batalha, desaparecido do campo, mas preservado misteriosamente da desgraça explícita e ocupando mais ainda o lugar mítico do Desejado.
(O Estado de S. Paulo, 12/07/2014. Disponível em http://m.estadao.com.br/ O Estado de S. Paulo noticias/ali%C3%A1s,complexo-de-d-sebastiao,1527395,0.htm, acesso em 01/09/2014)
O texto 1 “Acorda, menino!” é uma crônica que remete a um retrato de um menino encontrado morto na
praia da Turquia após naufrágio. A cena comoveu o mundo. São características da crônica, EXCETO:
Quanto ao gênero e ao tipo textual, o texto 1 pode ser classificado como um(a):
Texto 1
Coragem
MEDEIROS, Marta. A graça das coisas. Porto Alegre - RS: L&PM, 2014, p. 90-91.
O gênero textual utilizado no Texto III possui tipologia:
Assinale a alternativa correta sobre o texto acima.
O gênero textual utilizado no Texto III possui tipologia:
Em relação à forma, o poema apresenta:
Texto para a questão.
Moça linda bem tratada,
Três séculos de família,
Burra como uma porta:
Um amor.
Grã-fino do despudor,
Esporte, ignorância e sexo,
Burro como uma porta:
Um coió.
Mulher gordaça, filó *,
De ouro por todos os poros
Burra como uma porta:
Paciência...
Plutocrata sem consciência,
Nada porta, terremoto
Que a porta do pobre arromba:
Uma bomba.
(ANDRADE, Mário de. Poesias Completas. São Paulo: Círculo do Livro. p. 304.)
*filó: Tecido fino e transparente, em forma de rede (www.aulete.com.br)
O texto 2 “Acorda, menino!” é uma crônica que remete a um retrato de um menino encontrado morto na
praia da Turquia após naufrágio. A cena comoveu o mundo. São características da crônica, EXCETO:
Quanto ao gênero e ao tipo textual, o texto 2 pode ser classificado como um(a):
ASSINALE a afirmativa correta sobre a obra Minha Vida de Menina, de Helena Morley:
Todo texto se desenvolve conforme padrões recorrentes de tipos e gêneros. Dessa forma, para o
êxito na compreensão do Texto 1, convém que o
entendamos como um texto:
TEXTO 1
A leitura como tratamento para diversas doenças
(2) Quem garante esse poder medicamentoso das ficções são as inglesas Ella Berthoud e Susan Elderkin, que acabam de publicar no Brasil Farmácia Literária ( Verus) Redigida no estilo de manual médico, a obra reúne cerca de 200 males divididos em ordem alfabética. Para cada um, há dicas de leituras.
(3) As autoras se conheceram enquanto estudavam literatura na Universidade de Cambridge. Entre um debate sobre um romance e outro, criaram um serviço de biblioterapia, em que apontam exemplares para indivíduos que procuram assistência.
(4) O método é tão sério que virou política de saúde pública no Reino Unido. Desde 2013, pacientes com doenças psiquiátricas recebem indicações do que devem ler diretamente do especialista. Da mesma maneira que vão à drogaria comprar remédios, eles levam o receituário à biblioteca e tomam emprestados os volumes aconselhados.
(5) A iniciativa britânica foi implementada com base numa série de pesquisas recentes, cujos resultados mostraram que pessoas com o hábito de reservar um tempo às letras costumam ter maior empatia, ou seja, uma capacidade ampliada de entender e se colocar no lugar do próximo. “É difícil lembrar-se de uma condição que não tenha sido retratada em alguma narrativa”, esclarece Susan.
(6) As autoras acreditam que é possível tirar lições valiosas do que fazer e do que evitar a partir da trajetória de heróis e vilões. “Ler sobre personagens que experime mesmas coisas que vivencio agora auxilia, inspira e apresenta perspectivas distintas”, completam. As sugestões de leituras percorrem praticamente todas as épocas e movimentos literários da humanidade.
(7) Disponível em 20 países, cada edição de Farmácia Literária é adaptada para a cultura local, com a inclusão de verbetes e de literatos nacionais. No caso do Brasil, foram inseridos os principais textos de Machado de Assis, Guimarães Rosa e Milton Hatoum, que fazem companhia aos portugueses, Eça de Queirós e José Saramago.
O poema é um soneto, composição textual que
tem quatro estrofes e quatorze versos. As rimas
apresentam o seguinte esquema:
abba/abba/cdc/dcd. A medida rígida do soneto
requer o trabalho racional com a linguagem e
com a exposição dos sentimentos.
XXVIII
Que nele se transforme o peito amante;
Daqui vem, que a minha alma delirante
Se não distingue já do meu cuidado.
Nesta doce loucura arrebatado
Anarda cuido ver, bem que distante;
Mas ao passo, que a busco, neste instante
Me vejo no meu mal desenganado.
Pois se Anarda em mim vive, e eu nela vivo,
E por força da ideia me converto
Na bela causa do meu fogo ativo;
Como nas tristes lágrimas, que verto,
Ao querer contrastar seu gênio esquivo,
Tão longe dela estou, e estou tão perto.
A declaração abaixo inicia o conto “Flor,
telefone, moça”:
“NÃO, não é conto. Sou apenas um sujeito que
escuta algumas vezes, que outras não escuta,
e vai passando.”
ANDRADE, Carlos Drummond de. Contos de
aprendiz. 48. ed. Rio de Janeiro: Record, 2004. p. 77.
Por meio dessa declaração, o narrador faz
referência a uma característica básica
A declaração abaixo inicia o conto “Flor, telefone, moça”:
“NÃO, não é conto. Sou apenas um sujeito que escuta algumas vezes, que outras não escuta, e vai passando.”
ANDRADE, Carlos Drummond de. Contos de aprendiz. 48. ed. Rio de Janeiro: Record, 2004. p. 77.
Por meio dessa declaração, o narrador faz referência a uma característica básica